terça-feira, outubro 04, 2011

lembranças de um ingazeiro


Angá
Folhas do ingazeiro

João Cruzué

Meu pai era um homem do campo. Simples. Honrado. Trabalhador, econômico e mineiro de Ponte Nova. Construiu ele próprio sua "aposentadoria" ao longo de 60 anos, manejando o cabo de uma enxada, o que ele sabia fazer. E se deu bem: comprou o sítio de sonhos, aceitou Jesus, viveu até 76 anos, e depois descansou dessa vida, em 1997.

Ali, pelos 70 anos, ele decidiu aposentar a enxada. Gostava muito de andar a pé. Na mudança para o sítio novo, cruzamos o famoso "Córrego da Taioba" levando dois balaios cargueiros no lombo de um animal. Era um trecho de uns 18 km, de muita serra e muito barro. Foi nossa primeira travessia do Córrego da Boa Vista, em Iapu para o Córrego da Areia Preta, em Dom Cavati.

Ouvi dizer que na sua juventude cobria distâncias longas, indo a pé de Ponte Nova até Chopotó, ao longo da linha do "trem-de-ferro", da maria-fumaça, que seguia de Ponte Nova a Dom Silvério, passando por Pontal, Chopotó... onde o Ribeirão do Carmo conflui com o Rio Piranga, na terra das Gerais.

Seu gosto por caminhadas também diminuindo e depois dos 70 ainda mais, por causa de um tombo em um bendito tamborete que costumava "dançar" quando o usuário subia.

Seu Melo, como era chamado era magro, curvo por causa das "2 1/2
", que para quem não sabe era o peso de classificação das enxadas "Duas libras e meia", passou a caminhar cada vez menos por causa do tombo. E os vizinhos comentavam:

-Sô Melo, o senhor precisa fazer algum exercício, não pode ficar parado. É ruim para o coração. E ele os atendeu, procurando limpar com a vasoura os terreiros da fazenda.

Terreiro de sítio suja muito. E ele decidiu varrer os quatro lados da casa. Terreiros grandes.

No terreiro da porta da cozinha, havia um pé de ingá, árvore folhuda, e sem educação. Meu pai varria o terreiro da cozinha de manhã, e o pé ingá, por desaforo, sujava de tarde.


-Melo, você já varreu o terreiro da cozinha? Ainda ouço minha mãe dizer. Ele meio sem graça, imagino que ficava calado, pois as evidências eram contra ele.

Nesse tempo eu já estava há uns 20 anos em São Paulo.
E só vez em quando aparecia por lá. Eu conhecia a fama do ingá da porta da cozinha.

E Foi assim que meu pai foi pegando inimizade com aquela árvore - o pé de angá, como se fala por lá.

Até que um dia,ele se cansou e deu um basta. Pegou um facão e descascou o pé da árvore sem dó nem piedade. O ingazeiro definhou, amarelou, secou e morreu. O terreiro da cozinha, depois disso,não deu mais trabalho. Estava sempre limpinho.


E poucos anos mais tarde,
"sô" Melo
também foi descansar. Na sua conta ficou o pé de ingá, porém, para ser justo, preciso dizer que milhares de árvores ele plantou. Era apaixonado por laranjeiras e cidras. Meu gosto por coletar sementes e fazer mudas veio de meu pai.





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domingo, outubro 02, 2011

Missão Paz e Vida de Mogi Guaçu celebra seu 27º Aniversário

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Pastor Armando Vanelli

Entramos em outubro. E para nós, da Missão Paz e Vida de Mogi Guaçu, este mês tem um peso de glória. Demos inicio as nossas atividades em 12 de outubro de 1984 e até aqui o Senhor tem nos ajudado. Tem sido um tempo de benção, alegria e realizações durante todos estes 27 anos.

A liderança da Missão Paz e Vida de Mogi Guaçu não encontra palavras para externar aos seus membros, amigos e admiradores a dedicação e empenho para que esta história fosse escrita pela fé.

Como é bom poder rever toda a história de vitórias e conquistas deste 27 anos e agradecer a Deus porque em tudo nos permitiu cumprir com os Seus projetos. Nossa maior satisfação como líderes e membros da Missão Paz e Vida de Mogi Guaçu é vermos como saiu a contento o trabalho que realizamos sob o comando do Senhor.

Nosso maior resultado, depois de 27 anos, é a nossa igreja, conhecida como “Missão Paz e Vida de Mogi Guaçu, uma igreja onde a grandeza são os seus feitos”.

Este ano o Senhor tem nos levado a ver "a caminhada de santidade que tivemos até aqui", mas também nos fez ver o quanto precisamos vigiar e manter o padrão do conquistado até agora.

