sábado, fevereiro 11, 2017

A depressão na era eletrônica


.
HALL 9000
João Cruzué

A era da massificação digital já começou. Quem assistiu o filme "O Substituto" de Jonathan Mostow, protagonizado por Bruce Willis vai entender como é. Seres humanos isolados e deprimidos em suas casas, sendo representados por sósias-robôs, avatares humanos, sempre jovens, bem vestidos, representando socialmente durante o dia. E quando vem a noite, voltam para seus cabides, enquanto seus "originais" levantam-se sozinhos em uma casa vazia. Sozinhos, com milhares de seguidores zumbis no Twitter e no Facebook. A era do paradoxo real-digital.

A família não mais se comunica verbalmente. A filha, no quarto, pede um remédio para a mãe, na cozinha, por um SMS. A vizinha  tem um perfil no Facebook onde coloca as fotos da última viagem, que o esposo ainda nem viu.

O artista decadente digita algumas vezes por dia  seus bilhetes no Twitter que a maioria não lê. Envia centenas de pensamentos e frases pelo Facebook, que a maioria não presta atenção.

Todo mundo postando e pouca gente lendo.

Todos se comunicando e relacionando em um processo    relacionamento social de faz de contas - que na verdade não passa de um monólogo transmitido por programas-robôs, como no filme "Matriz". A massificação de mensagens que leva ao fastio.

Para onde isto nos leva?

Creio que já podemos observar alguma coisa. A coisificação dos relacionamentos sociais. twitters, faces, whatsapp, instagran, viber.  Uma geração de protagonistas digitais generosos, comunicativos, espirituosos. Por outro lado, na vida real estas pessoas são diferentes:  Egocêntricas, críticas ao extremo, frias, insensíveis e anti-solidárias, despossuídas de sensibilidade humana e de verdadeiro  espírito solidário. Este descompasso entre o digital e o real, o ser-o-que-não-é, ao meu sentir, é um gatilho perfeito para a solidão e a depressão.

Uma geração de potenciais depremidos, cujo excesso de tempo junto às maquinas faz desaprender como se relacionar de verdade.

Eu percebo que quanto mais trabalho com recursos eletrônicos mais automatizado vou ficando. O homem como extensão de um dispositivo eletrônico. Um apêndice. Esta interação eletrônica excessiva pode me tornar insensível e frio como a máquina.

Creio que estamos mesmo caminhando para sermos comandados por máquinas. Não por robocops, homens de ferro ou darth vaiders, mas por algo do tipo "Hall 9000" de Stanley Kubrick. A potencialidade da IA (Inteligência Artificial) já é uma realidade. Tudo nas sombras. Você não vê, não ouve, não sente, mas aquilo está "te" monitorando lá. Aliás, isto não é nenhuma novidade: Quando você abre uma conta no Face ou no Google, seus dados e seus hábitos de consumo estão registrados lá. Se o "Hall 9000" já era inteligente e desconfiado, imagina o que os algoritmos de nossa era possam fazer em um processador moderno...

Estamos perdendo o hábito da solidariedade. Cada um por si e Deus por todos. Os insensíveis da parábola do bom samaritano estão se replicando em nossos dias. Hoje, os sacerdotes e levitas apressados e individualistas estão na casa dos milhões. E os feridos e necessitados também andam pela casa dos bilhões. O déficit de solidariedade só aumenta e a falta dela brota incontida dentro de cada família.

Como podemos nos precaver do pior?

Não sei se isto é possível, mas alguém precisa ensinar o uso racional e mostrar o perigo oculto do uso excessivo dos eletrônicos. Eles foram criados para nos oferecer facilidades, mas estão criando dificuldades, pois viciam. Fazem perder a noção do tempo. Nos levam a procurar ambientes fechados e isolados para  fazer nossa "comunicação"  às centenas. Milhares. Mas perdemos a habilidade de dar bom dia ao pai e a mãe dentro da própria casa.


