"How we succeed by failing"
O sucesso produzido pelo fracasso
O sucesso produzido pelo fracasso
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Por Kathleen ParkerWashington Post
Tradução de João Cruzué
Em tempos em que a página de Steve Jobs na Wikipédia foi revisada por causa do passado, os eulogistas acrescentaram uma nota de rodapé à sua biografia do êxito Fracasso.
Jobs, embora selvagemente cheio de sucesso, também teve grandes fracassos. Nisso, observamos, talvez esteja maior lição da sua vida: Às Vezes, você tenha de fracassar para alcançar o sucesso.
Ninguém emerge no topo. Mesmo aqueles que nascem em berço de ouro, eventualmente costumam dar uma volta na roda do infortúnio. Alguém com um perfil de realizações também pode ter uma coleção de fracassos, humilhações e tombos de costas. Jobs foi despedido pela própria companhia que ajudou fundar. E foi ainda nesse período de exílio que pegou uma pequena companhia de computação gráfica, mais tarde chamda Estúdios de Animação de Pixar, cuja venda o tornou bilionário.
Pode-se dizer que cair é humano, mas ressuscitar-se é um ato de coragem.
Jobs reconheceu seus fracassos em um discurso de começo de 2005 em Stanford, revelado agora. Ele revocou as noites que dormiu no chão dos quartos de dormir dos amigos e andar a pé por 11 quilômetro até um templo Hare Krishna para ter uma boa refeição na semana. Ninguém não pode marcar um encontro com o gênio da lâmpada para sacar a moral desta história.
Isto parece um desenvolvimento bastante natural da evolução, onde os fortes e astutos sobrevivem (e conquistam a garota) e os menos realizadores comem sucatas e apreciam a companhia da gentalha. "Perdedores", assim são chamados. Tão habitual é a nossa atenção ao fracasso que nem ao menos temos uma palavra para expressar o que os alemães definem o prazer em ver o fracasso dos outros.
Uma história dos fracassos humanos daria uma longa e interessante leitura, apesar disso, nós preferimos livros sobre o sucesso. Emocionamo-nos com o tema da vitória reta de chegada, aplaudimos o ponto extra e admiramos a nota 10 perfeita. Na literatura, qual não é o gosto da redenção senão a recuperação do fracasso humano? Não amamos ninguém mais do que homens ou mulheres que dizem: Eu cometi um erro, sinto muito, por favor me perdoe. Perdoar? Queremos carregar até o penitente em nossos ombros.
A confirmação do poder do fracasso, inspirada por Jobs recentemente, fornece uma reflexão espiritual bem-vinda para adultos estressados. Mas estamos nos esquecendo talvez o mais importante conto de moralidade que traz consequências profundas ao nosso futuro. Nossa obsessão pelo êxito e nosso medo do fracasso fluiu na formação de nossos jovens, nossas crianças, porum alto preço não só ao seu bem-estar psicológico mas também, enfim, à nossa capacidade de competir em um mercado global.
Em outro endereço de começo famoso, J.K. Rowling a Harvard em 2008, a autora "de Harry Potter" elogiou seus próprios fracassos como valiosos. “O fracasso deu-me uma segurança interior que eu nunca tinha alcançado passando nos exames,” ela disse. “O fracasso ensinou-me coisas sobre mim que não poderia ter aprendido por nenhum outro caminho.”
Se aceitarmos que a sabedoria, a confiança e uma melhor Apple são dádivas do fracasso, então por que tememos tanto permitir que as nossas crianças o experimentassem? Em uma cultura onde o fracasso não é bem entendido como necessário para crescer e realizações diminuídas por um código de resultados que resguarda o direito — então ninguém conseguirá ser mais sábio ou melhor. E uma nação povoada por tal tipo de pessoas, talvez possa não sobreviver.
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