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segunda-feira, fevereiro 02, 2015

O perigo da depressão na era digital


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Hall 9000
João Cruzue 

A era da massificação digital já começou. Quem assistiu o filme "O Substituto" de Jonathan Mostow, protagonizado por Bruce Willis vai entender como é. Seres humanos isolados e deprimidos em suas casas, sendo representados por robôs-sósias, avatares humanos, sempre jovens, bem vestidos, representando socialmente durante o dia. E quando vem a noite, voltam para seus cabides, enquanto seus "originais" levantam-se sozinhos em uma casa vazia. Sozinhos, com milhares de seguidores zumbis no twitter e no facebook. A era do paradoxo real-digital, 

A família não mais se comunica verbalmente. A filha, no quarto, pede um remédio para a mãe, na cozinha, por um SMS. A vizinha  tem um perfil no facebook onde coloca as fotos da última viagem, que o esposo ainda nem viu. 

O artista decadente digita algumas vezes por dia  seus bilhetes no twitter que a maioria não lê. Envia centenas de pensamentos e frases pelo facebook, que a maioria não presta atenção. 

Todo mundo postando e pouca gente lendo.

Todos se comunicando e relacionando em um processo    relacionamento social de faz de contas - que na verdade não passa de um monólogo transmitido por programas-robôs, como no filme "Matriz". A massificação de mensagens que leva ao fastio.

Para onde isto nos leva?

Creio que já podemos observar alguma coisa. A coisificação dos relacionamentos sociais. Twitters, faces, whatsapp, instagran, viber.  Uma geração de protagonistas digitais generosos, comunicativos, espirituosos. Por outro lado, na vida real estas pessoas são diferentes:  Egocêntricas, críticas ao extremo, frias, insensíveis e anti-solidárias, despossuídas de sensibilidade humana e de verdadeiro  espírito solidário. Este descompasso entre o digital e o real, o ser-o-que-não-é, ao meu sentir, é um gatilho perfeito para a solidão e a depressão. 

Uma geração de potenciais depremidos, que o excesso de tempo junto às maquinas faz desaprender como se relacionar de verdade.

Eu percebo que quanto mais trabalho com recursos eletrônicos mais automatizado vou ficando. O homem como extensão de um dispositivo eletrônico. Um apêndice. Esta interação eletrônica excessiva pode me tornar insensível e frio como a máquina. 

Creio que estamos mesmo caminhando para sermos comandados por máquinas. Não por robocops, homens de ferro ou darth vaiders, mas por algo do tipo "Hall 9000" de Stanley Kubrick. A potencialidade da IA (Inteligência Artificial) já é uma realidade. Tudo nas sombras. Você não vê, não ouve, não sente, mas aquilo está "te" monitorando lá. Aliás, isto não é nenhuma novidade: Quando você abre uma conta no Face ou no Google, seus dados e seus hábitos de consumo estão registrados lá. Se o "Hall 9000" já era inteligente e desconfiado, imagina o que os algorítimos de nossa era possam fazer em um processador moderno...

Estamos perdendo o hábito da solidariedade. Cada um por si e Deus por todos. Os insensíveis da parábola do bom samaritano estão se replicando em nossos dias. Hoje, os sacerdotes e levitas apressados e individualistas estão na casa dos milhões. E os feridos e necessitados também andam pela casa dos bilhões. O déficit de solidariedade só aumenta e a falta dela brota incontida dentro de cada família.

Como podemos nos precaver do pior?

Não sei se isto é possível, mas alguém precisa ensinar o uso racional e mostrar o perigo oculto do uso excessivo dos eletrônicos. Eles foram criados para nos oferecer facilidades, mas estão criando dificuldades, pois viciam. Fazem perder a noção do tempo. Nos levam a procurar ambientes fechados e isolados para  fazer nossa "comunicação"  às centenas. Milhares. Mas perdemos a habilidade de dar bom dia ao pai e a mãe dentro da própria casa.

A falta de comunicação pelo excesso de comunicação.  A depressão colhida pelo descompasso entre a realidade e a imaginação. Sozinhos e deprimidos em meio a milhares de "amigos"


2001: A Space Odissey (música)



Beautiful Blue Danube
De Johann Strauss II






quarta-feira, abril 16, 2014

AJUDA PARA VENCER A DEPRESSÃO

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JOÃO CRUZUÉ

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 Esta mensagem foi escrita para quem anda deprimido ou sofrendo com a perda de muitas batalhas, e necessita desesperadamente de estratégias para ganhar a guerra. Quero dizer que não importa a situação em que você se encontra, posso adiantar que há certeza de vitória para você, desde que leia, guarde e os ponha em prática esses conselhos que me ajudaram a dar a volta por cima depois de 11 anos de desemprego.

Primeiro conselho: não fique preso ao passado.

Se a causa dos problemas está no passado (e não vou fazer uma lista) cada vez que você fica olhando para trás, um pensamento de amargura pode invadir seu coração. Posso ilustrar isso com o caso do enterro do gato.Morreu o gato de uma família e as crianças combinaram fazer um enterro solene para o bichano. Como gostaram muito da brincadeira, decidiram deixar o rabo dele para fora. No outro dia repetiram o enterro. Outra vez deixaram o rabo do gato de fora. A cada enterro, porém, o mau cheiro ia ficando insuportável, até que resolveram parar.

Você não vai conseguir resolver seus problemas ou sair deles, se todo dia ficar desenterrando um "gato" que está no seu passado. Esta decisão foi-me muito útil e este conselho está na Bíblia em F
ilipenses 3:13 e 14. ExamineDeus quer que mude seu olhar para o futuro, pois será de lá que virão suas vitórias.

Segundo Conselho: Oração e exercícios físicos.


A oração é a chave que abre a porta do Céu. Mas há duas condições para orar e ser ouvida/o. Se você ainda não aceitou Jesus como Senhor de sua vida, vá ao Culto da Igreja Evangélica mais próxima, e diga ao pastor que precisa reconciliar-se com Deus - aceitar Jesus. Se você estiver afastado da fé por algum problema, procure a Igreja onde se afastou, se ela for próxima, e volte para Jesus. Por que é preciso fazer isto? Resposta: Evangelho de João 9:31.
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"Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas
se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade,

a esse ouve".

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Se você não se enquadra nas duas situações anteriores e está debaixo da maior luta, não se desespere. Os dias no Vale são tempos de preparação para a melhoria do caráter do cristão e para que ele esteja preparado para bênçãos maiores que estão próximas. Na Bíblia quem passou por isso foi Jó: depois da grande aflição ele ganhou de Deus o dobro de tudo que possuia.

Durante os 11 anos de grande desemprego que passei onde as coisas não davam certo, eu fazia regularmente longas caminhadas em uma rua calma próxima de casa. É provado pela medicina que os exercícios físicos estimulam a produção endorfina pelo cérebro. Durante essas caminhadas eu orava. Na Bíblia há uma pessoa que fez uma longa caminhada em tempos de depressão: o profeta Elias em 1 Reis 19:4 ao 7.

O tempo que você passa em comunhão (conversando) com Deus é o tempo que Ele vai ajudá-la/o a resolver seus problemas. Ele sabe perfeitamente tudo sobre eles, mas cabe a você a iniciativa de procurá-LO. O que muita gente não sabe é que o SENHOR tem interesse em manter um relacionamento firme conosco para abençoar-nos - como fez com Jó - enquanto que a nossa realidade mostra que não temos muito interesse em conversar (orar) e construir um relacionamento vitorioso com ELE.

Terceiro Conselho: Não fique desocupado

Ao longo da Bíblia podemos ver Deus observando um padrão para escolher (muitos são os chamados, poucos os escolhidos) pessoas para liderança. Posso afirmar que este padrão é o trabalho. Em um processo de escolha Deus nunca separou alguém para uma vida vitoriosa, entre gente ociosa. Talvez porque pessoas ociosas além de nada fazerem desenvolvem o mau hábito de uma língua extremamente crítica - o que pode ser visto nas duas conversas entre Deus e satanás nos dois primeiros capítulos do Livro de Jó.

