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sábado, maio 07, 2016

Feliz Dia das Mães 2016


Homenagem do Blog Olhar Cristão

 
Mother's Day
Feliz Dia das Mães

João Cruzué

Hoje é o Dia das Mães. Quero dedicar aqui algumas palavras de carinho para cada mãe que estiver lendo este texto. Sem esquecer a principal delas: Dona Glória, minha mãe, a bênção que Deus usou para me trazer ao mundo.
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A palavra "Mãe" aparece 371 vezes na Bíblia, sendo 280 vezes no Velho e 71 vezes no Novo Testamento. O primeiro versículo é Gênesis 2:24 e, o último está em Apocalipse 17:5. A mãe do Senhor é citada 36 vezes no NT. De longe a mãe mais citada em toda Bíblia. No Velho Testamento há muitas mulheres valorosas: Rebeca - a mãe que amava Jacó e aborrecia Esaú. Joquebede, a mãe de Moisés, a mãe planejadora e Ana - ah! Ana - a mãe que parecia bêbada quando orava, mas era só aparência; na verdade sua oração incomodava Deus e perturbava homens.

Minha mãe, primeiro, foi professora. Aos 15 anos ela ensinava em uma classe mista na Zona Rural. Seu trabalho era referência, segundo ela, havia alunos da cidade que se mudaram para frequentar suas aulas. Era uma moça da cidade, da Zona da Mata mineira, cuja família mudou-se para o campo no que hoje conhecemos por Vale do  Rio Doce.

Ela casou-se com um homem do campo, aos 18 anos e decidiu que não ficaria na cozinha, e foi trabalhar de ombro a ombro com meu pai nas lides da roça. Construíram um futuro razoável com muito suor e enxada. Era muito econômica, ela e meu pai repudiavam o desperdício, comprando as coisas depois de ter ajuntado o din din.

Acreditava muito no poder da instrução. Aos sete, oito anos, e lembro-me dela, capinando o arrozal, enquanto eu, com um caderno na mão, fazia o "para casa" ao seu lado. Era extremamente focada na educação. Tanto é que, aos sete anos já fui alfabetizado para a escola, direto para o segundo ano. 

Aprendi a ler na "famosa" Cartilha da Infância de Thomaz Galhardo. Aquela tão criticada do "Joãozinho é cabeçudo, mas tem belo coração" e das frases "Vovó viu a viúva", método, hoje, odiado pelo construtivismo. O interessante é que nunca soletrei o be-a-bá, nem "si-la-bei"; não sei como, as palavras saíam por inteiro. Mãe só teve um pouquinho mais de trabalho comigo com a letra "g", que eu teimava em chamar de "efegê".

Aos 18 anos, ela me "empurrou" para a cidade grande, São Paulo, para procurar onde estava o meu futuro, concluir os estudos e trabalhar. Eu tentei voltar uns dois anos depois, mas ela não concordou. Estava certa. 

Duas coisas boas aconteceram por causa desta decisão: conclui o bacharelado em Ciências Contábeis e tornei-me um crente em Jesus, mas isto, ela detestou. Ela muito lutou para que eu não saísse da sua "religião", era católica "roxa". Catolicismo que ela abandonou 12 anos depois, quando ouviu a ordem do Senhor para sair e aceitar Jesus como seu único Senhor e Salvador.

Ó Senhor Jesus, neste dia consagrado especialmente às Mães, receba esta concisa oração: Abençoa com saúde, força e sabedoria cada mãe deste mundo. Especialmente minha esposa, minha filha mais velha... e todas as mamães do Brasil


Parabéns Mamães neste dia 08 de maio de 2016!


domingo, junho 08, 2014

12 de junho é aniversário de Anne Frank

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"Quando eu escrevia,
todas as minhas tristezas desapareciam.
Eu não pensava naquela miséria toda,
mas na beleza que permanecia"
(Anne Frank)

12 de junho, aniversário de Anne Frank

João Cruzué

Annelise Marie Frank foi uma vítima do Shoah. Era adolescente nos anos 40, quando as botas nazistas pisaram no pescoço da Europa continental e promovendo um movimento de deportação e extermínio de judeus sem precedentes na história. Se estivesse viva, completaria 85 anos de idade na quinta-feira 12 de junho de 2009. E meu pai se estivesse vivo, 94 anos. Ambos nasceram no mesmo dia.

