JOÃO CRUZUÉ
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou [1] em Mehrabad, Aeroporto Internacional de Tehrã, às 21:16h PMT. Ele vai participar da reunião de cúpula do G15 na próxima segunda-feira e na sua agenda há reuniões marcadas com funcionários do alto escalão do Governo do Irã sobre a política nuclear agressiva daquele país. É possível que o supremo líder do Irã, o Grande Aiatolá Ali Hoseyni Khamenei, lhe conceda um encontro - oportunidade rara, somente concedida aos que são considerados amigos verdadeiros da nação persa.
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou [1] em Mehrabad, Aeroporto Internacional de Tehrã, às 21:16h PMT. Ele vai participar da reunião de cúpula do G15 na próxima segunda-feira e na sua agenda há reuniões marcadas com funcionários do alto escalão do Governo do Irã sobre a política nuclear agressiva daquele país. É possível que o supremo líder do Irã, o Grande Aiatolá Ali Hoseyni Khamenei, lhe conceda um encontro - oportunidade rara, somente concedida aos que são considerados amigos verdadeiros da nação persa.
Os olhos das autoridades mundiais e o foco da imprensa internacional estão voltados para o que Lula tratar com as autoridades locais. As potências mundiais creem firmemente que o Irã está em contagem regressiva para construir a sua primeira bomba atômica. Acham que o Presidente Lula vai servir apenas de inocente útil para abrandar as pressões mundiais.
Mesmo que o Presidente brasileiro consiga um acordo com a autoridade designada pelo Líder Supremo do Irã, o Grande Aiatolá Ali Hoseyni Khamenei, provavelmente o Presidente Mahmoud Ahmadinejad, isto não será suficiente para assegurar ao mundo que o Irã esteja falando a verdade. Na visão das grandes potências o Irã já decidiu construir a bomba e nada, nem ninguém vai conseguir êxito em fazê-lo abortar o pano.
Lula será a última oportunidade política que o país dos Aiatolás vai ter para afastar a sombra da destruição que ameaça os céus do Irã. É intuitivo que os Aiatolás do Irã não querem confiar apenas no Livro Sagrado. Eles almejam algo mais - como por exemplo: uma meia dúzia de bombas atômicas para afastar a possibilidade de uma invasão americana. Mas se houver uma ação do Ocidente no Irã, ela vai ser atípica: nos mesmos moldes de 6 e 9 de agosto de 1945. A questão nuclear de Tehrã já tirou a paz dos Estados Unidos e de Israel.
O mundo corre perigo. O Presidente Lula é mesmo o "cara". O único "cara" com credibilidade o bastante para ajudar no desarme da espoleta desta bomba. Lula crê que isto é possível. Ele pensa que não se deve colocar o Irã contra a parede, que é preciso porta aberta para o diálogo, para evitar uma guerra.
É inegável que há uma "torcida" internacional para que o Presidente brasileiro falhe. Ela considera que Lula é apenas mais um oportunista do terceiro mundo buscando seus 15 minutos de fama. O Presidente Russo Medvedev palpitou que Lula tem 30% de chances de sair com um acordo do Irã.
Por outro lado, o Presidente da Silva, como é chamado lá fora, não pensa assim. Lula foi forjado na têmpera das reuniões sindicais do Grande ABC e crê sinceramente que a possibilidade de sucesso da sua missão é grande.
Se o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sair vitorioso do Irã, onde há poucas chances de sucesso, terá pavimentado sua pretensão de ser o próximo Secretário geral da ONU. Mas se Lula não tiver êxito, ao menos tentou, além disso, o Brasil vai sair desse episódio como um país amigo dos povos persa e árabe. Um imenso mercado para bons negócios.
Texto não disponibilizado para cópia.
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