Uma das principais razões porque há tanta gente triste, amargurada, deprimida entre cristãos é a falta de ocupação ou a recusa de assumir responsabilidades na obra do Senhor. Ora, se a presença do Espírito Senhor na vida do crente traz alegria, qual será o motivo de tantas faces tristes, amarguradas e deprimidas? Deve ser que, quando recusamos a nos ocupar com as atividades de nosso chamado, entristecemos o Espírito Santo, dia após dia, até que fiquem de resto as cinzas de uma brasa que se apagou lentamente. Na Bíblia estude o 
primeiro capítulo do livro de Josué.

Photobucket
Sorria!
Conclusão
Não traga o passado para o presente; olhe para frente. Reconcilie-se com Deus para que sua oração seja ouvida; não deixe de praticar exercícios físicos. Procure envolver-se e assumir responsabilidades na Casa do Senhor. Fique firme, não desanime, porque você vai ganhar esta guerra. Olhe bem para esta foto. Pela fé posso ver o mesmo sorriso em você, se ouvir o que o Espírito do Senhor tem falado.




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quinta-feira, abril 03, 2014

Como consegui sair da depressão




Conselhos de quem já foi deprimido

Mão amiga
Joao Cruzue

Quando você passa por problemas difíceis, continuados, se não tomar muito cuidado, pode entrar por um caminho que para você não parece que não tem mais saída, mas tem sim. 


Em algumas mensagens, já fiz referências aos onze anos em que estive desempregado; sei também de outras pessoas que passaram ou estão passando por graves problemas de saúde, problemas familiares, sentimentais. Pode ser que você, neste momento, esteja bem no meio do olho de um desses problemas, e seria muito egoísmo de minha parte, não deixar de falar da ajuda do Senhor Jesus e das atitudes que tomei para enfrentar aqueles difíceis anos em que estive muito deprimido.

Quando você está deprimido, o que vai pensando é o que determina a qualidade do seu dia. Como, de fato eu não sei, mas o maligno pode usar a nossa mente como depósito de lixo de pensamentos ruins. Você não se dá conta. Acha que todo pensamento é seu. Mas não é. 


Lembro-me de algumas vezes quando saía de casa para caminhar e orar um pouco. Gosto de orar caminhando, principalmente, em lugares mais tranquilos. Então, algumas vezes, estava com uma tristeza imensa como se um pesado fardo estivesse em minhas costas. Aí, pela graça de Deus, eu detinha meus pensamentos, mesmo sem experiência ainda, e dizia para mim mesmo: " Jesus há de me tirar dessa " eu vou voltar a trabalhar de vou ser feliz de novo. Dois minutos depois, não é que eu começava a me alegrar, e assim vencia a provação do dia. É uma luta constante, de todo dia.


Quando você põe um vigia à porta da sua mente, para observar seus próprios pensamentos, você pode atacar uma das fontes do problema que é maligna. Na Bíblia, a mente é também chamada de coração e no livro de Provérbios está escrito: "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração porque dele procede as saídas da vida."

Uma coisa, muito importante, que você deve saber: há muitas pessoas que estão passando pelo mesmo problema que você, e até bem maiores, portanto não está sozinho nisso. Como dizia, antes, é importante vigiar os próprios pensamentos; quem sabe a origem da sua depressão é apenas um montinho de areia da praia. Se você olhar para seu cotidiano pode descobrir seu exato tamanho. Também pode ser um "Pico da Bandeira", ou pior, um "Everest".

"Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." Está na Carta de Tiago, 4:7. Uma forma de sujeição a Deus é orar todo dia. Quando orava eu conseguia mudar meu coração. A tristeza vai saindo com a escuridão da noite, quando vem a manhã. Orar, aqui, não se trata de repetir "Pai Nossos", estou falando de um conversa sincera com Deus. Como um namoro. Só a oração pode fazer o milagre de mudar nos nossos sentimentos, pois, quando você ora, traz a presença de Deus para perto e afugenta os pensamentos da presença maligna.

Certa vez, recebi a carta de um irmão na fé, presidiário, contando sobre seus dias no "Piranhão" de Taubaté. Depois de ter cometido um crime horrível, ele foi posto lá. Todo dia acordava com uma enorme dor de cabeça e um pensamento que não mudava como uma voz insistente que dizia" Você já fez isso e aquilo, envergonhou seus pais, seus vizinhos; seus amigos não gostam mais de você, então você de fato não presta e não deve mais viver. Por que não se mata? Era todo dia a mesma pressão. 


De vez em quando ele punha um lençol no pescoço, subia em uma cadeira, amarrava o lençol em algum lugar alto, e quando dava por si, estava a um passo do suicídio. Ele dizia que nos piores momentos, antes de tentar se matar, ele se lembrava dos tempos de criança, dos momentos que passeava com seu pai indo à feira. Isso foi antes da sua conversão.


Há um sábio provérbio que diz "mente vazia é oficina do diabo". A oração muda o foco do seu pensamento. Mas tem outra coisa tão boa quanto. Tiago disse "sujeitai-vos a Deus". Sujeitar-se não é apenas orar. A oração leva você até a presença de Deus ou faz você senti-la. Deus pode nos orientar sobre o que devemos fazer enquanto a depressão não se vai.

"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".Romanos 12:2. É uma seqüência de degraus para cima: boa, agradável e perfeita. 


Nos últimos anos de provações, 2001 a 2003, o Senhor orientou-me quanto ao que fazer para realizar Sua vontade. O carteiro veio e colocou uma carta de um preso no meu portão. Por que eu sabia que aquilo era da parte de Deus? Porque o destinatário da carta tinha os dizeres de um carimbo para folhetos que eu havia perdido há seis anos. Imagine você recebendo a resposta de uma coisa feita seis anos atrás? A probabilidade é muito pequena, não acha?

"Lança o teu pão sobre as águas, pois, depois de muitos dias o acharás" Ao manusear e entender o conteúdo daquela carta, o Espírito Santo, naquele momento, lembrou-me esse versículo acima de 11 de Eclesiastes. É por isso que afirmo: nossos pensamentos podem ter três fontes diferentes: a nossa, a maligna e a divina. E foi seguindo a voz do Espírito que por dois anos e meio nos ocupamos com um dos melhores trabalhos que Deus nos orientou a fazer, que era de recolher literatura cristã usada, e pelo correio, entregá-la em caixas para grupos de cristãos dentro de penitenciárias do interior paulista.

Para não ir tão longe, nos tempos que andei deprimido por vários fatores, sendo o maior um desemprego de 11 anos, a receita que segui e que me tirou do corredor da morte ou do fundo do poço foi: a vigilância dos meus pensamentos, a oração constante e solitária enquanto caminhava por ruas e estradas tranquilas e por fim executando um trabalho social e cristão que era de escrever cartas de aconselhamento cristão para presos.

Enquanto ajuntava literatura usada para depois mandar pelo correio e escrevia "cartas sociais" fiquei conhecendo grupos de presos cristãos em 48 presídios. Contribuímos com literatura com 29 deles, e com muito orgulho, no bom sentido, guardo em uma caixa de papelão, cerca de umas 500 cartas que recebi do cárcere. Esta ocupação trazia a me um senso de utilidade, tirava o foco dos meus problemas. Lembro-me que na madrugada de um certo dia, pus no papel e orei por um plano de mandar uma tonelada de literatura cristã para grupos de presos em 50 penitenciárias. E depois que se passaram dois anos atingiu o resultado que está descrito neste parágrafo. Foi a oportunidade que o Senhor nos deu para melhorar nossa auto-estima.

Vigiar os pensamentos, orar todo dia, de preferencia caminhando, aliando o exercício físico com a oração, e se ocupando com algum trabalho cristão enquanto seus dias de vitórias se aproximam. E depois, testemunhando para a Glória de Deus, como eu, pois do lado do Correio aonde postava minhas cartas para o cárcere tem um grande Hospital. E, mesmo com 48 anos, em 2003, Deus deu um basta em minha provação ao enviar alguém em minha casa para dizer que aquele Hospital estava precisando de um contador. 


O Senhor preparou e deu em minhas mãos o melhor emprego que jamais tive. Apesar de ter trabalhado em quase todos os ramos de contabilidade, de contabilidade pública eu não entendia nada. Mas com foi Deus quem abrira aquela porta, tive a oportunidade de aprender praticando.

