segunda-feira, novembro 15, 2010

O olhar de Jesus Cristo

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Ator Robert Powell - Filme Jesus de Nazareth (1977)

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"Eu sou a luz do mundo; quem me segue

não andará em trevas, mas terá a luz da vida."

João 8:12
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João Cruzué

É notável a diferença entre o olhar de Jesus e o olhar dos homens. Nascidos em pecado, estes habituam-se desde cedo ao pessimismo, ao desprezo e à desconfiança. Ajustam o foco sobre as fraquezas, defeitos, explorando detidamente o lado mesquinho e hipócrita das pessoas. Jesus Cristo, a expressão viva do amor de Deus, não segue este padrão, quando examinamos sua maneira de olhar nas páginas do Evangelho.

Por exemplo: Quando Jesus viu Simão Pedro pela primeira vez, não criticou suas fraquezas, nem profetizou que o negaria - embora soubesse de tudo isso. Em lugar de uma taquara (significado do nome Simão) Cristo viu uma rocha - Cefas. É assim que Deus nos vê. Quando nos aproximamos dele, não aponta o dedo para nossas fraquezas para que murchemos e desanimemos. O olhar de Jesus procura por aquilo que há de bom em nosso interior, ainda que seja uma partícula boa em um milhão de defeitos. Se você procurar por Ele, vai ser bem recebido.

Quando Jesus viu o baixinho Zaqueu no alto da figueira, não zombou dele perante a multidão. Poderia ter dito: Eis aí, o chefe dos coletores de impostos mais corrupto de Jericó. Não, ele não fez isto. Todos diriam assim, mas Jesus olhava com amor. Foi por isso que disse: Zaqueu, desce depressa, pois hoje vou jantar em tua casa". Apenas um olhar e algumas palavras foram suficientes para produzir a mudança mais inesperada na vida do chefe dos publicanos de Jericó.

Quando Jesus viu o coxo junto ao Tanque de Bestesda, ele não viu um aleijado. Ele viu um homem que depois de 38 anos doente ainda tinha esperança de ser curado. Todos viam um coxo maluco, mas Cristo enxergava um homem andando normalmente, levando embora um leito sobre as costas.

Quando Jesus olhou para a mulher adúltera diante daquele grupo de apedrejadores, ele não viu uma prostituta, mas uma jovem que precisava apenas de uma oportunidade para se levantar e nunca mais pecar.

Quando Jesus mandou retirar a pedra do túmulo de Lázaro, ele não enxergava um cadáver mal-cheiroso, mas via um velho amigo caminhando diante de uma família de pessoas críticas.

Jesus vê uma rocha onde todos veem uma taquara. Jesus vê um convertido sincero enquanto todos enxergam um fiscal corrupto sem possibilidades de recuperação. Jesus vê um homem correndo e saltando, enquanto os conhecidos enxergam um coxo inútil e teimoso. Jesus não atira pedras em quem está caído. Jesus enxerga vida, onde todos já desistiram ou taparam o nariz por causa do mau cheiro. Jesus Cristo não vira as costas para quem bate à sua porta.

Esta fixação em procurar os defeitos e descobrir os erros das pessoas para depois dizer para todo mundo; esta ânsia de difamar, de derribar para produzir no criticado um sentimento de pequenez, de frustração, de desânimo revela, na verdade, algo interessante sobre a pessoa do crítico. Mostra sua necessidade premente de manipular as faltas alheias para dispersar o foco sobre si mesmo. Usa a crítica como capa para cobrir a própria nudez. Era porisso que o diabo só enxergava maldade no caráter do patriarca Jó.

Em tempos em que é tão fácil descer a "lenha" na vida de nossos irmãos, não custa perguntar: de que maneira estamos vendo a vida deles. Se apenas conseguirmos enxergar defeitos, e nada mais que isto, temos um problema grave problema de miopia espiritual.

O olhar de Jesus é misericordioso, para aqueles que buscam seu socorro. Se nossas virtudes resumissem apenas a uma única gota d'água no fundo de um copo vazio, Ele volveria seus olhos para ela e nos diria: Me alegra que isto esteja em teu coração. Este é o olhar de Jesus.


Curso Bíblico: Como se reconcilar com Deus












domingo, novembro 14, 2010

Biografia do Missionário Robert Morrison - Missões na China

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Blog Ojo Protestante

Tradução: João Cruzué

Robert Morrison nasceu na Escócia em 1782, de uma piedosa família de crentes Presbiterianos. Eram muito pobres e seu pai trabalhava fabricando formas de sapatos. Robert teve que deixar os estudos ainda criança para ajudar-lhe, mas como gostava de aprender, seguiu com os estudos em casa.

