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quarta-feira, dezembro 24, 2008

Pastor Rick Warren vai orar na posse de Barack Obama

Este Pastor foi convidado para conduzir a oração da posse de Barack Obama

Rick Warren

Newsweek/Washigton Post

Tradução: João Cruzué

O Pastor Rick Warren, autor do livro “Uma Vida com Propósitos” (2002), fundou a Igreja de Saddleback em 1980 com apenas uma família. Hoje esta igreja conta com 83,000 membros, dos quais, aproximadamente, 23,000 assistem semannalmente aos cultos no seu campus universitário de 120 acres em Lake Forest, na Califórnia.

O Livro "Uma Vida com Propósitos" vendeu mais de 30 milhões de cópias em inglês e se tornou um best-seller internacional, traduzido em mais de 50 línguas. Pastor Warren organizou a “Rede com Propósitos” para treinamento de sacerdotes e pastores cristãos em eventos de interdenominacionais.

Mais de 700,000 líderes de igrejas em 163 países já assistiram a tais reuniões. Ele também é o criador do www.pastors.com como recursos do ministério; em 1995 fundou o Ministério “Igreja com Propósito”, que é usada como um manual de seminário. Warren vem aconselhando líderes internacionais em ações dirigidas em assuntos de combate à pobreza, saúde, educação, corrupção, desenvolvimento de liderança, fé e ética cultural.

Ele já discursou nas Nações Unidas, no Global Health Summit e no Fórum Econômico Mundial de Davos. Ele fundou ao plano Global P.E.A.C.E. para acompanhar igrejas locais, equipar líderes para servir, assistir o pobre, cuidar de doentes e educar a próxima geração.

Ele e sua esposa Kay doam 90 % de seus rendimentos para três instituições beneficentes: Ações de Misericórdia, que providencia ajuda às pessoas que vivem com AIDS; Equipando de Líderes, que treina líderes em países em desenvolvimento; e o Fundo para a Paz Global, que facilita congregações, negócios e governos a coordenador esforços para lutar a pobreza, moléstias, e corrupção.

Fonte: Newsweek.Washington Post


quarta-feira, outubro 08, 2008

Barack Obama, evangélicos e eleições americanas


ENTREVISTA COM O SENADOR OBAMA
"Senador, o senhor se considera nascido de novo?
"

Barack Obama

Senador Barack Obama na convenção do Partido Democrata
confirmado candidato oficial do partido ontem, quinta-feira 28/08/08,
para concorrer às eleições presidencias dos Estados Unidos da América
programadas para 04 de novembro 2008.

Por Sarah Pulliam e Ted Olsen


Tradução: João Cruzué

"CHRISTIANITY TODAY - "O senhor falou de uma experiência descendo à nave da Igreja Trinity Unida de Cristo, ajoelhando-se debaixo da cruz e tendo seus pecados remidos, e submetendo-se à vontade de Deus. Você descreveria isto como uma conversão? Você se considera nascido de novo?

BARACK OBAMA - Sou cristão, e um cristão devoto. Acredito na morte remissória e na ressurreição de Jesus Cristo. Acredito que esta fé abre-me um caminho para ser limpo do pecado e obter a vida eterna. Mas, o mais importante é que eu acredito no exemplo de Jesus ao alimentar o faminto e curar o doente, priorizando o menor em lugar dos poderosos.

Eu não saí da igreja como eles dizem, mas houve um despertamento muito forte em mim da importância dessas questões em minha vida. Eu não quis andar sozinho nesta jornada. Aceitar Jesus Cristo em minha vida foi um poderoso guia para minha conduta, para meus valores e meus ideais.

Há uma coisa que devo mencionar que penso é importante: Parte do que vimos durante o curso esta campanha que são alguns e-mails grosseiros que foram espalhados pela Internet negando a minha fé, dizendo que sou muçulmano, insinuando que eu prestei juramento no Senado de Estados Unidos com um Alcoorão na minha mão ou que não prometo a fidelidade à bandeira.