Deus pode permitir que passemos por lutas de todos os tipos e tamanhos, crises e depressão. Mas não vamos estar sozinhos. Com oração, exercícios físicos, tratamento médico e atividades sociais cristãs, podemos completar nossos dias até a chegada da nossa vitória. Mexa-se!

"Mas graças a Deus, que nos dá a vitória, por Nosso Senhor Jesus Cristo"



Do mesmo autor: Beco sem saída

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quarta-feira, julho 24, 2013

Três conselhos para vencer a depressão




João Cruzué

Esta mensagem foi escrita para quem anda deprimido ou sofrendo com a perda de muitas batalhas, e necessita desesperadamente de estratégias para ganhar a guerra. Quero dizer que não importa a situação em que você se encontra, posso adiantar que há certeza de vitória para você, desde que leia, guarde e os ponha em prática esses conselhos que me ajudaram a dar a volta por cima depois de 11 anos de desemprego.


1) Não fique preso ao passado.

Se a causa dos problemas está no passado (e não vou fazer uma lista) cada vez que você fica olhando para trás, um pensamento de amargura pode invadir seu coração. Posso ilustrar isso com o caso do enterro do gato.

Morreu o gato de uma família e as crianças combinaram fazer um enterro solene para o bichano. Como gostaram muito da brincadeira, decidiram deixar o rabo dele prá fora. No outro dia repetiram o enterro. Outra vez deixaram o rabo do gato de fora. A cada enterro, porém, o mau cheiro ia ficando insuportável, até que resolveram parar.

Você não vai conseguir resolver seus problemas ou sair deles, se todo dia ficar desenterrando um "gato" que está no seu passado. Esta decisão foi-me muito útil e este conselho está na Bíblia em Filipenses 3:13 e 14. Examine. Deus quer que mude seu olhar para o futuro, pois será de lá que virão suas vitórias.


2) Oração e exercícios físicos

A oração é a chave que abre a porta do Céu. Mas há duas condições para orar e ser ouvido. Se você ainda não aceitou Jesus como Senhor de sua vida, vá ao Culto da Igreja Evangélica mais próxima, e diga ao pastor que precisa reconciliar-se com Deus - aceitar Jesus. Se você estiver afastado da fé por algum problema, procure a Igreja onde se afastou, se ela for próxima, e volte para Jesus. Por que é preciso fazer isto? Resposta: Evangelho de João 9:31.

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"Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas se

alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, a esse ouve"

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Se você não se enquadra nas duas situações anteriores e está debaixo da maior luta, não se desespere. Os dias no Vale são tempos de preparação para a melhoria do caráter do cristão e para que ele esteja preparado para bênçãos maiores que estão próximas. Na Bíblia quem passou por isso foi Jó: depois da grande aflição ele ganhou de Deus o dobro de tudo que possuía.

Durante os 11 anos de grande desemprego que passei onde as coisas não davam certo, eu fazia regularmente longas caminhadas em uma rua calma próxima de casa. É provado pela medicina que os exercícios físicos estimulam a produção endorfina pelo cérebro. Durante essas caminhadas eu orava. Na Bíblia há uma pessoa que fez uma longa caminhada em tempos de depressão: o profeta Elias em 1Reis 19:4 ao 7.

O tempo que você passa em comunhão (conversando) com Deus é o tempo que Ele vai ajudá-la/o a resolver seus problemas. Ele sabe perfeitamente tudo sobre eles, mas cabe a você a iniciativa de procurá-LO. O que muita gente não sabe é que o SENHOR tem interesse em manter um relacionamento firme conosco para abençoar-nos - como fez com Jó - enquanto que a nossa realidade mostra que não temos muito interesse em conversar (orar) e construir um relacionamento vitorioso com ELE.


3) Não fique desocupado

Ao longo da Bíblia podemos ver Deus observando um padrão para escolher (muitos são os chamados, poucos os escolhidos) pessoas para liderança. Posso afirmar que este padrão é o trabalho. Em um processo de escolha Deus nunca separou alguém para uma vida vitoriosa, entre gente ociosa. Talvez porque pessoas ociosas além de nada fazerem desenvolvem o mau hábito de uma língua extremamente crítica - o que pode ser visto nas duas conversas entre Deus e satanás nos dois primeiros capítulos do Livro de Jó.

Uma das principais razões porque há tanta gente triste, amargurada, deprimida entre cristãos é a falta de ocupação ou a recusa de assumir responsabilidades na obra do Senhor. Ora, se a presença do Espírito Senhor na vida do crente traz alegria, qual será o motivo de tantas faces tristes, amarguradas e deprimidas? Deve ser que, quando recusamos a nos ocupar com as atividades de nosso chamado, entristecemos o Espírito Santo, dia após dia, até que fiquem de resto as cinzas de uma brasa que se apagou lentamente. Na Bíblia estude o primeiro capítulo do Livro de Josué.


Conclusão:

Não traga o passado para o presente; olhe para frente. Reconcilie-se com Deus para que sua oração seja ouvida; não deixe de praticar exercícios físicos. Procure envolver-se e assumir responsabilidades na Casa do Senhor. Fique firme, não desanime, porque você vai ganhar esta guerra. 


Aceite Jesus: Curso Bíblico



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quinta-feira, julho 26, 2012

Três passos para combater a depressão



Depressão
João Cruzué


Esta mensagem foi escrita para quem anda deprimido ou sofrendo com a perda de muitas batalhas, e necessita desesperadamente de estratégias para ganhar uma guerra. Quero dizer que não importa a situação em que você se encontra, posso profetizar que há certeza de vitória para você, desde que leia os conselhos, guarde e os ponha em prática.

Primeiro Passo

Não fique preso ao passado.

Se a causa dos problemas está no passado (e não vou fazer uma lista) cada vez que você fica olhando para trás, um pensamento de amargura pode invadir seu coração. Posso ilustrar isso com o caso do enterro do gato.Morreu o gato de uma família e as crianças combinaram fazer um enterro solene para o bichano. Como gostaram muito da brincadeira, decidiram deixar o rabo dele prá fora. No outro dia repetiram o enterro. Outra vez deixaram o rabo do gato de fora. A cada enterro, porém, o mau cheiro ia ficando insuportável, até que resolveram parar.

Você não vai conseguir resolver seus problemas ou sair deles, se todo dia ficar desenterrando um "gato" que está no seu passado. Esta decisão foi-me muito útil e este conselho está na Bíblia em F
ilipenses 3:13 e 14. Examine. Deus quer que mude seu olhar para o futuro, pois será de lá que virão suas vitórias.


Segundo Passo 


Oração e exercícios físicos A oração é a chave que abre a porta do Céu. Mas há duas condições para orar e ser ouvida/o. Se você ainda não aceitou Jesus como Senhor de sua vida, vá ao Culto da Igreja Evangélica mais próxima, e diga ao pastor que precisa reconciliar-se com Deus - aceitar Jesus. Se você estiver afastado da fé por algum problema, procure a Igreja onde se afastou, se ela for próxima, e volte para Jesus. Por que é preciso fazer isto? Resposta: Evangelho de João 9:31.

"Ora, nós sabemos que Deus
não ouve a pecadores;
mas
se alguém é temente a Deus
e faz a sua vontade,
a esse ouve".


Se você não se enquadra nas duas situações anteriores e está debaixo da maior luta, não se desespere. Os dias no Vale são tempos de preparação para a melhoria do caráter do cristão e para que ele esteja preparado para bênçãos maiores que estão próximas. Na Bíblia quem passou por isso foi Jó: depois da grande aflição ele ganhou de Deus o dobro de tudo que possuia. 

Durante os 11 anos de grande desemprego que passei onde as coisas não davam certo, eu fazia regularmente longas caminhadas em uma rua calma próxima de casa. É provado pela medicina que os exercícios físicos estimulam a produção endorfina pelo cérebro. Durante essas caminhadas eu orava. Na Bíblia há uma pessoa que fez uma longa caminhada em tempos de depressão: o profeta Elias em 1Reis 19:4 ao 7.

