Foto de Kleber Thomaz
Este desenho foi feito pelo garoto David, uma criança de 10 anos, o aluno da Escola Professora Alcina Dantgas Feijão, no dia em que se suicidou. Na parte de cima, há uma frase cortada, mas que pode ser lida: "David Mota Nogueira em 2017". No desenho ele se autorretrata como um jovem vestindo um uniforme policial. Deixou também uma legenda: "Eu com 16 anos".
É muito triste observar que todo ano tragédias, como esta, envolvendo a vida de crianças e adolescentes, têm fustigado o coração de mães, pais e vovôs do país inteiro. Em 1997 foi o garoto Yves Ota de 12 anos. Em 2007 desapareceu em São Carlos e nunca mais foi mais foi encontrado o garoto Lucas Pereira, de 5 aninhos. Em 2008 foi o caso da morte de outra criança, de 5 anos - Isabella de Oliveira Nardoni. Os três casos entristeceram as famílias de todo Brasil.
O que aconteceu na Escola Alcina, provavelmente nunca vai ser entendido, mas eu gostaria de escrever algumas linhas.
Uma garoto de 10 anos, tirando escondido a arma do pai de cima do guarda-roupa, para levar a uma escola para dar um susto ou dizer bang bang para a professora, é algo raia ao absurdo. De tudo que a imprensa e a polícia falaram, nada faz sentido. É como se algo estivesse sendo encoberto por conveniência.
Não é a primeira vez que esta escola tem tido . Em 2008 o garoto K.C.S, de 11 anos tentou se matar por duas vezes por causa de bulling. O pai do garoto procurou a secretaria da escola por umas 10 vezes, e apresentou denúncia forma por meia dúzia de vezes - sem resolver o caso. Para a escola, o garoto estava bem, e que não havia motiva para preocupações. Até que a criança se jogou por duas vezes de uma laje, porque não aguentava mais ser chamada de "mulherzinha, viado e bicha louca".
O que se passava na cabeça do David, no momento que fez seu autorretrato - aí em cima - como um policial de farda com 16 anos? Pelo visto ele não via a hora de crescer, para se livrar de algum tipo de problema, real e incômodo. Por que no seu desenho ele se retratou sozinho - sem nenhum amigo ou companhia? Porque certamente ele possuía colegas, mas nenhum amigo nesta escola.
Os problemas dos adultos estão invadindo cada vez mais cedo o cotidiano das crianças. O medo, a insegurança e a solidão das cidades grandes estão levando as pessoas a ter uma vida virtual. No entanto, somos seres reais, com angústias e problemas reais. Eu insisto em dizer que, atrás de cada criança "boazinha" e "normal" pode haver alguém pedindo socorro através do seu silêncio.
E este caso é tão mais complexo, pois David era de uma família evangélica. Cresceu participando das atividades da Igreja. Escola dominical, cultos, etc. Mas isto não evitou uma tragédia dentro da sua casa. Pelas informações colhidas até agora, ninguém sabe o que se passava na alma de David.
Será mais um caso de esquizofrenia? Na primeira vez que assiste o filme, "Uma mente brilhante", com Russel Crowe no papel do matemático John Nash, eu só fui perceber que se tratava dessa patologia, quase no final do filme.
Qual foi o motivo que levou uma criança de 10 anos pegar a arma lá em cima do guarda-roupa do quarto do pai, levar na escola, pedir para ir no banheiro, voltar com ela na mão e dar um tiro na professora e depois se matar? Foi por acaso?
Não. A decisão do suicídio foi muito rápida. Se o tiro na professora fosse uma fatalidade, no mínimo ele teria ficado paralisado de medo. Mas não foi isso que aconteceu, porque eu entendo que havia um plano.
E na falta de outro argumento racional ainda tem um explicação no plano espiritual. Quando uma pessoa dá lugar a pensamentos de morte, há um demônio destruidor ao derredor, bramando por sangue. Basta que uma porta seja aberta, dentro da família, para que ele arquitete uma tragédia. Essas coisas que não são explicadas pela lógica e pela racionalidade, podem ter uma fonte maligna. E do tentador só Deus pode nos livrar, como está na oração do "Pai Nosso".
Eu creio, sim, que não foi uma simples fatalidade, o que aconteceu na Escola Alcina de São Caetano. Então eu volto para a Bíblia. Ali tem o Salmo 91, que muitos costumam ler e achar que Deus pode nos guardar de tudo, sem uma condição a ser cumprida por nós. Esta condição é: encarecidamente amar a Deus.
Será que frequentar a Igreja todo dia é prova de amor a Deus? Não foi isto que aconteceu com o irmão mais velho do "filho pródigo". Mas também ficar ausente dela não é desculpa, pois o salmista também disse: "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor!"
A vida na Grande São Paulo corre velozmente. Depois que passa janeiro, logo vem junho, e já estamos em outubro. O corre-corre faz parte da cultura paulista. Entretanto se quiser o favor de Deus, a segurança de sair pela manhã e à noite a família se reunir inteira, é preciso mais que orações feitas debaixo do chuveiro, um minutinho na hora de deitar ou de levantar. É preciso ter momentos de diálogo com Deus. E é isso que está faltando: arranjar tempo para estar na presença de Deus.
