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domingo, março 25, 2018

Pimentas ornamentais - quatro anos depois da gertrudis


Por: João Cruzué

Voltei a cultivar pimentas ornamentais, a partir de sementes de sucessivas gerações de plantas que vieram da gertrudis, este lindo pé de pimenta malagueta anão, que aparece na janela do escritório, em foto clicada por mim, em maio de 2014. Esta pimenteira não suporta frio, também não vinga frutos em ambientes fechados.

Como a gertrudis estava soltando muitos botões de flores,  eu tive de levá-la para casa para que o vento ou algum inseto fizesse a polinização. Com menos de 5 minutos no meu quintal, eu pude ver algumas abelhas, muito pequenas, pousando em suas flores e saindo com as patinhas cheias de polem branco. Depois, eu me lembrei que no muro do quinta havia uma colmeia. 

Quatro anos se passaram. Também  já se forma, pelo menos, cinco gerações de gertrudinhas.

Como você vai ver mais abaixo, uma colmeia de abelhinhas está morando no muro do meu quintal. A qualquer hora do dia, eu as veja pousando nas flores dos meus pés de pimenta. É o que se pode chamar de meio ambiente sustentável, não é?  As abelhinhas gostam do polem das getrudinhas, e estas fazem com que as flores se transformem em pimentinhas. Depois das fotos, veja nosso vídeo, lá em baixo.


Pimentas ornamentais - fotos de João Cruzué

Gertrudis - foto de maio/2014



 Mudas de sementes de sucessivas gerações de gertrudinhas - data: 9 de fevereiro de 2018


 13 de fevereiro de 2018



17 de março de 2018



 Gertrudinhas - 24 de março de 2018


 24 de março de 2018


 24 de março de 2018


Gertrudinha em 24 de março de 2018
(mais ou menos 50 dias de idade)






Fotos e vídeos de João Cruzué
(Se copiar, coloque meu nome e o endereço do meu blog)






sexta-feira, julho 24, 2015

Chuva com trovoadas e cebolinhas em São Paulo - sexta-feira 24.7.2015


Inpe-Cptec, imagem de satélite  em 24.7.15 - 21:30 sexta-feira
Autor: João Cruzué
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Hoje, o dia passou muito depressa para mim. Eu planejei refazer a drenagem de todos os onze vasos de terra que  tinha preparado para plantar cebolinhas e salsinhas. No começo da noite ouvi um forte trovão e depois veio a chuva. Vou detalhar minhas atividades e comemorar a chuva.

Na semana passada eu tinha comprado 12 vasos grandes, de plástico marrom, com uma capacidade estimada entre 05 e 07 litros, para o plantio de cebolinhas e salsinhas.  Fiz a semeadura das salsa, variedade graúda portuguesa em duas bacias e as sementes da cebolinha foram para uma floreira de uns 70 cm de comprimento. O problema é que ocorreu uma falha no projeto da drenagem, eu tinha colocado apenas umas britas com um pouco de areia.

Minha procura por manta de bidin se mostrou fracassada, Ela é uma espécie de tecido sintético para colocar acima das britas ou bolas de argila estendida para reter o  substrato e não deixar a água levar embora os minerais e nutrientes. Resolvi o problema com tela de mosquiteiro. Tinha comprado uns sacos de ráfia (entulho) mas o material se mostrou 100% impermeável, por isso, inadequado.

Minha irmã atendeu meu pedido e enviou das Gerais algumas mudas de couve manteiga e de cebolinhas, das variedades que minha mãe plantava em Dom Cavati. Os vasos já plantados eu os desfiz, com exceção daquele com alfavaca que gostaram do lugar.

Arranjei um saco de lixo preto para 60 litros e fui devolvendo a terra dos vasos dentro dele. A areia que comprei no  começo da tarde foi pouca. Voltei no depósito para comprar outro saco, comprando também um saco de britas e tijolos baiano. Na loja de plásticos comprei mais oito vasos. Durante o dia eu comprei dois sacos de carvão.