O tempo que você passa em comunhão (conversando) com Deus é o tempo que Ele vai ajudá-la/o a resolver seus problemas. Ele sabe perfeitamente tudo sobre eles, mas cabe a você a iniciativa de procurá-LO. O que muita gente não sabe é que o SENHOR tem interesse em manter um relacionamento firme conosco para abençoar-nos - como fez com Jó - enquanto que a nossa realidade mostra que não temos muito interesse em conversar (orar) e construir um relacionamento vitorioso com ELE.


Terceiro Passo

Não fique desocupado Ao longo da Bíblia podemos ver Deus observando um padrão para escolher (muitos são os chamados, poucos os escolhidos) pessoas para liderança. Posso afirmar que este padrão é o trabalho. Em um processo de escolha Deus nunca separou alguém para uma vida vitoriosa, entre gente ociosa. Talvez porque pessoas ociosas além de nada fazerem desenvolvem o mau hábito de uma língua extremamente crítica - o que pode ser visto nas duas conversas entre Deus e satanás nos dois primeiros capítulos do Livro de Jó.

Uma das principais razões porque há tanta gente triste, amargurada, deprimida entre cristãos é a falta de ocupação ou a recusa de assumir responsabilidades na obra do Senhor. Ora, se a presença do Espírito Senhor na vida do crente traz alegria, qual será o motivo de tantas faces tristes, amarguradas e deprimidas? Deve ser que, quando recusamos a nos ocupar com as atividades de nosso chamado, entristecemos o Espírito Santo, dia após dia, até que fiquem de resto as cinzas de uma brasa que se apagou lentamente. Na Bíblia estude o
primeiro capítulo do Livro de Josué.

Photobucket
O sorriso da vitória

Conclusão
Não traga o passado para o presente; olhe para frente. Reconcilie-se com Deus para que sua oração seja ouvida; não deixe de praticar exercícios físicos. Procure envolver-se e assumir responsabilidades na Casa do Senhor. Fique firme, não desanime, porque você vai ganhar esta guerra. Olhe bem para esta foto. Pela fé posso ver o mesmo sorriso em você, se ouvir o que o Espírito do Senhor tem falado.



João Cruzue
blog Olhar Cristão
cruzue@gmail.com

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domingo, junho 17, 2012

A cura da depressão com oração e atividades físicas


Caminhadas
 João Cruzué

Quero iniciar nossa conversa cotando uma frase do início do Evangelho segundo Lucas: "Porque para Deus nada é impossível" Lc. 1:37.; e esperando  que, se o Espírito Santo quiser, este assunto chegue até "teu" coração em tempo oportuno. Com sua permissão, vou restringir o alcance da palavra impossível, para aquilo que humanamente pode ser feito.

 Vivemos em um geração que o mundo passa por mudanças diárias. Nunca em tempo algum aconteceu tantas mudanças. É muita informação para assimilar em uma velocidade que nós humanos estamos acostumados. As nações globalizaram seus negócios e hoje são dependentes umas das outras.  Basta um problema com as finanças da Grécia ou um terremoto no Japão ou uma queda de um ponto no PIB do último trimestre da China para agitar as finanças globais. Em uma semana de recessão forte, como a recessão americana de 2008, trilhões de dólares  são perdidos 

Estas e outras coisas menores trazem  uma sensação de insegurança. A insegurança produz estresse. E muito estresse distorce a realidade das coisas. De repente, qualquer problema a ser enfrentado aparece aos nossos olhos como uma montanha ou uma lista de impossibilidades. 

Se vamos fazer uma pequena viagem, nos estressamos. Se temos que ir ao médico, mais estresse. Se nossa filha foi ao Centro da Cidade, ficamos preocupados. Excesso de preocupação!  

O que estou escrevendo para você, também é muito útil para mim. Estamos criando uma atmosfera de preocupação a nossa volta que semanticamente rotulamos (incorretamente) por depressão. 

As coisas impossíveis pertencem a Deus  e Ele age em nosso favor no tempo da sua vontade e depois que já fizemos a nossa parte. 

Uma das coisas que  mais nos trazem desânimo diante dos problemas é a falta de atividade física. Eu tenho tendência a ficar depressivo, mas tenho ficado longe disso porque  há muitos anos pratico boas caminhadas. Ainda há pouco voltei depois de 12 km de trote e caminhada. Nestes momentos, eu sempre aproveito para orar. Com isso evito ser um sujeito desanimado e rabugento. Minha idade? 56 anos. 

Atividades físicas  melhoram muito o funcionamento de nosso corpo queimando toxinas e produzindo os hormônios serotonina (bom humor e bem-estar),  endorfina  e  norepinefrina  (antidepressivos naturais).  Se isto pode ser feito naturalmente por você, então isto pertence ao campo das coisas possíveis e a responsabilidade de ação é sua - e não de Deus. 

Oração durante caminhadas. Isto me ajudou muito durante os 11 anos que fiquei desempregado. E também me ajudou muito quando tinha coisas de muita responsabilidade para fazer. Sem atividades físicas, um montinho de terra  se transforma em uma montanha à nossa frente.  Já as montanhas realmente grandes, já pertencem ao campo das impossibilidades e com  oração, se forem da vontade de  Deus, depois de ter feito nossa parte, Ele pode cuidar do impossível. 

Nem todo desânimo é depressão.  

Com isso quero terminar dizendo: o Cristão normalmente deve ser uma pessoa alegre, pois tem o Espírito Santo em sua vida. Se em lugar desta alegria  está uma tristeza contínua, um desânimo estranho diante de coisas pequenas, fique atento e faça seu planejamento 

A oração é o exercício da alma, mas cuidar do bem estar do corpo é deixá-lo em ordem para cumprir todas as promessas de Deus em nossa vida.  Estes dois remédios são eficazes contra qualquer depressão.









segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Como enfrentar a depressão

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Conselhos de quem já
esteve deprimido

João Cruzué

Quando você passa por problemas difíceis e continuados, se não tomar muito cuidado, pode entrar num "corredor da morte". Em minhas mensagens já fiz referência aos 11 anos em que estive desempregado; sei também de outras pessoas que passaram ou estão passando por graves problemas de saúde, familiares, sentimentais. Pode ser que você, neste momento, esteja bem no meio do olho de um furacão, e seria muito egoísmo de minha parte, não deixar de falar da ajuda do Senhor Jesus e das atitudes que tomei para enfrentar aqueles difíceis anos de depressão.

Durante a depressão, o que você pensa é o que determina a qualidade do seu dia. Como, de fato eu não sei, mas o maligno pode usar a sua mente como depósito de pensamentos ruins. Você não se dá conta e acha que todo pensamento é seu. Mas pode não ser. Lembro-me de algumas vezes quando saía de casa para caminhar e orar um pouco. Gosto de orar caminhando, principalmente, em lugares mais tranquilos. Então, algumas vezes, estava com uma tristeza imensa como se um pesado fardo estivesse em minhas costas.

Aí, pela graça de Deus, eu detinha meus pensamentos, mesmo sem experiência ainda, e dizia para mim mesmo: "Jesus há de me tirar dessa. Eu vou voltar a trabalhar de vou ser feliz de novo". Dois minutos depois, não é que eu começava a me alegrar e assim vencia a provação do dia?

É uma luta constante de cada dia.

Quando você põe um vigia à porta da sua mente, para observar seus próprios pensamentos, você pode atacar uma das fontes do problema que é maligna. Na Bíblia, a mente é também chamada de coração, e no livro de Provérbios diz: " Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração porque dele procede as saídas da vida."

Uma coisa, muito importante, que você deve saber: há muitas pessoas que estão passando pelo mesmo problema que você, e até bem maiores, portanto não está sozinha(o) nisso. Como dizia, antes, é importante vigiar os próprios pensamentos; quem sabe a origem da sua depressão é apenas um montinho de areia da praia. Se você olhar para seu cotidiano pode descobrir seu exato tamanho. Também pode ser um "Pico da Bandeira", ou pior, um "Everest".

"Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." Está na Carta de Tiago, 4:7. Uma forma de sujeição a Deus é orar todo dia. Quando orava eu conseguia mudar meu coração. A tristeza vai saindo com a escuridão da noite, quando vem a manhã. Orar, aqui, não se trata de repetir "Pai Nossos", estou falando de um conversa sincera com Deus. Como um namoro. Só a oração pode fazer o milagre de mudar nos nossos sentimentos, pois, quando você ora, traz a presença de Deus para perto e afugenta os pensamentos da presença maligna.

