segunda-feira, janeiro 13, 2014

O pai do filho pródigo



Ele voltou!
JOÃO CRUZUÉ

Fui assistir hoje, pela décima vez, o filme Lutero. E sempre que o vejo, aprendo uma coisa nova ou descubro algo que antes não tinha prestado atenção. Desta vez, quase no final do filme, me deparei com a cena em que Lutero contava a parábola do filho pródigo para um grupo de crianças. 

--Por que aquele pai saiu correndo para abraçar o filho? perguntou. 


Eu imagino que todo mundo já saiba, mas de algum modo eu não tinha pensado nisto antes: por que aquele pai se preocupava tanto em estar presente quando o filho voltasse? É o que vamos ver.


Quando o filho pródigo voltou, poderia ter acontecido o mesmo que certamente ocorre na maioria das Sedes das grandes Igrejas evangélicas brasileiras: Nada!  São tantos que se desviam... uma boa desculpa para não comemorar.


Preocupados com tantas reuniões, pregações, convenções, prioridades... os levitas e sacerdotes de nossa época não mudaram, continuam tão religiosos quanto os personagens parábola do bom samaritano. E como tem irmão mais velho em nossos dias!


O pai do pródigo não se esqueceu do seu garoto. Ele o amava. E, todo dia olhava pelo caminho por onde o filho tinha se ido embora. Foi por isso que o avistou ainda longe, voltando para casa. Então saiu correndo ao encontro do moço, abraçou-o e beijou-o.

No filme, Lutero conta às crianças a história do Pai do filho pródigo: Sabem por que aquele Pai saiu correndo para abraçar o filho? Foi porque ele temia que o filho caçula fosse humilhado e mal recebido no dia que voltasse. Ele sabia que se isso acontecesse o jovem voltaria para comer com os porcos. 
Era exatamente isso que teria acontecido se a primeira pessoa a recebê-lo fosse, por exemplo,  seu irmão mais velho.


Esta atitude demonstrada por aquele pai tem um nome: chama-se compaixão. E  nesta  parábola, Jesus mostrou que o SENHOR Deus nosso Pai ama aqueles que batem à porta da Igreja procurando por um sorriso de aceitação e um abraço de perdão.


Ô Glória!



Uma pérola preciosa para o Senhor Jesus


..

Pérola de grande valor
João Cruzué

Até pouco tempo eu pensava que uma pérola era produzida por um grão de areia que invadia o interior de uma ostra, tal como uma pedra no sapato. Pode ser que em algum caso isso aconteça, mas naturalmente não é assim.  Desejei escrever esta mensagem, aproveitando a oportunidade de ouvir e  poder compartilhar. As  palavras de uma mensagem falam primeiro com seu autor. Como o azeite da viúva do capítulo do II Livro de Reis, elas tem o poder de encher as botijas das almas quando emborcadas na posição de dar.

"A pérola é  o resultado de uma reação natural do molusco contra invasores externos, como certos parasitas que procuram reproduzir-se em seu interior. Para isso, esses organismos perfuram a concha e se alojam no manto, uma fina camada de tecido que protege as vísceras da ostra. Ao defender-se do intruso, ela o ataca com uma substância segregada pelo manto, chamada nácar ou madrepérola, composta de 90% de um material calcário - a aragonita (CaCO3) -, 6% de material orgânico (conqueolina, o principal componente da parte externa da concha) e 4% de água. Depositada sobre o invasor em camadas concêntricas, essa substância cristaliza-se rapidamente, isolando o perigo e formando uma pequena bolota rígida. As pérolas perfeitamente esféricas só se formam quando o parasita é totalmente recoberto pelo manto, o que faz com que a secreção de nácar seja distribuída de maneira uniforme. "Mas o mais comum é a pérola ficar grudada na concha, como uma espécie de verruga." Mundoestranho.abril.com.br.

Apenas uma em cada 10.000 conchas são infectadas por parasitas na natureza. Um fenômeno raro, pois a concha da ostra é uma defesa muito eficiente. E uma pérola esférica, perfeita, deve ser um evento ainda mais raro, considerando a probabilidade de apenas 100 ostras produtoras em um milhão de eventos.

As aflições e tribulações do crente são oportunidades para atuação da graça de Deus. "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" I Tessalonicenses 1.8. Certamente, Paulo não estava falando em um contexto de alegria, senão de lutas e perseguições. Creio que ninguém há que  ame viver sob tribulações, nem a própria ostra, pois isso nos tira da zona do conforto. No entanto, Deus tem planos diferentes. Se Ele quiser que nossa vida resplandeça como uma pérola de grande valor, permitirá que passemos por vales profundos.

Por mais inteligentes e intelectuais que formos, esta sabedoria é nada perante o conhecimento de Deus. E nunca é demais lembrar que por natureza somos inclinados à presunção e independência. Duas coisas que prejudicam um relacionamento mais íntimo com Deus.

Se você está debaixo de grande luta ou caminhando pelo vale da sombra da morte, não se esqueça de duas coisas: O Senhor não "te" abandonou. Da mesma forma que estava em silêncio, mas atento ao sofrimento de Jó e da viúva endividada, no tempo apropriado Ele  irá se manifestar e mudar a sua sorte.

E por fim, chegará o dia  que ele vai usar a sua vida, como uma pérola de grande brilho, para exemplo de vitória para consolar  e animar outros que passam pelas mesmas tribulações.