segunda-feira, junho 29, 2015

Um retrato atual da Igreja Evangélica da Índia


Na Opinião de um jovem crente indiano

Clique na figura para estudar os 28 estados e 07 territórios da Índia.

Autor: João Cruzué

Recebi dois longos e maravilhosos e-mails de um Irmão indiano em Cristo, amigo nosso, chamado Aby Mammen. Ele é  do Estado de Kerala, no Sul da Índia. Nós  trocamos informações durante uns quatro anos. Nestes e-mails ele conta sobre os costumes entre as denominações cristãs indianas e fala sobre as perseguições políticas, a perda do desejo de evangelizar dos crentes mais novos e a importância de evangelizar com literatura na Índia. Espero que você goste

Desde o tempo que ele era solteiro, eu brincava, dizendo que Jesus já tinha preparado sua noiva. Ele achava um pouco difícil, porque em seu país, na verdade, são as famílias é que acabam se "casando". E do jeito que falei, acabou acontecendo. Hoje, Irmão Aby é casado e tem uma filhinha. 

No passado ele me enviou seu convite de casamento. Também quero contar um "mico" que passei, quando certo dia ele me contou que iria fazer um "House Warming". Eu fiquei surpreso, pois achava que a Índia era muito quente para fazer alguma coisa ligada a aquecimento. "Irmão João", ele me corrigiu "House Warming", aqui, é um culto de agradecimento e consagração que fazemos quando nos mudamos para um casa recém-construída."  Com vocês, então, segue uma fonte de informação preciosa. A forma com que os olhos de um jovem pentecostal indiano vê missões em seu país, para que nós possamos aprender. Antecipadamente, obrigado pela leitura.


De Aby Mammen

Amado irmão João,

(Tradução de João Cruzué)

"Estou feliz com sua preocupação com os missionários indianos. Primeiro, deixe me tentar responder suas questões. Bem, o nome do Irmão cujo texto transcrevi para lhe enviar, é Philip P. Eapen. Ele é meu primo em segundo grau, pela família de minha mãe, além de um abençoado escritor. Você pode ter acesso ao site dele, através deste endereço: www.philipeapen.com.

I - Sobre a necessidade de uma tradução atualizada da Bíblia para a língua malayalam [falada no estado de Kerala],  a tradução popular em malayalam usada pelos cristãos protestantes do estado de Kerala tem cerca de 170 anos. Alguns vocábulos dessa tradução não são compreensíveis ou têm erro de tradução. Assim, tendem a usar a Bíblia inglesa para conseguir aclarar a interpretação dos versículos.

Em 1997, uma nova versão da bíblia foi publicada, mas ela não se tornou popular. O povo tem uma mentalidade tradicional e se adaptam aos novos coisas muito vagarosamente. Também, estas duas versões, são as únicas versões disponíveis. Além disso, seria muito bom que houvesse uma Bíblia de crianças em malayalam.

II. Sobre a perseguição no estado de Orissa. As notícias que vocês encontram sobre a perseguição em Orissa (2008) são apenas a versão divulgada pela mídia. Ela não mostra o quadro inteiro. A razão por trás do porquê os cristãos estão sendo alvo de perseguições na Índia está no aumento da taxa de crescimento da igreja pelas conversões ao cristianismo. Seria bom que você soubesse, que o missionário australiano Graham Staines e seus dois filhos foram queimados vivos por extremistas Hindus. Ontem (2009), eu soube de notícias de que dois pastores foram atacados em Bihar. Perseguições muito similares estão acontecendo com o povo cristão nativo. Mas estes fatos não se tornam conhecidos a nível internacional, provavelmente, porque os povos afetado são minorias e pelo medo que existe em muitas mentes. Além disso, por seguir princípios cristãos, as pessoas não procuram tomar medidas legais contra seus perseguidores.

III - Quanto ao assunto da intimidação e isolamento do novo convertido e  a "House Church." Para compreender isso, você precisaria ler o texto integral e conhecer o contexto cultural daqui. Com relação ao "não envolvimento" é o costume geral, hoje, nas igrejas. Em lugar de ser um lugar amigável, as igrejas afugentam ou isolam os novos crentes. Em lugar de um culto relevante e atrativo, elas frequentemente usam formas arcaicas de adoração, locais de acomodação, arquitetura, etc. Mas, não pense que os crentes mais velhos tentam atormentar os novos convertidos na Igreja.

Para entender a respeito das formas não atrativas de louvor, eu vou lhe explicar mais. 

Primeiro, na Índia as Igrejas pentecostais não têm bancos dentro da Igreja para o conforto das pessoas. Isto se deve principalmente por duas razões: Desde que o movimento Pentecostal se tornou proeminente neste país, os fiéis costumavam se assentar sobre esteiras no chão, principalmente porque nós considerávamos isto como a melhor postura para adorar a Deus sobre nossos joelhos do que se nos assentássemos confortavelmente nos bancos. Havia também o problema de disponibilidade de instrumentos musicais, que não eram muito bons como os de hoje. Eram tambores e clangores. Os fiéis batem palmas enquanto cantam e não há coral nas pequenas Igrejas. Mesmo hoje, há muitas igrejas que consideram que os instrumentos musicais não sejam efetivamente adequados para a prática da adoração!

Segundo, muitas igrejas são muito pobres e têm um número reduzido de membros. Em uma cidade com muitas igrejas - há poucas igrejas grandes e a maioria são igrejas pequenas. As pequenas igrejas não têm templos próprios. Construir uma igreja aqui, precisa de dinheiro e as despesas de construção não podem ser arcadas com poucos membros. Assim, eles se reúnem na casa do Pastor ou alugam um salão para cultuar. É por isso que vem o nome House Churches- Igreja nas Casas." Mas, o interessante, é  que vemos isto no livro de Atos dos Apóstolos. Na maior parte das vilas indianas, as igrejas são pobres e cultuam nas casas.

Mesmo se uma igreja tiver muitos membros, e conseguir levantar recursos para construir um templo, eles geralmente não procuram embelezar o ambiente ou tornar confortável seu interior com bancos e galerias decoradas... ou manter boa música para adorar. É assim, porque a mentalidade dos crentes indianos está satisfeita com o estilo tradicional de louvor. Eu também frequento uma Igreja no lar (2009), mas aqui nós temos um órgão elétrico para acompanhar o louvor.