Meu processo de drenagem ficou assim. Fiz vários furos pequenos com uma tesoura de unha no fundo do vaso, de dentro para fora. Coloquei um pouco de carvão no fundo do vaso em lugar da argila estendida. Em cima dos pedaços de carvão, coloquei as britas. Sobre os dois materiais eu coloquei um pedaço de tela de mosquiteiro de cor verde. Em cima da tela coloquei areia média. Estas coisas: carvão, brita, tela e areia ficara da altura dos meus três dedos do meio da mão direita na vertical. 

Acima do material de drenagem, ainda ficava um espaço de 20 cm para colocar o substrato.

Eu usei como substrato a terra de muitas bacias e vasos (de cor muito escura). Este substrato eu já o tinha feito há uns quatro dias.  Eu tinha peneirado tudo aquilo, colocado um pouquinho de cal, um pouco de NPK e superfosfato - o que tinha em mão. Como registrei antes, hoje eu desfiz todos os vasos para usar uma outra metodologia para a drenagem.

Como as mudas de cebolinhas eram poucas, fui no sacolão do Morumbi Sul e encontrei maços de cebolinhas com raízes. Cortei as raízes e as folhas das cebolinhas e comecei a plantar em quatro vasos dos 16 que concluí o processo de drenagem.

Como a previsão do tempo estimou chuvas para a terça-feira, eu tinha deixado vários baldes e bacias debaixo das goteiras do telhado. Até a quinta-feira (23.7.15) o fundo deles estava apenas úmido. Desconfiei que hoje, sexta-feira iria chover e voltei a colocar as bacias e baldes nos mesmos lugares. No começo da noite, súbito, ouvi um belo trovão e, depois, água caindo. 

Eu tenho dois tambores de 60 litros para armazenamento de água da chuva, com bom sistema de vedação.  O segundo tambor já estava com apenas 20 cm de água. Depois da chuva, deu para encher os dois até à boca e ainda sobrou água para encher um terceiro tambor. 

Com água tão cara e rara, optei por esta alternativa cuja vantagem é não possuir cloro. Quanto a um provável foco de dengue, por ser hermeticamente fechados, durante dois meses, seu conteúdo se apresentou limpo e sem larvas. 

Meu projeto é cultivar uns 25 vasos grandes. Tenho dois vasos com  morangos, vou plantar alface roxa, mostardas, cebolinhas, salsinha, uns dois pés de tomates uva, uns dois pés de pepino, alfavaca, uns dois pés de pimentões, rúculas.  As mostardas e as rúculas por aqui são estranhas: folhas exageradamente grandes. Tem alguma coisa no solo que elas apreciam. Para aguar tudo isto, preciso que chova pelo menos, a cada três semanas de agosto até novembro.

Para quem ainda não viu, vou apresentar algumas de minhas plantas de colheitas passadas:


Foto: João Cruzué
Gertrudes - abril 2014

Foto: João Cruzué
100_6992
Gertrudinhas - maio 2014

Foto: João Cruzué
Gisele - fevereiro 2015

Foto: João Cruzué
Chuchus verde-escuros

Foto: João Cruzué
Manjericões

Comentários finais: Os frutos da "gertrudes" foram impossíveis de comer. Sendo da variedade das malaguetas (malaguetona) não faz o gênero de ninguém da minha família. Quanto à "gisele", é uma pimenta da variedade cayenne e, dizem, que faz bem ao coração, sendo um pouquinho mais ardida que a variedade dedo de moça - minha preferida para fazer molho com óleo de canola. 

Sobre os chuchus, há uns 30 anos venho colhendo uns 200 frutos por ano em duas estações. A gente come uns 30, distribui para os amigos umas duas, no máximo três vezes. 

Os manjericões cresceram lindos, ficaram com pés enormes, mas não é apreciado pela culinária mineira, pelo cheiro e sabor muito fortes. O engraçado é que eles ficaram bonitos, porque sabiam que não iriam para a panela...

Conclusão: coloquei bastante detalhes no post, porque daqui a alguns anos, será bom saber que no dia de hoje coloquei em ação meu mais novo projeto de matar as saudades do velho campo e registrar que choveu forte na Zona Sul de São Paulo.

