segunda-feira, abril 07, 2008

Alerta sobre comentários.


Compartilhando:


Muitos colegas têm reclamado, e até mal-entendidos já aconteceram a partir de publicação de COMENTÁRIOS, que pareciam ser de amigos, mas tinham outra origem. Ainda não analisei a fundo este problema, mas uma medida de segurança já tomei: De hoje em diante, qualquer comentário que receber - mesmo sendo de pessoas conhecidas - vou tomar o cuidado de proceder da seguinte rotina:

1 - Selecionar com o mouse o comentário

2 - Copiar e colar no bloco de notas.

3 - Abrir a janela de comentários do Blog

4 - Teclar "esc" e depois copiar do bloco de notas para o Blog

5 - Digitar o nome do Remetente e salvar.

Creio que se fizer isso evitarei rotinas ocultas ou scripts que vão sumir quando coladas no bloco de notas, ou se não sumir, vão se revelar para que as delete. Aconselho os colegas a mudar suas rotinas, também.

João Cruzué
http://comoblogar.blogspot.com
cruzue@gmail.com

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domingo, abril 06, 2008

A política no meio evangélico


O QUE PENSAM
OS CRENTES DA POLÍTICA

João Cruzué
Comentários sobre os sofismas mais comuns

1 - "Política não é coisa para crente".

Blog Olhar Cristão: Se os crentes não participarem da política nacional, tudo o que for feito de ruim , indiretamente serão responsáveis por omissão. A Bíblia fala no Livro de Romanos sobre a existência de dois tipos de autoridades: Autoridades políticas e Autoridades religiosas; também diz que não há autoridade que não provenha de ação ou permissão de Deus. Por isso creio que se o princípio da autoridade brota de Deus, quem considerar a política como algo maligna, erra por não conhecer as escrituras. E comete um erro maior, pois ao recusar o direito de agir políticamente, deixa sua oportunidade para que o maligno faça o que bem entender. A Igreja é composta de salvos e sua função é ser o sal e a luz do mundo - em todas as organizações sociais lícitas. Talvez pela omissão de muitos crentes que enxergam o diabo em tudo o mal esteja alastrando-se tanto ao não encontrar resistência.

2 - "Pastores não devem participar de política".

Blog Olhar Cristão: atualmente existem dois tipos de ministros: os que têm o cargo e exercem o ministério pastoral e aqueles que possuem apenas o cargo sem o ministério. Para os que exercem o ministério e pretendem concorrer a cargos públicos minha opinião é que Não devem fazer isto, pois estariam abandonando o "arado". Entretanto, para os ministros que possuem apenas o cargo, sem chamada pastoral, não vejo incoerência nisso. Todavia, qualquer crente, membro de Igreja ou ministro que aspire seguir a carreira política, deve ter uma orientação muito segura de Deus.

Explico: se Moisés não tivesse uma chamada real, CONFIRMADA por DEUS, em lugar de tirar o povo de Israel do Egito, teria contribuído, isto sim, para a destruição desse povo. Sem direção de Deus, em lugar de conquistar um cargo político, o membro ou ministro da Igreja com certeza vai entrar por sua própria conta e risco, não em "Canaã", mas no "Egito" para ser escravizado pelo "faraó" deste mundo. O preço desta aventura ainda não está totalmente informado: faltou dizer que neste caminho infeliz as outras vítimas são a família além e o nome da Igreja.

Brevemente veremos uma enxurrada de artigos na WEB do tipo: "Não voto em Pastor" Quando eu era "menino" achava esta frase corretíssima. Depois de uma melhor análise, cheguei à conclusão de que esta afirmação é uma campanha preconceituosa e difamatória, com impacto negativo entre os crentes e principalmente entre os eleitores não crentes. Se Deus chamar um ministro para a política, com ou sem o voto dos crentes, ele vai se eleger de qualquer jeito.

Enquanto isto, na Espanha o Papa Bento XVI deu aval para que sacerdotes católicos concorram a cargos políticos, para impedir o avanço do secularismo.

