domingo, abril 06, 2008

A política no meio evangélico


O QUE PENSAM
OS CRENTES DA POLÍTICA

João Cruzué
Comentários sobre os sofismas mais comuns

1 - "Política não é coisa para crente".

Blog Olhar Cristão: Se os crentes não participarem da política nacional, tudo o que for feito de ruim , indiretamente serão responsáveis por omissão. A Bíblia fala no Livro de Romanos sobre a existência de dois tipos de autoridades: Autoridades políticas e Autoridades religiosas; também diz que não há autoridade que não provenha de ação ou permissão de Deus. Por isso creio que se o princípio da autoridade brota de Deus, quem considerar a política como algo maligna, erra por não conhecer as escrituras. E comete um erro maior, pois ao recusar o direito de agir políticamente, deixa sua oportunidade para que o maligno faça o que bem entender. A Igreja é composta de salvos e sua função é ser o sal e a luz do mundo - em todas as organizações sociais lícitas. Talvez pela omissão de muitos crentes que enxergam o diabo em tudo o mal esteja alastrando-se tanto ao não encontrar resistência.

2 - "Pastores não devem participar de política".

Blog Olhar Cristão: atualmente existem dois tipos de ministros: os que têm o cargo e exercem o ministério pastoral e aqueles que possuem apenas o cargo sem o ministério. Para os que exercem o ministério e pretendem concorrer a cargos públicos minha opinião é que Não devem fazer isto, pois estariam abandonando o "arado". Entretanto, para os ministros que possuem apenas o cargo, sem chamada pastoral, não vejo incoerência nisso. Todavia, qualquer crente, membro de Igreja ou ministro que aspire seguir a carreira política, deve ter uma orientação muito segura de Deus.

Explico: se Moisés não tivesse uma chamada real, CONFIRMADA por DEUS, em lugar de tirar o povo de Israel do Egito, teria contribuído, isto sim, para a destruição desse povo. Sem direção de Deus, em lugar de conquistar um cargo político, o membro ou ministro da Igreja com certeza vai entrar por sua própria conta e risco, não em "Canaã", mas no "Egito" para ser escravizado pelo "faraó" deste mundo. O preço desta aventura ainda não está totalmente informado: faltou dizer que neste caminho infeliz as outras vítimas são a família além e o nome da Igreja.

Brevemente veremos uma enxurrada de artigos na WEB do tipo: "Não voto em Pastor" Quando eu era "menino" achava esta frase corretíssima. Depois de uma melhor análise, cheguei à conclusão de que esta afirmação é uma campanha preconceituosa e difamatória, com impacto negativo entre os crentes e principalmente entre os eleitores não crentes. Se Deus chamar um ministro para a política, com ou sem o voto dos crentes, ele vai se eleger de qualquer jeito.

Enquanto isto, na Espanha o Papa Bento XVI deu aval para que sacerdotes católicos concorram a cargos políticos, para impedir o avanço do secularismo.

3 - "A carreira política é melhor que o ministério pastoral"


Blog Olhar Cristão: Sou completamente contra este pensamento. Qualquer um poderia exercer um cargo político, basta que gaste bastante. Já o ministério pastoral depende de uma chamada genuína e seu exercício é mais valioso que governar um país. A Mensagem do Evangelho é mais importante que qualquer discurso político. Ganhar uma alma e zelar dela, como ministro de Deus, vale mais que ganhar a presidência de um país, embora isso pareça loucura, é assim que Deus vê. Portanto, entre o Ministério Pastoral e a política, fico com o primeiro, pois o ministério pastoral é dado pelo próprio Jesus para homens especiais.

4 - "Não voto em candidato evangélico, porque ele vai corromper-se"

Blog Olhar Cristão: isso é puro preconceito. Em princípio, votar em um candidato que tenha o temor dia Deus é decisão correta. Se no futuro ele trouxer decepção, na sua próxima candidatura não o eleja mais, como de fato aconteceu em 2006, quando o povo evangélico deixeou de eleger muitos políticos evangélicos que se corromperam no escândalo das "Sanguessugas". O recado foi dado. Não basta ter nome de evangélico para permanecer na política - é preciso ser evangélico de fato. O perigo de negar o voto em um candidato evangélico para votar em qualquer um, ou naquele que asfaltou a minha rua, reside na seguinte armadilha: quando uma lei não-cristã em votação, o político evangélico tem um compromisso com a Bíblia, já o "qualquer um" pode votar até contra a liberdade de culto - pois lhe deram um mandato (cheque em branco) para fazer o que quiser.