Quando um visitante não cristão chega na igreja, ele não encontra um lugar confortável para se assentar, pois os crentes se assentam no assoalho, ouvem hinos cantados sem música, escutam sermões muito demorados... Tudo isto faz com que a igreja evangélica indiana seja um lugar pouco atrativo para os não crentes.

Um outro aspecto: o  uso de jóias é considerado pecado pelos pentecostais daqui. Tradicionalmente, a cultura de nosso país dá muita importância a joalheria, especialmente as mulheres. Você pode ver que uma noiva indiana sempre estará adornada com muitos ornamentos em seu casamento. 

Os pioneiros pentecostais de nossas igrejas tiveram o cuidado de ensinar um estilo de vida simples. Eles decidiram pelo não uso de roupas caras, construção de grandes casas, e não querem o uso de jóias. Mas a medida que o tempo passa o não uso de jóias se torna um código normal de conduta na igreja. O povo passa a considerar isto como uma doutrina. Então, quando os visitantes não crentes vêm a igreja, eles são olhadas pelos crentes que não usam jóias e se sentem deslocadas. 

Costumeiramente, apenas as viúvas não usam jóias em nossa terra. Algumas igrejas não permitem receber para batismo nem participar da ceia do Senhor o convertido que usa ornamentos, porque ficam temerosos de ir contra a tradição. Isto é um aborrecimento e uma intimidação para os recém-convertidos. Você encontra as coisas assim, porque os cristãos estão seguindo cegamente a tradição.

IV. Resumindo o meu primeiro e-mail, para que você entenda melhor:

1 - O evangelismo aqui é feito por pouquíssimas pessoas/organizações. Os crentes em geral não consideram que eles foram chamados para evangelizar. Mas, não era assim antigamente.

2. As Igrejas não são um lugar amistoso/alegre para os recém-chegados, como eu já expliquei acima.

3. Missões não estão acontecendo nas áreas ainda não alcançadas, porque mesmo as organizações missionárias receiam ataques de radicais hindus, pela falta de recursos financeiros, pela falha de um bom relacionamento com os cristãos de outros credos e pela inabilidade de convivência com povos em seu contexto cultural.

4 - O método de evangelismo pessoal tem sido bem sucedido aqui. Os crentes trazem seus amigos mais íntimos ou parentes para Cristo, depois de insistentemente ministrar-lhes a um nível pessoal. Isto é o que chamamos evangelismo de amizade ou evangelismo nas casas. O Evangelismo em massa, como por exemplo uma cruzada, ajudaria a criar um clima favorável nas mentes das pessoas, e depois poderia ser feito um acompanhamento pessoal daqueles que mostram interesse em conhecer mais de Jesus.

5 - Igrejas baseadas em células: uma grande igreja pode querer operar através de pequenos grupos chamados de células, as quais podem ser de reuniões de oração e esforços evangelísticos. Isto pode ser muito eficaz.

6 - Muitas igrejas, boas em evangelização, não conseguem ser tão boas no ensino da Palavra. Assim, o discipulado não é bem feito, o que resulta em um grupo de crentes mal fundamentados na fé.

7 - Há igrejas com ótima visão de engajamento em evangelismo transcultural, mas não têm recursos financeiros, enquanto outras têm dinheiro de sobra, mas falta o desejo de sair para evangelizar.

Um movimento de rápido crescimento em Uttar Pradesh (o mais populoso e também o mais pobre estado da Índia) é protagonizado por uma Igreja que opera com ações de bem estar social. Os fiéis evangelizam os membros da família. Ninguém de fora é envolvido. Os convertidos não atiram fora as práticas tradicionais que não vão de encontro à Palavra. Eles não praticam adoração de ídolos, mas seus casamentos, festivais, etc, ainda são celebrados em seus próprios costumes culturais. Daí, o seu rápido crescimento nos últimos 15 anos.

9 - Evangelizar com literatura é muito necessário agora. Também, tendo hinários, livros, material de treinamento e filmes em língua nativa.


10 - Como você, estrangeiro,  pode ajudar a obra missionária na Índia:

Ao ver o zelo e o fardo que você tem em mente sobre o evangelho, tem grandemente nos encorajado, amado irmão. Que o Senhor possa abençoá-lo grandemente.

Eu posso ajudá-lo a conectar com missionários que realmente necessitam, por fazer missões em lugares muito difíceis. Eu tenho contatos com organizações missionárias que encontra muitas dificuldades em operar devido a falta de recursos. Por estes tempos, muitos hospitais dirigidos por missões estão fechando as portas ou se transformando em hospitais particulares, devido a falta de médicos cristãos comprometidos que estejam prontos para servir com baixos salários.

Ocasionalmente eu ajudo financeiramente um hospital missionário tribal, que ministra para um tribo chamada Attapadi - Tribal Mission in India . Há também outra organização missionária chamada Missão Evangélica Indiana que está batalhando para pagar seus missionários. Eu tenho um amigo chamado Luke Titus que está trabalhando em missões em um lugar chamado Lahaul & Spiti localizado na cordilheira do Himalaia, um difícil trabalho de missões transculturais da minha terra junto a Himachal Pradesh.

Outra organização missionária é a Jesus mission in India.org. Saju Mathew da Missão Jesus, também é outro líder missionário que eu admiro. Ele tem campo de missões em Orissa onde as perseguições aconteceram. Também, Deus está usando-o em Moçambique, na África. Existem outros pobres missionários pioneiros que eu contato através de líderes missionários acreditados. Há Organizações missionárias com trabalho de assistência social acreditado, através das quais elas se  pode legalmente receber dinheiro.

Se você me disser como deseja contribuir se de uma vez só, ou continuadamente, eu posso lhe dizer qual é a melhor forma para enviar os recursos. Também, você poderia transferir os fundos para as organizações missionárias ou diretamente para os missionários.

