segunda-feira, maio 05, 2008

As quatro propostas de Faraó


O Mar Vermelho

Não deixe de ler: as mensagens de João Cruzué
João Cruzué

Quando Deus apareceu a Moisés no Monte Horebe deu-lhe uma missão quase impossível: Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o Meu povo, os filhos de Israel, do Egito. E tendo (de má vontade) aceitado aquela missão, enfrentou a astúcia do soberano do Egito que não tinha nenhuma vontade de deixar o povo ir. Por quatro vezes Faraó tentou enganar Moisés sem lograr êxito.

A primeira proposta


Então chamou Faraó a Moisés e a Arão e disse: Ide e sacrificai ao vosso Deus nesta terra. Moisés não aceitou, e por duas razões: ele temia que, sacrificando no Egito, os egípcios considerariam o sacrifício uma afronta a seus deuses e poderiam perseguir Israel. Mas o pior não era isso. Deus não aceitaria um sacrifício na terra da escravidão. O Egito simboliza o mundo, lugar do pecado; tem que sair do mundo para consagrar a vida ao Senhor. Deus requer uma mudança. Sacrifício no Egito significa um falso ensino e uma falsa conversão. A mensagem de Deus é: Arrependei-vos e convertei-vos dos maus caminhos. O "Egito" é um mau caminho - é caminho do mundo. O pecador para receber o perdão de Deus o pecador tem que abandonar o mundo, sair do Egito, e tornar-se para Deus. O Faraó com aquela proposta queria que Moisés e o povo de Israel pensassem que estariam agradando a Deus, mas seu real propósito era que eles continuassem escravos. O Egito é a terra da escravidão e o Faraó simboliza satanás, e Moisés, o libertador, uma figura do Cristo. Moisés recusou a proposta de Faraó e não houve acordo.

A segunda proposta


Disse Faraó: Deixar-vos-ei ir, para que sacrifiqueis ao Senhor, vosso Deus, no deserto; somente que indo, não vades longe; orai também por mim. Tendo sofrido as conseqüências da quarta praga, Deus estava quebrando o orgulho de Faraó lento e gradualmente. Uma nova proposta Faraó fez, depois de ouvir os conselheiros. Moisés não se deixou enganar pela aparente humildade, pois a trás daquela proposta escondia outra armadilha - sacrificar perto do Egito. Isto significava coxear entre dois caminhos. Morar na divisa do Egito era tão perigoso quanto estar no Egito. Um exemplo: quando Ló, o sobrinho de Abraão, escolheu a campina do Jordão, não foi morar direto em Sodoma. Ao longo do tempo ele foi assentando sua tenda cada vez mais perto, e por fim, foi morar na própria Sodoma. Quem aceita Jesus, mas não rompe com as velhas amizades, é como a semente à beira do caminho, que fica ao alcance do diabo. Se na primeira proposta Faraó queria que Moisés aceitasse um sacrifício de mentirinha, na segunda ele esperava que a mudança também fosse de "brincadeirinha".

A terceira proposta


Mas três pragas tinham caído sobre o Egito. Sete pragas. Moisés ia fortalecendo-se diante dos olhos do Egito e de Israel. Agora ele estava na ofensiva e Faraó, acuado. Disse Moisés a Faraó: Assim diz o Senhor: Até quando recusas a humilhar-te diante de Mim? Deixa ir o Meu povo para que Me Sirva, e em seguida ameaçou com a praga de gafanhotos. Então Faraó querendo mostrar força diante de seus servos, endureceu as negociações. Moisés queria que saísse povo com suas famílias, incluindo velhos, filhos, filhas e o gado para fazer uma festa ao Senhor a uma distância de três dias no deserto. Faraó não concordou: Andai agora vós e os varões e ninguém mais. E os lançou fora do palácio.

De acordo com essa proposta, eles deviam deixar para trás as famílias e o gado. A família é um projeto do Senhor. Seu conceito é divino e uma Igreja forte se faz com famílias bem constituídas. Quando a família vai mal, sofrem a sociedade, a Igreja e toda nação. De que vale o crente ganhar o mundo inteiro para Cristo a custa da sua própria família? É isto que muitos pastores e pregadores estão fazendo. Moisés não aceitou deixar as famílias de Israel para trás; nem os velhos, nem as esposas, nem filhos, nem filhas; como também não ficariam nem os animais. Faraó recusou a proposta de Moisés e a resposta de Deus foi a praga dos gafanhotos, que arrasou com a agricultura do Egito.