A falta de comunicação pelo excesso de comunicação.  A depressão colhida pelo descompasso entre a realidade e a imaginação. Sozinhos e deprimidos em meio a milhares de "amigos"
--



2001: A Space Odissey (música) - Beautiful Blue Danube - De Johann Strauss II






domingo, fevereiro 05, 2017

Como transformar uma derrota em vitória


"Andemos por fé,  e não por vista"
(Apóstolo Paulo) 
Medalha
João Cruzué
.
Por que muita gente se acha burra? Uma professora minha disse em sua aula que o cérebro tem um quilo e meio de massa e além de ser um milagre de Deus, pode ser também uma fábrica de crenças bloqueadoras.  

Estou velho demais;
É muito tarde para começar isso;
Não deu certo da primeira vez;
Eu sou um negro coitadinho; 
Eu sou uma branquela sem futuro;
Deus já se esqueceu de mim;
Na fila dos cérebros, eu cheguei atrasado;
Vou morrer na miséria;
Meu filho nunca vai largar as drogas;
Não vale a pena estudar;
Meu único caminho agora é me matar;
Não aguento mais ficar naquele trabalho; 
Minha saúde nunca vai melhorar;
Não consigo passar naquele concurso e
Deus não gosta de mim, etc.

Ninguém é burro, porque o CRIADOR fez cada um para um grande e maravilhoso propósito. Não aceite o rótulo de burro, porque se Deus tivesse criado você para ser um burro teria lhe dado quatro patas e duas orelhas grandes. E mesmo um burro, de burro mesmo não tem nada.

Há respostas e planos para todos os problemas do mundo dentro do seu cérebro. Como disse aquela mãe no filme "Mãos Talentosas" Você só precisa enxergar além daquilo que você vê" 

O mesmo conselho, deu o Apóstolo Paulo para os cristãos de Corinto: Andemos por fé, e não por vista."

O que você está vendo? Uma parede? um buraco sem fundo? uma vida destroçada? E se você levantar um pouco mais os olhos, o que sua imaginação pode ver? Deixe-me dar algumas sugestões

Um canudo de Doutor. 
Uma casa de três andares. 
O melhor emprego da sua vida. 
Três carrinhos de compra lotados no supermercado; 
Uma conta bancária com saldo mensal suficiente para você e sua família. 
Uma pessoa maravilhosa que Deus colocará em sua vida! 
Alegria de viver.
O pagamento de todas suas dívidas, etc.

Deus não é um mágico a nosso serviço. Isso ele não é. Mas Você precisa usar sua imaginação, e deixar de aceitar as sugestões do diabo, onde tudo é notícia ruim.  Nossa imaginação é uma fábrica de sonhos, ela pode  mostrar grandes coisas. Um dia, todo este fracasso e pessimismo será passado, e você, agradecido a Deus pelos tempos difíceis porque estes foram um ponto de inflexão em sua  vida. A mesma probabilidade que algo pode dar errado, também pode dar certo.

Por fim, o cérebro só consegue  levar você ao grande propósito de Deus para sua vida, se você fizer ele trabalhar: orando, estudando, trabalhando, engatinhando, andando, correndo, voando! 

Não perdendo seu tempo com coisas lhe garantem lazer mas que o deixam ignorante. Não há limite de espaço para o conhecimento dentro da sua mente. Mas se você deixá-la ociosa ou alimentá-la com coisas inúteis, não só vai falhar na conquista daquilo que Deus planejou para você, como também privar a sua família de um futuro melhor.

Se você olhar para baixo, vai continuar vendo só miséria, e coisa ruim. Se levantar um pouco os olhos, vai começar a ver uma luz, alguma claridade a sua frente. Se continuar levantando os olhos, você vai ver a bênção de Deus para você, um pouco mais longe. Se você olhar para cima, vai ver o céu de Deus que não tem limites.

Não deixe que o diabo oprima você com uma enxurrada de notícias ruins. Ele trabalha com mentiras, se você lhe der crédito, e perder seu tempo com coisas ruins, vai acabar pensando que elas são verdades, mas não são. Se o SENHOR DEUS tem um propósito na sua vida, é da vontade DELE cumprir este propósito. E se é da vontade DELE, tudo você pode naquele que "te" fortalece.