quinta-feira, outubro 30, 2008

Yitzhak Herzog sobre Eugenio Pacelli, Hitler e o Holocausto

Crítica de Israel
ao processo de beatificação do Papa Pio XII


Herzog e Pacelli
Yitzhak Herzog, Eugenio Pacelli (Pio XII) e o Füher
Folha São Paulo UOL
SP- 23.10.2008 - France Press

JERUSALÉM - A beatificação do papa Pio 12 seria "inaceitável" pela atitude que manteve frente ao extermínio dos judeus pelos nazistas, afirmou o ministro israelense de Assuntos Sociais, Yitzhak Herzog, em trechos de uma entrevista divulgada nesta quinta-feira pelo jornal "Haaretz".

"O projeto de tornar santo Pio 12 é inaceitável", disse Herzog em entrevista que será divulgada integralmente nesta sexta-feira (24). "Durante a Shoa (genocídio nazista), o Vaticano sabia perfeitamente o que ocorria na Europa", acrescentou Herzog, cujas funções incluem a luta contra o anti-semitismo e as relações com as comunidades cristãs.


Auschwitz

"O papa manteve silêncio e talvez tenha feito algo pior, em vez de se sublevar contra o sangue derramado", acrescentou Herzog, referindo-se a preceitos bíblicos.

O papa Bento 16 defendeu na terça-feira (21) a memória de Pio 12 em uma missa pelo 50º aniversário de sua morte e manifestou seu desejo de beatificá-lo. Mas ainda não assinou o decreto sobre as "virtudes heróicas" de Pio 12, uma etapa indispensável para beatificá-lo, assim como o reconhecimento de dois milagres atribuídos a ele. Até o momento, Israel não havia reagido sobre o projeto.

Eugenio Pacelli --que com o nome de Pio 12 dirigiu a Igreja Católica de 1939 a 1958-- era núncio apostólico em Berlim quando Hitler chegou ao poder em 1933. A atitude de seu pontificado continua sendo tema de controvérsias. O processo de beatificação, que começou nos anos 60, é questionado tanto pelos judeus como até por parte dos católicos.

Fonte: Folha UOL / Mundo - 27.10.2008

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Iraque - 2.200 famílias de cristãos foram expulsas de Nínive

Perseguição de Cristãos no Iraque

Muros de Nínive
Os muros da cidade de Nínive no Norte do Iraque
World News

Tradução de João Cruzué

A UNHCR - Agência para Refugiados da ONU - estimou que mais de 2.200 famílias ou cerca de 13.000 pessoas foram expulsas de seus lares desde 04 de outubro 2008. A UNHCR disse que isto representa a metade da população cristã da província de Nínive. Somamdo a isto , outras 400 famílias cruzaram a fronteira com a Síria, enquanto outras procuraram por áreas mais seguras para o Norte e Leste de Mosul, e ainda outras rumaram para as províncias na vizinhança como: Dahuk, Erbil e Kirkuk.

"Muitos saíram de Nínive com pouco dinheiro e precisam de ajuda" informou a UNHCR, acrescentando que tinha enviado suprimentos para socorro de 1.700 famílias de cristãos.

A polícia estimou que 12 cristãos foram mortos durante a violência. O último incidente aconteceu em 13 de outubro, quando um atirador surgiu em uma loja de discos em Mosul matando seu proprietário cristão e ferindo o sobrinho.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques, mas acredita-se que extremistas sunitas estejam por trás desta campanha, que está acontecendo a despeito das operações de ajuda EUA-Iraque contra remanescentes das milícias inimigas ao Norte da capital.

A recente expulsão destes 13.000 cristãos soma-se aos mais de 4.2 milhões de iraquianos que já abandonaram seus lares, desde que os EUA lideraram a invasão do país em 2003, segundo a UNHCR. Destes refugiados, cerca de 2 milhões estão vivendo em países vizinhos, mormente na Síria e Jordânia - enquanto os remanescentes estão sendo expulsos dentro do Iraque.

Comentários: Em 26 de outubro, segundo o jornal World News, com a presença das forças americanas a perseguição dimininui, e poucas as famílias agoram estão abandonando a região.


cruzue@gmail.com

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