A Amazônia brasileira é o assunto do momento. A publicidade em torno da compra, em 2005, de 140 mil hectares da Floresta Amazônica pelo milionário sueco Johan Eliasch caiu como um raio na mídia brasileira. Casado com a socialaite brasileira Ana Paula Junqueira, Eliasch é o criador da ONG "Cool Earth", uma organização suspeita de fomentar a compra de terras na região da floresta brasileira entre investidores e especuladores estrangeiros. Por 50 bilhões de dólares, o Sr. Johan afirmou ser possível comprar a Amazônia para preservação do meio ambiente e proteção mundial. Uma atitude estranhamente nobre de quem não investe em casa.
Isso está tirando o sossego de militares, políticos brasileiros e do presidente Lula. Suspeita-se que por falta de controles, uma área cinco vezes maior que a estimada já esteja em poder de estrangeiros, por falta de legislação apropriada, ou seja, é preciso de tranca para uma porta arrombada. Hoje, basta ter uma empresa constituída no Brasil ou casar com uma brasileira para comprar a quantidade de terra que quiser. O interessante é que nos países de origem desses compradores, afirma-se, não tenha nem mais uma árvore de floresta em pé. O grande negócio do momento é a criação de Ongs e mais Ongs para "defender" a Floresta Amazônica - o que parece uma piada - defendê-la dos próprios brasileiros!
Outro perigo vem das demarcações de terras indígenas. Indios brasileiros estão sendo levados para o exterior e devidamente manipulados para aprender com instrumentalizar as pressões em cima das autoridades brasileiras para em um primeito momento conseguir a demarcação de suas terras e depois abrir um processo de criação de uma nação e separar-se do Brasil. Isso foi dito claramente através de uma afirmação do sertanista, já falecido, Orlando Vilas Boas, em 2002, referindo-se a mais de uma dezena de Ianomanis que estavam há um bom tempo nos Estados Unidos.
Há muito mais coisas por trás disso do que se estima. Principalmente assuntos ligados a patentes de indústrias farmacêuticas entre outras multinacionais que na verdade escondem seus verdadeiros objetivos atrás de preservação de meio ambiente e demarcação de reservas indígenas. É difícil de acreditar em tamanho amor preservacionista em meio a investidores e especuladores estrangeiros.
Deixando um pouco o assunto imobiliário e de preservação do meio ambiente, vamos ao assunto que de fato nos interessa: investimento em evangelização na Região Amazônica. É importante enviar missionários para os quatro cantos da terra segundo o mandamento do Senhor, mas o curioso é que há centenas, porque não, milhares de missionários e "missionários" estrangeiros dentro da Amazônia. Será possível que estamos alheios a isso?
É sabido que a Igreja evangélica tem a mais forte atuação na Amazônia, inclusive as músicas mais tocadas nas emissoras de Rádio dali são evangélicas. Entretanto houve uma "poda" sistemática dos pedidos de concessões de emissoras de Rádio e TV para a região, notadamente no governo FHC, quando o vice-presidente Marco Maciel intercedia junto ao Ministério das Comunicações sempre em favor da Igreja Católica Romana e contra os interesses evangélicos.
Vejo um paradoxo intrigante sobre a evangelização da Amazônia. Enquanto os líderes evangélicos brasileiros se regozijam e adquirem status pelos missionários que enviam para os EUA, Europa, África e Janela 10/40 - lá fora, em meio a cristãos, principalmente católicos, há um interesse enorme e status em enviar "missionários" para a Amazônia. Em cada conflito que acontece principalmente no Pará, analise bem os nomes dos religiosos que são citados como participantes ativos deles.
O Brasil precisa de cuidar com mais zelo da Região Amazônica, e os evangélicos que estão trabalhando lá precisam ser lembrados, ajudados, incentivados, bem aparelhados - inclusive com emissoras de Rádio, TV, telefonia e internet para dar conta do serviço com dignidade. É hora de priorizar aquela Região.
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Para o Blog Olhar Cristão
A foto acima é de uma antena para transmissão de ondas de rádio.