sábado, março 17, 2012

O olhar de Jesus

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Ator Robert Powell - Filme Jesus de Nazareth (1977)
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"Eu sou a luz do mundo; quem me segue

não andará em trevas, mas terá a luz da vida."


João 8:12
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João Cruzué

É notável a diferença entre o olhar de Jesus e o olhar dos homens. Estes habituam-se bem cedo ao pessimismo, ao desprezo, à desconfiança e à crítica. Ajustam o foco sobre as fraquezas, os defeitos, explorando detidamente o lado mesquinho e hipócrita das pessoas. Jesus Cristo, a expressão viva do amor de Deus, não segue o padrão humano, quando examinamos sua maneira de olhar nas páginas do Evangelho.

Por exemplo: Quando Jesus viu Pedro pela primeira vez, não criticou suas fraquezas nem profetizou que o negaria - embora já soubesse de tudo isso. Em lugar de uma taquara (o significado do nome Simão) Cristo via uma rocha; por isso trocou seu nome para Cefas.

É assim que Jesus nos vê.


Quando nos aproximamos dele, não aponta o dedo para nossas fraquezas para que murchemos e desanimemos. Seu olhar  procura por algo  bom em nosso interior, ainda que seja apenas uma partícula de bondade entre um milhão de defeitos. Se você procurar por Ele, vai ver que é assim.

Quando Jesus viu o baixinho Zaqueu no alto da figueira não zombou dele perante as pessoas. Poderia ter dito bem alto: Eis ali em cima o chefe mais corrupto dos coletores de impostos  de Jericó. Não, ele não fez isto. Outros  diriam assim. Mas Jesus olhava para Zaqueu com amor. Foi por isso que sorriu e disse: Zaqueu, desce depressa, pois hoje me convém jantar em tua casa".  Apenas  um olhar e algumas palavras foram suficientes para produzir a mudança mais inesperada na vida do chefe dos publicanos de Jericó.

Já o olhar do diabo é exatamente o contrário. É crítico. Procura insistentemente por qualquer mancha para humilhar, desprezar e destruir. No livro de Jó, isto fica patente. Deus elogiava Jó e o diabo rebatia. Sua especialidade é levar a amargura de espírito porque é um ser amargurado.


Nós também costumamos menosprezar as coisas aparentemente pequenas. Quando o profeta Eliseu perguntou para a viúva endividada: O que tens em tua casa? Ela parou, pensou e disse: Não tenho nada, a não ser um poco de azeite em uma botija. O que ela considerava pouco, era a quantidade certa que Deus precisava para fazer o milagre da multiplicação. Jesus é Deus, e Deus não enxerga coisas pequenas em nossas vidas.


Quando Jesus olhou para aquela mulher, tangida pelas ruas por aquele  grupo de apedrejadores,  não viu uma adúltera nem uma prostituta, mas uma jovem que precisava apenas de uma oportunidade para se levantar e nunca mais pecar.

Quando Jesus mandou retirar a pedra do túmulo de Lázaro, ele não via um cadáver  mal-cheiroso, enrolado, mas  um velho amigo caminhando diante de uma família de pessoas surpresas e maravilhadas.

Jesus vê uma rocha onde todos veem uma fracassado. Jesus vê um convertido sincero enquanto todos enxergam um fiscal corrupto sem possibilidades de recuperação. Jesus vê um homem correndo e saltando, enquanto os conhecidos enxergam um coxo inútil e teimoso. Jesus não atira pedras em quem está caído. Jesus enxerga vida, onde todos já desistiram ou taparam o nariz por causa do mau cheiro. Jesus Cristo não vira as costas ao ladrão arrependido. Ele bate à porta do coração dos homens.

O olhar de Jesus é misericordioso para aqueles que buscam seu socorro. Se nossas virtudes resumissem apenas a uma única gota d'água no fundo do copo vazio, ainda assim Ele volveria seus olhos para ela e nos diria: Me alegra que isto está em teu coração. Este é o olhar de Jesus.


Curso Bíblico: Como se reconcilar com Deus





quinta-feira, março 15, 2012

Geopolítica espiritual Seculo XXI

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Oriente Médio
 João Cruzué

Minha intuição pentecostal me diz que o mundo é bipolar. De repente acontecem coisas que nos surpreendem pela irracionalidade. A barbárie. Na verdade, a linha do tempo mostra uma propensão maior para a beligerância do que pela paz. Quero deixar correrem  livres os pensamentos que me invadiram a mente.