Meu e-mail ficou bastante longo. Eu espero que tenha explicado claramente suas dúvidas. Por favor me diga de você precisa de mais informações. Eu estou certo disso, que aquele que iniciou um boa obra em ti, a aperfeiçoará até o dia da vinda de Cristo Jesus.(Filipenses 1:6)"


Em Cristo,

Irmão Aby Mammen

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cruzue@gmail.com

A influência da pós-modernidade na Igreja Evangélica

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"metamorfose ambulante"
AUTOR:  JOÃO CRUZUÉ
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Este post foi inspirado em um sermão pregado pelo pastor Américo, no dia 21 de junho 2015. Vou desenvolver o assunto a (má) influência do pós-modernismo na Igreja Evangélica de nossa época a partir dos três aspectos citados pelo pastor: Pluralismo (de verdades) Relativismo (tanto faz) e Antropocentrismo (teologia da prosperidade). Vou utilizar alguns conceitos simples de uma fonte de pesquisa não científica - a Wikipedia). E para  fazer isso um pouco mais denso, fui buscar subsídio no portal da Social Science Research Network (SSRN),  minha fonte internacional de artigos para pesquisa científica.  De forma bem simples: vou escrever sobre a influência negativa da cultura e dos valores mundanos dentro da nossa Igreja Evangélica.

Podemos começar falando sobre o Iluminismo. Segundo Immanuel Kant, 

"O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento, mas da falta de resolução [atitude] e coragem para se fazer uso do entendimento, independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Ter coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do iluminismo."

O iluminismo é uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos têm condições de tornar este mundo um lugar melhor. O que pode ser feito pela introspecção, livre arbítrio, espírito voluntário e engajamento político-social. Isto pode ser exemplificado da seguinte forma: de acordo com a pesquisa de SOARES, Evanna  (2011):

"O iluminismo forneceu inspiração teórica para a condenação da escravidão adotada pelo antigo regime, mas não se mostrou forte o suficiente no Brasil para apressar o fim da exploração da mão de obra servil. Os ideais de igualdade e liberdade que ecoaram da Revolução Francesa penetraram na intelectualidade brasileira de forma lenta e com pouca intensidade, a ponto de tolerar a ambiguidade de apregoar o discurso liberal, mas praticar e apoiar-se no trabalho escravo."


Isto quer dizer que na Europa de Spinoza, Locke e Isaac Newton e, depois, Diderot, Voltaire e Motesquieu o Iluminismo trouxe um pensamento novo para a sociedade. No que tange à escravidão, foi através da força dele que os grilhões foram quebrados. Pessoas lutando para fazer do mundo um lugar melhor para se viver.

Depois do Iluminismo veio o Positivismo.

Positivismo parte do princípio de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. O culto à ciência; desconsideram-se todas as outras formas do conhecimento humano que não possam ser comprovadas cientificamente. O que não puder ser provado pelo método científico são considerados crendice e vãs superstições, área de domínio teológico-metafísico.

Para os positivistas, o progresso da humanidade depende única e exclusivamente dos avanços a ciência, o único caminho capaz de transformar a sociedade e o planeta Terra no paraíso que as gerações anteriores pensavam existir na vida depois da morte.

A pá de cal sobre o positivismo veio recentemente no projeto de sequenciamento do do DNA humano, através do Projeto Genoma. Explicando: o que era para ser o eureka do código d humano acabou trazendo mais dúvidas. A frustração da sociedade veio da convicção de que a  tal Ciência, a partir do final do século XX não tem as repostas para todas as perguntas. Se no período do obscurantismo, o conhecimento científico foi censurado, tolhido e ameaçado pela religião católica, agora, tendo conquistado sua liberdade, a Ciência percebeu que é ignorante em muitas áreas, principalmente na Biologia e na Medicina. Assim, o deus-ciência perdeu um pouco da sua arrogância.

Segundo a pesquisa de CARDONA e CRUZ (REVISTA INTERNACIONAL ADMINISTRACION , 2014):

O contexto histórico atual corresponde ao pós-modernismo (início depois da segunda metade do século XX), que tem sua origem na Europa, se fortalece nos Estados Unidos e atinge a América Latina pelo contágio ou reflexo devido à globalização e relação econômica, política e cultural americana. A pós-modernidade surge com a perda da confiança em projetos de transformação das sociedades, onde o futuro é sacrificado por um presente livre de compromissos, despreocupado e relativista (tudo depende e tudo vale)

A pós-modernidade se caracteriza por uma rejeição às ideias de grandes proporções, a aversão a comprometer-se com um sentido único da vida, pela subordinação do comum ao individual, proclama o predomínio do sentimento sobre a razão. Não se apega a nada nem sequer a seus próprios critérios, apud SEVERIANO (2005, p. 13)

O consumismo conserva uma estreita relação com o hedonismo, comportando-se este último como facilitador para os produtores. O consumo pós-moderno  é uma atividade que transcende o uso ou a compra de produtos e serviços, é mais que um intercâmbio de valor comercial. É um atividade individual e social, que permite ao indivíduo o desfrutar de coisas para satisfazer suas necessidades, seus desejos, mas também lhe traz o sentido de pertencimento a um grupo determinado, ou ao menos pretendê-lo. 

Por isso, o indivíduo entra em uma compulsão de ter, comprar, renovar modelos e aparelhos para continuar sendo reconhecido e apreciado pelos amigos e por si mesmo.


O pós-modernismo trouxe a ideia de um pluralismo de verdades. Já no capítulo 18, v.38 do Evangelho segundo São João, Pilatos desdenha da afirmação de Jesus, respondendo: "O que é a verdade?" e nem esperou pela resposta. Jesus tinha dito: "Todo aquele que é da verdade, ouve a minha voz". Ao considerar a existência de múltiplas verdades, a verdade primeira foi relativizada pelo pensamento pós-modernista. E o que é a verdade absoluta: Está em João 14.6 : "Disse Jesus: Eu sou o caminho, a VERDADE e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim". Ou seja, o único Deus existe, e para haver uma reconciliação individual com Ele, o caminho é Jesus, e o como fazer é ouvir o que diz a Palavra de Deus.

O que há por trás desta ideia falsa de pluralismo de verdades? Meu sentir é que o pós-modernismo quer dizer isto: Todos os deuses de qualquer religião são caminhos possíveis e verdades relativas para o homem. Dessa forma, fica excluída a existência de um Deus único.

