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sábado, janeiro 01, 2011

Biografia da presidente Dilma Vana Roussef

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Deixo duas biografias para sua leitura: a não oficial, que a candidata Dilma forneceu ao jornalista búlgaro Momchil Indzhov em setembro/2010 e a biografia oficial que está disponível no site da presidência desde 1º de janeiro de 2011.


Foto Ed Ferreira/AE



I - Biografia não oficial

Publicada na imprensa da Bulgária, Novinite.com, pelo jornalista Momchil Indzhov enviado especialmente ao Brasil para aconhar a grande novidade no país: a filha de um búlgaro na Presidência do Brasil.



MOMCHIL INDZHOV - Sofia News Agency

Novinite.com - Bulgária

Tradução de João Cruzué


"Em 1929 o comerciante búlgaro de tecidos deixou a cidade de Sofia com destino a Paris. Ele morou na França por 15 anos. De lá, seguiu em 1944 para a Argentina, onde ficou por pouco tempo, seguindo para o Brasil onde se fixou definitivamente. [A segunda guerra mundial ainda estava em curso.]

Pétar Stefanov Rusev, imigrante búlgaro, foi residir em Belo Horizonte, onde ficou conhecido por Pedro Rousseff. Ali casou-se com Dilma Jane Silva, professora vinda de uma família de fazendeiros. O casal teve três filhos: Igor, nascido em janeiro de 1947; Dilma Vana Rousseff, nascida em 14 de dezembro de 1947 e Zana, nascida em 1951. O nome do meio de Dilva - Vana - foi uma homenagem a uma tia paterna de mesmo nome, falecida aos 26 anos. Dilma tinha um meio-irmão búlgaro, do primeiro casamento de seu pai, chamado Lyuben-Kamen Rousseff, falecido em 2008.

Em Belo Horizonte, o Pai de Dilma foi representante da Mannesmman Steel além de corretor de imóveis. A família morava em uma mansão, com três empregados. Pétar Rousseff morreu em 1962, deixando uma herança de 15 propriedades para a família.

Aos 15 anos, em 1965, Dilma deixou de estudar no Sion - um colégio conservador da Capital mineira, para estudar na escola pública - o Ginásio Estadual Central de BH. Segundo Dilma, foi nesta Escola que ela veio tomar ciência da situação política do Brasil. A Revolução dos militares, através do Golpe militar de 31 de março de 1964 estava passando pelo governo do Marechal Castelo Branco, e recrudescendo. Os militares somente deixariam o poder em 15 de março de 1985, quando Tancredo Neves ganhou, e José Sarney levou a primeira presidência civil no Brasil depois de 21 anos de ditadura.

Em 1967 Dilma Vana Rousseff se uniu à organização chamada Política Operária - POLOP, uma facção do Partido Socialista Brasileiro, fundada em 1961; e em seguida a um subgrupo chamado Colina - Comando de Libertação Nacional.

Durante aquele período, Dilma conheceu Cláudio Galeno Soares, um camarada de armas, cinco anos mais velho. Eles se casaram em 1968 em uma cerimônia civil, depois de um ano de namoro. Dilma participava de atividades na militância do Colina, e advogava políticas marxistas entre membros de sindicato de trabalhadores. Ela tinha experiência em manuseio de armas de fogo, confronto com a polícia e usava táticas de guerrilha.

No início de 1969 braço mineiro do Colina estava limitado a 12 integrantes, com poucos recursos e armamentos. Suas atividades estavam resumidas a quatro assaltos a bancos, alguns carros roubados e duas explosões de bombas, sem vítimas.

Com a idade de 21 anos, Dilma Rousseff mudou-se para o Rio de Janeiro, depois de ter concluído o quarto semestre da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, onde ela conheceu o advogado gaucho Carlos Franklim Paixão de Araújo, 31 e se apaixonaram à primeira vista. Araújo era chefe de um grupo dissidente do Partido Comunista Brasileiro - PCB, que dava abrigo a Galeno em Porto Alegre. A separação de Dilma de Galeno foi amigável.