Nota do dia posterior: choveu mais ainda no sábado!







domingo, abril 27, 2014

Aprendendo com um pé de pimenta


Foto: João Cruzué
Capsicum  frutensis.
(Gertrudes em 27.4.14)
JOÃO CRUZUÉ

No fim do mês de fevereiro/14 eu passava pelo Mercado Municipal, aquele das frutas, procurando por uma plantinha para levar para minha sala de trabalho no Centro de São Paulo. A princípio não gostei, depois acabei levando um pé de pimenta. O vendedor, um senhor japonês, me disse que era uma pimenta malaguetona. Foi assim que comprei a Gertrudes, nome que eu dei àquele pé de pimenta. Pode-se aprender alguma coisa com um pé de pimenta? É isto que gostaria de compartilhar.

No escritório ela se destacou. Uma planta com dois palmos de altura, incluindo um vaso preto, até aí, nada de mais. Porém, quando você olha para aquela quantidade enorme de pimentas de um vermelho que eu batizei de "vermelho-ferrari", em uma planta tão pequena, era impossível não chamar a atenção.

Quando a primeira pimenta começou a murchar, uma série de botões de flores começou a aparecer. Eu protelei a colheita das pimentas até onde pude, mas chegou  um dia, no meio de março, que eu tirei as últimas fotos da Gertrudes toda enfeitada de pimentas, peguei uma tesoura e fui cortando o pendúculo de cada uma. Contei 56 frutos. Com a primeira que eu tinha usado para retirar as sementinhas, deu 57 pimentas.

Foto: João Cruzué
Gertrudes
(em março de 2014)
Sem os frutos as flores vieram depressa. E um problema apareceu: O botão se abria,  surgia uma flor pequena e branca, com cinco pétalas e o copo virado para baixo. No outro dia, ela murchava, o pendúculo ficava amarelo e a flor caía sem vingar em fruto.  Desconfiei que um dos motivos poderia ser a acidez da terra do vaso. Por aquele momento, eu já tinha mudado a Gertrudes para um vaso maior. Coloquei um pouco de cal na água e derramei no vaso. Eu fazia isto com meus pés de chuchus, e nunca falhava.

Desconfiado de que iria perder toda florada da Gertrudes, tratei de pensar em outras possibilidades. E já tinha lido no passado que há plantas cujas flores somente se fecundam pela ação da brisa ou de insetos. Como ainda era quarta-feira, tratei de comprar um pincel bem delicado para fazer o serviço da abelha. Uma nuvenzinha de pó cinzento desprendia-se da flor pela ação do pincel. Dois dias depois notei que uma pimentinha tinha vingado. Com uns 50 botões para abrir no fim de semana, não tive dúvidas: na sexta-feira, tratei de levar a Gertrudes para minha casa. Lá tem uma varanda com a luz do sol batendo o dia inteiro.

No sábado de manhã quando vieram os primeiros raios de sol eu os vi quando bateram nas folhas da Gertrudes. Não demorou uns 15 minutos e lá veio uma abelha bem pequenina que foi chegando sem cerimônia para colher polem. Daí a pouco apareceu outra. Suas patinhas traseiras começaram a ficar com duas bolinhas de pó. Quinze dias depois eu contei mais de 120 pimentinhas.

Agora vamos fazer algumas analogias e levar o assunto para o terreno da fé.

Um pé de pimenta precisa no mínimo seis horas de sol por dia. As mudinhas da pimenteira no vaso de um escritório crescem muito pouco, vão definhando até morrer. Para quem já aceitou Jesus como Senhor e Salvador, vai entender que Ele é como a luz do sol. Em Malaquias 4:2 está escrito:

Mas para vós, os que temeis o meu nome,
nascerá o sol da justiça,
e cura trará nas suas asas; 
e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.



Gertrudes com nova carga de pimentas
E pela ação da brisa do ar livre, o pó da flor da pimenteira pode se desprender e cair no estigma para fecundar a flor. Sobre a brisa, posso meditar no capítulo 19 do primeiro Livro de Reis onde o Senhor deu ordens ao Profeta Elias: 

“Saia e fique no monte, na presença do Senhor, pois o Senhor vai passar”. 
Então veio um vento fortíssimo que separou os montes e esmigalhou as rochas diante do Senhor, mas o Senhor não estava no vento. 
Depois do vento houve um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto. 
Depois do terremoto houve um fogo, mas o Senhor não estava nele. 
E depois do fogo houve o murmúrio de uma brisa suave. 
Quando Elias ouviu, puxou a capa para cobrir o rosto, 
saiu e ficou à entrada da caverna. 

