domingo, agosto 24, 2014

Carta para um adolescente cristão

.
Não pare no meio do caminho
João Cruzué

Este é um texto longo para o padrão teen. Mas vai valer a pena chegar até o fim. Você não vem pedindo a Deus para falar com você? É isto que vai acontecer em algum ponto desta mensagem. Abraço.

-----------

Tenho visto dezenas de adolescentes (e adultos também) indo à frente do púlpito no fim da pregação da mensagem a convite do pregador outra oração. E outra. Mais outra... e tudo continua do mesmo jeito. O mesmo tédio, o mesmo desânimo, a mesma fraqueza, parece que nada muda.

E Isto eu vi acontecer de novo neste domingo. Quando eu olhei,  vi aqueles rostos de sempre. Meu coração se moveu e eu chorei. Vi que eles estavam preocupados com sua forma de caminhar diante de Deus.

Chorei porque vi ali uma angústia e um desejo sincero de buscar ajuda do Senhor Jesus. Alguns já estavam parados na fé, sem forças para voltar a caminhar. Outros estavam tropeçando nas pedras das dificuldades. Outros tentando se livrar das redes do pecado. Tempos difíceis.

Difíceis pelas muitas ofertas de pecado. Difíceis pelas muitas cobranças. Estudos, trabalho, falta de dinheiro, responsabilidades. Por outro lado, tem a questão da não aceitação nos grupos - a rejeição do patinho feio. A experiência do primeiro amor ou da primeira desilusão. "De quem eu gosto não gosta de mim". O mundo dos adultos definitivamente não é um lugar confortável para um adolescente, senão estranho e hostil.

O que é muito valorizado pelos adolescentes não cristãos na atualidade é, via de regra, repugnante diante dos olhos de Deus. E manter a fidelidade ao Senhor exige compromisso, mas também é um investimento. E este compromisso de fidelidade é muito importante na hora das necessidades mais agudas, quando você ora e Deus responde. Esta é a diferença.

Muitas coisas eu poderia dizer olhando para os micos e babaquices que aconteceram na minha adolescência. Até os 18, era muito raro ter algum dinheiro no bolso. Quando recebi meu primeiro salário, gastei tudo em roupas, cintos , perfumes... Na maioria das vezes, eu olhava as coisas com um olhar comprido. Sonhos de consumo impossíveis.

Alguns desistem facilmente da fé, parando pelo meio do caminho em busca de se dar bem roubando, prostituindo-se ou sendo escravos do tráfico de drogas. Dinheiro amaldiçoado. Vida sem paz e sem Deus. A morte mora bem perto, do outro lado da parede.

Aos 18 aceitei a Jesus como meu Salvador. Aos 19 eu me firmei na fé. Foi no dia do meu aniversário. Foi quando eu entendi mais claramente o que significava aceitar Jesus como SENHOR. Batizei-me nas águas pouco tempo depois. Também recebi a promessa do batismo com o Espírito Santo, algo hoje que está completamente desvalorizado. Foi só a partir daí, eu entendi o que era a verdadeira alegria, pela presença de Deus em minha vida.

Passei por muitas aflições, mas nunca perdi a alegria nem a paz. E uma dessas aflições foi a "sugestão" de meus pais para que eu saísse de casa, depois que me tornei um crente. Isto basta. Foi este o preço que paguei, para poucos anos depois ver os dois aceitando também a fé. Minha mãe veio primeiro e depois meu pai. Os dois já estão com Jesus.

E depois que o Espírito de Deus fez morada em mim, aprendi o exercício do perdão. Que devemos perdoar sempre, mesmo que isto seja muito difícil. O perdão é a condição para que a presença de Deus permaneça em nossas vidas. Isto é muito importante para obtermos as respostas de nossas orações.

Se eu fosse examinar cada ano da minha fé para definir o que foi mais importante para minha aproximação de Deus eu diria que manter um coração perdoador. Eu não fiquei parado à beira do caminho, chorando pelas decepções do passado. Podemos receber muitas bênçãos, mas não vamos conseguir receber todas.

Algumas orações têm respostas imediatas. Mas para que a nossa fé cresça, Deus sabe que não pode nos dar tudo o que queremos. Ele quer que aprendamos também a esperar pelas respostas. E esperar não é muito do nosso feitio, mas é bíblico: Esperei com paciência no Senhor e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor. O Senhor sempre nos ouve.

Não pare no meio do caminho.

Abandonar a esperança e descrer das promessas da palavra de Deus é uma triste realidade. Existe uma guerra espiritual e o diabo conta com as frustrações e decepções do nosso dia a dia para enfraquecer a nossa fé. Eu sei que o SENHOR existe e que confia em nós nessas pequenas batalhas cotidianas que travamos, para não sermos envenenados pelas coisas do mundo.

Santidade é separação das coisas do mundo. O domínio da nossa vontade é uma batalha crucial. Ou agradamos ao Senhor e a seu tempo colhemos os bons frutos da nossa oração ou se desistirmos de esperar damos de "bandeja" nosso futuro para o diabo. Se permanecermos fiéis durante as tribulações, Deus nos dará vitória naquilo que precisamos.

Não importa quem ou o que esteja afligindo você. Não importa o tamanho da "pedra" no seu sapato. Confie nas promessas do Senhor. Fique firme. Seja fiel. Pois chegará um tempo, em que você vai receber a resposta de Deus para todas as suas necessidades.