3 - "A carreira política é melhor que o ministério pastoral"


Blog Olhar Cristão: Sou completamente contra este pensamento. Qualquer um poderia exercer um cargo político, basta que gaste bastante. Já o ministério pastoral depende de uma chamada genuína e seu exercício é mais valioso que governar um país. A Mensagem do Evangelho é mais importante que qualquer discurso político. Ganhar uma alma e zelar dela, como ministro de Deus, vale mais que ganhar a presidência de um país, embora isso pareça loucura, é assim que Deus vê. Portanto, entre o Ministério Pastoral e a política, fico com o primeiro, pois o ministério pastoral é dado pelo próprio Jesus para homens especiais.

4 - "Não voto em candidato evangélico, porque ele vai corromper-se"

Blog Olhar Cristão: isso é puro preconceito. Em princípio, votar em um candidato que tenha o temor dia Deus é decisão correta. Se no futuro ele trouxer decepção, na sua próxima candidatura não o eleja mais, como de fato aconteceu em 2006, quando o povo evangélico deixeou de eleger muitos políticos evangélicos que se corromperam no escândalo das "Sanguessugas". O recado foi dado. Não basta ter nome de evangélico para permanecer na política - é preciso ser evangélico de fato. O perigo de negar o voto em um candidato evangélico para votar em qualquer um, ou naquele que asfaltou a minha rua, reside na seguinte armadilha: quando uma lei não-cristã em votação, o político evangélico tem um compromisso com a Bíblia, já o "qualquer um" pode votar até contra a liberdade de culto - pois lhe deram um mandato (cheque em branco) para fazer o que quiser.

Vejamos um caso concreto: o Prefeito de São Paulo - Gilberto Kassab - diante de um assunto que envolvia o uso da Avenida Paulista para sediar três manifestações: de evangélicos (Marcha para Jesus), de sindicalistas (Dia do Trabalho - Cut), do movimento GLTBS (Parada Gay) fez sua opção sem titubear em favor de manter a Parada Gay na Avenida porque acha que ela dá um toque de modernidade e visibilidade mundial à Capital paulista. E se por exemplo o assunto fosse Fechar todos os templos evangélicos que não estejam em sede própria - ou que tenham problemas de licenças?

5 - "Não voto em candidato escolhido pela minha Igreja"

Blog Olhar Cristão: muitos crentes não se sentem confortáveis em votar nos candidatos "oficiais" da Igreja, geralmente pessoas escolhidas sem o referendo da membresia. Talvez seja esta falta de democracia que tenha impedido o sucesso de muitos candidatos. Por outro lado, há Igrejas que manipulam o eleitorado tentando fazer com membros um curral eleitoral com a prática do voto de cabresto.

Quanto a este assunto, há duas coisas a considerar: O voto é secreto e inviolável. Diante da urna o eleitor cristão vota em oração, com consciência e intuição de acerto. Votar no melhor, isto é, naquele que no exercício do poder não vai aprovar leis ímpias contra a liberdade de expressão religiosa, como, por exemplo, a lei da mordaça gay. Nem aprovar legislação pró-aborto, nem naqueles que já sujaram o bom nome da Igreja por atos de corrupção.

Votar corretamente é difícil, mas possível. Basta que na eleição seguinte, não se repita os mesmos erros.

Conclusão

Blog Olhar Cristão: Ouvimos de um antigo Pastor, já falecido, que o pior erro é o erro doutrinário. Trazendo isso para este contexto ficaria assim: O pior erro é um erro de princípios. Traduzindo: de tudo o que escrevemos aqui, cremos que o perigo maior reside em pensar que a política seja tarefa do diabo. Este tipo de clichê, muito fácil de se espalhar, parece-se com um ditado correto. Mas ele não é. Conceitualmente trata-se de um sofisma, isto é, uma afirmação que apenas parece ser verdadeira. Se de fato o exercício da política fosse um atributo exclusivo do diabo, todos os que pensam assim estariam deixando nas mãos dele o destino de pessoas, favelas, bairros, cidades, estados, países - o mundo. Deus há de cobrar caro todo pecado de omissão.

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"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos,
dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética.
O que mais preocupa é o silêncio dos bons."
Martin Luther King

Obrigado Senhor pela bênção que foi a vida política de Martin Luther King,
pois que ensinou, de forma pacífica, a derrubar muitos "faraós"
que teimam em construir "egitos" para o povo.
"João Cruzué"


cruzue@gmail.com