Quanto à relatividade, conta-se que Einstein certa vez procurou explicar a Lei da Relatividade mais ou menos da seguinte forma: Fique uma hora com a pessoa amada e vai parecer que ficou só um minuto; coloque a mão no fogo por um minuto e vai parecer que ela ficou uma eternidade. O pensamento da relatividade das coisas vai de encontro ao princípio mais elementar defendido sem concessões pelos Apóstolos Paulo, Pedro e João.

Estamos falando do erro doutrinário. O combate às novidades heréticas que tentavam desconstruir a fé dos novos convertidos era a segunda prioridade de Paulo. A primeira era pregar o Evangelho e a segunda, a defesa da fé. Os três apóstolos sabiam que o fermento, mesmo em pequena quantidade, com o tempo iria apodrecer toda a massa. Quando a Igreja da nossa época permite a pregação de várias heresias em seus púlpitos, por exemplo, o uso da teologia da "prosperidade", ou seja, aquela palavra que dá comichão nos ouvidos dos crentes, está implicitamente considerando que o Evangelho é uma verdade relativa ou uma pluralidade de verdades. Desta forma, a vontade de Deus é encoberta aos olhos e ouvidos dos fiéis. 

Depois do pluralismo, do relativismo, a terceira onde de ataque à Igreja Evangélica é feita pelo antropocentrismo. Uma igreja-de-faz-de-contas para uma congregação inclinada a ouvir aquilo que lhe agrada aos ouvidos. Isto é o que a teologia da prosperidade faz: a relativização do Evangelho. Um evangelho falsificado que produz um pseudo-crente que não tem nem mesmo certeza da salvação, mas, que por outro lado, economicamente é um grande negócio. A mensagem da prosperidade coloca no centro as necessidades do homem e o Evangelho cede lugar aos textos e personagens do Velho Testamento. A palavra mais citada é "vitória".

Por trás deste evangelho da prosperidade há um jesus cristo falso, um gênio, que ao esfregar da lâmpada, está pronto para atender aos desejos de carros, casas, negócios e empresas.

O pluralismo, o relativismo e o antropocentrismo são as cunhas do pós-modernismo para rachar a comunhão da Igreja com o Cristo. Estas três armas trabalham como a ação de um veneno, lenta e gradualmente, causando a inversão de valores morais.

Nicodemos foi de noite até Jesus e, surpreso, perguntou: Como pode o homem nascer de novo, sendo já velho? Ou como pode tornar ao ventre da sua mãe, para tornar a nascer? Nicodemos fazia parte do Sinédrio, o Conselho político-religioso da sua época. Ele estava tão associado a pessoas ímpias e incrédulas que não tinha a menor noção do que seja a regeneração, a obra do Espírito Santo feita no coração de quem aceita o senhorio de Cristo.

Em Mateus 7.14 está escrito: E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. A porta é Jesus. A porta estreita é o novo nascimento, a regeneração. O caminho para a salvação é Jesus. O caminho apertado é a santificação. Sem regeneração e sem santificação ninguém receberá a vida eterna. Uma pessoa regenerada não estará pensando em carros e mansões, mas em aprender a palavra para conhecer o propósito de Deus para sua existência. Uma pessoa que procura andar no caminho da santificação (jejum, oração, sinceridade, retidão e distância do mal) procura chegar mais perto do Senhor Jesus, a fim de prestar um serviço perfeito na obra de Deus.

Quando as portas da Igreja se abrem para a cultura do pós-modernismo, a regeneração é  algo incompreensível, o caminho estreito é substituído por um atalho "intermediário" e os costumes dos adolescentes e jovens da Igreja passam a incorporar, naturalmente, a forma mundana de namoro. O prazer vai na frente e a santificação na berlinda. Os pastores não se importam em combater os evangelhos falsos, passando até a pagar altas quantias para ter os maiores pregadores de prosperidade nos eventos principais da Igreja. 

Sem sal e sem luz, a sociedade ficará exposta aos ventos da pós-modernidade que a cada estação trazem novidades chocantes. Por exemplo, hoje, a consagração mundial do casamento homossexual. Amanhã, conforme previsto no livro "Os quarenta anos finais da terra" o casamento entre pais e filhos. O que de  mais podre houver no coração do diabo, é isto que ele vai revelar às mentes desviadas.

Que Deus tenha misericórdia de nós.





1. SOARES, Evanna. Abolição da escravatura e princípio da igualdade: reflexos na legislação do trabalho domésticoRevista Jus Navigandi, Teresina, ano 16n. 28356 abr. 2011. Disponível em: . Acesso em: 26 jun. 2015.

Evanna Soares: Procuradora Regional do Ministério Público do Trabalho na 7ª Região (CE). Doutora em Ciências Jurídicas e Sociais (UMSA, Buenos Aires). Mestra em Direito Constitucional (Unifor, Fortaleza). Pós-graduada (Especialização) em Direito Processual (UFPI, Teresina).
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2 EL CONSUMO EN LA POSTMODERNIDAD
Madeline Melchor Cardona, Universidad Autónoma de Occidente
Carmen Elisa Lerma Cruz, Universidad Autónoma de Occidente
REVISTA INTERNACIONAL ADMINISTRACION & FINANZAS ♦ VOLUMEN 7 ♦ NUMERO 1 ♦ 2014
http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2327901






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sexta-feira, junho 26, 2015

Pastor Silas x Ricardo Boechat sobre o caso da pedrada na garota do candomblé


Opinião do Pastor Silas Malafaia




Opinião do Jornalista Ricardo Boechat




Opinião do Blogueiro:

JOÃO CRUZUÉ

Quando eu tinha meus vinte e poucos anos, congreguei na Igreja Assembleia de Deus do Jardim Duprat, em São Paulo. Por mais de uma vez, durante o culto das sete da noite, pessoas vizinhas atiravam pedras enormes no telhado da Igreja.  Minha mãe conta que nos anos 40, na cidade de Guiricema, as pessoas batiam na cara de crentes no meio da rua em eventos ao ar-livre da Igreja Evangélica. Por muito tempo a sociedade brasileira - leia-se fiéis católicos, desceram literalmente a madeira em crentes. Pelo que eu saiba, nunca vi nenhum jornalista tomando as dores dos crentes.

