domingo, maio 26, 2013

Carta Evangélica ao CNJ - Conselho Nacional de Justica


João Cruzué
(livre para cópia)
Esta carta representa minha opinião e minhas convicções evangélicas. Não tenho a outorga do povo evangélico para falar em nome dele, mas tenho certeza que milhões deles gostariam de dizer em termos mais ou menos incisivos, sempre respeitosamente, o que está opinado abaixo.

O CNJ - Conselho Nacional de Justiça,  aprovou  em 14/05/13, por maioria de votos (14 x 1), uma resolução que obriga todos  cartórios do Brasil a celebrar o casamento civil em pessoas do mesmo sexo. O Autor e defensor da proposta foi o Ministro Joaquim Barbosa, Presidente do STJ - Supremo Tribunal Federal.

O  único voto contrário à Resolução foi dado pela mais nova conselheira da Casa,  Maria Cristina Peduzzi, que  para ela,  é da competência  do Congresso Nacional a tarefa de definir o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.

Este ato foi encorajado pela preexistência de um outro, de autoria do STJ - Supremo Tribunal Federal, que atropelou o Congresso há um ano, mudando o espírito da Carta Magna no seu artigo 226:

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. 

Como cidadão brasileiro consciente dos meus direitos quanto à manifestação de opinião, quero expressar em alto e claro tom que Vossas Excelências erraram ao participar do segundo atropelo do Congresso Nacional já, há poucos dias, acutilado pelo Ministro Joaquim Barbosa como um Congresso de "faz de contas". E eu creio que a provocação do Ministro infelizmente foi correta, porque se no primeiro atropelo quedaram em silêncio, agora, à luz do dia, uma força bem menor tornou passar por cima das funções privativas da mesma Casa.

Com muito humildade, eu afirmo a Vossas Excelências - que deveriam ser o exemplo do respeito aos direitos constitucionais - atropelaram, sim, pela segunda vez, o mesmo Congresso, quando passaram por cima de uma Carta Magna com resoluções minúsculas. A Carta Magna,  Excelências,  foi o resultado do exercício do direito legitimado pelo voto do povo. A Constitução emana do povo. Nenhuma resolução de quem quer que seja, não tem a altura necessária para descartar no lixo a letra de uma Constituição. E foi isto fizeram e agora estão fazendo de novo. Um desrespeito aos Congressistas e ao povo que os elegeu.

E o desrespeito começou logo por quem tem o dever de respeitar a Constituição. É sabido que os homens e mulheres que elaboraram e votaram a Constituição Brasileira tinham plena consciência, à época e a gora, de que aos Ministros do STJ ou Conselheiros do CNJ não é dado o direito de mudar o espírito dos artigos e dos parágrafos da Constituição. O pretexto de uma modernidade discutível não pode ser o start de para mudar a Letra Constitucional na canetada. Isto traz um precedente muito perigoso.

Vossas Excelências, em um pequeno momento exposição da mídia, estão trazendo sobre si um olhar de reprovação dos cidadãos mais esclarecidos da Nação. Tenho certeza de que, com estes arroubos de legislação, cruzaram o limite do bom senso. E se tivermos uma reação desproporcional deste mesmo Congresso, desmerecido, quem vai perder é a Nação Brasileira quando o Congresso em ato legítimo colocar uma tranca desproporcional às invasões de competências tanto do STF, quanto do CNJ e do MP.

Já que Vossas Excelências estão tão ansiosos por legislar nas costas do Congresso, pelo menos o façam pela porta da frente: ano que vem teremos eleições majoritárias e proporcionais.  Candidatem-se!  Conquistem o direito de legislar de forma legítima. Participem diretamente do processo democrático de escolha de lideranças. Adquiram o cheiro do povo. Deixem o ar climatizado de vossos gabinetes e venham conhecer de perto necessidades bem mais urgentes de nosso povo. Se conhecessem bem isto, garanto que teriam conhecimento de que as mazelas de nossas crianças e juventude (fome, prostituição, drogas, falta de livros, cadernos, calçados, analfabetismo crônico, escravidão, orfanatos, tráfico)  o casamento homoafetivo viria em um dos últimos lugares.

Por que a pressa, Excelências?

Uma Constituição não se muda no tapetão ou na canetada. Qualquer mudança constitucional deve ser feita no voto e no Plenário das duas Casas. Se não for mais assim, logo, qualquer um pode atropelar o Congresso, uma vez que o mau exemplo está sendo dado por quem não devia.

Quero ainda expressar mais profundamente minha indignação quanto a esta resolução do CNJ nos seguintes termos: 

Hoje,  é moda no mundo inteiro que seus governantes coloquem  o casamento gay à frente de muitas coisas mais importantes. Isso pode ser visto recentemente na França, na Grã Bretanha e nos Estados Unidos. Mas lá, isto é mudado pelo Congresso ou Parlamento, não na canetada ou no tapetão.