A luz do sol, a brisa e uma pequena abelha. Para o trabalho da abelha posso encontrar em Isaias 4:52 esta maravilhosa analogia:

Quão formosos são, sobre os montes, 
os pés do que anuncia as boas novas, 
que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, 
que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: 
O teu Deus reina! 

A abelha  precisa da flor (A Igreja) para sobreviver e trabalhar. Ela encontra a flor com a orientação do sol, da brisa e do perfume dos grãos de polem. Obra do Senhor Jesus e do Espírito Santo.

Para colher uma jabuticaba, é preciso esperar no mínimo dez anos do plantio da semente à primeira colheita. E há variedade desta fruta que leva 18 anos. A pimenta malagueta é uma maravilha da natureza. Tenho várias gertrudinhas com menos de 50 dias que já estão com botões de flores que vão se abrir ainda em abril. E também o fruto amadurece depressa. Da flor à pimenta madura estou observando que é coisa de quatro semanas.

Foto: João Cruzué
Gertrudinhas com 50 dias
(em 27 de março 2014)
É como  a operação do Espírito Santo. Quando o crente tem sede de Deus ele procura conhecer a vontade do Senhor interessando-se pela sua Palavra. Quem tem mais sede de Deus pode chegar ao conhecimento de muitas verdades bíblicas em 50 dias. Outros vão no passo da "jabuticaba" e demoram 10 anos. Podemos ler desse assunto no capítulo 2 da Primeira Carta de Pedro:

Desejai como meninos recém-nascidos, 
o puro leite espiritual, 
a fim de por ele crescerdes para a salvação, 
se é que já provastes que o Senhor é bom.

E por fim, a constatação de que tive que mudar a planta de uma sala fechada de um escritório, para que suas flores pudessem vingar em frutos em um lugar onde houvesse a luz, a brisa e as abelhas. Sozinha e fechada em quatro paredes isso nunca iria acontecer. A mudança também é parte dos planos de Deus para o crente. Abraão mudou-se para encontrar e conhecer a Deus. José foi vendido como escravo pelos irmãos, depois foi parar no porão de um cárcere, para depois subir junto ao trono do Faraó. É assim que Deus faz: ele nos tira de uma zona de conforto e nos leva para o olho de uma crise. E para que tudo isto: para que nos tornemos dependentes da sua graça, mansos, compassivos e solidários.

I Pedro 1:3: Bendito seja 
o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, 
segundo a sua grande misericórdia, 
nos gerou de novo para uma viva esperança, 
pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos.

E o SENHOR JESUS também mudou-se. Ele deixou o céu e veio habitar entre nós. Deixou sua glória divina e abaixou-se à condição humana, para proclamar as boas novas de perdão, salvação e reconciliação. Coisa que por nós mesmos nunca poderíamos conseguir.

Fim.

cruzue@gmail.com




Fotos de Pimenta Malagueta



POR JOÃO CRUZUÉ

No final de fevereiro de 2014 eu comprei um pé de pimenta ornamental de uma família de japoneses na banca da porta do Mercado Municipal Kinjo Yamato, Rua da Cantareira, 377 - em frente ao  grande Mercado Municipal da Avenida Cantareira.

Street View - Google
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Foto  montagem - do grande Mercado Municipal da R. Cangareria
A pimenteira veio em um vaso preto pequeno e chamava atenção por suas mais de  50 pimentas de um vermelho vivo que eu denominei vermelho-ferrari. Para não ser mais um pé de pimenta malagueta comum, eu lhe dei o nome de "Gertrudes". Ela passou a fazer companhia para as violetas da minha chefe, na janela de uma sala de escritório no 7º andar.