Agora, neste mês de junho, a imprensa falada e escrita noticiou que dois caras com bíblias na mão" atiraram uma pedra na direção de uma garota na saída de uma seção de Candomblé. A leitura que faço desta notícia é a seguinte: pode ser que estes dois caras sejam de alguma Igreja Pentecostal. Ponto. Pode ser que estes dois caras não sejam de Igreja nenhuma e que o caso seja uma armação para  cima dos evangélicos, do mesmo jeito que a Globo explorou no passado o assunto do chute na santa. Estas duas interpretações são possíveis.

Agora uma coisa tem que ser dita: há muitos fulanos pregando qualquer coisa no meio da rua, inclusive, usando uma bíblia que não congregam em lugar nenhum. Outros são tão fanáticos que não aceitam ser submissos a  nenhuma autoridade religiosa. Eles andam por suas próprias cabeças. Um exemplo disso pode ser visto no Centro de São Paulo, no alto da Rua General Carneiro na Praça Padre Manoel de Nóbrega. Neste lugar tem um sujeito com uma barba de meio metro dando tapas fortes em uma Bíblia. Ele tem uns dois ou três seguidores que, na sua ausência, imitam o sujeito da barba grande. Não pregam evangelho coisa nenhuma, inclusive, xingam moças e mulheres que passam. São tão loucos, que ainda não sei como não agrediram alguma pessoa por ali.

A Igreja Evangélica Tradicional e a Igreja Evangélica Pentecostal ou Neo Pentecostal não tem nada a ver com estes doidos que ficam esmurrando Bíblias no meio da rua nem jogando pedra nos outros. Nestes 40 anos de fé, nunca vi um pastor ensinando fanatismo nem agressão a ninguém, principalmente, contra espíritas e gente do Candomblé. Nossas diferenças estão na maneira de cultuar e no Deus que adoramos. Cristo nunca mandou atirar pedra em ninguém, pelo contrário, evitou que uma mulher morresse apedrejada.

As posições do Pastor Silas são bem conhecidas. As Posições do jornalista Ricardo Boechat também são, e eu não gosto delas, porque são claramente preconceituosos  e não vêm deste episódio, vem de tempos pretéritos. Sua reação feita no ar, pela Rádio Band News, mostrou que não tem autocontrole além de sua postura ser expressa e declaradamente a favor da causa gay. Não é só contra o Pastor Silas Malafaia que ele soltou as palavras que lhe soam naturais quando fala - ele tem ojeriza a qualquer pastor. Usou um comentário de um Pastor da Igreja Batista como um anteparo, para justificar suas ideias de que toda vez que alguém levar uma pedrada no meio da rua, 50 milhões de evangélicos ou 500 mil pastores são obrigados a fazer mea culpa. Quando o Sr. Levi Fidelix expressou sua opinião sobre a antinaturalidade de uma família de gays, o mesmo sr. Boechat, depois que o Sr. Levi foi processado por ativistas gays, cansou de agredi-lo gratuitamente na Bandnews, chamando o ex-candidato de  Levi "fudelix".

Concluo, apoiando a opinião do Pastor Silas Malafaia: Que a polícia encontre estes dois fanáticos apedrejadores de fiéis do candomblé, os prenda e leve até diante de um juri popular - sejam evangélicos ou não. Com a recusa ao debate, o sr. Boechat mostrou que a postura que tem: um cara autoritário e grosseiro e sua arrogância pode até mesmo ser vista nas entrelinhas de sua fala com os colegas da Bandnews: Eduardo Barão e Tatiana Vasconcelos. Como ele é muito grosseiro, deixei de ouvi-lo por algo melhor: o programa "Os pingos nos is" de Reinaldo Azevedo - também já criticado , gratuitamente, pelo Sr. Boechat neste mês de junho. Assim, da mesma forma que uns caras usaram um pedra para atacar um adolescente adpeta do Candomblé, o sr. Boechat também é especialista em "pedradas" raivosas em cima de pessoas que tem uma opinião diferente às dele.

Sobre a possibilidade deste caso ser uma armação, quero também dizer o seguinte: Nesta mesma época, também os judeus estão sendo alvo de perseguição no Brasil. É uma coincidência incrível, ainda mais pela grande publicidade nacional em torno do caso da pedrada. Pode ser armação política de quem não gosta de religião nem de religiosos.

As autoridades do Rio de Janeiro precisa, urgente, de ir atrás destes apedrejadores para que se tire a limpo este precedente perigoso. Se forem fanáticos religiosos: Cadeia neles. Se for armação política, que o caso venha à luz do dia. #pontofalei.

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Agora quer ver a reação de quem tem preconceito contra evangélicos? Dá uma olhada neste recorte:











quarta-feira, junho 24, 2015

Jesus e o milagre da ressurreição de Lázaro

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PARA DEUS, NÃO HÁ NADA IMPOSSÍVEL


Autor: João Cruzué
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"Tendo Maria sabido que Jesus já tinha chegado, foi até ele e lançou-se a seus pés, dizendo: SENHOR, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. E Jesus quando a viu chorar, e com ela chorando também muitos judeus, emocionou-se e moveu-se muito em espírito." João 11.

Lázaro já estava morto há quatro dias. Jesus, o Senhor dos milagres chegara atrasado - pelo menos era assim que pensava a família do morto.

Mas para aqueles que esperam e dependem do SENHOR, ele nunca vai chegar atrasado.

Seu filho caiu no laço das drogas? Fique aos pés de Jesus.

Suas dívidas estão tão grandes e tem feito você pensar em suicídio? Procure uma Igreja Evangélica (Assembleia de Deus, Batista, Presbiteriana, Metodista, Igreja da Graça, etc) e aceite Jesus como SENHOR da sua vida, e aprenda orar para buscar a porta de escape.

Seu casamento está indo pelo ralo? Resista e Ooe. Jesus também ressuscita defuntos.

Há uma doença gravíssima destruindo a saúde de um querido seu? Busca a presença do SENHOR em oração. Quem sabe falta só a sua oração para trazer saúde ao doente?

Jesus orou e mandou Lázaro vir para fora, porque a família de Lázaro buscou no passado a amizade com o Mestre. Quando ia para Jerusalém, Jesus sempre pousava na casa dos três irmãos: Marta, Maria e Lázaro.

Quando a morte entrou naquela casa, as duas irmãs foram buscar uma resposta do Senhor: Por que chegou atrasado?