Certa vez, recebi a carta de um irmão na fé, presidiário, contando sobre seus dias no "Piranhão" de Taubaté. Depois de ter cometido um crime horrível, ele foi posto lá. Todo dia, ele acordava com uma enorme dor de cabeça e um pensamento que não mudava como uma voz insistente que dizia" Você já fez isso e aquilo, envergonhou seus pais, seus vizinhos; seus amigos não gostam mais de você, então você de fato não presta e não deve mais viver. Por que não se mata? Era todo dia a mesma pressão. De vez em quando ele punha um lençol no pescoço, subia em uma cadeira, amarrava o lençol em algum lugar alto, e quando dava por si, estava a um passo do suicídio. Ele dizia que nos piores momentos, antes de tentar se matar, ele se lembrava dos tempos de criança, dos momentos que passeava com seu pai indo à feira. Isso foi antes da sua conversão.

Há um sábio provérbio que diz "mente vazia é oficina do diabo". A oração muda o foco do seu pensamento. Mas tem outra coisa tão boa quanto. Tiago disse "sujeitai-vos a Deus". Sujeitar-se não é apenas orar. A oração leva você até a presença de Deus ou faz você senti-la. Deus pode nos orientar sobre o que devemos fazer enquanto a depressão não se vai.

"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus"; Romanos 12:2. É uma sequência de degraus para cima: boa, agradável e perfeita. Nos últimos anos de provações, 2001 a 2003, o Senhor orientou-me quanto ao que fazer para realizar Sua vontade. O carteiro veio e colocou uma carta de um preso no meu portão. Por que eu sabia que aquilo era da parte de Deus? Porque o destinatário da carta tinha os dizeres de um carimbo para folhetos que eu havia perdido há seis anos. Imagine você recebendo a resposta de uma coisa feita seis anos atrás? A probabilidade é muito pequena, não acha?

"Lança o teu pão sobre as águas, pois, depois de muitos dias o acharás" Ao manusear e entender o conteúdo daquela carta, o Espírito Santo, naquele momento, lembrou-me do versículo acima - 11 de Eclesiastes. É por isso que afirmo: Nossos pensamentos podem vir três fontes diferentes: A nossa própria, fonte maligna e a divina. E foi seguindo a voz do Espírito que por dois anos e meio nos ocupamos com um dos melhores trabalhos que já tive na obra do Senhor: Recolher literatura cristã usada e entregá-la em caixas, pelo correio, para grupos de cristãos dentro de 29 penitenciárias do interior paulista.

Para não ir tão longe, nos tempos que andei deprimido por vários fatores, sendo o maior um desemprego de 11 anos, a receita que segui e que me tirou do corredor da morte ou do fundo do poço foi: a vigilância dos meus pensamentos, a oração constante e solitária enquanto caminhava por ruas e estradas tranqüilas e por fim executando um trabalho social e cristão que era de escrever cartas de aconselhamento cristão para presos.

Enquanto ajuntava literatura usada e mandava pelo correio, escrevia "cartas sociais" de aconselamento. Fiquei conhecendo grupos de presos cristãos em 48 presídios. Contribuímos com literatura com 29 deles e com muito prazer, guardei em uma caixa de papelão até o ano passado cerca de umas 500 cartas do cárcere. Esta ocupação trazia-me um senso de utilidade e tirava o foco dos meus problemas. Lembro-me que na madrugada de certo dia, pus no papel e orei por um plano para entregar uma tonelada de literatura cristã para grupos de presos em 50 penitenciárias. Depois que se passaram os dois anos, entrei em contado em 48 deles, e despachei mais de 500 kg, apenas com minhas remessas sem contar a que outros fizeram. Foi a oportunidade que o Senhor me deu para melhorar minha autoestima.

Vigiar os pensamentos, orar todo dia, de preferencia caminhando, aliando o exercício físico com a oração, e se ocupando com algum trabalho cristão enquanto seus dias de vitórias se aproximam. E depois, testemunhando para a Glória de Deus, como eu, pois do lado do Correio aonde postava minhas cartas para o cárcere tem um grande Hospital. E, mesmo com 48 anos, em 2003, Deus deu um basta em minha provação ao enviar alguém em minha casa para dizer que aquele Hospital estava precisando de um contador. O Senhor preparou e deu em minhas mãos o melhor emprego que jamais tive. Apesar de ter trabalhado em quase todos os ramos de contabilidade, de contabilidade pública eu não entendia nada. Mas com foi Deus quem abrira aquela porta, tive a oportunidade de aprender praticando.

Deus pode permitir que passemos por lutas de todos os tipos e tamanhos, crises e depressão. Mas não vamos estar sozinhos. Com oração, exercícios físicos, tratamento médico e atividades sociais cristãs, podemos completar nossos dias até a chegada da nossa vitória. Mexa-se!

"Mas graças a Deus, que nos dá a vitória, por Nosso Senhor Jesus Cristo"


Fale conosco: cruzué@gmail.com




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domingo, janeiro 29, 2012

Porque Deus permite a depressão



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Vale da Morte - Califórnia

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"Faze-me saber os teus caminhos Senhor; ensina-me as tuas veredas.

Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação;

por ti estou esperando todo dia"

Salmo 25: 4-5.
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João Cruzué

Um fato é inegável: Nós cristãos não estamos livres da crise nem da depressão. Elas podem atingir a todos: Crentes e descrentes sem distinções. Já tenho escrevido algumas vezes sobre isso porque eu estive lá. Foram 11 longos anos de desemprego cujo pão de cada dia foi diminuindo, diminuindo, até quase secar.

Apesar de ser graduado, falar duas línguas, ter trabalhado com estrangeiros por mais de dez anos,não foi suficiente. Quando a porta se fechou, alguém jogou a chave fora.

Eu fiquei sozinho.

O conteúdo deste texto não é técnico. Não vou dissertar sobre os "n" passos para vencer a depressão e sair do buraco. Vou, sim, dar meu testemunho de como passei por ela e que lições tirei, para compartilhar com você que está lendo isso agora e precisa de uma palavra de Deus.

Sem rodeios. Deus permite que passemos alguns dias (ou anos) no vale da desesperança porque tem um propósito especial para nossa vida. Para encontrar este caminho e conhecer este propósito nós temos um problema: nós mesmos.

Somos por demais vaidosos, acomodados a nossa zona de conforto. Nossa vontade costuma prevalecer sobre a vontade de Deus. Nossa oração é pouca. Ficar sem responsabilidades, esplêndido. Nossos planos, apenas humanos. Com tantos atalhos desta vida, perdemos o rumo traçado pela vontade de Deus - O SENHOR.

E de repente, eu comecei a enviar currículos. Dezenas de currículos. Centenas de currículos. Eu fiquei desempregado em 31.07.1992. O ano de 1992 se passou e nenhuma porta de emprego aberta.

Se de um lado o vento Nordeste da luta financeira soprava trazendo a secura do deserto, na vida espiritual as coisas estavam bem. Comecei a dirigir minha primeira congregação, cooperando com o saudoso pastor Luiz Vicente Branco. Foram 67 meses cuidando da congregação da Assembleia de Deus do Parque Santo Antonio. Sim, sessenta e sete, porque eu não sairia com "66". A Igreja não percebia tanto a luta que passávamos, pois os cultos eram muito bons. As festas de Círculo de Oração e de grupo de Crianças, maravilhosas.

Em 1995, nossa filha mais velha estava em colégio particular. Tiramos. Nossos móveis de quarto, sala e cozinha velhos. E nós não trocamos. Nossa linha telefone fixo,nós vendemos para pagar dívidas. Nosso carrinho velho, um Chevette Hatch 80, ficou sem sem licenciamento desde 1992. Bebia um litro de óleo por semana.

Em determinado tempo não tínhamos mais como fazer compras. E um dia fui no supermercado e voltei para casa apenas com meio kilo de café. Eu orei, dei graças, e foi aí que aprendi o valor das pequenas coisas.

