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terça-feira, maio 13, 2008

As sete promessas do Salmo 23

Águas tranqüilas

Por João Cruzué

O Salmo 23 é uma das leituras mais conhecidas da Bíblia Sagrada. Posso ver nele palavras de lindas promessas que se cumpriram no passado, continuam cumprindo-se no presente e se cumprirão também no futuro, na vida daqueles que se aproximam para buscar a presença de Deus. Entre tantas coisas belas que posso ver nele, existem sete promessas para o nosso dia a dia.

O autor dessas promessas é o Senhor Jeová.

Quando você aceita Jesus como Salvador da sua alma e Senhor de sua vida, você muda de senhorio e de posição diante de Deus. Assim como no Brasil, para ter uma existência civil é necessário o Registro de Nascimento, na Bíblia também ensina, no primeiro capítulo do Evangelho escrito por João que a todos que receberam Jesus em seus corações pela fé, foi lhes dado o direito, de ser registrados como filhos de Deus, no Livro da Vida. A esses, o Salmo 23 declara a primeira promessa de que o Senhor é o Pastor pessoal, atendo a suas necessidades. O Senhor Jesus, o nosso Pastor, sabe o que está passando com você e comigo.

Quando Faltavam poucos dias para encerrar o longo período de desemprego por que passei, de 1992-2003, pude experimentar isso bem de perto. Eu estava passando por um mar revolto e o Senhor entrou no barco e levou-me às águas tranqüilas. Em março de 2003, estava no sítio da família concluindo o plantio de 160 covas de bananeiras, a maioria delas da variedade maçã. Março, na Região do Vale do Rio Doce, significa o fim das chuvas de verão. E, ao terminar o plantio, um irmão da Igreja Presbiteriana e eu oramos agradecendo a Deus, como é de nosso costume.

Então uma chuva caiu moderadamente sobre a superfície da terra seca. Contudo não a molhou completamente. Vi naquela chuva, justamente no final daquele trabalho o cuidado de Deus. À noite, quando fui deitar-me, lá pelas 8:00h, assim que pus os joelhos no chão, caiu outra chuva, exatamente quando comecei orar. Entendendo eu que o Senhor estava querendo provocar em min uma oração mais ousada, com muito bom humor orei assim:

--Senhor, hoje por duas vezes já choveu moderadamente. Eu poderia, amanhã, gastar metade do dia regando cova por cova daquelas 160 bananeiras. Mas, já que o Senhor insisti, vou orar com mais ousadia: Se queres mesmo molhar aquela terra, então envia uma chuva de verdade, 10 vezes mas forte que estas, e molha tudo de uma vez!

Foi aí que, em meio à madrugada, acordei com um barulho forte de chuva no telhado da cobertura da fazenda. Grandes goteiras caiam dos beirais do sobrado lá embaixo na calçada. No outro dia, havia sinais de enxurrada por todos os lados. O Senhor molhou mesmo! Ele poderia ter feito tudo na primeira chuva, mas isso passaria despercebido. Ao estimular minha oração queria revelar seu cuidado por mim.

Na terceira chuva entendi o significado do cuidado, do amor, que Deus tem por nós. Se Ele insistiu em mostrar-me que se preocupava com simples bananeiras, naturalmente desejava que eu entendesse que Ele me amava e que estava cuidando de mim e da minha familia, durante aquele 11º (e último) ano de desemprego.

Presença, cuidado, paz, segurança, vitória, compromisso e bondade. Sete bênçãos. Todas essas elas estão se cumprindo em minha vida.

Vim de uma família que não tinha paz. Meus velhos, embora católicos, honestos, trabalhadores, eram bem materialistas e me xingavam muito. Um dia comecei a ter ataques epilépticos. Mãe ficou horrorizada, pois toda família de meu pai tinha a mesma doença. Assim que entreguei minha vida para Jesus, na Igreja dos Crentes, eu fui curado dessa doença horrível. Eu tinha 19 anos.

Quando permiti que Jesus entrasse de verdade em minha vida, a paz que eu não tinha veio completamente. Quando descia a antiga Rua 10, do Jardim São Luiz - em 1975 - seguindo para o trabalho onde hoje fica o Extra da Ponte da João Dias, Descia alegre, feliz, como se flutuasse sobre a rua. A família estava endoidecida porque me tornara crente, mas eu não ligava muito para a raiva deles.

Uma parte importante desse Salmo, o quinto versículo, ainda está por se cumprir na minha vida. Aquela que diz que o Senhor prepara uma mesa diante dos inimigos. Na verdade, posso dizer que não possuo inimigos na expressão literal dessa palavra. Mas, entendo que ao me tornar um cristão, deixei de perseguir os degraus da segurança financeira, da riqueza que a família de minha origem sempre priorizou. Para eles, ao me tornar crente, preocupei-me em demasia com o espiritual e deixei de correr atrás do que de fato a sociedade valoriza: a fama e a riqueza.

Eu Aprendi algo importante ao observar um atributo marcante na vida de Davi: antes de tomar qualquer decisão, ele orava e buscava a presença do Senhor para orientar-se. Eu não preciso de riquezas para conquistar paz, alegria, gozo, uma família firme na casa do Senhor - pois tudo isso já tenho. Mas por outro lado sei que Ele vai colocar-me atrás de uma mesa, e diante dela todos os difamadores, murmuradores, incrédulos, para mostrar a todos eles, não que o joão é alguma coisa, mas que o Deus do João é.

Assim como o João, você também está prestes a receber de Deus o que tem buscado. O mesmo Senhor que mostrou-me o cuidado para com simples bananeiras vai enviar no tempo apropriado (breve) aquilo que tanto lhe faz falta. Creia nisso. Ele não descançará enquanto não lhe abençoar com todas as bênçãos prometidas, e seus difamadores ainda vão ter que dizer: como é maravilhoso o Senhor Jesus! Se ainda não é crente, aceite Jesus para as bênçãos do Salmo 23 se cumpram literalmente em sua vida. Se já é cristão e elas ainda não vieram, insista com Deus e não fique com os braços cruzados. Eu sei que o amor de Deus não consiste de palavras, mas de bênçãos.

autor: João Cruzué


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