Eu Penso que é realmente importante para seus leitores saber que tenho sido membro da mesma igreja por quase 20 anos, e que nunca pratiquei o Islã. Eu tenho muito respeito por esta religião, mas o Islã não é a minha religião. Uma das coisas que é muito importante hoje em dia é que nós não usamos a religião como um instrumento político, e certamente que nós não mentimos sobre religião como um modo de conseguir pontos políticos.

Eu apenas pensei que fosse importante posicionar isto assim para afastar os boatos que vieram pela Internet. Temos repetido isto tantas vezes, mas obviamente foi uma tática política de alguém plantar esta desinformação.

CHRISTIANITY TODAY - pergunta sobre o aborto...

BARACK OBAMA - Não conheço ninguém que seja pró-aborto. Penso que é muito importante começar com esta premissa. As pessoas reconhecem que é uma questão difícil de encarar. Realmente penso que aqueles que diminuem os elementos morais da decisão não estão exprimindo toda realidade dela. Mas o que acredito é que as mulheres não tomam essas decisões casualmente, e que elas lutam com isso conversando insistentemente com os seus párocos, com os seus cônjuges ecom os seus médicos.

Que nosso alvo seja fazer do aborto algo menos comum; que devemos desestimular gravidezes não desejadas, que devemos estimular a adoção onde quer que isto seja possível. Há uma variedade de caminhos onde podemos educar nossos jovem sobre a sacralidade do sexo e que não devemos promover atividades casuais que resultem em tantas gravidezes não desejadas.

Enfim, as mulheres estão em melhor posição para decidir ao final do dia sobre essas questões. Com constrangimentos significantes. Por exemplo, penso que podemos dizer legitimamente — o estado pode dizer legitimamente — que estamos proibindo abortos tardios excepcionalmente quando a risco para a saúde da mãe.

Aquelas propostas contra as quais votei tipicamente não tinham aquelas exceções, as quais levantam perguntas profundas sobre quando você teria uma mãe correndo grande risco. Essas são questões que não penso que o governo possa tomar uma decisão de forma unilateral. Penso que elas devem ser feitas através de consulta com os doutores, elas devem orar sobre isso ou ainda consultar suas consciência. Penso que temos de manter aquela tomada de decisão entre as próprias pessoas.
"


Parte da entrevista com Barack Obama
All interview text at Christian View Blog
Christianity Today - 23/01/2008


Comentários: o Senador Barack Obama - do Partido Democrata americado- é no momento o candidato oficial da oposição com reais chances de ganhar as eleições de 04 de novembro próximo e se tornar o primeiro presidente negro dos Estados. Houve uma razão para que a convenção de seu partido fosse realizada ontem, 28 de agosto de 2008. Há exatos 45 anos atrás, neste mesmo dia, Martin Luther King proferia no Memorial Lincoln em Washington seu mais famoso discurso: "I have a dream."

Se Barack Obama ganhar, e na verdade ele vem despertando as emoções de americanos de todas as idades, principalmente entre os mais jovens, o sonho de Martin Luther King vai se cumprir, e a grande nação americana vai virar de uma vez por todas a página do racismo e com isso vai mostrar ao mundo a força do seu exemplo, em lugar do "exemplo da sua força", a desastrada doutrina dos velhos caciques do Partido Republicano.

Seu discurso de ontem, foi assistido pela Tv por mais de 38 milhões de pessoas. Segundo os dados da Nielsen, forma mais pessoas que assistiram Obama discursar que a audiência americana à abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim.
João Cruzué




Tradução de João Cruzué
para o Blog Olhar Cristão
cruzue@gmail.com



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sexta-feira, agosto 29, 2008

Entrevista com o Senador Barack Obama


"Senador, você se considera nascido de novo?
"

Barack Obama

Senador Barack Obama na convenção do Partido Democrata
confirmado candidato oficial do partido ontem, quinta-feira 28/08/08,
para concorrer às eleições presidencias dos Estados Unidos da América
programadas para 04 de novembro 2008.