Em 1997, não tínhamos dinheiro para pagar as últimas prestações da nossa casa. Era o 15º ano. O último. O Bradesco contratara um escritório de cobrança e fizemos um acordo para pagar os atrasados. Não pudemos honrar o compromisso ajustado. Se não fora a ajuda de uma amiga de minha esposa, nossa casa tinha ido para Leilão. Já tínhamos recebido o aviso. Esta irmã, tirou seu dinheiro da poupança e nos entregou faltando um ou dois dias para o prazo fatal. Aqui, Deus cumpriu sua promessa que está escrita no salmo 23 - Senhor é meu Pastor, e as coisa básicas para a sobrevivência da minha casa Ele não deixará faltar.

A luta não diminuiu. O pão continuava escasso. Em agosto de 2000, eu precisei pedir licença ao Pastor Luiz para cuidar de assuntos familiares. Minha mãe estava precisando de cuidados, e minha família também. Não tínhamos nenhuma porta aberta e eu tive que me "virar". Enquanto atendia a minha mãe, me dediquei ao plantio de um hectare de mandiocas. Veio a seca e levou 1/3 do que havia nascido. Replantei e aguei por 45 dias. A chuva veio e com ela as ervas daninhas, mais altas que os pés de mandioca. Eu chorei. Mas em duas semanas tudo ficou limpo. Tempos de chuva, muito barro, e uma nuvem de mosquitinhos pólvora picando as duas orelhas. A seca e o mato ficaram para trás. O mandiocal cresceu tanto e era tão verde que parecia a "Floresta Amazônica." Meu pastor havia me dado um versículo, que dizia que Deus estava comigo. E estava. Vendi mandiocas por quase dois anos. Foram mais de 50 toneladas.

No começo de 2001, eu acabara de voltar da limpeza das ervas daninhas do mandiocal. Não preciso nem dizer que todo ano, eu continuava enviando currículos, fazendo alguns bicos como contador, com muito pouco resultado. Mas aí, eu entrei na reta final dos onze anos de muitas lutas e aflições financeiras. Ainda faltavam dois anos para os dias no vale terminarem. Não estava mais dirigindo congregação. Também não era mais preciso ficar olhando os pés de mandioca crescerem. Era ano novo e eu estava sozinho em casa. Em São Paulo. A família estava com meu sogro, em outro estado. E foi exatamente na primeira semana de janeiro de 2001 que eu recebi uma carta de um presidiário crente da Penitenciária I de Avaré.

Era o primeiro retorno em seis anos, de alguns folhetos que distribui para ser entregues aos presos dos três distritos policiais próximos de minha casa. Eu estava começando a acertar o caminho da vontade de Deus para mim.

Sim, eu estava deprimido.

Desconheço alguém que fique desempregado por nove anos seguidos que não esteja abalado em todas as áreas de sua vida. E estes abalos vêm principalmente da frustração de querer, mas não poder trazer o pão para dentro de casa. Não me esquecendo de mencionar as palavras ruins que nos momentos de grande angústia, nossos familiares e vizinhos valam. Você já foi chamado de lixo? Você já perdeu toda moral diante da família, por ser um imprestável? Você já foi para uma entrevista suando, tremendo e sabendo que vai ser mais uma portada na "cara"? Sim eu me especializei nestas coisas. Podem não ser as mesmas pelas quais você passa, mas elas produzem as mesmas feridas.

Embora todos me aconselhassem do contrário, o Espírito Santo me convenceu a ajuntar literatura evangélica usada. Depois eu as embalava em caixas e as mandava para os presídios onde conhecia os dirigentes das "igrejinhas" do cárcere. Todos tinham medo, mas o Espírito me disse no início: "Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias o acharás." Eu mandava as caixas depois de cheias pelo correio, e pelo sistema de encomenda normal. Para conhecer os nomes de presos que lideravam os grupos que eram as Igrejas dentro dos presídios, eu escrevia cartas sociais. A primeira caixa com 13,600kg seguiu para a PI de Avaré com 150 revistas usadas de Escola Dominical e uns 16 Bíblias. Durante dois anos e meio eu continuei firme nesta missão. Eu orei e planejei descobrir o nome de presos dirigentes de congregações em 50 cárceres em dois anos. Fiquei a duas congregações desta meta. Foram mais de 500kg de revistas e bíblias para cerca de 30 penitenciárias diferentes, a maioria no Interior paulista. Escrevia muitas cartas de aconselhamentos. Quase tantas quantos foram os currículos que enviei.

Eu comecei no ministério de literatura para presos no mesmo período que explodiram as 29 rebeliões do PCC no Estado de São Paulo. Eu recebi minha primeira carta de preso em janeiro. Em 18 de fevereiro de 2001, as rebeliões vieram. A primeira caixa de literatura seguiu em março do mesmo ano. A assistência religiosa nos presídios do Interior paulista cessou por causa das rebeliões. Era muito arriscado. As autoridades fecharam as portas. E Deus me preparou para atender com literatura neste tempo.

Se eu estivesse na minha vida confortável e próspera dos anos 80, eu jamais teria coragem de recolher literatura para presos. Meu próprio pastor me avisou que aquele trabalho não iria me dar nenhuma projeção ministerial. Eu continuei, porque sentiu a alegria do Espírito em mim. E se não fora esta ocupação, o gelo que levei dos colegas de ministério depois que saí de licença da congregação que dirigia para atender minha mãe, minha fé não teria sobrevivido. Deus me ocupou nisso para dar alguma relevância para uma pessoa que se sentia exatamente um lixo.

Na Estrada de Itapecerica tem um CDD - Centro de Distribuição Domiciliar dos Correios. Ali, durante dois anos e meio eu postei centenas de cartas de aconselhamento e comunicação com presos crentes. Ao lado deste CDD tem o Hospital Municipal do Campo Limpo. E Deus olhou para mim, e quando eu estava indo para o terceiro ano de ministério com literatura usada para presos, Deus me abriu a porta para trabalhar como contador em regime de emergência. Depois veio o concurso e eu passei em primeiro lugar. Contador concursado. Fiquei ali até o início deste ano - 2009. Pertinho da minha casa. Ia a pé. Depois de seis anos naquele lugar, fui trabalhar no Centro. E a Prefeitura de São Paulo gostou do meu trabalho, e convidou-me (três vezes) para fazer parte do time de contadores da Secretaria de Finanças. Fui aprovado em três entrevistas. A última, com o próprio Secretário. E ele me deu a boas vindas à nova Casa.

E o que tem o Salmo 25 com tudo isto?

A partir do momento que eu percebi que o desemprego começou a ficar longo, eu invadi o meu coração. E procurei em todos os cantinhos onde estava o pecado que me impedia de orar e ser ouvido por Deus. E eu tomei a "vassoura" do concerto e comecei a varrer e a perguntar: Senhor onde está esse pecado, para que eu possa confessá-lo e me endireitar diante de Ti? Ele nunca me falou. Só muitos anos depois eu entendi o seu propósito. Foi a partir desses 11 anos de deserta que eu aprendi que o Senhor é o meu SENHOR. Ele manda em mim, e eu obedeço. Ele tinha um segredo para me dizer, mas eu não tinha tempo nem ouvidos. Mas um dia, nove anos depois, quando eu abri a primeira carta de um preso e vi que tinha o mesmo carimbo que eu havia perdido há seis anos, eu percebi que Deus estava falando comigo. E quando eu entendi o espaço de tempo que aquela carta representava, os pelos dos meus braços deram glória a Deus, meu coração se encolheu e eu ouvi uma voz dentro do meu espírito que dizia: "Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias o acharás"

E por dois anos e meio eu lancei o pão. Fiz o que Deus queria que eu fizesse. E fiz com paixão. Quando eu chegava em alguma congregação ou na reunião dos obreiros, os crentes olhavam para o meu rosto e se lembravam das literaturas dos presos. Até hoje ainda me dão revistas para o cárcere.

O tempo de chorar terminou em 14 de julho de 2003. De lá para cá, nestes últimos seis anos, minha família e eu temos sido muito abençoados. A cada ano, as bênçãos aumentam. Mas eu não me alegro tanto por elas, mas por saber que a presença do Senhor está conosco. Que ele me mostrou um caminho mais excelente. Ele me corrigiu e mostrou que havia um serviço especial que era de minha responsabilidade fazê-lo. E como recordação me deixou mais de 500 cartas do cárcere.