Anne Morava em Amsterdã, na Holanda, quando os soldados alemães procuravam judeus para os deportar para os campos de concentração da Polônia. Anne, e sua família: Margot, a irmã mais velha; Edith Hollander, a mãe e o pai - Otto Heinrich Frank. Na companhia do casal Peter e Dussel Van Daan esconderam-se por dois anos no sotão chamado Anexo Secreto. A escritora protestante Cornelia Johanna Arnolda ten Boom ou Corrie Ten Boon, mais tarde escreveu um livro "Refúgio Secreto", onde descrevia suas experiências com ocultação de judeus.


Anne tinha um diário, um presente de aniversário que ela chamava de Kitty, meu gatinho. Tinha 13 anos quando começou a escrever nele. Escrevia as coisas simples do seu dia a dia. O que pensava, fazia e sentia. Se vivesse em nossos dias, escreveria um blog, tal como  Yoani Sánchez, a blogueira cubana.

Em 4 de agosto de 1944  agentes da Gestapo levaram todos para os campos de concentração em Westerbok, Auschwuitz e Bergen-Belsen. O diário de Anne foi entregue ao seu pai, Otto Frank,  único sobrevivente da família. Em 1947 ele decidiu pela publicar este Diário. Era o desejo de Anne. Ela escrevia e registrava tudo para que alguém mais tarde pudesse conhecer a verdade que o tempo costuma apagar e a sociedade a esquecer.

Em Bergen-Belsen, Alemanha, ela foi separada da família. Anne morreu de tifo, nove meses depois da deportação. Apenas duas semanas antes da tomada e libertação daquele campo pela 11ª Divisão Armada Britânica. Quando entraram se depararam com uma visão do inferno: 60 mil prisioneiros, farrapos humanos juntos a uns 30 mil corpos em decomposição, espalhados pelo campo. Anne seria um deles. [1]


Anne Frank era uma adolescente de 13 anos quando começou a escrever seu diário. Se na sua época ela tivesse um computador e Internet, esse diário seria um Blog. Que importância teriam as anotações do diário de uma simples adolescente? Não existiam na sua época os livros de escritores endeusados de todas as épocas? 

Aqui cabe um comentário: Anne tinha um projeto: escrever um diário para contar o testemunho de seu cotidiano. Ela queria que o mundo soubesse. Um sonho de adolescente. Hoje, depois da Bíblia é um dos livros mais lidos do mundo. 

Também Foi produzido um filme sobre o diário de Anne Frank.

Quando Eleanor Roosevelt esteve presente na apresentação do Livro
"The Diary of Anne Frank" disse: "

"Um dos maiores e mais sábios comentários da guerra 
e seu impacto no ser humano que eu jamais li"

O escritor soviético IIlya Ehrenburg disse:

"Uma voz que fala por seis milhões;
voz não de um sábio nem de um poeta, mas de uma menininha comum."


Este artigo teve a Wikipedia como fonte de pesquisa. Achei que seria uma boa ocasião para lembrar da maior conquista da humanidade: a escrita. Sem ela não haveriam livros, nem escolas nem Internet, nem História.

Que o testemunho de Annelise Marie Frank seja mais um motivo para inspirar o nosso trabalho de produção de conteúdo cristão. Eu não poderia deixar passar esta data em branco.


Fotos do Holocausto
http://isurvived.org/home.html

Nota: Permitido a cópia do artigo, com os créditos.

cruzue@gmail.com