A quarta proposta de Faraó.


E Faraó chamou Moisés - em Êxodo 10. 24 - e propôs: Ide e servi ao Senhor, as crianças também podem ir, mas vão ficar as ovelhas e as vacas. Faraó contava com a fuga de Israel para a liberdade. Ao exigir que ficassem as ovelhas e as vacas estava planejando que a fome debilitasse, fragilizasse Israel e quando estivesse assim, iriam se lembrar da comida dos escravos, das cebolas do Egito e votariam correndo com os próprios pés.

Um gado sem vacas e sem ovelhas afetaria diretamente as crianças, pois não haveria leite e a reprodução ficaria comprometida. A esta altura, Moisés além de querer levar a família e o gado impôs uma nova condição: Tu também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, para que ofereçamos ao Senhor nosso Deus. Moisés aumentou as exigências. Faraó, irritado, disse que nunca mais queria vê-lo. O Resultado de sua recusa em deixar sair Israel foi a última e mais devastadora das pragas: a morte dos primogênitos do Egito, tanto de pessoas como animais. O Egito inteiro acordou de luto.

A conclusão do negócio


Faraó mandou chamar a Moisés pela última vez, na calada da noite, e disse: Levantai, e saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel; e ide, e servi ao Senhor, como tendes dito. Levai também convosco vossas ovelhas e vossas vacas, como tendes dito; e ide e abençoai-me também a mim. "E os egípcios apertavam o povo, apressando-se para lançá-los fora da terra com receio de serem todos mortos pelo Deus de Israel. E fizeram , pois, os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés e pediram aos egípcios vasos de prata, vasos de ouro e vestes. E saíram em vitória, livres e prósperos.

Contextualizando:

Moisés não fez concessões a Faraó, ao contrário, aumentou as exigências. Quando o que está em jogo é a fé, a vida espiritual, a família e os bens do crente - não se deve fazer concessões ao diabo de maneira alguma. Para mostrar que isso é uma realidade vamos relatar um caso real.

Quinze anos atrás tínhamos duas vizinhas, que não eram crentes nem suas casas. As duas freqüentavam cultos em minha casa e na casa de outros vizinhos. Pouco depois, aceitaram Jesus. A vizinha "A" tinha problemas de possessão demoníaca. Acordava de vez em quando vendo o diabo na cama e saía correndo pelo meio da rua, às vezes, até mesmo nua. Seu esposo era ateu; há muito tempo esperavam por um filho que nunca vinha.

A vizinha "B" quando aceitou Jesus estava sem o marido, pois este abandonara o lar por causa de outra mulher.

A vizinha "A" ficou firme com Jesus. Foi liberta dos demônios, com o passar do tempo seu marido, ateu, começou a acompanhá-la aos cultos. Em seguida, ele também aceitou Jesus. Depois ela ficou grávida, dando a luz a um lindo garoto. Cerca de uns sete anos atrás, fui convidado para cerimônia de consagração de seu esposo - ao pastorado. De ateu a Pastor em sete anos, graças a uma esposa sábia.

A vizinha "B" passou por um teste semelhante ao que Moisés enfrentou com Faraó. O esposo que abandonara o lar deu-se mal. Foi posto no olho da rua pela outra mulher. A vizinha "B" amava muito seu esposo e o diabo sabendo que aquela história iria terminar bem lhe fez uma proposta fatal. Um dia, O marido infiel veio para uma visita e disse à vizinha "B": Se você quiser que eu volte terá que deixar de ir à Igreja, e quando você fizer isto, eu volto.

Não sabendo ela que ele já estava no meio da rua, tomou uma atitude: aceitou as condições do (diabo) marido e abandonou a Igreja. Até o ano passado ele era o maior bêbado da rua. O filho mais novo, às vezes tinha de buscá-lo e ampará-lo até chegar em casa. Ela caiu no blefe do diabo e enfrentou uma luta desigual por mais de 15 anos. O nome deste vizinho esteve na primeira linha da minha lista de orações até o começo deste ano. Graças a Deus! depois de 15 anos, ele se internou em uma clínica para recuperação de alcoólatras em 2007. Se ela tivesse orado e dissesse: Não! seu marido já seria um salvo em cristo há 15 anos.

Cuidado com as propostas do diabo. Elas nunca são apenas o que aparentam ser. Seja exigente quando o que estiver em jogo for a sua vida espiritual e a da sua família.


