Amazônia para Cristo
Kátia Brasil"O avanço do catolicismo na Amazônia esbarra na falta de recursos materiais e humanos --a Funai (Fundação Nacional do Índio) estima que haja de 6.000 a 13 mil índios na região. Em Autazes, para alcançar as 78 comunidades ribeirinhas da área, por exemplo, o único representante da Igreja Católica na região, um padre diocesano, depende da boa vontade de índios e moradores.
Na última sexta-feira, a reporter da Folha visitou três aldeias da região amazônica, em um percurso de 90 km por estradas de terra batida. Na aldeia Sampaio, a 36 km da sede de Autazes, encontrou seis templos religiosos --um a cada 200 metros. São duas capelas católicas e quatro templos evangélicos --Batista, Adventista e as pentecostais Assembléia de Deus e Evangelho Quadrangular.
Na aldeia são 130 famílias que vivem principalmente da mandioca, os grupos evangélicos têm trabalhos de evangelização de jovens e dão apoio financeiro para formar pastores.
A Igreja Católica foi a primeira a chegar na aldeia, em 1967, mas perdeu terreno a partir de 1980, com a entrada da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que converteu a maior parte dos índios e diz ter 44 membros efetivos na aldeia.
Um deles é o tuxaua (chefe político) geral da povoação, Antônio de Matos, 64. "No tempo em que era católico eu me aborrecia, nada era bom. Depois que passei a ser adventista, conheci muitas coisas que eu fazia errado, como beber, fumar e andar armado. A Bíblia é o caminho para endireitar a vida da gente."
Na aldeia Josefa, de 60 famílias, predominam a Assembléia de Deus e a Adventista do Sétimo Dia. Minoria, os índios católicos não praticam a religião.
O tuxaua geral, Salatiel de Souza, 20, é da Assembléia de Deus. Disse que vai organizar um plebiscito se a Igreja Católica resolver abrir um templo na aldeia. "Os católicos daqui são poucos e não praticam. Se a Igreja Católica quiser abrir um templo aqui, é a população que vai decidir."
Na aldeia Ferro Quente, não há igrejas. As 12 famílias são quase todas católicas, mas têm que percorrer 45 km até Autazes se quiserem ir à missa".
Comentários: até as músicas mais tocadas no Rádio, na Amazônia, são evangélicas. Porém, no tempo do presidente FHC, o vice-presidente Marco Maciel - católico praticante - "podou" os evangélicos em todas as solicitações de concessões de emissoras de rádio. Creio que a Amazônia não será ganha só pelas ondas do rádio, e sim, principalmente, pelo contato pessoal. Meus parabéns a todas as Igrejas Evangélicas que têm investido na Amazônia.
Fonte: Folha Online - fev 2007
Na última sexta-feira, a reporter da Folha visitou três aldeias da região amazônica, em um percurso de 90 km por estradas de terra batida. Na aldeia Sampaio, a 36 km da sede de Autazes, encontrou seis templos religiosos --um a cada 200 metros. São duas capelas católicas e quatro templos evangélicos --Batista, Adventista e as pentecostais Assembléia de Deus e Evangelho Quadrangular.
Na aldeia são 130 famílias que vivem principalmente da mandioca, os grupos evangélicos têm trabalhos de evangelização de jovens e dão apoio financeiro para formar pastores.
A Igreja Católica foi a primeira a chegar na aldeia, em 1967, mas perdeu terreno a partir de 1980, com a entrada da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que converteu a maior parte dos índios e diz ter 44 membros efetivos na aldeia.
Um deles é o tuxaua (chefe político) geral da povoação, Antônio de Matos, 64. "No tempo em que era católico eu me aborrecia, nada era bom. Depois que passei a ser adventista, conheci muitas coisas que eu fazia errado, como beber, fumar e andar armado. A Bíblia é o caminho para endireitar a vida da gente."
Na aldeia Josefa, de 60 famílias, predominam a Assembléia de Deus e a Adventista do Sétimo Dia. Minoria, os índios católicos não praticam a religião.
O tuxaua geral, Salatiel de Souza, 20, é da Assembléia de Deus. Disse que vai organizar um plebiscito se a Igreja Católica resolver abrir um templo na aldeia. "Os católicos daqui são poucos e não praticam. Se a Igreja Católica quiser abrir um templo aqui, é a população que vai decidir."
Na aldeia Ferro Quente, não há igrejas. As 12 famílias são quase todas católicas, mas têm que percorrer 45 km até Autazes se quiserem ir à missa".
Comentários: até as músicas mais tocadas no Rádio, na Amazônia, são evangélicas. Porém, no tempo do presidente FHC, o vice-presidente Marco Maciel - católico praticante - "podou" os evangélicos em todas as solicitações de concessões de emissoras de rádio. Creio que a Amazônia não será ganha só pelas ondas do rádio, e sim, principalmente, pelo contato pessoal. Meus parabéns a todas as Igrejas Evangélicas que têm investido na Amazônia.
Fonte: Folha Online - fev 2007