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terça-feira, outubro 12, 2010

Morte de garoto evangélico na Escola Adventista de Embu das Artes



Armas

João Cruzué

A morte do garoto evangélico Miguel Cestari Ricci dos Santos, 9 anos, baleado acidentalmente por um suposto coleguinha da mesma idade, no Colégio Adventista de Embus das Artes, é um dos episódios mais terríveis acontecido nesta década. Tomei a decisão de escrever sobre este caso, não com o propósito de atirar pedras nos responsáveis pelo colégio, que nestes dias estão colaborando com a justiça, mas para fazer uma constatação: Casa que tem criança não pode ter arma nem guardada nem escondida. É pura negligência.

Possuir uma arma é andar sob a sobra do medo, exceção feita às autoridades que a lei delega o dever de uso.

Estive lendo os comentários dos textos publicados na Internet e dois deles chamou-me a atenção. Duas educadoras comentando artigo de Tomas Okuda publicado no Estadão disseram que as escolas são proibidas por lei de fazer revistas nas mochilas dos alunos. O desfecho deste caso, qualquer que seja, vai mostrar as consequências de duas negligências: a inviolabilidade de uma mochila escolar e arma escondida em casa de família.


Entendo que esta legislação da "mochila" precisa ser melhorada. As autoridades constituídas, devem periodicamente, de forma aleatória, não divulgada, realizar revistas em mochilas escolares. O efeito ostensivo desta medida evitaria muitas coisas ruins: o tráfico de drogas dentro das escolas, o porte de armas e coisas afins.

Miguel Cestari Ricci dos Santos, de apenas 9 anos, perdeu a vida porque um coleguinha levou uma arma na mochila, ansioso para mostrar o "brinquedo" para um amiguinho. Considero duas as hipóteses da origem desta arma: propriedade da família ou encontrada em algum canto da cidade. O esquisito é que uma criança não tem tanta familiriade com um revolver a ponto de levá-lo na mochila.

Acidentes fatais com armas guardadas em casa são muito frequentes nos registros policiais. O potencial de tragédia que elas trazem para crianças é considerável. Chego a afirmar que, pelo menos em uma ocasião, a fatalidade deve ter passado muito perto.

Miguel não foi o primeiro, nem vai ser o último.

Infelizmente as autoridades precisam, sim, considerar a necessidade de revistar mochilas. Se as autoridades não fizerem isto, precisamos estar preparados para tiroteios nas escolas com muitas mortes. E casa que tem criança, não pode ter arma escondida. O que nestes casos frequentemente é chamado de fatalidade, na minha opinião trata-se de negligência, pois são episódios infelizmente previsíveis.



SP - 12.10.2010



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