Vejamos um caso concreto: o Prefeito de São Paulo - Gilberto Kassab - diante de um assunto que envolvia o uso da Avenida Paulista para sediar três manifestações: de evangélicos (Marcha para Jesus), de sindicalistas (Dia do Trabalho - Cut), do movimento GLTBS (Parada Gay) fez sua opção sem titubear em favor de manter a Parada Gay na Avenida porque acha que ela dá um toque de modernidade e visibilidade mundial à Capital paulista. E se por exemplo o assunto fosse Fechar todos os templos evangélicos que não estejam em sede própria - ou que tenham problemas de licenças?

5 - "Não voto em candidato escolhido pela minha Igreja"

Blog Olhar Cristão: muitos crentes não se sentem confortáveis em votar nos candidatos "oficiais" da Igreja, geralmente pessoas escolhidas sem o referendo da membresia. Talvez seja esta falta de democracia que tenha impedido o sucesso de muitos candidatos. Por outro lado, há Igrejas que manipulam o eleitorado tentando fazer com membros um curral eleitoral com a prática do voto de cabresto.

Quanto a este assunto, há duas coisas a considerar: O voto é secreto e inviolável. Diante da urna o eleitor cristão vota em oração, com consciência e intuição de acerto. Votar no melhor, isto é, naquele que no exercício do poder não vai aprovar leis ímpias contra a liberdade de expressão religiosa, como, por exemplo, a lei da mordaça gay. Nem aprovar legislação pró-aborto, nem naqueles que já sujaram o bom nome da Igreja por atos de corrupção.

Votar corretamente é difícil, mas possível. Basta que na eleição seguinte, não se repita os mesmos erros.

Conclusão

Blog Olhar Cristão: Ouvimos de um antigo Pastor, já falecido, que o pior erro é o erro doutrinário. Trazendo isso para este contexto ficaria assim: O pior erro é um erro de princípios. Traduzindo: de tudo o que escrevemos aqui, cremos que o perigo maior reside em pensar que a política seja tarefa do diabo. Este tipo de clichê, muito fácil de se espalhar, parece-se com um ditado correto. Mas ele não é. Conceitualmente trata-se de um sofisma, isto é, uma afirmação que apenas parece ser verdadeira. Se de fato o exercício da política fosse um atributo exclusivo do diabo, todos os que pensam assim estariam deixando nas mãos dele o destino de pessoas, favelas, bairros, cidades, estados, países - o mundo. Deus há de cobrar caro todo pecado de omissão.

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"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos,
dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética.
O que mais preocupa é o silêncio dos bons."
Martin Luther King

Obrigado Senhor pela bênção que foi a vida política de Martin Luther King,
pois que ensinou, de forma pacífica, a derrubar muitos "faraós"
que teimam em construir "egitos" para o povo.
"João Cruzué"


cruzue@gmail.com

sexta-feira, abril 04, 2008

Consciência de Cidadania Evangélica

LIÇÃO DE CIDADANIA
04.04.2008

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Diga NÃO! às marcas de produtos que ajudam DIFAMAR os crentes.
Esta atitude vai trazer o respeito que comunidade evangélica merece por direito.

João Cruzué

Entre os filmes de que mais gosto há um que se chama "O Pastor" com James Earl Jones, protagonizando um velho pastor batista afro-americano às voltas com as injustiças contra a Comunidade negra de Atlanta, estdo da Geórgia nos anos 40/50. O velho pastor dava verdadeiras aulas de cidadania às ovelhas como: plantar suas próprias hortas, andar a pé para evitar os ônibus onde negros tinham que levantar-se para que brancos assentassem. Aquelas pequenas sementes de cidadania brotaram, cresceram, e mudaram a constituição dos EUA. E também podem trazer mudanças significativas para os evangélicos brasileiros.

Cada domingo o pastor pregava um sermão que incomodava as autoridades (brancas) da cidade, principalmente porque o título do sermão era anunciado em frente à Igreja com uma semana de antecedência. Não conseguindo dobrar o ânimo do velho pastor, as autoridades: o juiz, o xerife e o prefeito, começaram a pressionar os membros do Conselho Administrativo da Igreja. Por fim, cansados e amendrontados os membros do Conselho não conseguindo a "cooperação" do pastor, o destituiram.