 No começo do século XIX, Napoleão fustigava a Europa. Houve uma série de mudanças e milhões de mortes. Fugindo do general francês, Dom João VI veio parar no Brasil. Com ele veio a nobreza e a realeza lusitana. Estima-se em 6,5 milhões o número  de mortes  nas guerras napoleônicas

No começo do século XX que o remanescente do Império Otomano massacrou cerca de um milhão de armênios. O Holocausto armênio. Ainda na mesma época, a  Primeira Grande Guerra aniquilou cerca de 19 milhões de vidas. Vinte anos depois, veio a Segunda Grande Guerra, ou a segunda fase da Primeira Guerra, e cerca de 60 milhões de almas foram aniquiladas.

Lendo Apocalipse 9:15, podemos ver que o plano espiritual governa o plano temporal. Anjos destruidores e terrivelmente poderosos quando a seu tempo são soltos afetam sobrenaturalmente o juízo dos homens e daí nascem as barbáries.

Olhando agora a segunda década do século XXI, dentro do chamado III Milênio, minha intuição  desconcerta-me quando olho para estes três países: Israel, Síria e Irã.  

Em termos daquilo que se convencionou chamar de "A Primavera Árabe", a Síria é a bola da vez. O que acontece ali é como um crescer de mortes, com um detalhe dantesco: A morte de crianças  para parar a manifestação das famílias. Um novo agravante veio à tona hoje: o Ditador Bashar al Assad andou recebendo conselhos de autoridades iranianas, o que não é nenhuma surpresa, pois os dois  estados se sustentam. E aí mora o perigo.

Assim como Israel tem interesse em destruir as instalações nucleares iranianas, americanos, franceses e ingleses não vêm a hora de jogar as primeiras bombas sobre o exército sírio. Primeiro na chamada linha de exclusão aérea. Da mesma forma que aconteceu com  a Líbia.

Com a Síria desestabilizada, o Irã perde seu último aliado no Oriente Médio. Acredito que os lances desse tabuleiro de xadrez podem incendiar o mundo. Se o Irã produzir a bomba, podem usar a Síria como base para tentar destruir Israel. Se alguém ainda espera que termine em paz os conflitos em embates com Irã e Síria pode ficar decepcionado. A loucura e o desvario costuma prevalecer em momentos que se espera o bom senso e a lógica.

Rússia e China são contra qualquer movimento contrário na Região, porque são as únicas áreas de influência que têm na Região. É a geopolítica do Oriente Médio.

A tentação para  que americanos, europeus e judeus ataquem é muito grande. A janela para a ação agita os senhores da guerra. O Irã já está espremido entre o Iraque e o Afeganistão. Ficando sem a Síria vai ficar isolado. 

 O Islã radical tem feito muitos inimigos.  Os russos sofrem com a Chechênia. Os americanos são irritados pelo  Irã - a antiga Pérsia. A Índia há quase um século também é fustigada por rebeldes paquistaneses. Creio que não está muito longe o dia das dores de parto do Islã.  O Islã diz que Sara era a concubina e Agar a mulher de Abraão. Os Judeus, pelo contrário, dizem que Sara era a letíma esposa e Agar a concubina. Creio que neste século este assunto vai ficar definitivamente esclarecido. A parte radical do Islã está cavando uma cova muito profunda e pode levar junto todo Islã. Não se trata de uma nova Cruzada entre Cristãos e Mouros, mas entre o mundo e o Islã que odeia Israel.

A meu ver não existe  parte não radical do Islã. Quando as duas torres americanas vieram abaixo, houve muitas comemorações no Oriente islâmico. Ostensivas e latentes. O sentimento de satisfação foi evidente. 

Não me surpreenderia se ainda este ano a Síria entrasse na linha de tiro de americanos, ingleses e franceses, da mesma forma que as centrífugas iranianas virassem pó. 

Quando há um decreto espiritual sobre a sorte de nações não há bom senso nem razoabilidade, pois a sorte dos homens é má, quando Deus os deixa sós por um único segundo, diante dos  poderes espirituais malignos.