Por Sarah Pulliam e Ted Olsen


Tradução: João Cruzué

"CHRISTIANITY TODAY - "Você falou de uma experiência descendo à nave da Igreja Trinity Unida de Cristo, ajoelhando-se debaixo da cruz e tendo seus pecados remidos, e submetendo-se à vontade de Deus. Você descreveria isto como uma conversão? Você se considera nascido de novo?

BARACK OBAMA - Sou cristão, e um cristão devoto. Acredito na morte remissória e na ressurreição de Jesus Cristo. Acredito que esta fé abre-me um caminho para ser limpo do pecado e obter a vida eterna. Mas, o mais importante é que eu acredito no exemplo de Jesus ao alimentar o faminto e curar o doente, priorizando o menor em lugar dos poderosos.

Eu não caí fora da igreja como eles dizem, mas houve um despertamento muito forte em mim da importância dessas questões em minha vida. Eu não quis andar sozinho nesta jornada. Aceitar Jesus Cristo em minha vida foi um poderoso guia para minha conduta, para meus valores e meus ideais.

Há uma coisa que devo mencionar que penso é importante: Parte do que vimos durante o curso esta campanha que são alguns e-mails grosseiros que foram espalhados pela Internet negando a minha fé, dizendo que sou muçulmano, insinuando que eu prestei juramento no Senado de Estados Unidos com um Alcoorão na minha mão ou que não prometo a fidelidade à bandeira.

Eu Penso que é realmente importante para seus leitores saber que tenho sido membro da mesma igreja por quase 20 anos, e que nunca pratiquei o Islã. Eu tenho muito respeito por esta religião, mas o Islã não é a minha religião. Uma das coisas que é muito importante hoje em dia é que nós não usamos a religião como um instrumento político, e certamente que nós não mentimos sobre religião como um modo de conseguir pontos políticos.

Eu apenas pensei que fosse importante posicionar isto assim para afastar os boatos que vieram pela Internet. Temos repetido isto tantas vezes, mas obviamente foi uma tática política de alguém plantar esta desinformação.

CHRISTIANITY TODAY - pergunta sobre o aborto...

BARACK OBAMA - Não conheço ninguém que seja pró-aborto. Penso que é muito importante começar com esta premissa. As pessoas reconhecem que é uma questão difícil de encarar. Realmente penso que aqueles que diminuem os elementos morais da decisão não estão exprimindo toda realidade dela. Mas o que acredito é que as mulheres não tomam essas decisões casualmente, e que elas lutam com isso conversando insistentemente com os seus párocos, com os seus cônjuges ecom os seus médicos.

Que nosso alvo seja fazer do aborto algo menos comum; que devemos desestimular gravidezes não desejadas, que devemos estimular a adoção onde quer que isto seja possível. Há uma variedade de caminhos onde podemos educar nossos jovem sobre a sacralidade do sexo e que não devemos promover atividades casuais que resultem em tantas gravidezes não desejadas.

Enfim, as mulheres estão em melhor posição para decidir ao final do dia sobre essas questões. Com constrangimentos significantes. Por exemplo, penso que podemos dizer legitimamente — o estado pode dizer legitimamente — que estamos proibindo abortos tardios excepcionalmente quando a risco para a saúde da mãe.