Em seguida procuraram por um substituto que fosse jovem, "flexível", que pudesse ser manipulado e "amaciado" à vontade. Mas, no filme o tal jovem sucessor do "desbocado" pastor era nada mais, nada menos, que Martin Luther King. Aí que o tiro saiu pela culatra. Na verdade, o substituto era muito mais aguerrido. Este filme histórico conta um parte das conquistas que o Pastor Martin Luther King trouxe para a comunidade negra americana. Em 1964 ele conquistou uma emenda na constituição americana através de atitudes de resistência passiva e desobediência civil pregadas por Henri David Thoreau e Gandhi, que lhe trouzeram fama mundial e a conquistada do Prêmio Nobel da Paz, naquele mesmo ano.

Trazendo agora o foco do artigo para a comunidade evangélica no Brasil, em pleno século XXI, ela também vem sofrendo com difamação e preconceitos e por isso tem muitas coisas a aprender com Martin Luther King. Nós, os crentes em nosso Senhor Jesus Cristo, temos enfrentado aborrecimentos com o preconceito instalado na mídia brasileira, onde a maioria das imagens veículadas dos evangélicos está associadada a algo ruim.

A imagem que passam das mulheres crentes são todas estereótipos com o famoso "cabelão"; os pastores são mostrados como charlatães e indivíduos desequilibrados. O povo crente em geral é considerado como gente ingênua sempre explorada por vigaristas da fé. Quando aparece uma notíca ruim, o preconceito está tão enraízado entre jornalistas, que se a pessoa for de qualquer outra religião nada se escreve, mas se há uma família de evangélicos envolvida, via de regra esta qualificação é apontada. Para insinuar má fama.

Se isto não é preconceito e não vem acontecendo , por favor belisquem-me pois devo estar delirando!

Mas é preconceito sim, nos agride e incomoda. Diante disso, as reações de nossas lideranças já são previamente conhecidas. Há os que dizem: o mundo jaz no maligno e não devemos mesmo esperar o respeito da sociedade. São os que os que aceitam a escravidão do Egito Outros figem que o preconceito não existe e procuram viver da melhor maneira possível. São os indiferentes - não estão nem um pouco preocupados. Há ainda outros que se disfarçam de incrédulos. São principalmente crianças, adolescentes e jovens evangélicos que procuram comportar-se nas escolas públicas como verdadeiros "pestinhas" apenas para que ninguém descubra que eles são crentes. É como se ainda pairasse um quê de escravidão sobre nossas cabeças.

Podemos, sim, dar um basta neste preconceito e conquistar o respeito que ainda não temos diante da sociedade brasileira. Não que isto vá fazer o mundo ter paz conosco, mas se nada for feito até nossos filhos vão ter vergonha de ser cristãos. Não podemos andar de cabeça baixa, é preciso dar uma resposta. Uma resposta equilibrada, sem radicalsmo, que possa ser traduzida em atitudes familiares simples, mas que no coletivo vão trazer com o tempo mudanças e o respeito a cidadania que por direito temos.

Precisamos começar a ter respeito por nós mesmos através de uma consciência mais aguçada de cidadania. Quando olho para o Livro de Atos dos Apóstolos e vejo o efeito que as palavras de Paulo causavam tanto em em ouvidos judeus quanto romanos, lembro-me de que hoje, 04 de abril, é lembrado com o dia da perda por assassinato de Martin Luther King. Os cristãos, desde os primeiros apóstolos, sempre tiveram entre seus líderes homens cuja coragem era marca de seus caráteres, como está escrito em II Timóteo 1:7. Será que os tempos mudaram?

Há muito tenho ouvido palavras de boicote à TV Globo com suas novelas preconceituosas que agridem constantemente, principalmente a mulher evangélica. Agridem quando veicula uma imagem ruim das crentes de cabelos longos. Não sou contra a Rede Globo, mas contra o preconceito e as atitudes de seus gestores, que devem ter mesmo ojeriza de crentes. Não sou favorável a atitudes radicais e nem é de bom alvitre ter fixação em derrubar órgãos da imprensa. É preferível ter uma imprensa, às vezes preconceituosa, do que a imprensa de "chapa branca" das ditaduras. Defendo sim a liberdade de expressão, mas desde que não seja usada para ofender os direitos de cidadania de ninguém.

Más crentes podemos, sim, dar NOSSO RECADO de desagrado quanto ao que vai pela TV não importa onde for: se Globo, Record, SBT, Bandeirantes, Cultura ou qualquer outra que venha ferir e prejudicar os cidadãos da comunidade evangélica. Não queremos destruir, mas contribuir para o aprimoramento dessa liberdade de expressão com atitudes de resistência pacífica.

