quinta-feira, outubro 08, 2009

Como o Cristianismo chegou no Japão



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Monte Fuji
João Cruzué

O cristianismo chegou ao Japão em meados do século XVI, levado pelos ventos que impulsionavam as caravelas pela rota das Índias. Foi uma iniciativa "prutuguesa" com certeza. Uma nau de comerciantes portugueses aportou na Ilha de Kyushu em 1542 levando consigo armas de fogo e padres jesuitas. Cem anos depois, o cristianismo estava praticamente banido pelo shogunato Tokugawa, mas voltaria com a força dos missionários do Ocidente durante a Revolução Meiji ,a partir de meados do século XIX. O shoguns se foram. E o cristianismo voltou.

O Shogum,
(sho = comandante, general, + gun= exército, tropas, militar) o senhor feudal japonês, deu as boas-vindas ao comércio exterior e aceitou os missionários católicos, fascinado apenas pelas armas. Diante das demonstração do fogo das armas municiadas à polvora, eles concluiram que o dai-shô (a katana e a wakizashi), o conjunto de espadas longa e curta dos samurais, precisava da companhia de uma arma de longo alcance.

Os jesuítas liderados por São Francisco Xavier chegaram a converter e batizar a muitos, incluindo tanto camponeses quanto pessoas da classe dominante, próximas do shogun. Xavier orientou seus companheiros para aprender o Kanji, e daí surgiu o "romanji" - um mistura de latin com a língua nativa para uso no catecismo e na celebração das missas. Duas missões foram construídas, sendo uma delas no ano de 1550 na capital imperial - Kyoto. Havia interesse indireto do shogunato em permitir a introdução de uma nova religião em seus domínios, pois planejavam com isso quebrar a força dos monges budistas e do shintô.

Por volta do
fim do século XVI, uma idéia sombria pairava sobre o sucesso da primeira missão, no Oeste do Japão. O shogunato passou a suspeitar de que os comerciantes e jesuitas eram na verdade infiltrados de táticas de conquista das potências ocidentais. A isso também foi levado em conta a forma grosseira com que alguns comerciantes tratavam os nativos. Já não eram mais vistos com bons olhos.

Por isso, em 1587,
o xogum Toyotomi Hideyoshi proclamou um edito expulsando os missionários cristãos da Ilha de Kyushu. Nenhum franciscano ou jesuíta poderia mais desembarcar ali, a partir de 1593. Mesmo assim os jesuítas continuaram ativos no país. Então Hideyoshi intensificou a perseguição. Em 1597 ele proclamou um novo edito de banimento e como aviso executou ao fio da espada 26 missionários franciscanos em Nagasaki.

Depois dele
outro xogum, Tokugawa Ieyasu, e seus descendentes continuaram a perseguir os camponeses cristãos nativos através de vários editos. Em 1637 houve uma revolta conhecida como a rebelião de Shimabara, onde 30.000 camponeses cristãos enfrentaram o exército de 100.000 guerreiros samurais do Castelo de Edo, da família Tokugawa. A rebelião foi esmagada com um alto custo para o exército do Shogum. No ano seguinte - 1638 - o cristianismo estava oficialmente extinto no Japão.

Em 1853, o Japão
saiu do isolamento e reabriu as portas para uma nova interação comercial com o Ocidente. Missionários de todas as religiões: católicos, protestantes e ortodoxos foram enviados para lá, apesar da proibição. Em 1871, depois da restauração Meiji, a liberdade religiosa foi introduzida definitivamente pela Constituição Meiji, dando as comunidades cristãs existentes os direitos de existência legal e da livre pregação do evangelho.

A restauração Meiji foi uma sucessão de fatos que levaram o Japão a deixar o obsoleto sistema feudal para se tornar uma potência mundial nas décadas a seguir. Um desses acontecimentos foi a quebra da tradição com a mudança empreendida pelo Imperador Meiji, de Kyoto, a capital imperial, para estabelecer sua residência oficial no Castelo de Edo - a sede do shogunato da poderosa família Tokugawa. O Castelo de Edo e seus arredores vieram a se transformar em Tokyo (Capital do Leste), a grande metrópole japonesa. Com a mudança do imperador e a reabertura dos portos para o comércio exterior a era dos samurais e do feudalismo no Japão chegou ao fim.