Carlos Araújo foi escolhido para ser um dos seis líderes do VAR Palmares, que reivindicava ser uma organização político-militar de orientação marxista-leninista. Dilma também estava entre as lideranças que participavam do VAR Palmares. A representante que se engajou em uma organização conhecida por "Joana D'arc Subversiva".

Dilma, algumas vezes era descrita, como mentora do roubo de um cofre que pertenceu ao ex governador paulista, Ademar de Barros. Esta ação foi levada a cabo no Rio de Janeiro em 18 de junho de 1969 e rendeu 2,5 milhões de dólares. Entretanto, em no mínimo três ocasiões diferentes, Dilma negou sua participação no evento. Testemunhas do caso e a polícia insistiram que ela era responsável por administrar o dinheiro roubado.

Dilma foi capturada pelas autoridades em janeiro de 1970, e foi levada para o QG da OBAN, onde foi torturada por 22 dias com socos, apanhou de cassetete, e sofreu choques elétricos. [Ficou detida por três anos no Presídio Tiradentes, na Capital paulista, já demolido]. Mais tarde ela denunciou a tortura em uma sindicância, citando alguns nomes de seus torturadores.

Em dezembro de 2006, a Comissão Especial de Reparação do Escritório de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro aprovou um pedido de indenização para Dilma e outros 18 prisioneiros de agências federais em São Paulo nos anos 70s, no valor de R$72.000,00. Todavia seus assessores declararam que a compensação tinha um caráter simbólico para ela.

Dilma saiu da prisão em 1972. Ela voltou para Porto Alegre, onde o marido Carlos Araújo estava passando seus últimos meses de sentença na prisão.

Punida por subversão, de acordo com o Decreto 477, considerado o AI-5 das Universidades, Dilma foi expulsa da UFMG e impedida de voltar a estudar ali em 1973. Assim, ela decidiu se matricular em um cursinho para tentar a carreira de Economia no vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ela foi admitida na Universidade e se graduou em 1977. Por estes tempos ela já não participava mais ativamente dos movimentos estudantis.

Em março de 1976 ela deu a luz a sua única filha, Paula Rousseff de Araujo. Depois de sua formação ela consegui seu primeiro emprego remunerado. Seu ativismo político, agora dentro da Lei, era restrito ao IEPES - Instituto de Estudos Políticos e Sociais ligado ao único partido oficial da oposição - MDB - Movimento Democrático Brasileiro.

Em 1978, Dilma se inscreveu na UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas, com a intenção de conseguir o mestrado em Economia. Ela declarou que fez a matrícula, porém não não apresentou tese.

Com o fim do sistema político bi-partidário no início dos anos 80s, Dilma e seu marido Carlos de Araujo participaram dos esforços de Leonel Brizola para reestruturar o Partido Trabalhista Brasileiro - PTB, não tendo êxito pois a legenda foi para Ivete Vargas, filha do ex-presidente Getúlio Vargas. Então Brizola e seus partidários fundaram o PDT - Partido Democrático Trabalhista. Em meados dos anos 80s, Dilma conseguiu seu segundo emprego como assessora dos membros do PDT na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

Dilma e Araújo se engajaram devotadamente na campanha de Alceu Colares para a prefeitura de Porto Alegre em 1985. Grande da estratégia de campanha e dos planos de governo foram elaborados na sua casa. Depois de eleito, Colares a nomeou para a Secretaria do Tesouro Municipal, seu primeiro trabalho executivo oficial. Dilma permaneceu no cargo até 1998, quando se desligou para se dedicar na campanha do marido para suceder Colares na Prefeitura de Porto Alegre. A derrota de Araujo alijou o PDT do Executivo municipal. Em 1989, entretanto, Dilma Rousseff foi nomeada diretora geral do Conselho do Município, mas foi demitida pelo Conselheiro Valdir Fraga.

Em 1990, Alceu Colares foi eleito governador do Estado, apontando Dilma para presidente do FEE, onde ela já tinha sido interna nos anos 70s. Ela permaneceu no cargo até 1993, quando foi nomeada para a Secretaria de Energia e Comunicação. Ela permaneceu na pasta até 1994, quando seu relacionamento com o marido terminou. Eles se reconciliaram e permaneceram juntos até o ano 2000.

