domingo, setembro 02, 2012

Denúncia do uso do kit gay em escolas públicas

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Sala de aula
João Cruzué

Recebi na semana passada um email de uma senhora evangélica, contando seu desapontamento com o corpo docente da escola da sua filha.  No texto do email ela  disse, entre outras coisas, que  foi passado  um vídeo que mostrava uma cena de dois garotos se beijando. Com isso a professora estava disfarçadamente fazendo apologia dentro da sala de aula de comportamento homossexual, sobre o pretexto de ensinar respeito a diversidade.

A seguir ela me perguntou: Irmão João, com quem eu devo reclamar que não aceito este tipo de ensino na sala de aula. Eu lhe disse que iria pensar e pesquisar.

Sobre a existência deste "material" nas escolas públicas de ensino fundamental, eu já tenho conhecimento disso há mais de três anos. O MEC, na pessoa de seu antigo ministro, Fernando Haddad, já disse para a imprensa que os vídeos que estão circulando por ái nas escolas, não tem aprovação do MEC. Diante disso, minha opinião é: Se estes vídeos não tem aprovação do MEC, então eles são clandestinos ou piratas. 

Este material só pode ser veiculado dentro de uma sala de aula, se for autorizado por algum órgão oficial que tenha competência para tanto. Se a Diretora de uma Escola está permitindo seu, é porque, ela é a responsável pela autorização ou, suponho, exista uma ordem de alguém superior.

Diante disso, minha sugestão é: Primeiro, digitar uma carta no computador endereçada à Diretora da Escola, contando de forma educada o que aconteceu na sala de aula com seu filho/filha,  pedindo esclarecimentos sobre os vídeos utilizados: sua procedência e quem foi a autoridade  que  ordenou sua distribuição. Coloque  no Correio em uma CARTA REGISTRADA, guardando cópia da carta e o recibo do registro.

Se depois de  uns 10 dias não chegar resposta alguma, sugiro que a mãe ou pai do aluno vá até a escola com uma testemunha, e pergunte também de forma EDUCADA, porque não lhe deram resposta à carta enviada.

 Se a direção da escola não disser de forma bem clara quem foi que aprovou oficialmente o uso deste kit dentro da sala de aula, minha sugestão é que procure primeiro o Conselho Tutelar. Ao mesmo tempo procure o Juizado de Menores. Também há o Ministério Público da cidade ou da comarca(promotor de justiça)  Conte o que está acontecendo na escola onde seu filho/filha estuda, e pergunte que providências podem ser tomadas.

Dessa forma, se houver desrespeito de norma legal, ou distribuição de material clandestino na escola a Direção vai pensar duas vezes antes de usar materiais clandestinos dentro de uma sala de aula.  Nada contra Mestres ou Gays, mas uma sala de aula  não é lugar qualquer onde se possa  ensinar costumes que competem à família: pais e mães. 
 
O leitor poderia responder: Irmão João, eu tenho medo de que meu filho seja perseguido na escola. Bem, isso pode mesmo acontecer. Mas eu penso, que o custo da sua omissão pode ser bem maior, tanto para sua casa quanto para as famílias de todos os colegas de seu filho.  Faça uma análise de custo/benefício. Depois vai orar e pergunte para Deus, se você deve ficar em silêncio ou se deve agir.

O ambiente de uma sala de aula deve ser sagrado - pois ali é o templo em que o indivíduo recebe capacitação para se tornar humanamente livre. Livre da miséria, livre da pobreza, livre da ignorância, livre da servidão,  livre do atraso. Livre para pensar. Não é lugar para que aproveitadores coloquem cabrestos e ensinem costumes à revelia do Estado e da família.

O  Brasil está mudando. E a justiça está à disposição do cidadão para exigir o cumprimento de direitos e cobrar responsabilidades de atos feitos sem amparo legal.


Inhotim, macaúbas, Globo Rural e dinheiro público

João Cruzué 

Vou começar meus posts desta semana falando de verde e  amarelo. Ambientalismo e dinheiro. Dinheiro de fontes privada e pública.  Quanto à aplicação de recursos de origem privada  ambientalismo granfino, sou totalmente a favor. Mas, se for feita com repasses de dinheiro público, minhas prioridades se afastam do meio ambiente e focam nas necessidades humanas de um país que frequenta as listas das maiores desigualdades do mundo  que sob um olhar cristão, é uma lástima

O Globo Rural de hoje, 02.09.12, mostrou o Inhotim, um tipo de reserva ecológica que foi criado a partir de uma cava de mineração e que se transformou em um Jardim Botânico para desenvolver a propagação de plantas nativas da flora brasileira. São mais de 4000 espécies de plantas espalhadas por uma área de 100 hectares. Em uma palavra: lindo, por isso printei três imagens.