Aos 15 anos entendeu o que é mais importante na vida: que ele era um pecador, um homem perdido e para se salvar devia aceitar a Jesus como seu Salvador. Assim ele fez, e depois disso, compreendeu que era seu dever levar também a outros a história desse Salvador para que todos também pudessem se livrar de seus pecados.

Depois de trabalhar por uns tempos nas Igrejas da Inglaterra, Morrison associou-se na Sociedade Missionária de Londres com a idéia de se tornar um missionário na China. Por essa ocasião já dominava o latim, o grego e o hebraico.

Como não havia nenhum missionário protestante ainda na China, Morrison se apresentou para ser o primeiro. Como a principal tarefa que lhe haviam encomendado foi a tradução da Bíblia para o mandarim, se propôs a estudá-lo, enquanto se preparava em medicina e astronomia.

Quando encontrou um manuscrito que continha a tradução de alguns trechos da Bíblia em uma biblioteca, tirou uma cópia para estudar detalhadamente, com a ajuda de um chinês que se ofereceu para ajudar. Esse esforço lhe foi muito útil, pois lhe permitiu economizar um tempo precioso quando esteve na China.

Para chegar até teve que viajar por cinco meses. Em 04 de setembro de 1807 aportou-se na cidade de Cantão, ao SUL do país, ao lado de Macau, uma colônia portuguesa. Permaneceu ali durante algum tempo, depois conheceu a jovem Mary Morton, com quem se casou em fevereiro de 1809.

Morrison não se deu conta de quão grandes eram as dificuldades que precisava vencer para chegar lá. O que sabia do idioma não lhe permitia o necessário para uma tradução, e quando buscou um mestre não pode encontrá-lo, pois havia uma lei que condenava à morte qualquer pessoa que ensinasse a língua chinesa a um estrangeiro.

Finalmente apareceram dois homens que tinham conhecido alguns missionários católicos que aceitaram ajudar, embora cheios de temor. O medo que possuíam não era tanto quanto à morte em si, senão pela sua forma, em meio a torturas terríveis. Estavam a tal ponto assustados que levavam sempre consigo um frasco com veneno para suicidarem-se caso fossem descobertos.

Aprender o chinês não era coisa fácil e por aquela época era ainda pior, pois não existiam nem dicionários nem bons professores.

John Wesley afirmou certa vez que “ O chinês era um invento do diabo para que não se pudesse pregar o evangelho aos chineses”. Milne, um missionário que mais tarde seria companheiro de Morrison, dizia que para aprender o mandarim era preciso: um corpo de bronze, pulmões de aço, cabeça de carvalho, olhos de águia, coração de apóstolo e memória de anjo... e a vida de Matusalém”

Além de trabalhar na tradução da Bíblia, Morrison se ocupou de fazer uma gramática e um dicionário, para que os missionários depois dele, pudessem aprender o idioma com mais facilidade.

Um chinês chamado Tsae A-ko, foi um grande instrumento preparado por Deus para ajudar o trabalho de Morrison.. Ele ia de noite a sua casa, as portas e as janelas eram bem fechadas, para que ninguém de fora visse o que faziam, por que corria perigo de vida, e ali se punha a traduzir ou corrigir, enquanto que Morrison lhe ensinava as verdades do Evangelho.

Foram gastos 14 anos para traduzir a Bíblia e 16, para concluir o dicionário que foi editado em quatro volumes, com cerca de 4.500 páginas cada um. Tsa A-Ko compreendeu finalmente que aquilo que o missionário lhe ensinava era a Verdade e se batizou em 1814, tornando-se então o primeiro evangélico chinês

Depois de ter traduzido a Bíblia, o problema era sua publicação, pois as penas para quem imprimisse livros cristãos eram tão severas como para aquele que ensinava o idioma. Afortunadamente, depois de muito trabalho, Morrison encontrou quem o fizesse, todavia secretamente. Para diminuir o medo do impressor, quando os pacotes com as Bíblias eram entregues, ele os rotulava com um título falso para disfarçar o “perigoso conteúdo”.

Porém, Morrison não se dedicou somente a traduzir, senão que chegou a estabelecer uma escola chamada Colégio Anglo-Chinês, mais tarde conhecido como Ying Wa College. Esta escola foi transladada para Hong Kong no ano de 1843, quando este território passou a ser controlado pelos britânicos. Esta instituição permanece até os dias de hoje como uma escola secundária.

Robert Morrison nunca teve uma boa saúde e, como trabalha muito, era mesmo impossível que sarasse completamente. Morreu quase repentinamente em 1º de agosto de 1834 em Cantão, China, quanto tinha 52 anos.

Durante sua vida conseguiu a conversão de poucas pessoas, mas seu trabalho traduzindo a Bíblia, preparando o dicionário inglês-mandarim e de edição de uma gramática sino-inglesa, fez com que fosse possível a conversão de milhares de chineses depois da sua morte.

Fonte: não está mais disponível.



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