E o Senhor disse: Se creres, verás a glória de Deus. E em seguida mandou tirar a pedra do sepulcro. O morto não podia fazer nada, mas Jesus e os vizinhos fizeram cada um a sua parte.

E o Senhor também vai entrar com providência para sua causa, se você buscar a presença e a amizade dele nos dias de alegria, para encontrar seu socorro nos dias de dificuldade.

Aceite Jesus como Senhor da sua vida e salvador da sua alma, se ainda não é crente.

Confie nele, ore e continue batendo, sem desanimar, mesmo que a decisão desfavorável já esteja defunta há quatro dias, um ano ou 40 anos.

Quando o SENHOR decide dar uma resposta de oração, não importa a situação. Ele é Deus e SENHOR e até a morte, o maior dos inimigos, lhe obedece.



Aqui:Primeiros Ensinos Cristãos




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terça-feira, junho 23, 2015

Pastor Vanelli: Conversa franca sobre o namoro cristão

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Namoro, noivado e casamento
Autor: Pastor Armando Vanelli

Como pastor, durante 35 anos nunca disse que o namoro é algo bom, antes, um mal necessário. Até porque não se pode pensar num relacionamento entre dois adolescentes ou jovens sem que haja um cortejar ou galantear, e a partir destes atos é que nasce uma inspiração amorosa. Seria muito bom que os jovens fizessem  seus planos de relacionamento se utilizando  dos princípios da Palavra de Deus, para o passo único e mais acertado da vida a dois - o casamento.

Nos meus muitos anos de pastoreado, percebi que a maioria que conduziu o relacionamento pelas suas vontades pessoais, experimentaram marcas e traumas, a exemplo de uma jovem que me ligou em desespero. Penso que posso sugerir algumas recomendações para um namoro em linha com os padrões divinos.

A primeira conscientização a ser tomada é que um namoro nunca deve ser em caráter experimental. Ao perceber que é tempo e hora de iniciar um relacionamento, é preciso ter convicção de que namoro é algo sério e, portanto, precisa ser iniciado com uma pessoa que também seja séria. Daí,  já se subentende existir duas coisas que não se combinam: “namoro e brincadeira”. 

Despertados pelas descobertas de transformação do corpo, e seduzidos por tão apelativos chamados da mídia, o adolescente que mal largou os brinquedos e brincadeiras, pensam que o que vem pela frente agora - carícias, afagos sensuais, beijos prolongados, tudo isto seja o tão esperado namoro. Esta aproximação tão precoce acaba desembocando em experiências com marcas psicológicas que afetarão a personalidade por toda uma vida, das quais podemos citar a perda da virgindade e a gravidez indesejada. Resta a cada interessado no namoro, buscar em oração que o início de um relacionamento seja apenas o primeiro passo de um caminho que vá culminar em um feliz e perene casamento.

A partir de descoberto o amadurecimento, para o início do relacionamento, com a devida permissão dos pais, este precisa obedecer a regras e limites. 

É hora de romper com os padrões ditados pelas aberrações da mídia que prega o "ficar" como algo bom, porque não implica comprometimento dos envolvidos. A divulgação de estimulação ao sexo está desenfreada, ontem mesmo, no meu celular, recebi uma "proposta" de despertamento de maiores prazeres nas relações através de um livro divulgado, e ainda com pagamento de taxa de 0,31 centavos mais impostos.

Que absurdo! Uma publicidade destas nas mãos de um jovem casal em namoro, sem regras e disciplinas. Esta banalização daquilo que é santo, que foi instituído por Deus, visa denegrir os conceitos primordiais da família e com isto acabam por passar informações distorcidas, como a mais clássica usada hoje: "ser virgem é coisa antiquada". 

O namoro para ser correto, precisa ter cores cristãs, marcas e padrões de Deus.  Se o namoro tiver o timbre cristão, isto é, normas e princípios ditados por Deus, e estes estão por toda a Bíblia, o casal terá mais facilidade de aprender a dizer não ao impulso sexual. E hoje é preciso mesmo ter normas já que a depravação tomou conta dos meios de comunicação.  

Em linhas gerais, cristãos não comprometidos totalmente com a Palavra já não importam se seus filhos praticam o sexo antes do casamento. Há um corrente de pensamento livre (ou libertino) que promulgam que a ideia que compromissados para casar já podem praticar o sexo, mesmo antes de assumirem o consórcio nupcial. Deus, no entanto, em Sua palavra nunca abriu esta concessão. 

A Palavra nos ensina que o sexo foi instituído por Deus como benção a ser desfrutado entre um homem e uma mulher que se amam e que assumem um compromisso permanente. Em suma, o sexo é benção dentro do casamento, fora dele é impureza.  

Se num relacionamento este princípio for levado como fator primário, a dignidade e o respeito pela pessoa amada passam  para um plano de grande fundamento no compromisso: respeito e dignidade. O que quer dizer isto? Um não pode intencionar igualdade de procedimentos ou gostos semelhantes. Quando há falta de respeito fica patenteada a ausência do amor real.

Respeito e dignidade formam pontes para a fidelidade. Se no namoro a fidelidade é algo pratico, este procedimento será bem patente no casamento. Apelidos como “galinhão” ou “vassourinha” são dados a quem tem mais de uma parceira ou parceiro no namoro, no entanto isto é o padrão carnal, logo, é de suma importância fazer prevalecer a vontade de Deus. A quem se ama, fidelidade à toda prova.

E por fim, deixei a parte mais difícil  justamente para fechamento da postagem. Em  início de um relacionamento procure alguém que tema a Deus. Se não houver a mesma crença, que não acredite em Jesus como único e suficiente salvador, tem algo errado. A esta situação a Bíblia dá o nome de “jugo desigual”. Isto está narrado em II Coríntios 6:14-18. Vi também nestes anos de ministério gente que foi “legal”, “bacana” e de “acordo com tudo” no namoro, mas depois do casamento, deixou a igreja, não permitiu mais a esposa de ir à igreja, e o pior, vem gerando confusão na cabeça dos filhos no tocante a fé.

É preciso que a pessoa a ser escolhida para uma vida a dois tenha profunda confissão da fé para que ambos não olhem mais um ao outro, mas o alvo dos olhares agora seja voltado para Jesus. (Hebreus 12.2).

