quarta-feira, agosto 24, 2011

FGV - Evangélicos voltaram a crescer no Brasil

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"Novo Mapa das Religiões - 2009"
FGV - Marcelo Neri

Tabela de: João Cruzué
Censo 2009


João Cruzué

Em abril de 2009 publicamos uma tabela similar, com dados do IBGE dos censos de 1890 a 2000, acrecidos com dados de nossa projeção para 2010, estimando população evangélica, de 19%, sobre um universo de 192 milhões. Recentemente, o economista da FGV, Marcelo Côrtes Neri, publicou um estudo de 65 páginas - Novo Mapa das Religiões - utilizando dados publicados e microdados do IBGE, apontando para dois fatos: A queda da população Católica a partir de 2003 e o crescimento acentuado dos Evangélicos nos mesmos níveis da década de 90.

É sabido que o IBGE não se utiliza uma contagem real para determinar os números do Censo das Religiões. Daí ser importante destacar que as populações religiosas dos dados do IBGE são tabuladas por amostragem, portanto não são produto de contagem real. Por exemplo, o questionário utilizado pela agente do Instituto em minha casa não continha esta pergunta.

No texto da publicação de Marcelo Neri, consta que a Igreja Católica que tinha estancado a perda de fiéis por volta de 2003, voltou a perdê-los significativamente entre 2003/2009, passando de 73,79% para 68,43%. Em contrapartida os Evangélicos que representavam 15,42% da população brasileira, subiram para 20,23% - ou seja, 38,5 milhões de fiéis. A subida, a partir de 2003, é tão acentuada quanto à ocorrida nos anos 90s.

O ranking detalhado para o ano de 2009 está aqui

O Centro de Políticas Sociais/FGV utilizou-se de pesquisas de microdados inexploradas, a razão de 200 mil entrevistas sobre composição religiosa para o ano de início e final da década passada (2001-2010) com base em questionários que não foram usados em pesquisas religiosas.

Segundo Neri, a religião também é um produto de exportação brasileiro. Relata que nos últimos anos assistiu programas de TV pela madrugada em lugares tão distintos como Índia, México e Nicarágua - todos protagonizados pela Igreja Evangélica.

A razão da vinda ao Brasil do Papa Bento XVI no ano que vem, está explicada. Ele tentará outra vez conter o crescimento inexorável da população evangélica às custas do rebanho católico. O encantamento dos padres famosos já passou. É difícil comparar o esforço do Padre Marcelo Rossi diante do Apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, não bastasse o avanço incisivo das Igrejas Universal e Internacional da Graça de Deus a partir da década de 90.
O fato é que a cada década surge um grande Evangelista para continuar a sangria de católicos no país. A Teologia da Libertação foi degredada por João Paulo II e o Movimento Carismático tolerado por falta de estratégia melhor. Entretanto o modelo esgotou-se e não há nada à vista.

O que é melhor: uma nação católica ou evangélica? Embora eu seja evangélico, minha opinião é baseada na Bíblia: Cristo não fundou uma religião, mas uma Igreja viva que existe no plano espiritual. O que interessa mesmo é ser nascido de novo, da água e do Espírito e ter o nome escrito no Livro da Vida. Cristo é uma coisa e Religião, outra. Nem todo aquele que diz: "Senhor!" "Senhor!" herdará a vida eterna. Não se serve a Deus apenas com palavras e liturgias, mas em espírito e em verdade.








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A oração do vinhateiro

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"Senhor, deixa-a este ano,

até que eu a escave e esterque"
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Foto: Joao Cruzué

Figueira
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.João Cruzué

'E dizia esta parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi procurar nela fruto, não o achando. E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não o acho; corta-a. Por que ela ocupa ainda a terra inutilmente? E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque; e, se der fruto, ficará; e, se não, depois a mandarás cortar." (Lucas 13; 6/9)

Fico imaginando que essa palavra tem muito a ver comigo. Uma única figueira plantada no meio da vinha. Na verdade uma intrusa. Da mesma forma que eu, entre tantas pessoas melhores, fui chamado e depois escolhido pelo Senhor. Uma oportunidade ímpar. Isso mostra a ação da incompreensível graça de Deus em busca dos perdidos, quebrantados e desprezados.

Uma figueira no meio do vinhedo. Uma ovelha negra; um filho pródigo; um caso perdido. Não importa! Se Deus olhar e inclinar Seu rosto para você, tudo pode mudar. Só não muda, se você não quiser.

A figueira é uma planta interessante. No inverno, perde todas suas folhas. Um olhar descuidado observará troncos e galhos tortos, aparentemente mortos. Mas antes que a primavera chegue, ela brota e rebrota. Folhas cobrem de verde aquilo que estava seco e parecia ter perdido a vida. Ano após ano, é assim seu ciclo de vida.

Durante muito tempo plantei figueiras, com nenhum sucesso. Até descobrir que é no verão - e não no inverno - que é seu melhor tempo de plantar. E basta um ou dois anos para que ela comece a produzir figos.