 Inhotim

Ttransplante de macaúba

Resgate de macaúba - Acrocomia acuelata


Eu adoro plantas. Gosto muito de fazer mudas. Nasci no campo e passei a vida cuidando e plantando árvores. Acho maravilhoso o projeto do Inhotim. Gostaria que centenas de inhotins fossem implementados pelo país inteiro, principalmente com verba particular.

Por outro lado, também tenho uma crítica a fazer. Nesta reportagem do Globo Rural foi falado que em nove dias foi realizada uma operação envolvendo a coleta de 87 macaúbas adultas. O resgate e transplante de cada "Acrocomia aculeata" custou R$ 20 mil reais. Fazendo   uma conta simples: são  87 x 20, igual a R$ 1.740.000,00. Um técnico disse que não queria esperar 15 anos para ver sementes de macaúbas se tornando árvores adultas. Ouvi também que as palmeiras resgatadas tinham mais ou menos 10 anos.

Como esta Entidade é uma OSCIP - Organizaçã da Sociedade Civil de Interesse Público, definida titulada pela  Lei 9.790/99 , certamente deve  receber dinheiro público através de algum convênio ou  Termo de Parceria. E se os gastos nos transplantes destas Palmeiras foram feitos mesmo com dinheiro público, temos um problema. 

Como contribuinte (compulsório) do governo que tira do meu bolso uma parcela bem grande do meu salário na mais variada forma de tributos, jamais concordaria destinar quase 2 milhões de reais, para arrancar e transportar 87 macaúbas para qualquer lugar que seja para agradar um técnico apressado. Se a mim me fosse dado o direito de decidir, escolheria que se fizesse um viveiro para plantar umas mil, 2 mil sementes e depois esperaria os dez anos.

Espero que este projeto não tenha sido custeado  com dinheiro vindo de um convênio ou Termo de Parceria com um órgão de Governo. A vista de outras necessidades bem mais urgentes, gastar uma fortuna dessas com 87 macaúbas, eu considero que seja um grande  desperdício de dinheiro público. 

E digo mais.  

Na minha opinião, quem concedeu a licença ambiental essa mineradora para desmatar a área, deveria ter exigido o custeio do transplantio da flora.  Não ficou transparente para mim, observando o site do Inhotim uma coisa: Se há dinheiro público aplicado em algum projeto da entidade. Se há,  gostaria de saber quanto, e quem é órgão público  repassador. Como contribuinte, eu tenho direito de cobrar  transparência. E em questões de "accountability" o site do Inhotim deixa muito a desejar, pois não consegui ver nenhuma prestação de contas. 

Tenho pesquisado sobre eventuais benefícios públicos no Diário Ofícial Mineiro,  encontrei estes números pequenos:

Protocolo: 0418/001/2010
Nome do Projeto: Inhotim em Cena Empreendedor: Instituto Cultural Inhotim
Município: Brumadinho 

Valor do incentivo aprovado: R$425.369,00

Protocolo: 0976/001/2010
Nome do Projeto: Instituto Cultural Inhotim
Empreendedor: Instituto Cultural Inhotim
Município: Brumadinho
Valor do incentivo aprovado: R$500.000,00

Protocolo: 1643/001/2011
Nome do Projeto: Programa de Democratização Cultural do Instituto Inhotim - 2012
Empreendedor: Instituto Inhotim
Município: Brumadinho
Valor aprovado: R$418.433,00

Protocolo: 1466/001/2011
Nome do Projeto: Inhotim em Cena 2012
Empreendedor: Instituto Inhotim
Município: Brumadinho
Valor aprovado: R$342.000,00


E, quando terminei minha pesquisa no Diário, encontrei uma  matéria bem mais cabeluda (nº 1), que não vou comentar, mas deixo  links para quem quiser ir bem fundo.

1.  Jusbrasil/Inhotim

2. Estadão

3. Bernardo Paz