Isto me faz lembrar uma história engraçada contada pelo Reverendo Dario Sallas, professor de Retórica Sagrada na Faculdade de Teologia do Chile. Certa vez entrou no gabinete do Pr. Dario uma jovenzinha dizendo: “Pastor, eu gosto de mais da igreja, estou aqui desde o começo, mas ainda não consegui arrumar alguém para me casar dentro da igreja, e recentemente conheci um moço muito lindo, com lindo narizinho, olhos azuis, corpo atlético e quero lhe confessar que não estou buscando apenas o espiritual, preciso de algo para os olhos”. O pastor perguntou: Tereza, ele tem Jesus Cristo? Não pastor, não tem não. Então ele não tem nada, Tereza! Mas pastor, ele tem carro, casa e é lindo, já lhe disse, estou em busca de algo para os olhos. 

Mesmo com a discordância do pastor, Tereza começou a namorar o jovem, e não muito depois veio a casar se com ele. Alguns meses depois, numa sessão de aconselhamento apareceu Tereza com os olhos todo roxo e dizendo: “pastor, veja o que fez  meu marido...”, e o pastor sem demora arrematou: “olha Tereza, você queria tanto algo para os olhos, e agora já tem!”

Não busque nada para os olhos, busque quem tenha os mesmos princípios de crença e fé, não se prenda a “um jugo desigual”, porque namoro não é brincadeira, é o primeiro passo para uma “união eterna”.






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segunda-feira, junho 22, 2015

O relativismo pós-moderno x Missões nacionais e transculturais

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Análise SWOT
Autor: João Cruzué


Estava lendo no  blog Prosa de Crente do irmão  Jean Correa, sobre  missões e o ceticismo de algumas Igrejas evangélicas sobre se deve ou não, investir em de missões em pequenas cidades brasileiras, sem que antes se faça uma análise de custo/benefício.

Racionalizar missões traz um conceito oculto por trás da decisão de deixar de investir esforços e dinheiro para manter um obreiro com sua família no interior, por causa do resultado de um cálculo de custo/benefício feito na ponta do lápis.

A receita bíblica infalível contra esta decisão está em II Coríntios 7:5: "Porque  andamos por fé e não por vista".

Os grandes êxitos da fé foram obtidos de projetos que pareciam loucura. O primeiro deles foi a Igreja fundada por Jesus com base em 12 discípulos. O segundo foi a profecia e o envio de Paulo de Tarso. O terceiro foi a ação  do Espírito Santo nas palavras de Wiliam J. Seymor. O quarto, a força da visão de Martin Luther King quando disse que tinha um sonho, e que aquele sonho iria se cumprir. E entre tantos outros, vou citar mais dois: a chamada de Dwight L Moody e o começo das Assembleias de Deus no Estado do Pará, no Brasil, sob os joelhos de Daniel Berg e Gunnar Vingren.

Alguém daria um centavo pelo extraordinário sucesso do apóstolo Paulo? Quem se atreveria a crer na mudança inexplicável de vida  11 indoutos galileus - apóstolos do Mestre? Que fim levou a reportagem arrasadora que um jornalista redigiu sobre o pastor negro Wilian J Seymor e os ajuntamentos da Rua Azusa, em Los Angeles no dia 17 de abril de 1906 - a um dia do grande Terremoto de São Francisco?

Deus não fala através de resultados de uma Análise SWOT. Se todo ceticismo e toda racionalização fossem verdadeiros, onde estaria neste momento a vida deste blogueiro que aceitou Jesus em 1974, e por um milagre se firmou na fé e hoje está escrevendo este texto?

Quem decide sobre assuntos de custo/benefício  de missões não são os economistas, nem os contadores, nem os analistas financeiros. É Jesus através da voz do Espírito Santo.

Desta forma, a maneira mais rápida de apagar a presença do Espírito Santo dentro da Igreja, é deixar de ouvir a sua voz, para dar crédito à análises racionais.

Basta um homem debaixo da chama do Espírito, para que se incendeie uma cidade inteira. Mas tem que ser a pessoa certa, no tempo certo e para o lugar que o Espírito enviar.






O propósito de Deus nas provações do cristão

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No limite da esperança
Autor: João Cruzué
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Por que será que o Senhor Deus sendo tão bondoso, dono da prata e do ouro, permite que cristãos fiéis sofram? Aparentemente é um contrassenso a visão de ímpios vivendo regaladamente, incrédulos se "dando" bem na vida, enquanto honestos filhos de Deus vão comendo poeira no deserto. Uma corrente filosófica diz que Deus criou o mundo e os seres humanos, mas que os deixou à mercê das circunstâncias e da própria sorte, à semelhança de uma tartaruga marinha. Quero dar meu testemunho para desmentir este sofisma.

De agosto de 1992 a julho de 2003, eu fiquei desempregado. Bati em muitas portas, fiz muitas entrevistas, enviei centenas de currículos, mas falhei em todas as tentativas, exceto na última.

Neste tempo perdi quase tudo que possuía. Para reduzir a despesa doméstica fui contando gastos. Tiramos nossa primeira filha da escola particular. Vendemos nossa linha de telefone. Nossa segunda filha fez o ensino básico em escola pública. Até nossa comida foi medida. E um dia,  voltando do supermercado apenas com meio quilo de café, eu dei graças a Deus com lágrimas nos olhos.

Por falta de melhores oportunidades fui para o campo plantar mandiocas em um sítio da família. Na vida espiritual eu estava bem, pois Deus não me abandonara. Ele me deu uma missão: Juntar literatura usada de Escola Dominical, para mandar para dentro de penitenciárias no Estado de São Paulo.

Só em julho de 2003, onze anos depois, uma porta se abriu. Era um contrato de emergência para ser contador em um Hospital da Zona sul de São Paulo. No ano seguinte houve o concurso, e tive contratação definitiva. Durante aqueles seis anos vi muita gente nova chegando e tomando cargos maiores que por direito de oportunidade seriam meus. Todavia eu mantive um princípio: Aquilo que Deus me desse ninguém tomaria.

Em 2009, fui convidado a deixar o posto para fazer parte da equipe de contadores da Secretaria de Finanças do Município de São Paulo. Fui aprovado em entrevista feita com o próprio Secretário. Só que eu seria emprestado. Ficaria por lá à mercê do tempo e dos ventos.

