João Cruzué
Tenho meditado sobre a vida de Jacó nestas últimas duas semanas. Um personagem bíblico firme, que depois caiu, levantou-se e cresceu na comunhão com Deus. Um grande exemplo para adolescentes, jovens e cristãos adultos de nossos dias. Quando a tentação vem, nosso adversário não escolhe qualquer área de nossa vida para seu ataque - com a experiência que tem em derrubar homens e mulheres há milhares de anos - ele arma o seu laço fulminante não sobre às fraquezas do caráter de cada um, mas onde está sua maior força.
Jacó casou-se velho. Quando foi levado à presença de Faraó tinha 130 anos; seu filho José estava com quase 39 anos de idade. Isto significa que Jacó tinha cerca de 91 anos quando José nascera, e considerando que José nascera no final dos 14 anos de serviço prestados ao sogro, podemos estimar que Jacó casou-se com 76 anos, e isso significa que a paciência era a maior virtude de Jacó.
Esaú, o irmão gêmeo, aos 40 anos já morava com duas mulheres hetéias. Mas Jacó continuava solteiro pacientemente esperando no Senhor. Eis que em apenas um dia, aconselhado a usurpar a bênção da primogenitura de Esaú, Jacó mentiu por três vezes e enganou o velho Isaque. Isso era plano de Deus? Não! Seria muita tolice imaginar que, no ato da bênção de primogenitura, a vontade de Deus precisasse de um empurrãozinho. Certamente quando Isaque fosse pronunciar a bênção, o Espírito de Deus não iria se enganar, uma vez que Esaú estava caído da graça. Jacó perdeu a paciência, mentiu, enganou, e com isso permitiu que o inimigo oprimisse sua vida nos próximos vinte anos, até o confronto com Esaú.
Outros personagens Bíblicos também caíram quando tentados no ponto de suas maiores forças. Onde Abraão caiu? Ele foi tentado em sua fé. Um homem que abandonara sua terra, sua parentela, a casa do pai para ir em busca da bênção em um país estrangeiro ou era doido, ou tinha muita fé. E quando Deus lhe prometeu um herdeiro, não acreditou que fosse verdade. Deu mais ouvidos à Sara do que a JEOVÁ. Ismael foi o fruto da sua incredulidade.
Moisés foi criado em toda ciência do Egito, jovem poderoso em palavras e obras. Admite-se que Moisés era entendido na arte da guerra. Se a estratégia de guerra era o seu forte, foi nela que foi derrubado. Pensou em conquistar a libertação de seus irmãos hebreus pela força das armas, mas sua estratégia falhou. Não eram assim os planos de Deus para a retirada do povo de Israel do Egito; não pela força das armas, mas por prodígios, quebras de sofismas, e pragas devastadoras.
O apóstolo Pedro tinha seu ponto forte na coragem. Confiava tanto em si mesmo ao ponto de afirmar que estava pronto para seguir a Jesus à prisão e até na morte, que nunca o negaria. Pedro não resistiu nem mesmo à pergunta de uma simples criada.
A força de Saulo de Tarso estava em sua teologia. Passou anos e anos estudando com mestre Gamaliel, o mais sábio dos rabinos de sua época. Paulo, um teólogo instruído em todo o conhecimento, tanto para ensinar a Lei quanto discernir a voz de Deus. Mas a sua força na lei e na teologia o levou a matar os seguidores de Cristo.
E o que dizer do Rei Davi e de seu filho, o Rei Salomão? Davi aparece na Bíblia como um moço trabalhador, inimigo do ócio. Mas bastou um dia de ócio, para que o diabo o derrubasse por terra e perturbasse a sua família pelo resto da vida. E de que serviu toda a sabedoria do Rei Salomão? Mesmo com tanto conhecimento, não soube governar a si próprio e tornou-se um idolatra ao agradar mulheres e cocumbinas.
Que paradoxo mais perturbador. Por que podemos ser derrubados pela tentação do diabo no atributo de nosso caráter onde somos mais fortes? Posso responder a isso usando a palavra de Deus: primeiro, é para que nenhuma carne possa se gloriar diante de Deus; segundo porque o diabo tem uma vasta experiência acumulada em derrubar os homens.
Se conseguimos ficar de pé, é pela graça de Deus. Paulo sabia disso quando escreveu: " E [o Senhor] disse-me:" A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei em minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, por amor de Cristo. Porque, quando eu sou fraco, então, sou forte" 2 Coríntios 12:9 -10.