A liberdade religiosa não foi o bastante para fazer do cristianismo uma religião popular no Japão. Ele tem crescido a taxas minúsculas; os cristãos são apenas cerca de 1 a 1,5% de uma população de 127 milhões.

Os símbolos cristãos
têm sido mal compreendidos no Japão porque a forma de transmitir a mensagem do evangelho talvez não esteja adequada à compreensão nativa. A cultura japonesa tem olhos diferentes para pesar o valor das coisas. Para um japonês é incomum e até mesmo considerado de péssimo gosto, por exemplo, a construção de um templo em uma rua ou avenida movimentada, afirmam alguns analistas cristãos.

Por outro lado
há coisas que os atraem no cristianismo, como por exemplo, a celebração da Santa Ceia. eles entendem bem a mensagem de um memorial de Cristo cujo corpo é o pão que é partido por nós. Eles são simpáticos a oportunidade que existe no final da missa/culto, principalmente de celebração da eucaristia/ceia, para por em dia o relacionamento social, reportou um padre católico. Leia aqui: A História do Pentecoste no Japão

Fontes de pesquisa
: textos em inglês na WEB de autorias não conhecidas.



João Cruzué para o Blog Olhar Cristão


cruzue@gmail.com




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terça-feira, outubro 06, 2009

Fotos da Igreja Evangélica do Nepal

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Shah
A Igreja Evangélica do Nepal sabe orar fervorosamente
João Cruzué

Estas fotos foram enviadas pelo meu Irmão em Cristo, Madan Prince Shah, pastor auxiliar da Igreja Evangélica de Tikapur, uma cidadeno Oeste do Nepal. Ele é casado com a filha do pastor presidente do Campo, irmã Sophie; e eles são os pais do Yesurun.

Já faz mais de três anos que eu tenho recebi notícias do trabalho deles no Nepal. São Pessoas muito hospitaleiras. Há dois anos eu recebi um convite de casamento de Madan e irmã Sophie. Sempre que acontece alguma grande festa ou evento na Igreja, ele gentilmente nos envia algumas fotos.

Como essas que retrataram os três dias de retiro e a Conferência Sarad. Isto aconteceu nos dias do Dashain, um grande festival mundano Hindu, algo parecido com o carnaval do Brasil. Enquanto os não hindus festejavam, os irmãos da Igreja Evangélica de Tikapur, Oeste do Nepal,adoravam, oravam, aprendiam, batizavam e eram batizados.


Jesus salva e a Igreja do Nepal batiza os que aceitaram a Fé cristã


Momento de confraternização durante a Conferência Sarad


Missionária Gyani Shah compartilhando a Palavra de Deus
Presidenta do comitê da Igreja


E os irmãos cristãos do Nepal gostam mesmo de orar.

O retiro e a conferência foi uma grande bênção na vida de todos participantes. Foram três dias e três noites, juntos. Eles tiveram uma abençoada comunhão, encorajando e orando uns pelos outros. Houve muitas brincadeiras e boa comida. Também foi programado um batismo, em que 15 novos convertidos desceram às águas no último dia da Conferência. Um jovem chamado Jagat Bahadur, que antes havia tentado o suicídio, entregou sua vida para Jesus tempos atrás e também se batizou, para alegria da Igreja.

Nos próximos dias 17 a 19 de outubro, no Templo Sede da Igreja Evangélica em Tikapur, no Oeste do Nepal, vai realizar uma conferência de avivamento, onde são esperados mais de 350 jovens. Os responsáveis pela organização do evento são nossos irmãos o casal Madan e Sophie Shah. Eles rogam nossas orações porque há muita coisa para organizar até lá.

Sim! Nós podemos orar.



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