Foto: João Cruzué
Capsicum frutescens

Como era uma pimenteira era muito bonita, tratei de cuidar da sua sustentabilidade. Comprei dois vasos, terra vegetal, abri uma das pimentas e plantei todas sementinhas. Isso foi no começo de março/14. Uma semana depois elas já estavam nascendo. O clima estava bastante quente, coisa que as pimentas adoram.

Foto: João Cruzué
Gertrudinhas.

Minha colega de trabalho, quando viu as primeiras mudinhas lhes deu o nome de "Gertrudinhas". Lá pelo fim de março, com 21 dias, as gertrudinhas já estavam assim:

Foto: João Cruzué


Eu troquei a Gertrudes de vaso. Como ela continuava crescendo, comprei um vaso vermelho com o dobro da capacidade. Estas fotos são pequenas, mas se você clicar vai ver seu tamanho real.

Foto: João Cruzué
Gertrudes no dia da colheita da suas pimentas
No dia que tirei a foto acima, colhi todas as 56 pimentas da Gertrudes e cliquei a foto de baixo.

Foto: João Cruzué
Flores pimenta malagueta

Por fata de luz do sol (seis horas por dia) levei os dois vasos de Gertrudinhas para casa e na sexta-feira antes do Domingo de Ramos, levei também a Gertrudes para casa. Lá eu tenho um varandasobre a garagem onde há luz o dia inteiro. Em seguida eu cuidei de plantar cada gertrudinha em um vaso próprio.

Foto: João Cruzué
Plantio de mudas de pimenta malagueta

Depois de replantadas na primeira semana de abril, veja como ficaram na foto abaixo:

Foto: João Cruzué


E hoje, domingo 27 de abril de 2014, a Gertrudes está carregada de novo. Só que desta vez com mais de 120 pimentas, ainda estão verdes. E as gertrudinhas, com uns 50 dias  já estão com botões de flores. A pimenta malagueta é muito rápida. Veja as fotos:

Foto: João Cruzué
Gertrudes em 27.4.2014

Foto: João Cruzué
Pimenta Malagueta com 50 dias
Gertrudinhas
Foto: João Cruzué
Capsicum frutescens aos 50 dias
Gertrudinhas


Foto: João Cruzué
 Gertrudes em 27.4.14

Como você pode ver, em menos de 30 dia eu colhi as pimentas da Gertrudes, ela floriu, eu a levei para um lugar onde há sol o dia inteiro,  hoje ela está com mais de 120 pimentas. O dobro da primeira carga. Em 15 dias, estes frutos verdes estarão vermelhos. Pode conferir.

Se alguém tiver interesse, eu tenho sementes da Gertrudes. cruzue@gmail.com. Reveja as belas fotos que eu cliquei dela no mês de março/14, passado.

Foto: João Cruzué

Pimenta malagueta.
foto: João Cruzué






pimenta malagueta

domingo, abril 13, 2014

Floração de pimenta malagueta ornamental


GERTRUDES
Meu pé de pimenta malagueta

Foto: João Cruzué
PIMENTA MALAGUETA
(Primeira produção da Gertrudes)
POR JOÃO CRUZUÉ

Quase tudo que você precisa saber sobre pimentas está no estudo Pimenta (Capsicum spp.) da EMBRAPA HORTALIÇAS com sede em Gama, no Distrito Federal. Lá  só não diz como você deve fazer se seu pé de pimenta malagueta emitir flores dentro de uma sala fechada de um escritório no Centro de uma grande Cidade. 

Eu disse que a EMBRAPA diz quase tudo, porque nesta semana que passou (7 - 11 de abril/2014) quase perdemos uma florada inteira da Gertrudes, um pé de pimenta malagueta que embeleza o ambiente do escritório. Foi preciso usar tecnologia de experiências passadas para conseguir conseguir a polinização das flores.

Quando as lindas pimentas desta foto começaram a murchar, nós verificamos que, ao mesmo tempo, a Gertrudes tinha começado a soltar botões de uma nova florada. E a primeira flor que se abriu, um dia depois estava murcha. Como também murchou e caiu o pendúculo que suportaria o fruto  se ele tivesse vingado. Eu comecei então a desconfiar que em um ambiente fechado de escritório nenhum fruto iria vingar e teria que agir rápido.