Em 1995, quando o governo Colares terminou, Dilma deixou a Secretaria e voltou para a FEE, onde foi editora da Revista Indicadores Econômicos. Foi durante esta mudança que ela tentou sua matrícula no Programa de PhD, em 1998.

Em 1998, o Partido dos Trabalhadores ganhou a eleição para o Governo Estadual, com o apoio do PDT no segundo turno. Uma vez mais ela foi nomeada para a Secretaria de Energia, agora pelo governador Olívio Dutra.

Durante a administração de Dilma à frente da Secretaria de Energia na administração Dutra, a capacidade de serviço do setor elétrico cresceu 46%, devido a um programa de emergência. Em janeiro de 1999, Dilma foi até Brasília para alertar a administração Presidente Fernando Henrique Cardoso que se as autoridades responsáveis pelo Setor Elétrico não investissem em energia o corte de energia que o Rio Grande do Sul enfrentou no começo de sua administração iria se repetir pelo restante do país.

Depois de ser eleito Presidente do Brasil, Lula surpreendente mente escolheu Dilma para a chefia do Ministério de Minas e Energia. Sua administração à frente do ministério foi marcada pelo respeito aos contratos assinados com a administração anterior, pelo seu esforço em prevenir black-outs posteriores, e pela implementação de um modelo elétrico menos concentrado nas mãos do Estado, ela expandiu o mercado livre de oferta de energia.

Convencida de que investimentos urgentes em geração de energia eram necessários para que o país não enfrentasse um black-out geral em 2009, Dilma entrou em séria "saia justa" coma a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que mais tarde sairia do Partido dos Trabalhadores, e seria candidata à presidência em 2010, pelo Partido Verde. Esta, defendia o embargo da construção de várias obras por causa do meio ambiente.

Assim que se tornou Ministra das Minas e Energia, Dilma defendeu uma nova política industrial do governo, assegurando que as plataformas da Petrobrás fossem construídas no Brasil, o que poderia gerar cerca de 30.000 novos empregos para o país. Ela argumentou que era inimaginável que uma indústria de um bilhão de dólares não pudesse ser estruturada no Brasil. Em 2008, a Indústria da construção naval brasileira empregava 40 mil trabalhadores, em comparação com 900 de meados dos anos 90s, em parte devido a mobilização requerida. O Brasil tem hoje a 6ª maior indústria naval do planeta.

Dilma propôs acelerar as metas de universalização do acesso à eletricidade, com deadline para 2015. Ela argumentou que era uma meta de inclusão social que não focava exclusivamente retornos financeiros. O programa foi lançado em 2003 com o nome de "Luz para Todos", focado em regiões com baixo índice de desenvolvimento humano. O objetivo do programa era eletrificar cerca de 2 milhões de residências até 2008.

Em outubro de 2008 Dilma reconheceu que o governo não seria capaz de cumprir as metas dentro do prazo, deixando 100 mil moradias sem luz. Em abril de 2008 o governo prorrogou o programa até 2010, a fim de beneficiar 1, 7 milhão de famílias . A região Nordeste concentrou 49% das ligações do programa.

Como Ministra das Minas e Energia, Dilma teve o apoio de dois ministros chaves do Governo Lula: Antonio Palocci e José Dirceu. Depois que Dirceu pediu demissão da chefia da Casa Civil por causa do seu envolvimento no "Escândalo do Mensalão" em vez de se ver enfraquecida, Dilma foi escolhida por Lula para ocupar a chefia da Casa Civil, onde ela foi nomeada em 21 de junho de 2005, se tornado na primeira mulher a ocupar o cargo. Assim como no Ministério anterior, ela também manteve um assento no quadro da diretoria da Petrobrás.

Em uma entrevista dada à imprensa em 25 de abril de 2009, a Ministra revelou que estava passando por um tratamento médico para remover um um linfoma em sua fase inicial, um tipo de câncer que ataca o sistema linfático, que foi detectado em um exame de mamografia de rotina. Suas chances de cura ficavam acima dos 90%. Ela se submeteu a um tratamento curativo de quimioterapia que durou quatro meses.