Estou sugerindo democraticamente que nos conscientizarmos desses fatos e passemos ao terreno das atitudes como por exemplo esta: vamnos anotar o nome das empresas que patrocinam programas que ajudem a disseminar o preconceito contra crentes. Em seguida que se boicotem as marcas de seus produtos diretamente ligadas à difamação.

Ao chegar no supermercado, cada um de nós conscientemente, pode substituir tais produtos por marcas de outras empresas que respeitem nossa cidadania e cultura diferentes.

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Dê o seu "recado" no supermercado.
Não compre marcas de produtos que ajudam a difamar os crentes
principalmente às Mulheres crentes.


Aqui vai a lista provisória de produtos que estiveram ou ainda estão patrocinando a novela duas caras, onde cenas de "crentes"de "cabelão" e "saião"e homens desequilibrados estão estereotipando negativamente todos os evangélicos brasileiros: Operadoras de Celulares: Vivo e Claro; Sabonetes Albany; Shanpoo Color Viva da L'Oreal; aspirina da Bayer; biscoitos da Traquinas - entre outros. Todas estas empresas têm SAC - Serviço de Atendimento ao Consumidor. Vamos expressar nossa opinião.

Irmãs evangélicas, não estou sugerindo que ninguém assista ou deixe de assistir qualquer novela. Uns reprovam, outros gostam. Mas se você tem cabelos longos, seria maravilhoso se parasse de comprar por exemplo aquele shampoo que financia novelas que procuram mostrar a mulher de "cabelão" sempre como uma crente hipócrita - de dia santa e de noite devassa, entre outras coisas ruins. Talvez o shampoo de uma novela dessas faça até mal ao seu cabelo. Mesmo que você nunca assista uma novela, antes de comprar qualquer produto no supermercado, seriam muito bom saber se ele não está por trás de programas que mostram os crentes como pessoas atrasadas, desequilibradas e hipócritas. Boicote!

Sempre que a novela mostra esta imagem, estará implicitamente dizendo: As mulheres que usam cabelos longos são "crentonas" e que esta imagem passou a ser vista como negativa. Isto é tão verdadeiro, que em 2007 a Revista Vejinha publicou uma matéria com a esposa do atual governador paulista. Naquela entrevista o preconceito ficou patente ao meu conhecimento. Quando Dª Mônica Serra veio do Chile para o Brasil tinha os cabelos compridos. Ao chegar aqui ela os cortou por causa de uma pergunta que lhe fizeram.: A senhora é evangélica? Para não passar uma imagem de "atraso" ela mudou seu cabelo.

A comunidade evangélica responde hoje por mais de 25% do consumo na economia brasileira. Precisamos adquirir consciência desta força para aprender a dizer NÃO de forma pacífica, inteligente e indireta. Uma novela para ficar no ar precisa de patrocínio. O patrocínio vem das empresas que vendem produtos populares. Sabonetes, shanpoos, marcas de carros populares, remédios para dor de cabeça.

Quando os crentes começarem a ligar paras os 0800 dessas empresas para dizer que não vão mais comprar os produtos delas, porque estão patrocinando programas que depreciando a imagem e cidadania dos crentes - elas vão ouvir. Pode ser que não imediatamente, mas quando cada um de nós for além das palavras e deixar de comprar por um ano, dois anos aqueles sabonetes, shampoos, celulares, remédios de dor de cabeça.... Com certeza isto vai ser uma grande lição de cidadania. Se isto é justo e honesto converse com sua família.

SP 04 de abril de 2008.

Nota: você pode discordar da minha opinião, mas creia, neste mesmo momento em algum coração crente ela está brotando e seguindo seu caminho. Como uma gota, somada à outras tantas, serão um príncipio de umpequeno córrego, depois um ribeirão, um rio e vai chegar no mar. Quando a grande comunidade evangélica brasileira descobrir a grande força que ela possui além de conquistar o respeito à sua cidadania fará com que seus filhos não tenham mais vergonha de dizer que são crentes nas nas escolas e entre seus amigos. E as empresas que ganham muito dinheiro com produtos populares não mais patrocinarão novelas e outras coisas para nos difamar, porque nos respeitarão como consumidores.

Hoje 04 de abril de 2008 - Aniversário da morte do Pastor Martin Luther King.
Obrigado Senhor pela bênção que foi a vida deste homem para o mundo,
pois que ensinou, de forma pacífica, a derrubar muitos "faraós"
que teimam em construir "egitos" para o povo.
"João Cruzué"


cruzue@gmail.com

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