Era uma grande honra. São os que são convidados para trabalhar naquele departamento. Eu estava muito contente.

Na semana da mudança, recebi um telegrama.

Pensei que era alguma conta atrasada ou coisa pior. Falava de um concurso. Uma convocação do Tribunal de Contas para a cerimônia de nomeação em um cargo maior e um salário melhor.

Buscando na memória alguma lembrança do tal concurso fui parar em dezembro de 2005. Data de uma prova. Não é sempre que um concurso de validade por dois anos, é prorrogado. Um telegrama para escolher uma vaga depois de quatro anos. Coisa há muito esquecida. Foi o Senhor que me deu.

E avisou-me que Ele foi o autor daquela oportunidade.

Isto aconteceu comigo em 12 novembro 2009.

O Senhor permitiu que eu fosse provado. Amassado. Afinado. Provasse a poeira do deserto e fosse chamado de "coitadinho" pelos familiares. E aos 53 anos quando os todos achavam que minha vida sempre seria uma eterna mediocridade, algo novo aconteceu.

Se você está no deserto comendo poeira e caminhando sob sol forte, não desanime. Mantenha-se ocupado na vida material e arranje alguma coisa de Deus para trabalhar na Igreja no plano espiritual.

Não descuide dos exercícios físicos nem da oração. Mantenha equilibrados o corpo e a alma.

O Senhor não se esqueceu de você. Ele não vai tirar você do deserto. Nem arrancá-lo da fornalha. A presença dele ao seu lado é uma promessa fiel. E um dia, quando você nem mais estiver esperando, Ele vai se inclinar, e olhar para você, e vai dizer: Hoje eu vou mudar a sua sorte!

As provações são tempos de nossa vida que antecedem as grandes bênçãos. Se por um lado elas expõem toda nossa fraqueza, por outro é durante as crises que Deus está mais perto. Basta ser fiel no pouco e não ficar deitado no pó. Não há tempo mais apropriado para aprender a não ter vergonha de dizer do fundo da alma: Muito obrigado Jesus!





Lembra-te do Criador nos dias da tua mocidade

Lembra-te do Criador nos dias da tua mocidade
Autor: João Cruzué

Quão fracos e impotentes somos diante das adversidades da vida. Há cinco anos, minha cunhada, Dalva, enfrentou duas cirurgias em três semanas. E, apesar dos cuidados dos médicos, esposo, amigos, parentes, ela partiu, deixando muita dor. Eu sei que a morte é um inimigo real que ronda a todos nós. Fingimos que não acontecerá conosco, mas precisamos levar em conta essa possibilidade. E para que não passemos pela vida infelizes e estéreis,  creio que  é muito bom fazer uma pequena  reflexão em Eclesiastes 12.1.

Eu sempre detestei visitar pessoas em hospitais, até o dia que fui trabalhar em um, durante seis anos. Ali, você pode ver de tudo, a realidade que não aparece nas ruas: os infortúnios, doenças graves, acidentes, feridos de todo tipo, crianças adultos e velhos. Recentemente, minha filha esteve internada, por um dia, no Hospital dos Servidores do Estado, e lá eu pude ver duas coisas: a dor e a fragilidade humana.

Eu acredito no poder da oração e já pude dar graças a Deus por ver uma parente curada de câncer, voltando viva para casa. Por outro lado, também já orei e jejuei por muitos dias e o resultado foi nulo. Eu posso aceitar a decisão do Senhor em deixar uns e levar outros, mas nunca vou compreender bem as decisões Dele.

Antes da irmã Dalva, falecer, tive oportunidade de visitá-la no Hospital. Eu pedi licença por um dia no trabalho e fui com minha esposa e filha (abril de 2010) lá no Hospital de Pariquera-Açu, depois da cidade de Registro. Na ocasião, ao entrar na enfermaria, minha cunhada estava com tubos e eletrodos por todo corpo. Inconsciente, com uma operação de válvula mitral no coração e outra operação para estancar um hemorragia no cérebro. Eu tinha acabado de orar à sua cabeceira e já me encontrava de saída, quando os outros pacientes me chamaram: Moço, olha ela está levantado a mão. Voltei e segurei com carinho aquela mão, quente, ardendo em febre. Foi a última imagem que tive dela viva.

Muitos oraram e muitos foram até o hospital para orar. Outros esperavam por um milagre que não veio. Diante da aparência da morte, somos como nada. Impotentes e Dependentes do Senhor. Em algumas ocasiões Ele responde, todavia, há situações que nem orações nem jejum resolvem. É preciso ter uma confiança bem grande para aceitar a vontade dele, principalmente, quando um parente bem próximo se vai.

Quando o sábio autor de Eclesiastes escreveu no capítulo 12 v.1: "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venha os maus dias, e cheguem os anos nos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento...." ele tinha um propósito. E este propósito é: nascer em Cristo, crescer em Cristo, viver em Cristo para quando os últimos dias de vida chegarem, você também possa dizer antes de dormir: Eu sei em quem eu tenho crido!

Não se lembra do Criador apenas com palavras, mas, sobretudo, com ações. Hoje é o 22 de junho de 2015. Lembra do Criador e de sua ordenança: Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda Criatura. E guarde bem outra afirmação sublime: "Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás!"

Não desperdice a sua juventude com apenas futilidades, inutilidades e uma vida sem propósitos. Em tempos de tanto vício e prostituição, faça um concerto com Deus e consagre sua vida ainda jovem ao Senhor. Não espere pela velhice quando já não terá mais vigor para servir ao Senhor Jesus Cristo.

Para onde todos nós vamos, o que fica para trás são nossas memórias. Muitos já deixaram na história uma vida de futilidades, drogas, ociosidade e hipocrisia. Outros deixaram uma vida de compromisso com Deus, como Paulo, Lutero, Wesley, Judson, Carey, Moody, Nee, Edwards, Berg, Vingren. Jesus Cristo ainda é o mesmo.

O Espírito Santo ainda é o mesmo. Não desperdice sua juventude e força à toa. Não escreva seu nome na areia, deixe o Espírito de Deus se apoderar de você para escrever seu nome na Rocha.


É tempo de refletir e de se aproximar de Deus.




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