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quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Liderança- o poder da visão

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K2

"The Power of Vision"


Por Steve Mills
Tradução João Cruzué


O QUE MOTIVA AS PESSOAS?


Para os líderes esta é uma grande questão. Fatores psicológicos, sociológicos e mesmo espirituais contribuem para a motivação. Elementos tanto intrínsecos como extrínsecos estão envolvidos. Tom Landry, um dos mais proeminentes técnicos de futebol americano disse: Liderança é a habilidade que leva as pessoas a fazer o que não querem para que elas possam tornar-se naquilo que querem ser.

O poder da visão motiva. Ele motiva um alpinista a enfrentar ventos cruéis por trilhas perigosas até alcançar o cume. O poder da visão motivou [Santos Dumont a passar por cima dos desapontamentos e quedas] até construir uma máquina voadora. Jesus motivou um pequeno grupo de 12 homens incultos e de ocupações diferentes a mudar o mundo. Eles captaram a visão de seu líder, Jesus, e alteraram o curso de toda a história.

Sua visão, como um líder, tem impacto significativo sobre o crescimento e eficiência da sua Igreja e escola dominical. A visão de um líder é poderosa e a falta de

COMO A VISÃO INFLUENCIA O LÍDER?

A visão primeiro influencia o líder pessoalmente ao lhe dar uma direção. Ele ouve o Espírito Santo, avalia a situação e sabe o que é preciso e desejado.

Um pastor com sentido claro de direção, e que é capaz de articular, conseguira uma alta motivação para sua Igreja. O superintendente de escola dominical que recebeu uma direção do Senhor e traçou um rumo claro, inspirará toda seu departamento.

A menos que você saiba aonde ir, como chegar lá e o que você quer realizar, a vida se tornará insípida e chata. Dennys Waitly em “Sementes de Grandezas” diz: “A razão da falha de tantos indivíduos em atingir seus objetivos na vida é porque eles nunca realmente os colocam em primeiro lugar” Você tem um objetivo pessoal para sua vida? Se a vida pessoal de um líder é estéril e desorganizada por falta de visão, seu ministério público será também desorganizado e ineficiente.

Você tem uma visão e alvos para sua escola dominical? Defina alvos para começar novas classes, começar ou aumentar treinamento de quadros, de aumentar as matrículas e freqüências. Pergunte para você mesmo: Se nossa escola dominical pudesse ser alguma coisa no mundo, com o que ela seria parecida? Observe as possibilidades em lugar das limitações. Deus tem um plano para sua Igreja e escola dominical, e Ele quer revelá-lo para o líder que busca sua presença.

A visão do líder lhe dá um sentido de urgência e exatidão. Esta convicção de que sua visão é correta e urgente domina seus pensamentos, penetra suas emoções e dita suas ações. A diferença entre um líder e um sonhador é que enquanto o líder põe seus sonhos em ação, o sonhador fica só pensando neles.

Um visão consome um líder com um senso de responsabilidade. Ele assume responsabilidades para o cumprimento de sua visão. Embora outros possam captar sua visão, ninguém terá uma paixão mais intensa do que ele. Isto pode ser frustrante para o líder, mas a chave é trabalhar com pessoas, e ainda assumir o desafio da realização.

COMO O LÍDER DEVE COMPARTILHAR SUA VISÃO.

Primeiro, começar com um alvo claramente definido e comunicável. Por exemplo, este ano nós queremos aumentar o número de matrículas em 35%, ou neste trimestre, nós queremos utilizar uma campanha para aumentar a freqüência dos adoradores nos cultos em 15%.

Segundo, utilizar técnicas de “brainstorm” para encontrar maneiras de realizar o objetivo. Envolvendo outros em uma encontro de planejamento. Começar a sonhar com o grupo. Idéias fantásticas podem aflorar desses encontros interativos.

Terceiro – estabeleça sua estratégia. Para que um objetivo seja alcançado, passos específicos devem ser dados. Determine o que deva ser feito e em que ordem as metas devam ser completadas.

Quarto estipule datas. Fixe seu cronograma e as datas para que cada meta seja concluída.

Quinto delegue funções a seu pessoal. Se o seu objetivo é aumentar as matrículas em 35%, ajude cada professor a fixar um objetivo de matrículas para sua classe. Se o seu objetivo é melhorar o comparecimento de adoradores, forneça nomes de pessoas para serem contatadas para classes individuais. Você pode lançar um concurso e designar um mediador. Utilize os recursos e as habilidades das pessoas com quem você trabalha para realizar o que Deus espera de você.

Sexto, trabalhe seu plano. Uma vez que você tenha estabelecido seu objetivo, derminado sua estratégia e delegado responsabilidades, mãos à obra. Não permita que seu objetivo morra na mesa de planejamento.

Sétimo avalie os resultados. Observe os dois lados, positivos e negativos. Seja objetivo quanto ao sucesso da tarefa. O que precisa ser mudado e o que está indo bem?

Este é um ótimo momento para orar e fazer planos para sua escola dominical. Busque o Senhor para receber uma visão Dele, depois a passe adiante, para aqueles que você cuida. Isto ajudará sua escola dominical ficar eficiente e crescer. Lembre-se, uma visão poderosa tem o poder para motivar.


