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domingo, janeiro 27, 2013

Tributação de negócios religiosos cheira a nazismo



POR: RICARDO MARIANO*

Excerto

"...Nossa legislação, porém, parece despreparada para lidar com a proliferação de igrejas-empresas, conglomerados cujos líderes fazem fortuna, adquirindo jatinhos, helicópteros, mansões, fazendas, gravadoras, editoras, emissoras e redes de TV. Sempre à custa de rebanhos esmagadoramente pobres e socialmente vulneráveis.

Tanto que igrejas neopentecostais e suas controversas técnicas de arrecadação baseadas na teologia da prosperidade ensejaram a popularização dos trocadilhos "templo é dinheiro" e "templo de vendilhões".

Nelas, a adesão religiosa, embora opcional e voluntária, implica o compromisso de fazer doações financeiras polpudas e sistemáticas para garantir a propagandeada retribuição divina aqui e agora.

"A religião tocada como negócio ou atividade econômica está a demandar uma nova regulação pública do religioso, seja para privá-la de privilégios fiscais ou para obstar sua mercantilização, prática em tudo avessa aos fins visados e resguardados pela dispendiosa concessão estatal de isenção tributária."

RICARDO MARIANO é  sociólogo da PUC-RS



Comentário do blogueiro: 

UM NOVO BODE EXPIATÓRIO.

Balão de ensaio com o dedo do romano. Alguém quer brecar o avanço dos evangélicos cortando a fonte de seus recursos. Eu REPROVO os exageros de algumas Igrejas Neopentecostais. Mas, ter uma editora para imprimir livros,  possuir boas casas, emissoras de TV, Gravadoras, aviões, templos magníficos é atributo apenas de Igrejas Evangélicas? Cadê a Igreja Católica? Usar maquinha de cartão que já faz parte do cotidiano das grandes cidades é exploração da fé de coitados, uma vez que eu compro remédios, pago revistas, almoço, até minha condução é paga com o cartão do bilhete único?

Esta análise é tendenciosa desde o berço: PUC-RS! Dor de cotovelo.

Se o Estado quiser tributar as receitas da Igreja Evangélica, sem problemas. Basta que arque também com o serviço social e o bem estar que a sociedade recebe desta Igreja, principalmente nas periferias das grandes cidades. O Estado não está preparado para lidar com as mazelas da sociedade, A Igreja está:. Coisas como dependência química, lotação em prisões, criação de vínculo social entre os rejeitados, a obra social no varejo, etc. A única ação estatal que eu vejo funcionando  nas periferias destas cidades é a coleta de lixo e a repressão policial. 

Se quiserem mesmo tributar receitas das atividades secundárias da Igreja Evangélica (Imprensa, espaço na mídia e arrecadação de ofertas - as mesmas atividades que a Igreja Católica pratica) estariam praticando bitributação. Todo este dinheiro já foi "garfado" pelo governo. Analisando o meu caso: Eu ainda moro mal, paguei uma faculdade noturna de cinco anos com o próprio bolso, passei onze anos desempregado (sem receber um tostão do governo), o transporte público que utilizo é péssimo, e mesmo passando por tudo isto, hoje, depois de muitos concursos e horas e horas de estudos, consegui um bom trabalho. Tenho como sócio majoritário, não a IGREJA EVANGÉLICA, mas o Governo que só de IR me tributa em mais de 25%, mais 11% de previdência, mais 2% de plano de saúde (que não uso). Isso sim é uma vergonha!

Este Governo não me visita quando eu adoeço, não conversa com a minha família, não vai ao meu enterro no dia que eu me for, não me dá um panetone de Natal, não traz relevância na vida da minha família, não consegue recuperar  um toxicômano... suga imposto até do pãozinho do mendigo.

Tributar Igrejas Evangélicas? Ora, ora, por que não vão plantar batatas!

O que esse "sociólogo" (católico) da PUC-RS revela  é uma grande inveja do crescimento da Igreja Evangélica. E olhe que uma arrecadação religiosa de 20 bilhões por ano é uma grande micharia, por exemplo, em comparação com o que leva a corrupção no Brasil: R$300 bilhões  e os negócios do tráfico que pode ser estimado hoje de 2% 5% do PIB mundial, então no Brasil a cifra seria estimada de 40 a 100 bilhões. O Brasil já é o 2º maior país consumidor de cocaína do mundo.

Mas essa gente está só fixada com o acontece no quintal dos crentes.

Como o governo  e seus analistas de plantão não conseguem resolver estes dois problemas,  estão, com certeza, arranjaram um bode expiatório, no caso a parte da Igreja Evangélica que é mais ativa.

Isto está me cheirando  àquelas velhas  ideias que foram colocadas em prática na Alemanha  que demonizavam os judeus da Europa por volta dos anos 40s. Ingênuo é o evangélico que pensa que o alvo destas análises são apenas os neopentecostais.  O problema chama-se dinheiro. Com a perda de receita (a parte mais sensível do bolso da Igreja Católica) e do rebanho, não esperava outra atitude.


















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