Primeiro colocamos um pouco de água de cal no substrato do  vaso onde a Gertrudes está enraizada. Se o problema fosse acidez excessiva,  (como no caso das flores do chuchu) estaria resolvido. Restava um outro problema bem mais difícil - a polinização.

A flor da pimenteira malagueta é branca, com cinco pétalas, copo virado para baixo. Esta estrutura suporta cinco "bolsinhas de pólem"  ou anteras -  que seriam a parte masculina da flor. No cento, desce um longa haste branca, quase do calibre de uma agulha - o estigma - a parte feminina da flor.  Se um grão de polem entra em contato com o estigma, ocorre a fecundação e um fruto nasce. Do contrário, em 24 horas toda estrutura da flor inclusive o pendúculo caem. São descartados.

A Gertrudes estava em sala fechada, sem direito à brisa nem inseto, bem no Centro de São Paulo. Por isso, minha segunda providência foi ir até o Armarinho Fernando onde comprei dois pincéis com as cerdas pequenas e delicadas. Encostei o pincel na flor um uma pequena nuvem de polem se desprendeu e brilhou contra o sol. Usei o pincel em todas as flores. A partir do dia seguinte, os pendúculos pararam de cair e frutos começaram a vingar . Acertara em cheio.

Mas havia outro problema. 

Uma grande quantidade de botões iam abrir no fim de semana. Então tomei uma decisão radical. Para tristeza de minhas colegas de seção, que já se acostumaram com a planta, comprei um grande recipiente de plástico na Rua Direita, acondicionei a Gertrudes e fui direto para minha casa. Como não sou adepto de automóvel, ela foi de metrô e de trem. Conheceu a Linha Vermelha, a Linha Amarela e muitas estações da  CPTM. Como dá trabalho, carregar um vaso de pimenta que pesa uns seis quilos!

                                                                                                                                                                       Foto: João Cruzué
Pimenta Malagueta
(Gertrudes no dia 4.4.14)
No sábado de manhã, eu fiz questão de ver quando os primeiros raios de sol começaram a iluminar a Gertrudes.  E, para minha surpresa, no minuto seguinte, uma abelhinha já foi chegando. Como se já conhecesse a Gertrudes há muito tempo, ela foi chegando e trabalhando nas flores. Em pouco tempo já estava com duas patinhas cheias de polem de pimenta. Como eu teria que comprar outro pincel, pois esqueci os outros na gaveta da minha mesa, desisti. Pelo menos umas quatro ou cinco abelhinhas.

Hoje pela manhã, notei que as flores que se abriram ontem, já se desprendiam do pendúculo. Não a flor inteira, mas suas pétalas e anteras.  Em 24 horas o botão se abre e se a polinização não ocorre, a flor cai junto com o pendúculo e você fica sem um fruto. Como uns 20 botões se abriram no sábado, e hoje eu contei uns 30, já deu para contabilizar que se eu tivesse deixado a Gertrudes trancada no escritório neste fim de semana, no mínimo 60 pimentas deixariam de vingar.

O uso do pincel escolar, com poucas e delicadas cerdas funcionou. Contei umas 40 pimentinhas. Com outras 50 deste fim de semana, a Gertrudes vai arrebentar a boca do balão com mais de 100 malaguetas. Ainda tem muito botão para abrir.

Resumo da ópera: Pimenta malagueta ornamental não se poliniza em ambiente fechado. O tempo da abertura do botão, que só acontece durante o dia, até a polinização da flor é coisa muito rápida. Pela minha observação, depois que a flor da pimenta malagueta abre, se não ocorrer a polinização no começo da tarde, adeus pimentinha. Se o ambiente for de um escritório, a polinização só vai acontecer se for usado o pincel para espalhar o polem, de forma que algum grão se apegue ao estigma e aconteça a fecundação. Este seria o plano "B".

                                                                                                                                                                     Foto: João Cruzué
Pimenta malagueta com flores

(Gertrudes em 4.4.14, depois da coleta dos frutos)
O plano "A" seria cultivar a sua pimenteira em um ambiente aberto, com direito à brisa e à visita de abelhas. Eu usei os dois planos, mas o segundo parece-me mais eficaz.