Tradução João Cruzué

STEVE MILLS AG/US NORTHWEST
The Power of Vision - enrichmentjournal.org


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sábado, setembro 06, 2008

Uma lição de liderança e respeito


Novilha Gir
uma vaca
João Cruzué

Hoje vou descrever um fato real sobre liderança que vai surpreender muita gente. E será mesmo surpreendente pois se trata de uma lição de vida entre simples animais. Para quem nasceu e cresceu no campo é um fato comum, mas ele pode produzir reflexões importantes se entendido em sua profundidade.

Eu era garoto quando meu pai, comprou um sítio. Pouco tempo depois compramos nossa primeira vaca - a Bordada. Era uma vaca "pé duro", sem raça definida, com alguns traços de "Gir". tinha uma testa grande, ovalada até a nuca. Bordada era vermelha ou retinta, salpicada de pintas brancas. Com ela veio um bezerrinho branco, com salpicos de vermelho, que "batizamos" de Bordadinho.

Quando minha mãe, então, foi tirar o leite da bordada pela primeira vez, para cativar a vaca e gerar estímulos agradáveis, habitou colocar um balaio com palha de milho na frente da vaca para que ela comesse, relaxasse e não "escondesse" o leite. Foi assim que começamos a nos entender com vacas, bezerros, touros, leite, vacinas, sal, cochos, latões de leite, tombos de bicicletas carregando os latões...Quando chegou o tempo em que tínhamos mais vacas e melhos palha de milho, o mimo acabou.

Eu sempre admirei a inteligência dos bois. Naturalmente generalizamos o nome "bois" da mesma forma que fazemos quando usamos o verbete homem ou os homens. Quem já teve um sítio, e criou gado, sabe que ele é constituído de dezenas de vacas para apenas um boi - ou o touro. Entre porcos, cavalos, cachorros, gatos , pombos e bois - sempre apreciei estes últimos, de preferência os mansos.

Há vacas mansas e bravas. As holandesas e as pequenas jerseis têm o "sangue" dócil - ou seja, sangue de barata. Mas as vacas de raças indianas: Gir, Guzerá e, principalmente Nelore - Deus que me livre, são malvadas ou "brabas". Quando estão de bezerrinhos novos então... são das piores! Eu tenho o braço marcado por cicatrizes de arame farpado, tudo porque uma tal Riqueza, queria por que queria me pegar, pois cheguei perto do seu bezerrinho.

Perto da 01 hora da tarde, mãe nos mandava trazer as vacas do pasto para o curral, para apartar os bezerros. Esta operação consistia em prender os bezerrinhos que mamavam, em um curralzinho ou pastinho separado de suas mães, até a manhã do dia seguinte. Isso para que não mamassem todo o leite que seria tirando na manhã do dia seguinte. Na verdade, o leite era deles, mas nós o "emprestávamos"... Nesta operação de aparte todo cuidado era pouco. Algumas vacas eram capazes de matar qualquer um, por causa de seus bezerrinhos. À medida porém que eles cresciam ,este instinto de amor maternal ia diminuindo, diminuindo... Menos com uma tal Lembrança. Ela "pegava" em qualquer tempo.

Depois de apartados os bezerros, a "gente" ia embora para casa, o curral ficava em paz, e todo o gado ia deitar ao sol, para remoer. Lá pelas duas ou três horas da tarde, o gado se levantava para voltar ao pasto. Este pasto era montanhoso e por ele corriam caminhos ascendentes, estreitos, tortuosos, chamados de trilhos. Os trilhos eram cavados pela ação das patas desses animais, passando no mesmo lugar dia após dia.

Entretanto, depois que o gado se levantava para voltar ao pasto, enquanto uma certa vaca - e era sempre a mesma - não se posicionava na frente, na guia, a longa fila não avançava. Eu creio que foram as vacas que inventaram a fila indiana. Justamente porque Gir, Guzerá e Nelore são mesmo raças indianas. A primeira vaca de guia de nosso sítio foi a bordada; a segunda Morena. Daí para frente, não me lembro.

Para assumir a guia não havia discussões, nem brigas, nem reuniões, nem acordos, nem atas. Simplesmente uma vaca tomava o lugar. Se ela vivesse por dez anos, continuaria na guia. No dia em que morresse, e o gado precisasse voltar ao pasto ou vir do pasto para o curral, outra vaca assumiria a liderança de uma forma assustadoramente natural. Sem brigas, sem eleições, sem aclamações, sem assembléias, sem traições - sem nenhuma alteração visível na rotina.

E assim sucessivamente com o passar dos anos; em qualquer lugar do mundo onde houvesse este gado "pé duro"

Eu fico pensando: em termos de estabelecimento, substituição e sucessão de liderança - seja na Igreja ou no País - ainda estamos a "anos luz" da naturalidade, do respeito e da maneiro com que isto se processa em uma simples "comunidade" de vacas. É por isso que eu admiro esses animais pela grande lição de vida que eles dão.


João Cruzué
SP-06.09.2008

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