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segunda-feira, maio 27, 2013

LIVRO NADA A PERDER - UMA BIOGRAFIA DO BISPO EDIR MACEDO


João Cruzué



Comprei o livro "Nada a Perder", o primeiro de uma série de três, da autobiografia escrita pelo Bispo Macedo, líder espiritual da Igreja Universal do Reino de Deus. Como gosto de fazer depois do almoço na Quintino Bocaiuva, Centro de São Paulo, fui até as Lojas Americanas, da Rua José Bonifácio, para dar uma bisbilhotada nas coisas do primeiro andar e relaxar um pouco, antes do segundo tempo de trabalho no Tribunal. 

Olhei os filmes, o material escolar, os brinquedos, as toalhas, os chocolates... Fui gastando meu tempo, até que passei pela estante e vi o livro "Nada a Perder" do Bispo Macedo. Eu já o vinha acompanhando pelo ranking dos livros mais vendidos de não ficção  da Revista Veja. O  preço bom, lógico, interessou-me: R$19,90. No caixa o preço estava maior, R$29,90, mas eu reclamei e saí de lá com o livro pelo preço menor. 

Comecei a ler na quinta-feira e terminei hoje, domingo, já perto da meia-noite. O Bispo fala que serão três, os livros de sua memória. Como sempre, ele vende muito bem. E dou graças a Deus por isso, pois até cinco anos atrás, eu só via livros espíritas nas bancas e nas maiores livrarias da Cidade. Hoje temos a grata surpresa de ver o surgimento das obras de vários pastores. E mais virão.

Três grandes temas estão presentes no livro. 

O episódio da prisão do Bispo em 1992, que ele entende como um cala-boca encomendado por líderes paulistas da Igreja Católica com a maciça atuação da TV Globo. E como ficou esclarecido pelo tempo: o tiro saiu pela culatra.

A dor que ele e sua esposa passaram por causa da filha caçula, Viviane, que nasceu com a deficiência dos lábios leporinos. Um calvário penoso, de muito preconceito, mais discriminação e mais de uma dezena de operações.

E o nascimento da Igreja Universal, passando pela Igreja Nova Vida, depois pela Cruzada do Caminho Eterno liderada pelos Pastores Samuel Coutinho e Romildo Ribeiro Soares. O primeiro jogou na cara do jovem Edir Macedo que ele não tinha chamada ministerial de Deus, e o segundo fez de tudo para que a sogra (mãe de Macedo) desistisse de ser a fiadora do filho no aluguel do espaço na funerária no bairro carioca da Abolição. 

O Bispo revela que o evangelista Edir Macedo sempre era desprezado pelos pastores das Igrejas onde serviu, a começar pelo Bispo Roberto Maclister e depois por Samuel Coutinho. Gostei dessa parte, pois as pedras do desprezo e o desmerecimento daqueles não foram suficientes para enterrar a sua vocação. Ele que era considerado um obreiro de poucas ovelhas, que não conseguia público para suas reuniões, deu a volta por cima e se tornou um dos maiores líderes evangélicos do Brasil, e com igrejas espalhadas por todos os continentes.

O Bispo Edir Macedo é  polêmico? Sim. É considerado de forma depreciativa pela sociedade brasileira? É! Mas, por outro lado, ninguém pode dizer que ele não foi um jovem esforçado e que conquistou seu lugar na obra de Deus a custa de muito esforço e muitas pedradas.

Vamos aguardar os outros dois livros, para ver suas explicações quanto aos demais fatos que se passaram depois do período das vacas magras. 

Eu aconselho a comprar e ler o livro. 

Não fiquei decepcionado com o primeiro texto de sua autobiografia. 

É o tipo de leitura que do meio para frente não tem como ir até o fim.  Tenho muitas críticas a muitas atitudes e postura do Bispo, mas não faço a crítica pelo mau hábito de sempre criticar.   

O que este homem já tirou de almas do poço do inferno não pode ser desprezado nem esquecido. 

O grande aumento do número dos evangélicos na década de 90, tem muito a ver com seu trabalho, principalmente com sua visão de usar a televisão para pregar o evangelho, até então considerada o "caixote do diabo" por muitas Igrejas Pentecostais.

Se ele depois disso andou pisando na bola com Deus, já não me compete ser o juiz disso. Tenho que, para mim, devo seguir a recomendação do Apóstolo Paulo: Examinar tudo, mas reter só o bem. Tem muita coisa boa no livro, para aprender.