Por que Deus permite a crise, a depressão ou um duro quebrantamento em nossa vida?

Eu entendi que ele queria que eu o chamasse de Pai. Que sua vontade era diferente da minha. Que para me mostrar o caminho era preciso 11 anos de desemprego e outros abalos. Que ele estava cuidando para que tivesse raízes mais profundas, para alicerce das grandes bênçãos e pelas outras maiores que Ele me dará. É no vale que se aprofundam as raízes. Hoje eu olho para aqueles anos e dou graças a Deus por eles. Eles não me aniquilaram, senão me tornaram mais humilde, servil, e apaixonado pelo serviço dele.

Não tomei nenhum calmante nem qualquer medicamento para vencer a depressão. Usei uma receita que funcionou muito bem e vai funcionar com você. Eu fazia longas caminhadas. Todo dia.

E durante as caminhadas eu orava.

O exercício físico resolve os problemas de ordem física. A oração vai até o trono da Graça de Deus. Do possível você cuida, e Deus cuida do impossível. Você somente vai conseguir arrancar a tristeza cotidiana com exercícios e oração. É no campo espiritual que você renova suas forças, quando fala com Deus, quando pede ajuda, quando chora nos ouvidos dele. Ele não vai interferir nem tirar você do deserto enquanto não for o tempo. A companhia dele você vai ter. Saiba disso, agradeça por isso, e se alegre pela resposta, pois cada dia no vale também significa menos um dia para a sua virada.

Não vá sair por aí ajuntando literatura para presos como eu ajuntei. Enquanto não ouvir a voz de Deus claramente em sua alma não arrisque em coisas incertas. Enquanto não souber o ministério especial que Deus, porventura, queira que você trabalhe, cuide normalmente de sua fé indo e participando das atividades da casa do Senhor onde você congrega.

Desejo, sinceramente, que seus dias no vale não sejam de forma alguma tão longos quanto o meu. E para terminar vou repetir: Quando Deus permite que um Cristão passe por períodos difíceis, com certeza é para que fique preparado para bênçãos maiores e ministérios maiores.

Quem diria que daquela atividade de escrever cartas para presos, Deus me ensinaria escrever um blog que hoje recebe mais de 1.000 leitores em média por dia? Pense nisto. Foi uma mudança e tanto.


"Qual é o homem que teme a Deus?

Ele o ensinará no caminho que deve escolher.

O segredo do Senhor é para os que o temem;

e Ele lhes fará saber o seu concerto."

Salmo 25: 12 e 14.



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quinta-feira, dezembro 01, 2011

Por que Deus permite a depressão e o Salmo 25



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Vale da Morte - Califórnia

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"Faze-me saber os teus caminhos Senhor; ensina-me as tuas veredas.

Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação;

por ti estou esperando todo dia"

Salmo 25: 4-5.
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João Cruzué

Um fato é inegável: Nós cristãos não estamos livres da crise nem da depressão. Elas podem atingir a todos: Crentes e descrentes sem distinções. Já tenho escrevido algumas vezes sobre isso porque eu estive lá. Foram 11 longos anos de desemprego cujo pão de cada dia foi diminuindo, diminuindo, até quase secar.

Apesar de ser graduado, falar duas línguas, ter trabalhado com estrangeiros por mais de dez anos,não foi suficiente. Quando a porta se fechou, alguém jogou a chave fora.

Eu fiquei sozinho.

O conteúdo deste texto não é técnico. Não vou dissertar sobre os "n" passos para vencer a depressão e sair do buraco. Vou, sim, dar meu testemunho de como passei por ela e que lições tirei, para compartilhar com você que está lendo isso agora e precisa de uma palavra de Deus.

Sem rodeios. Deus permite que passemos alguns dias (ou anos) no vale da desesperança porque tem um propósito especial para nossa vida. Para encontrar este caminho e conhecer este propósito nós temos um problema: nós mesmos.

Somos por demais vaidosos, acomodados a nossa zona de conforto. Nossa vontade costuma prevalecer sobre a vontade de Deus. Nossa oração é pouca. Ficar sem responsabilidades, esplêndido. Nossos planos, apenas humanos. Com tantos atalhos desta vida, perdemos o rumo traçado pela vontade de Deus - O SENHOR.

E de repente, eu comecei a enviar currículos. Dezenas de currículos. Centenas de currículos. Eu fiquei desempregado em 31.07.1992. O ano de 1992 se passou e nenhuma porta de emprego aberta.

Se de um lado o vento Nordeste da luta financeira soprava trazendo a secura do deserto, na vida espiritual as coisas estavam bem. Comecei a dirigir minha primeira congregação, cooperando com o saudoso pastor Luiz Vicente Branco. Foram 67 meses cuidando da congregação da Assembleia de Deus do Parque Santo Antonio. Sim, sessenta e sete, porque eu não sairia com "66". A Igreja não percebia tanto a luta que passávamos, pois os cultos eram muito bons. As festas de Círculo de Oração e de grupo de Crianças, maravilhosas.

Em 1995, nossa filha mais velha estava em colégio particular. Tiramos. Nossos móveis de quarto, sala e cozinha velhos. E nós não trocamos. Nossa linha telefone fixo,nós vendemos para pagar dívidas. Nosso carrinho velho, um Chevette Hatch 80, ficou sem sem licenciamento desde 1992. Bebia um litro de óleo por semana.

Em determinado tempo não tínhamos mais como fazer compras. E um dia fui no supermercado e voltei para casa apenas com meio kilo de café. Eu orei, dei graças, e foi aí que aprendi o valor das pequenas coisas.

Em 1997, nós não tínhamos dinheiro para pagar as últimas prestações da nossa casa. Era o 15º ano. O último. O Bradesco contratara um escritório de cobrança e fizemos um acordo para pagar os atrasados. Não pudemos honrar o compromisso ajustado. Se não fora a ajuda de uma amiga de minha esposa, nossa casa tinha ido para Leilão. Já tínhamos recebido o aviso. Esta irmã, tirou seu dinheiro da poupança e nos entregou faltando um ou dois dias para o prazo fatal. Aqui, Deus cumpriu sua promessa que está escrita no salmo 23 - Senhor é meu Pastor, e as coisa básicas para a sobrevivência da minha casa Ele não deixará faltar.

A luta não diminuiu. O pão continuava escasso. Em agosto de 2000, eu precisei pedir licença ao Pastor Luiz para cuidar de assuntos familiares. Minha mãe estava precisando de cuidados, e minha família também. Não tínhamos nenhuma porta aberta e eu tive que me "virar". Enquanto atendia a minha mãe, me dediquei ao plantio de um hectare de mandiocas. Veio a seca e levou 1/3 do que havia nascido. Replantei e aguei por 45 dias. A chuva veio e com ela as ervas daninhas, mais altas que os pés de mandioca. Eu chorei. Mas em duas semanas tudo ficou limpo. Tempos de chuva, muito barro, e uma nuvem de mosquitinhos pólvora picando as duas orelhas. A seca e o mato ficaram para trás. O mandiocal cresceu tanto e era tão verde que parecia a "Floresta Amazônica." Meu pastor havia me dado um versículo, que dizia que Deus estava comigo. E estava. Vendi mandiocas por quase dois anos. Foram mais de 50 toneladas.

No começo de 2001, eu acabara de voltar da limpeza das ervas daninhas do mandiocal. Não preciso nem dizer que todo ano, eu continuava enviando currículos, fazendo alguns bicos como contador, com muito pouco resultado. Mas aí, eu entrei na reta final dos onze anos de muitas lutas e aflições financeiras. Ainda faltavam dois anos para os dias no vale terminarem. Não estava mais dirigindo congregação. Também não era mais preciso ficar olhando os pés de mandioca crescerem. Era ano novo e eu estava sozinho em casa. Em São Paulo. A família estava com meu sogro, em outro estado. E foi exatamente na primeira semana de janeiro de 2001 que eu recebi uma carta de um presidiário crente da Penitenciária I de Avaré.

Era o primeiro retorno em seis anos, de alguns folhetos que distribui para ser entregues aos presos dos três distritos policiais próximos de minha casa. Eu estava começando a acertar o caminho da vontade de Deus para mim.