Em meados de maio de 2009 ela foi internada no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, com dores agudas nas pernas. O diagnóstico foi um miopatia, uma inflamação muscular resultante do tratamento do câncer. No início de setembro do mesmo ano, ela revelou que tinha terminado os tratamentos de quimioterapia e se dizia curada, o que mais tarde veio a se confirmar pelos médicos daquele hospital, no final do mês.

Ela começou a usar uma peruca por causa da queda de cabelo causada pelos quimioterápicos. Depois de sete meses de uso, Dilma mostrou seus cabelos castanho-escuros durante o lançamento do PNDH-3, em 21 de dezembro de 2009.

Em 13 de junho de 2010, depois de mais de dois anos de grandes especulações foi lançada como candidata oficial do Partido dos Trabalhadores para concorrer à eleição presidencial de 2010.

Naquele tempo, o ex-governador do Estado de São Paulo, José Serra, candidato do bloco oposicionista de centro-direita se mantinha no topo das pesquisas por mais de dois anos. Com a promessa de manter as políticas populares de Lula, Rousseff foi capaz de ultrapassar Serra nas pesquisas do final de julho.

Se eleita, ela se tornara a primeira mulher chefe de governo na História do Brasil, e a primeira mulher de fato como chefe de estado desde a morte de Maria I, Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em 1816.

Dilma Rousseff tem recebido apoio de nove partidos políticos, tendo conseguido um espaço de tempo maior para a propaganda política na Televisão. A candidatura de Rousseff também foi apoiada pro notáveis figuras internacionais, como o ator Portoriquenho Benício Del Toro, Martine Aubry - primeiro secretário do Partido Socialista Francês, e do cineasta americano Oliver Stone.

Em 9 de setembro de 2010, Paula Rousseff de Araujo, sua única filha, deu a luz ao primeiro neto de Dilma, um menino chamado Grabriel Rousseff Covolo, na cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, bem no meio da campanha presidencial. Após o último debate, em 30 de setembro de 2010, na TV Globo do Rio, que foi transmitido em rede nacional, Dilma voou para Porto Alegre para o batismo de Gabriel em uma Catedral da Igreja Católica Romana, em 1º outubro de 2010." (Aqui termina a tradução)

Em 03 de outubro de 2010, Dilma conquistou o primeiro lugar, entre os quatro oponentes, na disputa pelo segundo turno, com cerca de 47% dos votos.

Hoje, domingo, 02:06h da manhã de 31 de outubro de 2010, com amplo favoritismo em todas os grandes institutos de pesquisa, Dilma Vana Rousseff deve conquistar nas urnas, (com resultado provavelmente conhecido entre 21 e 22:00h), a posição política mais alta desta nação, tornando-se de fato e direito a primeira grande mandatária na história do Brasil.


MOMCHIL INDZHOV, foi o primeiro jornalista búlgaro a fazer uma entrevista com Dilma Rousseff.


Tradução direta de uma fonte de notícias de Sofia, Capital da Bulgária.
Domingo, 02:25h - 31. de outubro de 2010. Véspera da Eleição.



II - BIOGRAFIA OFICIAL


Foto Reuters


Dilma Vana Rousseff nasceu em 14 de dezembro de 1947, na cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. É filha do imigrante búlgaro Pétar Russév (que mudou o nome para Pedro Rousseff quando emigrou para o Brasil) e da professora Dilma Jane da Silva, nascida em Friburgo (RJ). O casal teve três filhos: Igor, Dilma e Zana.

A filha do meio iniciou os estudos no tradicional Colégio Nossa Senhora de Sion, de classe média alta, e cursou o Ensino Médio no Colégio Estadual Central, centro da efervescência estudantil da capital mineira. Aos 16 anos, Dilma dá início à vida política, integrando organizações de esquerda clandestinas de combate ao regime militar, como a organização Política Operária (Polop), Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).

