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sábado, outubro 18, 2014

Meditação em Mateus 21


Templo em Jerusalém
Por João Cruzué


Jesus saiu da Galileia para Jerusalém. Provavelmente, havia alguma festa religiosa e muitas pessoas estavam no Templo. Em Mateus 21; 23, o evangelista começa a descrever uma cena em que ele estava ensinando, quando as autoridades do Templo, os príncipes dos sacerdotes e anciões do povo decidiram questionar sua autoridade. Neste contexto,  dá-se um diálogo entre duas maneiras diferentes de interpretar o sagrado. De um lado, as autoridades do templo e os anciões do povo; de outro aquele que tinha a visão da realidade das coisas. Um confronto entre a presunção e o formalismo contra a verdade.

Disse Jesus: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida"

Para dar um calaboca em Jesus, os filhos dos sacerdotes chegaram e perguntaram:

--Com que autoridade fazes isto e quen lhe deu tal  autoridade? Ou seja: Quem lhe deu o direito de ficar ensinando aqui no pátio do Templo, se você não é dos nossos nem tem o nobre  sangue levita?

E Jesus respondeu assim: 

--Eu também vos perguntarei uma coisa. Se reponderes, também eu vos responderei a pergunta. O Batismo de João donde era: do céu ou dos homens?

Como os príncipes dos sacerdotes e os anciões não tiveram a coragem de dizer o que pensavam, Jesus não precisou dizer com que autoridade ensinava no Templo, área de influência e domínio dos questionadores.

Mas Jesus não permitiu que eles saíssem sem ouvir uma verdade que provou ser absoluta cerca 48 gerações depois. (29dC  até  1948dC).

Primeiro contou a parábola dos dois filhos. O pai mandou os dois trabalharem na vinha. Um disse que não ia, arrependeu-se e depois, foi. O outro, disse com a maior cara de pau que iria, e depois, não foi. O primeiro da parábola simboliza os publicanos e meretrizes  que eram pecadores, mas quando ouviam o Evangelho se arrependia. O Segundo dilho, o que disse que ia e não foi, simbolizava os príncipes dos sacerdotes e seus cupinchas políticos - os anciões do povo.

Não contente com uma só parábola, Jesus emendou outra: a parábola dos lavradores maus. Aqueles que receberam uma vinha recém-formada e bem aparelhada com uma vala no entorno, um lagar e uma torre. O proprietário da vinha decidiu arrendá-la e combinou que quando chegasse o tempo da colheita,  enviaria alguém para receber  parte dos frutos da vinha. 

Foram três os primeiros servos enviados para receber a parte do proprietários, Um ficou muito ferido, o outro foi apedrejado e o terceiro, morto. Então, o proprietário da vinha enviou outros em maior número, que foram, igualmente apedrejados, espancados e alguns, mortos.

Daí, decidiu enviar seu próprio filho para receber os frutos da vinha. Então, aqueles arrendatários da vinha receberam a visita do filho do dono da vinha. Pensando em ficar definitivamente com a propriedade, arrastaram aquele herdeiro para longe e mataram cruelmente.

Aí, Jesus concluiu que o proprietário da vinha voltaria e tiraria a posse dos arrendatários avarentos e criminosos e daria a vinha para outros lavradores que fossem fiéis de trato.

A esta altura da mensagem, os príncipes dos sacerdotes e os anciões do povo já estavam com suas orelhas vermelhas e concluíram quem eram os bandidos da parábola. Pensaram reagir, mas temiam o povo que estava no Templo, que consideravam Jesus um profeta.

Meditação: Sabemos que a vinha era a nação de Israel. E que esta nação ao assassinar Jesus selou toda profecia da parábola dos lavradores maus que arrendaram a vinha. A vinha era a nação e os arrendatários, sua liderança política-religiosa. Duros com o povo, e corruptos no trato com os romanos, para não saírem do poder. O poder ao custo da presença de Deus.

Na parábola está bem claro, que Deus tinha enviado três grandes profetas para advertir a LIDERANÇA religiosa do povo. Não surtiu resultado. Enviou outros profetas em maior número, e não houve mudança de comportamento de comportamento dos líderes religiosos. Por fim, Deus enviou Jesus Cristo, e foram as lideranças religiosas de |Israel que pediram a crucificação de Jesus.

O resultado foi que um geração depois, Jerusalém e o Templo foram reduzidos a pó. Cumprindo o que está  em Mateus 21;44. A nação de Israel foi desterrada, e somente voltou a possuir um território a partir de 1948, cerca de 47 gerações (de 40 anos) depois.

Reflexão: As lideranças religiosas cristãs, com o passar do tempo se apoderam da "Vinha", usurpando o senhorio do SENHOR YHWH. Trocam a obrigação de cuidar da vinha, por interesses políticos culturalmente mundanos. Usam de suas lideranças religiosas para alcançar a liderança política e ampliar o número de pessoas sobre as quais querem mandar. Aceitam dobrar o joelho diante da oferta de mandar sobre os reinos deste mundo - coisa que Jesus ouviu, mas recusou.

Conclusão: Nem todo que o que fala em sua boca o Nome do Senhor, tem temor do Senhor. Pode ser que ele use o Nome do Senhor para usurpar o mando na Casa do Senhor. E depois, apegando-se ao poder, almeja mandar em toda a nação. Esta usurpação tem um alto preço e não ficará sem cobrança.

Quem tem juízo atente bem e não faça como fizeram os anciões do povo, mencionados em Mateus 21. Eles sustentavam e apoiavam as ações dos príncipes dos sacerdotes, porque temiam passar necessidade e fome se rompessem com a filosofia de vida daqueles. Em nossos dias,  isto não mudou.