"Estado é favorável à liberdade religiosa"
O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, disse ao Jornal de Angola que a Igreja Metodista é um “parceiro social do Estado”, realçando o papel que tem tido no ensino, de que é exemplo a Universidade Metodista. Isaías Samakuva enalteceu, também, as acções das igrejas no campo da saúde: “Já visitei zonas fora das capitais de província e verifiquei o trabalho de saúde que elas têm feito”, afirmou.
Roberto de almeida afirma que o cristão tem de se preocupar com a sociedade
O vice-presidente do MPLA, Roberto de Almeida, disse ontem, em Luanda, que o Estado angolano permite a liberdade religiosa, desde que a Igreja obedeça a lei do país.
Falando numa palestra sobre o “Metodismo e a formação da consciência nacionalista”, enquadrada na 25ª Sessão da Conferência Anual do Oeste de Angola, Roberto de Almeida sublinhou que o cristão deve preocupar-se com as coisas religiosas e, também, com a sociedade.
O dirigente do MPLA recordou o papel desempenhado pelos missionários, em meados dos anos sessenta, na formação da juventude metodista, sublinhando que durante muitos anos a Igreja também foi afectada pela guerra e muitos pastores metodistas perderam a vida.
Roberto de Almeida aconselhou a Igreja Metodista a reunir os documentos históricos, para que as “gerações vindouras conheçam a história do metodismo angolano”. Acrescentou que o metodismo contribuiu muito para o nacionalismo angolano, dando aos jovens um sentido altruísta e ensinando-lhes a solidariedade e o respeito de valores. “Isso levou-nos a desinteressar pelo bem próprio e nos juntarmos a uma causa comum que foi a libertação do nosso país”, afirmou.
Questionado sobre o alegado favoritismo que certos sectores dizem estar a ser dado à Igreja Católica e à Metodista, Roberto de Almeida afirmou que o dever do Estado é proteger todas as igrejas legalmente constituídas e autorizadas por Lei.
Quanto a reconstrução das infra-estruturas destruídas pela guerra, incluindo algumas igrejas, o vice-presidente do MPLA disse que é preocupação do Estado repor as estruturas destruídas e que o processo de reconstrução está a caminhar.
Fonte: Jornal de Angola
.