Excelências, daqui mais alguns anos, a tal "modernidade" poderá  clamar por uma nova mudança, pois o casamento gay, atual, vai envelhecer.  O que dizer  reconhecimento da existência de um casamento pela união de  um pai com a própria filha? E de novo as nações do mundo irão dizer que isto é o novo conceito de família moderna. Vão reclamar que a mudança não é possível pela via legislativa, por causa do peso dos votos dos seguimentos conservadores da sociedade (voto evangélico). A culpa, de novo, será atribuída aos pastores evangélicos, que "lavam" a cabeça dos "coitadinhos".

Quero ir mais longe em meu texto. 

Em um livro publicado pela Editora Record nos anos 80s, entitulado "Os 40 anos finais da terra", de cujo autor não me lembro momento, estava escrito que ia chegar um tempo que o próprio satanás iria abrir o peito cheio de malignidades  e lançar sobre a sociedade toda sua podridão sobre a família. E esta última "modernidade"  seria a mãe enamorar e  se casar com o próprio filho. E dessa forma, e pelo mau exemplo de hoje, eu, infelizmente, posso ver lá no futuro um órgão "tipo" CNJ, fazendo outra resolução, para adaptar na canetada o novo "moderno", a "última" moda  à letra da Constituição.

E vou ainda mais longe.  

No ritmo que esta "modernidade" vai, ficará velha e chata, a ponto de exigir uma outra ainda "mais" moderna.  A Bíblia Sagrada registra que o mundo "jaz" no maligno. Diz também que o diabo veio para roubar, matar e destruir. E no aspecto de desconstrução familiar,  quem é que pode me contradizer, se daqui a 30 ou 50 anos surgir a moda de uma pessoa se unir afetivamente com um animal? 

Juízo, Excelências. 

Cuidado com  a falsa impressão de sucesso perante os olhos do povo. Aquela fábula da roupa dourada do imperador, que foi feita com invisíveis fios de ouro é muito oportuna. Na pressa de seguir a modernidade, que só os "inteligentes" podem ver, Vossas Excelências podem aparecer "descobertos" diante dos olhos do povo  "menos inteligente".


sábado, maio 25, 2013

TESTEMUNHO DA CONVERSÃO DO PR. WATCHMAN NEE

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CONVERSÃO E INÍCIO DO MINISTÉRIO


Tradução: João Cruzué

"Meu nascimento foi em resposta de uma oração. Minha mãe tinha muito medo de que sucedesse a ela o mesmo que acontecera a sua cunhada que tivera seis filhas, o que segundo os costumes chineses era ruim, pois meninos eram os mais desejados. Mamãe já tivera duas meninas, e embora não entendesse completamente o compromisso de uma oração, ela orou ao Senhor e disse: “Se o Senhor me der um filho, eu lho darei de volta de presente". E, o Senhor ouviu sua oração, e eu nasci. foi meu pai que mais tarde me dissera que antes do meu nascimento minha mãe tinha-me prometido ao Senhor".

Para muitas pessoas, a característica proeminente de ser salvo é o ato de ser liberto do pecado. Entretanto, para mim a questão era se eu aceitaria Jesus e me tornaria seu seguidor e um servo ao mesmo tempo. Eu Fiquei assustado porque se me tornasse um cristão então eu seria chamado para servir a Cristo, e isto iria custar muito caro para mim. Conseqüentemente, o conflito foi resolvido assim que eu percebi que minha salvação deveria ter os dois aspectos. Então, decidi aceitar Cristo como meu Salvador e servi-lo como meu Senhor. Isto foi em 1920, quando tinha 17 anos de idade.

"Na tarde de 29 de abril de 1920, eu estava sozinho em meu quarto lutando para decidir se deveria ou não crer em Cristo. Primeiro, eu estava relutante, mas assim que tentei orar, vi a magnitude dos meus pecados e a realidade, a eficácia de Jesus como Salvador. Assim que eu visualizei as mãos do Senhor estendidas sobre a cruz, elas pareciam me envolver e vi o Senhor dizer: Eu estava aqui esperando por você!

Observando efetivamente o sangue de Cristo limpando meus pecados e cobrindo me de tanto amor eu o aceitei ali mesmo em meu quarto. Anteriormente, eu havia rido das pessoas que aceitavam Jesus, mas naquela tarde, a experiência se tornou também real para mim, e eu chorei, e confessei meus pecados, procurando pelo perdão do Senhor. Assim que fiz minha primeira oração, eu conheci uma alegria e paz tais, que eu nunca tinha experimentado antes. Uma luz parecia fluir no quarto e eu disse ao Senhor: Jesus, o Senhor tem sido deveras misericordioso para comigo."

Depois que me tornei um salvo em Cristo, enquanto meus colegas traziam novelas para ler em classe, eu levava a Bíblia para estudar. Mais tarde, eu deixei a Faculdade para entrar em um Instituto Bíblico, sediado em Xangai criado pela irmã Dora Yu. No começo, por muitas vezes, ela muito educadamente tentou me expulsar do instituto com a explicação de que era inconveniente para mim ficar ali mais tempo. Na realidade era por causa de meu exigente apetite, roupas diletantes e costume de me levantar muito tarde pelas manhãs. Ela queria me mandar embora. Meu desejo de servir a Deus tinha levado um sério revés.