Para isso, não tenha comunhão com o mundo. Não tenha amizade com colegas mundanos. Seja separado daquilo que não presta, e Deus vai amá-lo como filho, como filha. E tudo que você pedir vai receber. Uma outra coisa tão importante quanto. Não fique perto das pessoas que só veem o lado ruim das coisas, o defeito das pessoas, o lado ruim de tudo. Elas podem fazer de você uma cópia delas.

Que fique bem claro: pessoas que veem o lado ruim de tudo SEMPRE em todo tempo. Pare e observe: eu disse sempre! Os olhos delas estão acostumados a enxergar apenas o que é ruim. Se apenas enxergassem, ainda não teria problema, mas elas não só veem, como também falam MAL o tempo inteiro de tudo e de todas.  Abra bem os olhos para ver isto que estou dizendo.

Deus é fiel. A provação vem, mas ela passa porque Ele se lembra de nós. Eu sei disso, é assim que vem acontecendo comigo há 34 anos. O Senhor tem sido fiel. Tenha você também um firme compromisso de fidelidade com ele, como fez Daniel. Se você não firmar este compromisso de fidelidade e santidade com o Senhor, não haverá oração que baste.

Depende de você. Se você for fiel, você conseguir ajuda do Senhor para estudar, se graduar, se casar, comprar sua casa, criar uma família abençoada, possuir um carro novo, ser uma bênção para você e a sociedade. Jacó não tinha nada quando fugiu de casa. Deus o fez rico. Mas Jacó aprendeu a ser fiel com o Senhor.

Seja fiel em tudo. Nunca fique parado no meio do caminho, pois as maiores bênçãos da sua vida, ficam para ser recebidas depois.


A paz do irmão João.



.




.

Opinião sobre pastores evangélicos na politica




JOÃO BATISTA CRUZUÉ


A quantidade de pastores candidatos a cargos eletivos em 2014 é assombrosa. "Nunca antes na história desta nação" isto ocorreu com tanta intensidade.  A tendência é que isto se avolume nos próximos pleitos. Não estou falando do exercício da política, mas de representação. Sei de pastores que  cuidaram de congregações, cooperaram à frente do rebanhos e pastores que receberam o título por "herança" familiar, bajulação ou por outros interesse que não a vontade do Senhor.  As consequências de uma candidatura política ,que troca a vontade o arado do Senhor por Brasília ou coisa menor, tem afetado diretamente a credibilidade da Igreja.

Quando um pastor ouve o canto da sereia e deixa o arado do Ministério é porque perdeu o siso e se deixou enganar pelo diabo. A Bíblia mostra em Gênesis que a "serpente" sabia o porquê da existência da árvore da ciência do bem e do mal no meio do jardim do Édem. Mas tratou de induzir ao erro apresentando uma nova versão. E deu-se a queda.

--Filho vai trabalhar na minha vinha!
--Sim, meu Pai. Só que depois trabalhar por muitos anos, se cansou e desistiu.  
Desistiu, porque a vinha não lhe dava mais encanto.

A Bíblia traz muitos exemplos de quedas in felizes.

Um deles é do infeliz profeta em I Reis, capítulo 13, quando deu ouvidos a outra "serpente" que o enganou dizendo mais ou menos isso: "Olha, O Senhor, antes, tinha falado assim... Mas, agora, Ele mudou de opinião, e você pode ir comigo lá para  minha casa, para comer pão.  O fruto do assunto em Gênesis, foi trocado pelo  pão, no tempo dos Reis.

Paulo foi de uma precisão ímpar quando definiu a interpretação (Gálatas 1;8) deste assunto:

Ainda que NÓS MESMOS ou que  que um ANJO DO CÉU 
vos anuncie outro evangelho,além do que tenho vos anunciado, 
seja ANÁTEMA.

Quando um pastor desmerece a chamada ministerial do SENHOR, e segue após o convite ou estímulo de profetas velhos, este pastor tomando um atalho e fazendo uma decisão errada. Imagino que na beira do caminho da vida cristã há muitas saídas e na placa de uma delas está escrito:  

Brasília a  2 km.  

Só que não está  informado se se trata apenas da distância  até a saída para Brasília, ou se é a Cidade que fica à distância de 2 km. Atalhos são desvios do Caminho, e a palavra de DEUS, no livro do Profeta Isaías (30;21) é clara: 

E os teus ouvidos ouvirão a palavra que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda"

Quando um pastor deixa o CAMINHO do SENHOR para entrar na política ele está voltando ao EGITO, atrás das cebolas de faraó. E quando estes pastores racionalizam, justificando as atuações de JOSÉ do Egito e DANIEL na BABILÔNIA estão cometendo um erro de interpretação. Tanto José, como Neemias quanto Daniel estavam em terra de servidão. Foram levados como cativos para aqueles lugares, coisa que de vontade própria - nunca teriam ido. E a vontade deles - na terra de servidão - era voltar para sua terra.

Se as aves da beira do caminho roubam as sementes dos que recebem com desdém as sementes do evangelho, é no desvio para os atalhos que o diabo coloca os abutres para destruir o ministério dos pastores insatisfeitos. A diferença é que estes se desviam, mas continuam  pensando que são ministros de Deus.

Por outro lado, é assim que o SENHOR revela o caráter daqueles que são mordomos dentro da sua Igreja. Ele não tenta ninguém, no entanto,  cada um cai no engano de suas próprias concupiscências.