terça-feira, junho 09, 2009

Egoísmo na blogosfera evangélica

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João Cruzué

Sou compelido a fazer esta crítica para expressar opinião sobre uma atitude que discordo veementemente. Uma blogosfera elitizada só para duas dúzias de blogueiros evangélicos. Eis as razões.

A WEB não foi criada por pesquisadores evangélicos. Os 13 servidores que administram o consórcio da Rede Mundial de Computadores não são custeados com dinheiro de evangélicos. As três maiores plataformas de criação gratuitas blogs disponíveis, não são de empresas evangélicas. Usamos precariamente esta supertecnologia virtual de f-a-v-o-r.

Os blogs, páginas online de comunicação digital globalizada, não são produtos da generosidade evangélica. Estão a nosso serviço, enquanto geram receitas de anúncios para seus donos. Nem anúncios nós pagamos.

Por isso, quando vejo alguns blogueiros, egoístas, presunçosos, pseudos-intelectuais, bramando contra a democratização e a popularização do uso de Blogs por toda e qualquer liderança evangélica, eu não posso concordar. Quem nada contribuiu para que esta bênção esteja ao alcance de todos, não tem o direito de escondê-la só para si. Ou para seu clubinho de admiradores.

Concordo quando dizem que não se pode sair por aí postando asneiras. Baboseiras. Frases que agridem a língua portuguesa. Mas pior que isso seria uma visão elitista. Narcisista. Injusta. Quem nada fez para disponibilizar uma WEB.3 democrática a alcance de todos, precisa levantar a cabeça. Erguer os olhos. Olhar os campos e deixar de olhar para baixo, para o próprio umbigo. Atitude mais justa e coerente com um caráter cristão seria ensinar o uso deles.

Nós, da UBE - União de Blogueiros Evangélicos, não concordamos com esta visão míope. Da mesma forma que Deus iluminou a mente de Gutemberg. Para inventar a imprensa e editar a Bíblia Sagrada, a fim de popularizar sua leitura. Também temos um projeto em que Blogs devem ser popularizados entre as lideranças evangélicas.

Chegou a hora da publicação maciça da Palavra de Deus para a geração "Msn".

Os que são contra, estão desconsiderando o passado. A Reforma. Lutero. O início da fé evangélica. Alguém precisava reafirmar esta verdade, para combater mais este
sofisma. Os Weblogs não devem ser privativos de meia dúzia de blogueiros "evangélicos" egoístas. Cada liderança evangélica, precisa de um blog, para pelo menos contar, usando as próprias palavras, quão grandes coisas o Senhor tem feito por ela.

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segunda-feira, junho 08, 2009

A oração de Israel, exemplo de atitude de um homem de Deus

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"Mas Israel estendeu a mão direita e a pôs sobre a cabeça de
Efraim, que era o mais novo, e a sua esquerda sobre a cabeça de Manassés,
cruzando assim as mãos, não obstante ser Manassés o primogênito."
Genesis 48:14
João Cruzué

Quanto mais eu analiso a vida de Jacó, mais discordo dos pregadores. Não o vejo como trapaceiro, enganador. Ele foi induzido ao erro uma vez. Carregou um espinho na alma por muitos anos. Mas antes de morrer teve uma atitude digna. Na oração da primogenitura, mostrou que ouvia a voz de Deus e que não fazia concessões.

Coisa que seu pai, Isaque, não demonstrou. Se Isaque tivesse um pouco da experiência de Jacó, não teria uma família tão perturbada. Amava mais Esaú, o filho fornicador e profano. Sua visão de justiça era mesmo cega. Inexistente. Ao ponto de levar sua esposa a se exasperar e tomar uma atitude imprudente. Sim, Rebeca procurou fazer justiça sem direção de Deus. E Jacó, o filho que tinha o olho na primogenitura, que valorizava o sagrado, que esperou cerca de 70 anos para se casar, caiu onde era mais forte: a paciência.

Quando fez a oração da bênção sobre os filhos de José, viu com os olhos do Senhor quem de fato merecia a maior bênção. Quando foi repreendido pela ação, explicou: Eu sei meu filho. Eu sei. E colocou Efraim, o mais novo sobre a sorte de Manassés, o primogênito. Estava consciente do seu ato.

Que lição podemos tirar desse episódio que marcou a vida de Jacó, que Deus mudou de nome para Israel? Que é muito importante julgar com justiça dentro da nossa própria casa, mesmo nas pequenas coisas. Para não perder a autoridade. Nem deixar que outro a usurpe. Um lar dividido abre uma área de interseção de autoridade. E por ela trabalha o adversário.

O mesmo se aplica a uma congregação.