Se tudo der certo, e o frio não afetar a Gertrudes, dentro de um mês, eu devo tirar outra foto dela com mais de 100 pimentas vermelho-ferrari. Vamos bater o record da primeira produção, que foi de 57 pimentas.


Mudas de pimenta malagueta

(Gertrudes em casa, com as gertrudinhas em 12.4.14)
Gertrudes junto com  34 gertrudinhas, todas elas germinadas a partir das sementes de uma única pimenta. 

Idade: 45 dias. 

Hoje é Domingo de "Ramos", 13.04.2014. Uma frente fria chegou hoje a São Paulo. Ontem choveu forte, mas hoje ainda não deu nem um pingo. A previsão é de tempo chuvoso e constante na segunda e na terça. Não sei não...


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sábado, abril 05, 2014

Pimenta malagueta ornamental



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GERTRUDES



JOÃO CRUZUÉ


Gertrudes é o nome que eu dei a  um belíssimo pé de pimenta malagueta que existe na sala onde trabalho, no Centro de São Paulo. Eu a comprei de um comerciante japonês , em frente ao grande  Mercado Municipal. De uns dois meses para cá, Gertrudes se tornou um dos assuntos preferidos de nossa Seção. Para começar, sua cor vermelha, não é um vermelho qualquer, mas um vermelho-ferrari. Também não é um pé de pimenta comum: Gertrudes é exagerada. Nós contamos nela  57 pimentas. 

Eu já contei isso, mas é muito hilário contar. Convidei minha antiga Diretora para conhecer a Gertrudes, mas ela pensou que fosse uma mulher. "Escuta, como é esta Gertrudes?" E eu respondi: Ela é ardente! Aí, o mal-entendido se estabeleceu de vez. "O que está acontecendo com o João? Foi só ele mudar de diretoria que já anda colocando as manguinhas de fora... A esposa dele já sabe que ele está  arrastando a asa para esta tal de Gertrudes? E lá fui eu carregando o pé de pimenta para a sala dela, para apresentar a  "ardente" Gertrudes. Ela não me disse nada. Não sei se estava brincando ou se pensou que a Gertrudes era mesmo uma mulher...

Fotos de João Cruzué
Pimenta malagueta

Foto de João Cruzué
pimenta malagueta

Foto de João Cruzué
Pimenta malagueta

Foto de João Cruzué
Pimenta malagueta 

Bom, como eu imaginei, as pimentas da Gertrudes iam murchar e secar. Então tratei de mitigar um eventual risco de perda. Tracei um plano e o coloque em prática. Colhi uma entre as 57 pimentas da Gertrudes, abri a pimenta e  plantei as sementes em dois vasinhos. Achei que nasceriam no máximo umas dez pimentinhas.  Levei um susto quando vieram  umas 40 pimentinhas.  Foi aí que descobri porque esta malagueta é tão ardida. Uma "dedo de moça" que tem poucas sementes já é bem ardia, o que dizer uma que tem 40 sementinhas dentro?

Quatro mudinhas, você pode ver nos dois vasos claros, acima. Eu comprei estes lindos vasos na Rua São Caetano! Se você pensou que alí só há vestidos de noivas, já pode ver que tem muito mais. Tem duas casas enormes de produtos agrícolas, veterinários, jardinagem, ferramentas, sementes, bulbos de flores, adubos, saquinhos de polietileno para fazer mudas...etc.

Depois de ter semeado dois vasos com sementes de uma pimenta da Gertrudes, eu as tive de levar para casa.  É que pimenta gosta de sol. Sol direto, seis horas por dia. No escritório só bate sol da manhã. Aí, as plantinhas tinham de virar o "pescoço" para  tomar sol. E nós, de virá-las ao contrário, para que elas se desentortassem. Na minha casa elas  pegam sol direto. Veja as duas fotos abaixo:

Foto de João Cruzué
Mudas de pimenta malagueta

Foto de João Cruzué
mudas de pimenta malagueta


Aqui, mais abaixo, está a Gertrudes sem suas 57 pimentas. Eu fiz a colheita no dia 02 de abril 2014. Se você observar com cuidado nas três fotos a seguir, vai identificar flores e botõezinhos de pimenta malagueta. Ou malaguetona, como me disseram  quando comprei. 