Autor: João Cruzué
Blog Olhar Cristão


cruzue@gmail.com

O consumidor evangélico

Uma nova consciência evangélica de consumo

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exemplo de preconceito e difamação
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João Cruzué

O consciência do consumidor evangélico está mudando. Responsável por mais de 25% do consumo brasileiro, há uma tendência recente de rejeição a produtos que de alguma forma desrespeitem sua identidade religiosa. Assim como já acontece com consumidores de outras religiões os evangélicos estão descobrindo agora sua força de consumo. Eles serão cada vez mais exigentes quanto aos produtos que consomem.

O consumidor árabe quando compra, tem uma série de exigências religiosas para fechar negócios, pricipalmente no ramo da alimentação. E por respeito ao dinheiro deles, as empresas atendem.

"O abate islâmico é feito com o peito do frango virado para Meca (cidade sagrada na Arábia Saudita) e degolado com uma faca afiada com o animal desperto. Isso, para os muçulmanos, permite que uma maior quantidade de sangue escorra deixando a carne mais limpa.

Lootah acrescentou que na década de 70, quando foi fundada a Dubai Co-operative Society, as empresas estrangeiras fornecedoras não sabiam o que era abate halal. Além das questões religiosas, que são essenciais, a certificação de que um alimento foi produzido de acordo com as regras islâmicas é um bom marketing para vender na região.

Halal é a palavra mágica para o mercado árabe", disse o executivo. Tanto isso é verdade de a Co-op Islami mantém uma equipe de quatro pessoas durante períodos de seis meses nos países fornecedores para fiscalizar a produção dos alimentos". Fonte: Blog Islamicchat.

Da mesma forma o consumidor judeu também exige atenção aos preceitos da Torá, para negociar com seus fornecedores. E por respeito ao dinheiro deles, as empresas também os atendem.

"Fazer parte da seleta lista de produtos kosher - consumidos pela comunidade judaica ortodoxa - tornou-se um importante desafio para a indústria de alimentos, mesmo que isso signifique abrir suas portas e segredos industriais. Pepsico, Dr. Oetker, Leite Nilza, Bauducco e Garoto são algumas das empresas que já despertaram para esse nicho de mercado, que atinge também consumidores não-judeus mas extremamente exigentes.

"O selo Kosher é visto como um atestado de qualidade por outras comunidades", diz o vice-presidente de vendas e marketing da Vilma Alimentos, Cezar Tavares. Entrar nesse universo, no entanto, não é nada fácil. Afinal, as empresas precisam revelar aos rabinos todos os ingredientes e fornecedores envolvidos no processo. Caso sejam aprovados, a fábrica ainda tem que receber, a cada ano, uma visita de um religioso para certificar o produto. Fonte: Blog Herança Judaica.

Há uma nova consciência evangélica de consumo que se alastra entre os formadores de opinião protestantes. A publicidade de produtos associados ao desrespeito de costumes evangélicos pode trazer um aumento do encalhe de no mínimo 25% nas gôndolas e prateleiras de supermercados e farmácias. O processo de conscientização pode ser lento, mas veio para ficar.

Uma vez associado ao desrespeito, um produto terá pouca chance de consumo entre as famílias evangélicas. As idéias do Pastor Martin Luther King, mestre em batalhas pela igualdade racial e lider do movimentos pela conquista dos direitos civis nos EUA, estão sendo conhecidas e divulgadas no meio evangélico brasileiro.

A TV Globo vem há muito tempo insistindo em veicular uma imagen negativa dos crentes brasileiros. Sempre que aparecem "evangélicos" em suas novelas e mini-séries ou eles tem caráter de charlatães - pastores - ou de duplo comportamento - fundamentalistas de dia e devassos à noite, geralmente personagens femininos. A maioria dos crentes não assistem esses programas, nem por isso deixam de ser difamados por eles. Quanto aos produtos que patrocinam tais programas, independentemente de que rede de TV forem, há um movimento de formação de opinião entre os evangélicos orientando para deixá-los nas prateleiras e substituí-los por outras marcas.

Isto significa boicotes conscientes, silenciosos, crescentes e eficazes. Em algum momento nos próximos cinco anos as empresas brasileiras vão aprender também a respeitar o consumidor evangélico, senão pela sua religião, pela força do seu dinheiro. A união traz o respeito.


João Cruzué
Blog Olhar Cristão

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