Aquelas propostas contra as quais votei tipicamente não tinham aquelas exceções, as quais levantam perguntas profundas sobre quando você teria uma mãe correndo grande risco. Essas são questões que não penso que o governo possa tomar uma decisão de forma unilateral. Penso que elas devem ser feitas através de consulta com os doutores, elas devem orar sobre isso ou ainda consultar suas consciência. Penso que temos de manter aquela tomada de decisão entre as próprias pessoas.
"


Parte da entrevista com Barack Obama
All interview text at Christian View Blog
Christianity Today - 23/01/2008


Comentários: o Senador Barack Obama - do Partido Democrata americado- é no momento o candidato oficial da oposição com reais chances de ganhar as eleições de 04 de novembro próximo e se tornar o primeiro presidente negro dos Estados. Houve uma razão para que a convenção de seu partido fosse realizada ontem, 28 de agosto de 2008. Há exatos 45 anos atrás, neste mesmo dia, Martin Luther King proferia no Memorial Lincoln em Washington seu mais famoso discurso: "I have a dream."

Se Barack Obama ganhar, e na verdade ele vem despertando as emoções de americanos de todas as idades, principalmente entre os mais jovens, o sonho de Martin Luther King vai se cumprir, e a grande nação americana vai virar de uma vez por todas a página do racismo e com isso vai mostrar ao mundo a força do seu exemplo, em lugar do "exemplo da sua força", a desastrada doutrina dos velhos caciques do Partido Republicano.

Seu discurso de ontem, foi assistido pela Tv por mais de 38 milhões de pessoas. Segundo os dados da Nielsen, forma mais pessoas que assistiram Obama discursar que a audiência americana à abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim.
João Cruzué




Tradução de João Cruzué
para o Blog Olhar Cristão
cruzue@gmail.com



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sábado, junho 14, 2008

Barack Obama sob um olhar muçulmano


"O APELO DE OBAMA NO MUNDO MUÇULMANO"

Barack 4 peace
Obama para a paz

YASSER KHALIL

Tradução: João Cruzué

"Cairo – O Senador Barack Obama representa um fenômeno que tem chamado a atenção global e cativado as mentes de muçulmanos pelo mundo pois ele empreende uma campanha animada para se tornar o próximo presidente dos Estados Unidos.

Apesar do debate aquecido da campanha e um pouco de retórica controvertida quanto ao Islã, grandes segmentos da população muçulmana aqui permanecem fascinados com a eleição e se tornaram grandes fãs do Senador Obama.

Este nível de apoio a um candidato presidencial americano é sem precedentes no mundo muçulmano. Que isto venha no meio de uma sensação quase unânime de indignação e raiva quanto à política exterior dos Estados Unidos – em particular no Iraque e os territórios palestinos – torna isso ainda mais notável.

A explicação é simples: muitos muçulmanos vêem uma nova razão para esperança na aproximação política de Obama e de seus conselheiros. Sua ânsia evidente para reunir mais suporte internacional à política dos Estados Unidos, e até falar "com os inimigos" da América, é a causa do otimismo. Imagine o que a política global pareceria no Iraque, Sudão, Afeganistão, se uma visão como a de Obama tivesse influenciado as lideranças dos Estados Unidos, antes.

Como um árabe muçulmano do Egito, afetado pela política externa dos Estados Unidos, acredito que uma aproximação de Obama ajudaria a resolver os problemas acumulados entre muçulmanos e americanos que ficaram ainda mais agravados desde os ataques terroristas de 11 de setembro. Técnicas novas e mais criativas para tratar com extremistas em lugar dos métodos controvertidos usados pela administração atual dos Estados Unidos também podem tirar da Al-Qaeda e de outros grupos iguais o pretexto para recrutar novos membros. Então, talvez, os extremistas perderiam os argumentos que fornecem o combustível a sua máquina criminosa que os leva a destruir a gente inocente.

Existem, naturalmente, aqueles no mundo muçulmano que se opõem a Barack Obama. Eles argumentam que a Política dos EUA não mudará com um novo presidente. Para eles eu digo que Obama tem já provado há espaço para balançar o barco. Ele se opôs à decisão de invadir o Iraque e está fazendo recomendações lógicas e concretas para que se retire as tropas dos Estados Unidos de lá.