E arranjar tempo para conversar e descobrir o que se passa no coraçãozinho de nossos filhos pequenos. Posso estar enganado, mas deve ter sido isto a causa da ação do garoto David. Ele tinha um problema, que ninguém sabia.
É muito triste observar que todo ano tragédias, como esta, envolvendo a vida de crianças e adolescentes, têm fustigado o coração de mães, pais e vovôs do país inteiro. Em 1997 foi o garoto Yves Ota de 12 anos. Em 2007 desapareceu em São Carlos e nunca mais foi mais foi encontrado o garoto Lucas Pereira, de 5 aninhos. Em 2008 foi o caso da morte de outra criança, de 5 anos - Isabella de Oliveira Nardoni. Os três casos entristeceram as famílias de todo Brasil.
O que aconteceu na Escola Alcina, provavelmente nunca vai ser entendido, mas eu gostaria de escrever algumas linhas.
Uma garoto de 10 anos, tirando escondido a arma do pai de cima do guarda-roupa, para levar a uma escola para dar um susto ou dizer bang bang para a professora, é algo raia ao absurdo. De tudo que a imprensa e a polícia falaram, nada faz sentido. É como se algo estivesse sendo encoberto por conveniência.
Não é a primeira vez que esta escola tem tido . Em 2008 o garoto K.C.S, de 11 anos tentou se matar por duas vezes por causa de bulling. O pai do garoto procurou a secretaria da escola por umas 10 vezes, e apresentou denúncia forma por meia dúzia de vezes - sem resolver o caso. Para a escola, o garoto estava bem, e que não havia motiva para preocupações. Até que a criança se jogou por duas vezes de uma laje, porque não aguentava mais ser chamada de "mulherzinha, viado e bicha louca".
O que se passava na cabeça do David, no momento que fez seu autorretrato - aí em cima - como um policial de farda com 16 anos? Pelo visto ele não via a hora de crescer, para se livrar de algum tipo de problema, real e incômodo. Por que no seu desenho ele se retratou sozinho - sem nenhum amigo ou companhia? Porque certamente ele possuía colegas, mas nenhum amigo nesta escola.
Os problemas dos adultos estão invadindo cada vez mais cedo o cotidiano das crianças. O medo, a insegurança e a solidão das cidades grandes estão levando as pessoas a ter uma vida virtual. No entanto, somos seres reais, com angústias e problemas reais. Eu insisto em dizer que, atrás de cada criança "boazinha" e "normal" pode haver alguém pedindo socorro através do seu silêncio.
E este caso é tão mais complexo, pois David era de uma família evangélica. Cresceu participando das atividades da Igreja. Escola dominical, cultos, etc. Mas isto não evitou uma tragédia dentro da sua casa. Pelas informações colhidas até agora, ninguém sabe o que se passava na alma de David.
Será mais um caso de esquizofrenia? Na primeira vez que assiste o filme, "Uma mente brilhante", com Russel Crowe no papel do matemático John Nash, eu só fui perceber que se tratava dessa patologia, quase no final do filme.
Qual foi o motivo que levou uma criança de 10 anos pegar a arma lá em cima do guarda-roupa do quarto do pai, levar na escola, pedir para ir no banheiro, voltar com ela na mão e dar um tiro na professora e depois se matar? Foi por acaso?
Não. A decisão do suicídio foi muito rápida. Se o tiro na professora fosse uma fatalidade, no mínimo ele teria ficado paralisado de medo. Mas não foi isso que aconteceu, porque eu entendo que havia um plano.
E na falta de outro argumento racional ainda tem um explicação no plano espiritual. Quando uma pessoa dá lugar a pensamentos de morte, há um demônio destruidor ao derredor, bramando por sangue. Basta que uma porta seja aberta, dentro da família, para que ele arquitete uma tragédia. Essas coisas que não são explicadas pela lógica e pela racionalidade, podem ter uma fonte maligna. E do tentador só Deus pode nos livrar, como está na oração do "Pai Nosso".
Eu creio, sim, que não foi uma simples fatalidade, o que aconteceu na Escola Alcina de São Caetano. Então eu volto para a Bíblia. Ali tem o Salmo 91, que muitos costumam ler e achar que Deus pode nos guardar de tudo, sem uma condição a ser cumprida por nós. Esta condição é: encarecidamente amar a Deus.
Será que frequentar a Igreja todo dia é prova de amor a Deus? Não foi isto que aconteceu com o irmão mais velho do "filho pródigo". Mas também ficar ausente dela não é desculpa, pois o salmista também disse: "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor!"
A vida na Grande São Paulo corre velozmente. Depois que passa janeiro, logo vem junho, e já estamos em outubro. O corre-corre faz parte da cultura paulista. Entretanto se quiser o favor de Deus, a segurança de sair pela manhã e à noite a família se reunir inteira, é preciso mais que orações feitas debaixo do chuveiro, um minutinho na hora de deitar ou de levantar. É preciso ter momentos de diálogo com Deus. E é isso que está faltando: arranjar tempo para estar na presença de Deus.
E arranjar tempo para conversar e descobrir o que se passa no coraçãozinho de nossos filhos pequenos. Posso estar enganado, mas deve ter sido isto a causa da ação do garoto David. Ele tinha um problema, que ninguém sabia.
"O LADRÃO NÃO VEM SENÃO PARA ROUBAR, MATAR E DESTRUIR"
(Jesus Cristo - Evangelho de João, 10:10)