Nossa equipe tentou apresentar em um vídeo uma síntese dos 27 anos de bênçãos da Missão Paz e Vida de Mogi Guaçu, que terá uma Celebração Especial dia 15 de outubro, as 20h00 na Avenida Carlos Braga de Faria, 527 , no Bairro do Cruzeiro, inclusive com a participação especial do ELLOS CORAL.

Dê o play e confira parte da história de fé desta igreja.






Comentários: Parabéns Irmãos e Oficiais da Missão Paz e Vida de Mogi Guaçu. Um abraço, Pr. Vanelli.


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O olhar de Jesus

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seeing
Ator James Caviezel - A Paixão de Cristo, de Mel Gibson
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"Eu sou a luz do mundo; quem me segue

não andará em trevas, mas terá a luz da vida."

João 8:12
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João Cruzué

É notável a diferença entre o olhar de Jesus e a visão dos homens. Nascidos em iniquidade, habituam-se desde cedo ao egoísmo, ao pessimismo, ao desprezo e à desconfiança. Ajustam seu foco nas fraquezas, nos defeitos, explorando detidamente o lado mesquinho e hipócrita das pessoas. Jesus Cristo, a expressão viva do amor de Deus, não seguiu este padrão quando examinamos sua maneira de olhar através das páginas do Evangelho.

Quando Jesus viu Simão Pedro pela primeira vez, não criticou suas fraquezas, nem profetizou que o negaria, embora soubesse de tudo isso. Em lugar de ver uma cana (significado do nome Simão) Cristo profetizou por uma rocha (Cefas).

É assim que Cristo nos vê.

Quando nos aproximamos dele, não nos aponta o dedo em direção a nossas fraquezas para que murchemos e desanimemos. O olhar de Jesus procura intensamente por aquilo que há de bom em nosso interior, ainda que seja um átomo em um milhão de defeitos. O dia que você procurar por Ele, vai ser bem recebido.

Quando Jesus viu o baixinho Zaqueu, lá no alto da figueira, não zombou dele perante a multidão. Poderia ter dito: Eis aí o chefe dos coletores de impostos mais corrupto que já houve em Jericó. Não! ele não fez isto. Jesus olhava com os olhos do amor de Deus. Em lugar disso, Jesus se autoconvidou: Zaqueu, desce depressa, pois hoje me convém pousar em tua casa". Apenas um olhar e poucas palavras foram suficientes para produzir a mudança mais radical e a confissão mais sincera da vida de um chefe dos publicanos de Jericó.

Quando Jesus olhou para o coxo junto ao Tanque de Bestesda, ele não viu um aleijado. Um um paralítico inútil. Ele viu um homem. Um homem que depois de 38 anos de doença, ainda tinha esperança de andar. Enquanto todos viam um coxo maluco, mas Cristo olhava para um homem que seguia à caminho de casa com um leito nas costas.

Quando Jesus olhou para a mulher adúltera empurrada por mum grupo apedrejadores, ele não viu uma prostituta, mas uma jovem que precisava apenas de mais uma oportunidade para se levantar e nunca mais cair. Um olhar de misericórdia, que não encontra similar em outras religiões.

Quando Jesus mandou retirar a pedra do túmulo de Lázaro, ele não estava olhando para um cadáver mal-cheiroso, mas via um velho amigo caminhando diante de uma família de pessoas decepcionadas.

Jesus vê uma rocha onde todos veem uma cana seca.

Jesus vê um convertido sincero enquanto todos enxergam um fiscal corrupto sem possibilidades de recuperação.

Jesus vê um homem correndo e saltando, enquanto os conhecidos enxergam um coxo inútil e teimoso.

Jesus não atira pedras em quem está caído.

Jesus vê a vida, onde todos já desistiram ou taparam o nariz por causa do mau cheiro.

Jesus Cristo não vira as costas para quem bate à sua porta.

Em tempos em que é tão fácil descer a "lenha" na vida de nossos irmãos, não custa perguntar: de que maneira estamos olhando as pessoas. Se apenas conseguirmos enxergar defeitos, e nada mais que isto, temos um problema grave problema de visão.

O olhar de Jesus é misericordioso, amoroso, terno, atento àqueles que clamam por socorro. Se nossas virtudes fossem apenas a uma única gota d'água no fundo de um copo vazio, Ele volveria seus olhos para ela e nos diria: Me alegra muito que isto está em teu coração, "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida."

Este é o olhar de Jesus.



Curso Bíblico: Como se reconcilar com Deus