Os muçulmanos cínicos argumentam que todos os políticos americanos, inclusive Obama, são influenciados na direção de Israel à custa de Árabes. Mas nós devemos diferenciar entre o suporte de um candidato por um estado judaico e um viés inerente em direção a ele. A amizade dos Estados Unidos com o Israel não tem de ser uma ameaça, especialmente se ele tomar uma posição mais ativa ao criar tão somente uma política justa para o resto do mundo árabe.

Depois houve o debate apóstata. Quando Obama foi descrito como um apóstata muçulmano em potencial, muitos muçulmanos reagiram com espanto e curiosidade. Obama disse que nunca foi muçulmano, em primeiro lugar, ainda que algumas pessoas o consideraram assim, por parte de pai. Para mim, é claro que o Islã é um ato de livre escolha, não hereditário.

Outras campanhas pela Internet exploraram pretensos links muçulmanos de Obama retratando a América como "um país racista" cujos cidadãos e os políticos nunca permitiriam a Obama ganhar, porque ele é negro e tem raízes muçulmanas. O esforço malogrou-se, mas todavia trouxe para o candidato até mais compaixão entre mundo muçulmano.

A negativa de Obama de ser um muçulmano não significa que ele o vê como uma acusação, em vez disso, ele está distanciando-se de acusação formal de engano e hipocrisia. É tempo de sair desses debates desnecessários e julgar este promissor candidato presidencial sobre suas visões políticas e capacidade para equilibrar os interesses globais muçulmanos com aqueles deseus partidários e amigos.

Abraçando o diálogo com países muçulmanos como a Síria e o Irã, e saltos iniciais dos esforços diplomáticos dos Estados Unidos , Obama abrirá portas que foram fechadas – e trancadas– nos últimos anos. É do interesse de todos os países muçulmanos que o presidente dos Estados Unidos tenha tal aproximação construtiva, mesmo enquanto mantém um alto grau de amizade com o Israel e poderes que o apoiam nos EU e exterior.

Em desempenho racional, abrangente, e políticas criativas, Obama pode continuar eficaz enquanto ainda supera obstáculos que impedem o caminho da coexistência e de uma paz global."

Tradução: João Cruzué

Yasser Khalil é pesquisador e jornalista egípcio.
Artigo do The Christian Science Monitor

Leia mais: Porque Barack Obama ganhou e Hillary Clinton "morreu" na praia.

cruzue@gmail.com



quarta-feira, junho 04, 2008

Barack Obama vence Hillary Clinton

"Como Obama Ganhou e Clinton perdeu."
a indicação do Partido Democrata para concorrer
à presidência dos Estados Unidos da América nas eleições de novembro 2008.

Photobucket
Hillary Clinton e Barack Obama

MATTHEW DOWD

Tradução: João Cruzué

"Há um ano Hillary Clinton estava com 30 pontos à frente de qualquer outro rival nas primárias dos Democratas americanos. Ela superava todo o mundo naquele ponto por uma margem de dois por um. Ela possuía o apoio da maioria das lideranças Democratas. Hillary ainda tinha o apoio de um ex-presidente popular que por acaso era seu marido. E perdeu!

O que aconteceu?

Semelhante à qualquer estória, as razões e causas não podem ser facilmente reduzidas a um parágrafo de explicações. Foram múltiplas as causas por que Hillary Clinton perdeu. Eu vou refletir apenas sobre algumas delas a partir da minha perspectiva.

Esta foi uma corrida que Clinton poderia ter ganho e teria ganhado, mas morreu na praia. E o fato de ser uma mulher não teve nada a ver com a derrota.

A seguir eis a minha tentativa em explicar o que aconteceu.

1. Ela se apresentou durante meses e meses como a candidata da experiência e o eleitorado ardentemente clamava por mudanças. Ela desperdiçou grandes recursos e muito tempo discutindo e construindo uma imagem baseada na experiência, e dois terços dos eleitores Democratas queriam mudanças. Ela tentou reverter isto mais tarde, mas Obama já havia se apropriado disso àquela altura da campanha.