Tenho me preocupado muito nesses últimos anos, sobre estar dentro da vontade de Deus para produzir frutos no tempo e no lugar certos. É pura realidade que as respostas as nossas orações são condicionais. Se no tempo de Deus, o Senhor enviar uma bênção e nós estivermos ocupados com algo - ainda que seja um plano - em nossos corações - para glória do sue Nome, ela chegará até nós. Mas se os cuidados dessa vida nos levarem a deixar em segundo plano os propósitos divinos para nossas vidas, um, dois, três anos seguidos, corremos o risco de sermos arrancados da Igreja do Senhor e nunca mais brotarmos no fim do inverno.

Aborrece-me sobremaneira ver a forma pouco zelosa de como certas igrejas evangélicas tratam desse assunto. Enquanto o vinhateiro disse ao Dono da Vinha que tivesse um pouco de paciência, e esperasse mais um ano, muitos pastores fingem que não veem uma multidão de pessoas ociosas, infrutíferas e tristes. Parece-me que elas foram instruídas apenas a ouvir, cantar, e contribuir (principalmente), sem serem arguidas porque não buscam com zelo saber e fazer o que Deus planejou para que fizessem.

E o crente que não produz fruto na vida espiritual está condenado à morte. Sim, pois o Espírito Santo não ficará para sempre na vida de alguém que não trabalha em um propósito para a glória de Deus. Para conhecer e trabalhar neste propósito é preciso, oração, jejuns, conhecimento da Palavra e desejo intenso de glorificar a Deus com a vida, coração e alma.











domingo, agosto 21, 2011

Glória da Natividade P. Cruzué

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Aqui era o lugar onde Dona Glória foi muito feliz.
(set.1933 - ago. 2011)
João Cruzué

Quero compartilhar, com meus amigos e leitores do Blog Olhar Cristão, a minha dor. Na madrugada de quinta-feira, 18.08.2011, minha mãe, a irmã Glória da Natividade P. Cruzué, foi recolhida por Jesus para uma outra glória. Ela penteou seus cabelos, deitou-se às 22:00, e amanheceu dormindo no Senhor.

Depois do sepultamento, minha irmã e eu estivemos em sua casa revendo as cenas de seu último dia. O teclado - de sua paixão pela música. A fotos de duas netas na penteadeira do quarto. E na mesa da sua cozinha, onde costumava fazer diariamente seus estudos, deixou a Bíblia aberta no Sermão das Bem-aventuranças. Ficamos muito emocionados ao ver aquela Bíblia toda rabiscada. Ela anotava ali de propósito, para que depois que se fosse, servisse de testemunho do amor à Palavra de Deus, disciplina adquirida na Igreja Presbiteriana.

Mateus 5

"1. Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos;

2. e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo:

3. Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus;

4. bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;

5. bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;

6. bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;

7. bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;

8. bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;

9. bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;

10. bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus;

11. bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa.

12. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.


13. Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.

14 Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;

15. nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.

16. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus."


Estive de férias na última quinzena de julho, e viajei até as Gerais para ficar com ela alguns dias. Na oportunidade presenciei seu trabalho de evangelização. Na mesma mesa onde estudava, assentou-se um soldado da Polícia Militar. Ele ouviu atentamente uma exposição de uma boa meia hora sobre as bênçãos de ser um crente em Jesus e firmes recomendações para que não "batesse" nos presos.

Eu estava em minha mesa de trabalho, quando um conhecido ligou para dar uma notícia ruim. Empreendi uma longa viagem de São Paulo até Iapu (cidade próxima de Ipatinga), a tempo de participar do velório na casa de minha irmã, e depois do culto de corpo presente na Igreja Presbiteriana do Bairro São Paulo, congregação de minha mãe, na cidade vizinha de Dom Cavati onde foi sepultada, junto a meu pai.

Na oportunidade cumpri um dos desejos dela: dar duas bíblias para dois adolescentes que moravam vizinhos ao sítio da família. Ela estava preocupada com o futuro deles. Eu fiquei muito emocionado com as palavras de agradecimento da mãe daqueles garotos, que chorou muito pela lembrança.

Em ocasião oportuna, completarei este testemunho.

Com toda humildade, quero dizer que fui o primeiro crente de minha casa. Na ocasião da mudança, minha mãe e meu pai ficaram muito tristes, pois eram católicos praticantes. Depois de alguns anos, Jesus também tocou o coração deles - não para mudar de religião - mas para aceitarem a salvação pela graça. Primeiro minha mãe, e depois meu pai. Fizeram isso na Igreja Presbiteriana da cidade de Dom Cavati. Não posso dizer que fui eu quem os ganhou para Jesus, mas também não posso dizer que não contribuí para isso, pois fiquei em silêncio diante de muitas incompreensões.

Há situações que orar é muito melhor que dizer qualquer palavra.

Minha mãe, como toda pessoa, tinha defeitos e qualidades. Entre estas, a disciplina de estudar, todo dia, a palavra de Deus e o prazer de falar de Jesus para qualquer pessoa que se pusesse ao seu alcance.

Minha família e eu estamos muito tristes com esta separação, mas aceitamos com reverência a decisão do Senhor.

Peço suas orações pela minha família.



Homenagem a Dona Glória: Homenagem ao Dia das Mães 2008

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