E lá estava Jacó a caminho de Padã-Arã. Sozinho, longe de casa, dormindo no relento, uma pedra era seu travesseiro. Jacó estava em crise. Sua consciência estava ferida por dois pecados: mentira ao pai e roubara a bênção da primogenitura do irmão. E foi naquela noite que ele teve um sonho, uma escada que fora posta na terra e cujo o topo chegava ao céu, e anjos subiam e desciam por ela.
O que significa aquela escada? Na Bíblia não tem nenhuma menção da escada com os momentos que Jacó estava passando. Se ele estava angustiado, e com certeza estava, isto não é mencionado. Para mim aquela escada era uma segunda chance de comunhão dada pela misericórdia de Deus. Jacó estava no chão. Se ele esperou pacientemente pela bênção de Deus cerca de 76 anos, sem nenhum vacilo, bastou apenas uma tarde e um conselho tentador para que caísse e falhasse. Ele havia quebrado sua comunhão com Deus, falhado com seu pai e roubado seu irmão. agora, A caminho da casa de Labão, ele tinha uma chance de começar tudo de novo.
Moisés teve uma segunda chance; Jesus deu uma segunda chance a Pedro; e até Saulo de Tarso teve sua segunda chance. O cair é do homem, mas é a misericórdia de Deus que levanta da poeira da derrota e a graça que nos mantém de pé.
Jacó nunca mais tocou no assunto da escada, mas daquele dia em diante a presença do Senhor nunca mais o abandonou e nem ele tornou a enganar ou mentir para ninguém. Aproveite também a mesma oportunidade de Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão: se você nunca falhou com Deus, não se glorie e fique atento. Se já falhou e precisa de um conselho: levante-se, faça um concerto e ande de novo na presença do Senhor e sê perfeito(a).
João Cruzué
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3 comentários:
Querido e amado em Cristo JESUS, espero que recebas meu humilde estudo como uma ajuda e, não como competição, porque somos ambos tementes ao nosso Deus vivo, Pai das Luzes.
Quando José foi Vendido para o Egito, ele tinha 17 anos; o seu Pai tinha 113 anos; esta conclusão esta na Bíblia; pois Jacó foi recebido no Egito por José quando tinha 130 anos; veja bem Diminua 130 menos a idade de 17 anos de José vendido vai dar os 113 anos; mas a palavra também nos mostra que JOSÉ tinha 34 anos de idade quando recebeu o seu Pai Jacó; pois bem veja o seguinte, ele tinha 17 anos quando foi vendido, e 17 anos depois recebe Jacó com 130 anos, esta é a prova de que somando 17 anos da sua venda aos 17 anos que levou para ver o seu Pai, totalizam os 34 anos; Jacó morou no Egito 17 anos e 17 anos mais tarde veio a falecer com 147 anos; mas ainda pela Bíblia sagrada José morreu aos 110 anos e 17 anos depois da morte da Jacó, veja que temos várias provas que nos indicam que o número 17 estava na vida do Irmão José. Abraço. Obreiro Luiz Moraes.
Olá caro Irmão José, Graça e Paz. Não que esta questão de anos vá influenciar em nossa fé, tenho quando José nasceu Jacó tinha (+ -) 93 anos.
Vejamos:
Se Israel( ex Jacó) chegou no Egito com 130 anos (Gn.47:9) e José foi levado a presença de Faraó com 30 anos ( Gn.41:46).
Tomando como base que seus irmãos chegaram no Egito no período dos 7 anos de fome , JOSÉ tinha no mínimo 37 anos quando seu pai lá chegou (já tinha passado os sete anos de fartura Gn.41: 53 * 54).
Pois bem 130 - 37 = 93. Desta forma quando José nasceu ISRAEL que ainda era Jacó tinha no máximo 93 anos, em sendo assim quando José foi levado ao Egito seu pai tinha 110 anos( 93 + 17).
Noutro giro, tomando como base que Israel não foi para o Egito logo no primeiro dos sete anos de fome, tenho que concordar com os dados do Pr. João Cruzué.
Um grande abraço em CRISTO JESUS.
Geraldo Firme de Araújo.
1ªIg.Ev.Ass. de Deus-Min.Projeto Semear-Coronel Fabriciano-MG.
A paz do Senhor, irmão Geraldo. Ótimos cálculos. Acho que só faltou uma coisa no raciocínio: Os irmãos de José foram ao Egito depois dos sete anos de fartura. Digamos que foram um ano depois. Tiveram que voltar uma segunda vez. Só na terceira vez que voltaram (de mudança) é que o velho Jacó foi junto. O interessante nesta história não é bem a idade de Jacó quando José nasceu, mas o tempo enorme que Jacó levou para casar, ou seja, depois dos 70 anos. Isto mostra, que ele era uma pessoa que esperava no Senhor para se casar. O irmão não concorda?
Grande abraço.
Obrigado pelo comentário.
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