2. O ambiente político desta disputa foi muito diferente do que foi 2004 ou 2000. Naquelas eleições a força foi o atributo de chave que o país procurava. O país buscava mais a figura de um pai. Hoje, o país está procurando mais uma presença de cura, alguém com uma capacidade especial de reconciliar a família americana, uma figura maternal . O país queria uma Mamãe, e Hillary deu-lhes um Papai. Ela tentou mostrar força e dureza, mas o que os eleitores Democratas queriam mais eram cuidados e sensibilidade.

3. As campanhas presidenciais sempre são sobre a compreensão dos medos dos eleitores, mas não se esquecendo de perguntar sobre suas esperanças. Clinton fez um trabalho incrível falando sobre os medos dos eleitores, mas ela nunca cruzou a ponte para falar sobre suas esperanças. Ela empacou na equação do lado do medo, e os eleitores necessitavam que ela transpusesse para o lado da esperança em algum momento.

4. A campanha de Hillary Clinton baseou sua estratégia tática na idéia de que isto seria uma disputa breve; que as vitórias em grandes estados cedo decidiriam, muito rapidamente. Estas primárias tornaram-se uma corrida longa em que cada convenção do partido ou primárias eram importantes. Clinton misturou remanejamento de campanha baseada em um esforço mais longo no meio de primárias aquecidas.

5. Hillary nunca se separou o bastante de Bill Clinton no decorrer desta campanha. Os eleitores queriam vê-la firme sobre seus próprios pés, e entender que sozinha ela poderia fazer o trabalho que seria a presidência. Cada vez que Bill destacava-se no radar, lembrava aos eleitores que ela não estava sozinha. E junte-se a isto o fato que Bill Clinton, tendo um bom ouvido político e voz para advogar em causa própria, parecia pouco convincente em advogar para mais alguém.

6. O país está procurando por algo novo, na moda , de última geração, e isto é especialmente verdadeiro para eleitores com menos de 30 (a geração 11 de setembro). Barack Obama deu isto aos eleitores, e Hillary, não. Obama foi o Ipod desta eleição, enquanto Hillary era o Walkman. O Walkman é confiável, fácil usar e funciona muito bem, somente não tem o cheiro de última moda que um Ipod tem.

Obviamente, isto é apenas uma lista bem resumida das causas sob minha própria perspectiva, e igualmente tão importante quanto a candidatura de Obama, foi sua mensagem e seus êxitos táticos na campanha.

Mas no fim, esta campanha esteve nas mãos de Hillary Clinton e era uma corrida que ela deveria ter ganhado, não importa quem fosse seu oponente.

E lidando com uma perda que você não tinha como perder, ainda pelas suas próprias ações, isto é muito doloroso. Eu imagino o processo que ela está atravessando e que vai atravessar. Paz para ela".

Tradução João Cruzué

Comentários: este assunto é muito parecido com a estória da corrida entre o coelho e da tartaruga. Ou com uma história bem real: a do Presidente Lula que perdeu três eleições presidenciais antes começar a ganhá-las. Hillary Clinton poderia tomar umas aulas com Lula, sobre como ressuscitar na praia para enfrentar o mar outra vez. Que a lição desta derrota seja aproveitada por muitos líderes. Como pode uma pessoa com uma retaguarda de governo tão experiente em tempos de mudanças perder uma indicação já ganha para um adversário neófito? A diferença entre a vitória e a derrota foi decidida pelo conteúdo da mensagem. Enquanto um candidato explorava o medo do povo insistindo no passado, o outro falava de esperança e do futuro. Eu já vi essa história antes. João Cruzué

Leia mais: Barack Obama sob um olhar muçulmano

cruzue@gmail.com

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