Sim, eu estava deprimido.

Desconheço alguém que fique desempregado por nove anos seguidos que não esteja abalado em todas as áreas de sua vida. E estes abalos vêm principalmente da frustração de querer, mas não poder trazer o pão para dentro de casa. Não me esquecendo de mencionar as palavras ruins que nos momentos de grande angústia, nossos familiares e vizinhos valam. Você já foi chamado de lixo? Você já perdeu toda moral diante da família, por ser um imprestável? Você já foi para uma entrevista suando, tremendo e sabendo que vai ser mais uma portada na "cara"? Sim eu me especializei nestas coisas. Podem não ser as mesmas pelas quais você passa, mas elas produzem as mesmas feridas.

Embora todos me aconselhassem do contrário, o Espírito Santo me convenceu a ajuntar literatura evangélica usada. Depois eu as embalava em caixas e as mandava para os presídios onde conhecia os dirigentes das "igrejinhas" do cárcere. Todos tinham medo, mas o Espírito me disse no início: "Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias o acharás." Eu mandava as caixas depois de cheias pelo correio, e pelo sistema de encomenda normal. Para conhecer os nomes de presos que lideravam os grupos que eram as Igrejas dentro dos presídios, eu escrevia cartas sociais. A primeira caixa com 13,600kg seguiu para a PI de Avaré com 150 revistas usadas de Escola Dominical e uns 16 Bíblias. Durante dois anos e meio eu continuei firme nesta missão. Eu orei e planejei descobrir o nome de presos dirigentes de congregações em 50 cárceres em dois anos. Fiquei a duas congregações desta meta. Foram mais de 500kg de revistas e bíblias para cerca de 30 penitenciárias diferentes, a maioria no Interior paulista. Escrevia muitas cartas de aconselhamentos. Quase tantas quantos foram os currículos que enviei.

Eu comecei no ministério de literatura para presos no mesmo período que explodiram as 29 rebeliões do PCC no Estado de São Paulo. Eu recebi minha primeira carta de preso em janeiro. Em 18 de fevereiro de 2001, as rebeliões vieram. A primeira caixa de literatura seguiu em março do mesmo ano. A assistência religiosa nos presídios do Interior paulista cessou por causa das rebeliões. Era muito arriscado. As autoridades fecharam as portas. E Deus me preparou para atender com literatura neste tempo.

Se eu estivesse na minha vida confortável e próspera dos anos 80, eu jamais teria coragem de recolher literatura para presos. Meu próprio pastor me avisou que aquele trabalho não iria me dar nenhuma projeção ministerial. Eu continuei, porque sentiu a alegria do Espírito em mim. E se não fora esta ocupação, o gelo que levei dos colegas de ministério depois que saí de licença da congregação que dirigia para atender minha mãe, minha fé não teria sobrevivido. Deus me ocupou nisso para dar alguma relevância para uma pessoa que se sentia exatamente um lixo.

Na Estrada de Itapecerica tem um CDD - Centro de Distribuição Domiciliar dos Correios. Ali, durante dois anos e meio eu postei centenas de cartas de aconselhamento e comunicação com presos crentes. Ao lado deste CDD tem o Hospital Municipal do Campo Limpo. E Deus olhou para mim, e quando eu estava indo para o terceiro ano de ministério com literatura usada para presos, Deus me abriu a porta para trabalhar como contador em regime de emergência. Depois veio o concurso e eu passei em primeiro lugar. Contador concursado. Fiquei ali até o início deste ano - 2009. Pertinho da minha casa. Ia a pé. Depois de seis anos naquele lugar, fui trabalhar no Centro. E a Prefeitura de São Paulo gostou do meu trabalho, e convidou-me (três vezes) para fazer parte do time de contadores da Secretaria de Finanças. Fui aprovado em três entrevistas. A última, com o próprio Secretário. E ele me deu a boas vindas à nova Casa.

E o que tem o Salmo 25 com tudo isto?

A partir do momento que eu percebi que o desemprego começou a ficar longo, eu invadi o meu coração. E procurei em todos os cantinhos onde estava o pecado que me impedia de orar e ser ouvido por Deus. E eu tomei a "vassoura" do concerto e comecei a varrer e a perguntar: Senhor onde está esse pecado, para que eu possa confessá-lo e me endireitar diante de Ti? Ele nunca me falou. Só muitos anos depois eu entendi o seu propósito. Foi a partir desses 11 anos de deserta que eu aprendi que o Senhor é o meu SENHOR. Ele manda em mim, e eu obedeço. Ele tinha um segredo para me dizer, mas eu não tinha tempo nem ouvidos. Mas um dia, nove anos depois, quando eu abri a primeira carta de um preso e vi que tinha o mesmo carimbo que eu havia perdido há seis anos, eu percebi que Deus estava falando comigo. E quando eu entendi o espaço de tempo que aquela carta representava, os pelos dos meus braços deram glória a Deus, meu coração se encolheu e eu ouvi uma voz dentro do meu espírito que dizia: "Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias o acharás"

E por dois anos e meio eu lancei o pão. Fiz o que Deus queria que eu fizesse. E fiz com paixão. Quando eu chegava em alguma congregação ou na reunião dos obreiros, os crentes olhavam para o meu rosto e se lembravam das literaturas dos presos. Até hoje ainda me dão revistas para o cárcere.

O tempo de chorar terminou em 14 de julho de 2003. De lá para cá, nestes últimos seis anos, minha família e eu temos sido muito abençoados. A cada ano, as bênçãos aumentam. Mas eu não me alegro tanto por elas, mas por saber que a presença do Senhor está conosco. Que ele me mostrou um caminho mais excelente. Ele me corrigiu e mostrou que havia um serviço especial que era de minha responsabilidade fazê-lo. E como recordação me deixou mais de 500 cartas do cárcere.

Por que Deus permite a crise, a depressão ou um duro quebrantamento em nossa vida?

Eu entendi que ele queria que eu o chamasse de Pai. Que sua vontade era diferente da minha. Que para me mostrar o caminho era preciso 11 anos de desemprego e outros abalos. Que ele estava cuidando para que tivesse raízes mais profundas, para alicerce das grandes bênçãos e pelas outras maiores que Ele me dará. É no vale que se aprofundam as raízes. Hoje eu olho para aqueles anos e dou graças a Deus por eles. Eles não me aniquilaram, senão me tornaram mais humilde, servil, e apaixonado pelo serviço dele.

Não tomei nenhum calmante nem qualquer medicamento para vencer a depressão. Usei uma receita que funcionou muito bem e vai funcionar com você. Eu fazia longas caminhadas. Todo dia.

E durante as caminhadas eu orava.

O exercício físico resolve os problemas de ordem física. A oração vai até o trono da Graça de Deus. Do possível você cuida, e Deus cuida do impossível. Você somente vai conseguir arrancar a tristeza cotidiana com exercícios e oração. É no campo espiritual que você renova suas forças, quando fala com Deus, quando pede ajuda, quando chora nos ouvidos dele. Ele não vai interferir nem tirar você do deserto enquanto não for o tempo. A companhia dele você vai ter. Saiba disso, agradeça por isso, e se alegre pela resposta, pois cada dia no vale também significa menos um dia para a sua virada.

Não vá sair por aí ajuntando literatura para presos como eu ajuntei. Enquanto não ouvir a voz de Deus claramente em sua alma não arrisque em coisas incertas. Enquanto não souber o ministério especial que Deus, porventura, queira que você trabalhe, cuide normalmente de sua fé indo e participando das atividades da casa do Senhor onde você congrega.

Desejo, sinceramente, que seus dias no vale não sejam de forma alguma tão longos quanto o meu. E para terminar vou repetir: Quando Deus permite que um Cristão passe por períodos difíceis, com certeza é para que fique preparado para bênçãos maiores e ministérios maiores.

Quem diria que daquela atividade de escrever cartas para presos, Deus me ensinaria escrever um blog que hoje recebe mais de 1.000 leitores em média por dia? Pense nisto. Foi uma mudança e tanto.


"Qual é o homem que teme a Deus?

Ele o ensinará no caminho que deve escolher.

O segredo do Senhor é para os que o temem;

e Ele lhes fará saber o seu concerto."

Salmo 25: 12 e 14.



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