Embora eu pensasse que minha vida tinha sido transformada, de fato permaneciam muitas e muitas coisas que precisavam ser mudadas. Percebendo que eu ainda não estava pronto para o serviço do Senhor, decidi voltar a escola secular. Meus colegas de classe reconheceram que algumas coisas tinha alterado em minha vida mas que existiam muitas outras que ainda permaneciam em meu velho temperamento . Por isso, meu testemunho na escola não era muito poderoso, e quando pela primeira vez dei meu testemunho para o irmão Weigh, ele não me deu atenção.

Seguindo minha nova natureza de salvo já havia muitas mudanças e todo um planejamento de mais de dez anos se tornou sem significado e minhas ambições de uma brilhante carreira já estavam sendo descartadas. A partir daquele dia com uma inegável certeza do chamado de Deus, eu sabia qual deveria ser carreira da minha vida. Eu entendi que o Senhor tinha me escolhido para si, para minha própria salvação e para sua glória. Ele tinha me chamado para servi-lo e para ser seu amigo-operário.

Antes eu desprezava pregadores e pregações porque naqueles dias eles eram assalariados dos missionários americanos ou europeus, e por este serviço ganhavam deles míseros oito ou nove dólares de prata por mês. Eu nunca imaginaria, nem por um momento, que me tornaria um pregador, uma profissão a qual eu considerava tão insignificante.

Depois de me tornar um cristão, tive espontaneamente um desejo de levar outras pessoas para Cristo, mas depois de um ano de testemunho e testemunhando para meus colegas de escola secular, não havia nenhum resultado visível. Eu pensava que mais palavras e mais razões seriam eficientes, mas meu testemunho parecia não ter um efeito poderoso sobre as pessoas.

Tempos mais tarde, encontrei uma missionária da Região Oeste, a irmã Grose, que me perguntou quantas pessoas tinham sido salvas através de mim naquele primeiro ano. Eu abaixei minha cabeça e vergonhosamente confessei que a despeito de minhas tentativas de pregar o evangelho para meus colegas, nenhum deles tinha se convertido.

Então, ela me disse francamente que deveria existir alguma coisa errada impedindo minha comunicação com o Senhor. Talvez fosse um pecado escondido, dívidas ou algum outro impedimento. Admiti que tais coisas existiam e ela me arguiu se estava disposto resolvê-las, imediatamente. Concordei. A seguir me perguntou como dava meu testemunho e eu lhe disse que escolhia as pessoas ao acaso e lhes falava a respeito do Senhor, se elas mostrassem algum interesse. Ao que a missionária me ensinou que eu deveria fazer uma lista e orasse por meus amigos primeiro, enquanto aguardasse pela oportunidade de Deus para testemunhar para eles.

Imediatamente, comecei a colocar minha vida em ordem para eliminar os problemas que impediam minha comunhão com o Senhor. Ao mesmo tempo, fiz uma lista com o nome de setenta amigos com o propósito de orar por eles diariamente. Alguns dias eu orava a cada hora, até na sala de aula. Quando as oportunidades vieram eu tentava persuadi-los a crer no Senhor Jesus. Meus colegas freqüentemente diziam jocosamente, lá vem o Sr. pregador, vamos ouvir sua pregação... Embora de fato, eles não tivessem a mínima intenção de ouvir.

Eu contei, depois, meu fracasso a irmã Grose e ela me persuadiu a continuar orando até que algum deles fosse salvo. E, com a graça do Senhor continuei orando diariamente, e depois de vários meses, todas, com exceção de uma, das setenta pessoas daquela lista foram salvas

Frases de Watchman Nee:"A menos que sejamos tratados e quebrantados por meio da disciplina, estaremos restringindo o poder de Deus. Sem o quebrantamento do homem exterior, a igreja não pode ser um canal de Deus".

Em sua última carta, escrita no dia de sua morte: "Apesar da minha doença, ainda continuo cheio de alegria em meu coração." 
http://www.watchmannee.org
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Ultima nota: Nee tinha um espinho na carne controlado pela graça de Deus. Desde 1924, ele era tuberculoso. Sobre esse assunto, estive olhando o material e pude ver que a luta de Nee em oração contra essa doença é de uma inspiração e edificação maravilhosas. Ele dependia do Senhor, todo dia, para viver por causa da doença. Viveu com ela 48 anos. Deve demandar umas duas semanas de tradução. Orem por mim, pois gostaria de compartilhar essa bênção com meus leitores.

Comentários: quando olho para as fotos deste chinês, meus olhos ficam molhados. Para ser cristão na China, naquela época, tinha que desprezar a própria vida. Ele sabia o preço e não negociava. Quando quiseram libertá-lo, em 1968, com a condição de nunca mais pregar o nome de Jesus, ele não aceitou e assim o mantiveram no cárcere até à morte. Quando for da próxima vez a uma livraria cristã, não perca tempo. Watchman Nee escreveu sobre aquilo que vivenciava.

Agora veja 90 fotos aqui da Igreja Evangélica da China

Fonte de pesquisa do testemunho