Como eu sou Contador, já fiz o cálculo do custo/benefício da coisa. A colheita de 57 pimentas foi uma estratégia acertada.  Entre botões e flores brancas, se tudo correr bem e o frio não interferir vem aí uma carga de mais de 100 pimentas de uma só vez. Se por acaso isto acontecer, e eu creio que vai, a Gertrudes vai ganhar o prêmio, a Rainha das Malaguetas! Sabe o que é um pé de pimento com um palmo e meio de altura com mais de 100 pimentas vermelho-ferrari? É exagerara ou não é?

                                                                                   Foto de João Cruzué
pimenta malagueta em flor

Foto de João Cruzué
Pimenta malagueta com flores

Foto de João Cruzué
Pimenta malagueta com flores

Ontem, sexta-feira, 04.4.14, eu passei de novo na Rua São Caetano para comprar mais vasos e adubos. Também voltei no japonês que vende plantas na Rua Cantareira, em frente ao Mercado Municipal, e comprei 20 vasinhos, como estes abaixo, o mesmo vaso onde estava a Gertrudes quando a comprei.  Bem não precisa dizer que eu suei a camisa de verdade, quando cheguei na seção com quatro sacolas com 26 vasos, 26 pratinhos de vaso, 3 kg de superfosfato simples,  01 kg de adubo 04.14.08 e 05 kg de terra orgânica. À noite, tive que sair depois do horário do rush, para transportar tudo isto para minha casa.

Foto de João Cruzué

Eu  sou filho de agricultor. De vez em quando voltava ao sítio para não perder a prática, mas com o tempo fui gostando mais da cidade que do campo. Há mais de quatro anos trabalho no TCE de SP. Lidar com adubos, vasos e plantas é uma forma de manter algumas poucas raízes em minhas origens. Bem, na foto de cima estão os adubos que vou colocar no fundo dos vasos. E na foto de baixo, como faço isto. No vaso da esquerda, você vê um pouco de brita. No sentido horário, terra vermelha sobre a brita e os grãos de dos adubos que você vê acima. Superfosfato no saco de 3kg e adubo de cova, 04.14.08. O terceiro vaso já está totalmente cheio, com brita, terra vermelha, grãos de adubo, e a maior parte de terra orgânica. Em cima  e bem no meio
Foto de João Cruzué
Plantio de pimenta malagueta

Foto de João Cruzué
Plantio de pimenta malagueta

Foto de João Cruzué
Plantio de pimenta malagueta

Foto de João Cruzué


Aqui, abaixo, você já pode ver os vasos cheios de terra e adubados, prontas para receber as Gertrudinhas

Foto de João Cruzué
Vasos de plantio de pimenta

Foto de João Cruzué
Vasos plantio de pimenta malagueta

Na foto seguinte, você há pode ver o fruto de um trabalho que consumiu minha manhã inteira. São 21 vasos plantados com gertrudinhas. E estava em um dilema: ou abandonava as plantinhas ou tomava uma decisão mais radical. Tomei. Mas como você pode observar,  na foto abaixo, ainda tem um vaso cheio de mudas. Isto significa que na semana que vem vou ter que plantar outros 20 vasos.

                                                                                         Foto de João Cruzué
Mudas de pimentas em vasos

Foto de João Cruzué
Mudas de pimentas em vasos

Foto de João Cruzué
Vasos com mudas de pimentas

Foto de João Cruzué
Mudas de pimenta malagueta para vasos

Sequência das fotos postadas em 02 de maio 2014

     Foto: João Cruzué
Mudas de pimenta malagueta com 50 dias
   Foto: João Cruzué
Mudas de pimenta malagueta com 55 dias

   Foto: João Cruzué

Mudas de pimenta malagueta com  58 dias

   Foto: João Cruzué
Gertrudes em 02.5.14, com nova carga de pimentas malaguetas
35 dias depois da colheita das pimentas da
foto lá de cima.

Tenho sementes (extraídas) da primeira colheita da gertrudes.
cruzue@gmail.com


Nota: todas as fotos foram tiradas por mim.




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