Em 1969, conhece o advogado e militante gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo. Casam-se e juntos sofrem com a perseguição da Justiça Militar. Condenada por “subversão”, Dilma passa quase três anos presa, entre 1970 e 1972, no presídio Tiradentes, na capital paulista. Lá, é torturada por agentes da Operação Bandeirante (Oban) e, posteriormente, do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).

Livre da prisão, muda-se para Porto Alegre em 1973. Retoma os estudos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul após fazer novo vestibular, já que a Universidade Federal de Minas Gerais havia jubilado e anulado os créditos de alunos que militaram em organizações de esquerda. Nessa mesma época, Carlos Araújo é libertado e retoma a advocacia.

Em 1975, Dilma começa a trabalhar como estagiária na Fundação de Economia e Estatística (FEE), órgão do governo gaúcho. No ano seguinte dá à luz a filha do casal, Paula Rousseff Araújo.

Dedica-se, em 1979, à campanha pela Anistia, durante o processo de abertura política comandada pelos militares ainda no poder. Com o marido, ajuda a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT) do Rio Grande do Sul. Trabalhou na assessoria da bancada estadual do partido entre 1980 e 1985. Em 1986, o então prefeito da capital gaúcha, Alceu Collares, escolhe Dilma para ocupar o cargo de Secretária da Fazenda.

Com a volta da democracia ao Brasil, Dilma, então diretora-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre, participa da campanha de Leonel Brizola ao Palácio do Planalto em 1989, ano da primeira eleição presidencial direta após a ditadura militar. No segundo turno, Dilma vai às ruas defender o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).

No início da década de 1990, retorna à Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul como presidente da instituição. Em 1993, com a eleição de Alceu Collares para o governo do Rio Grande do Sul, se torna Secretária Estadual de Minas, Energia e Comunicação.

Em 1994, após 25 anos de casamento, Dilma e Carlos Araújo se divorciam. Em 1998, inicia o curso de doutorado em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mas, já envolvida na campanha sucessória do governo gaúcho, não chega a defender sua tese. A aliança entre PDT e PT elege Olívio Dutra governador e Dilma ocupa, mais uma vez, a Secretaria de Minas, Energia e Comunicação. Dois anos depois, filia-se ao PT.

O trabalho realizado no governo gaúcho chamou a atenção de Luiz Inácio Lula da Silva. O Rio Grande do Sul foi uma das poucas unidades da federação que não sofreram com o racionamento de energia a partir de 2001.

Em 2002, Dilma é convidada a participar da equipe de transição entre os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Depois, com a posse de Lula, se torna ministra de Minas e Energia.

Entre 2003 e 2005, comanda uma profunda reformulação no setor com a criação do chamado marco regulatório (leis, regulamentos e normas técnicas) para as práticas em Minas e Energia. Além disso, preside o Conselho de Administração da Petrobrás, introduz o biodiesel na matriz energética brasileira e cria o programa Luz para Todos.

Lula escolhe Dilma para ocupar a chefia da Casa Civil e coordenar o trabalho de todo ministério em 2005. A ministra assume a direção de programas estratégicos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida. Coordenou ainda a Comissão Interministerial encarregada de definir as regras para a exploração das recém-descobertas reservas de petróleo na camada pré-sal e integrou a Junta Orçamentária do Governo (grupo que se reúne mensalmente para avaliar a liberação de recursos para obras).

Em abril de 2009, Dilma dá início ao tratamento de um câncer linfático, que é completamente eliminado em setembro do mesmo ano. A doença estava em estágio inicial e foi combatida com tratamento de quimioterapia.

Em março de 2010, Dilma e Lula lançam o Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), que amplia as metas da primeira versão do programa. No dia 03 de abril do mesmo ano, Dilma deixa o Governo Federal para poder se candidatar à Presidência. No dia 13 de junho, o PT oficializa a candidatura da ex-ministra.

No segundo turno das eleições, realizado em 31 de outubro de 2010, aos 63 anos de idade, Dilma Rousseff é eleita a primeira mulher Presidenta da República Federativa do Brasil, com quase 56 milhões de votos.

Fonte Biografia Oficial Direto do site da Presidência da República.




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