quarta-feira, setembro 13, 2023

Por onde anda o Pastor Youcef Nadarkhani

 

Crédito: USCIRF

Bio atualizada até 2023

Fonte: Comissão Internacional Americana sobre Liberdade Religiosa - USCIRF

Tradução: ChatGPT com revisão de João Cruzué.

O Pastor Youcef Nadarkhani nasceu em 11 de abril de 1977,  em Rasht, no Irã em um lar muçulmano. Embora não fosse religioso quando criança, ele se converteu ao cristianismo aos 19 anos, tornando-se membro da Only Jesus Church. Supostamente, hoje, ele é membro da Igreja Evangélica do Irã e pastor de uma igreja doméstica com 400 membros.

Em dezembro de 2006, as autoridades sob a acusação de "apostasia" e "evangelização", sendo liberado duas semanas depois. Em 13 de outubro de 2009, ao tentar registrar sua igreja, Nadarkhani foi  novamente preso por protestar contra a política governamental que exigia que todos os estudantes, incluindo seus dois filhos (na época com 8 e 6 anos), estudassem o Alcorão na escola. 

Ele argumentou que a constituição iraniana permitia que os pais criassem os filhos em sua própria fé.

As acusações contra o Pastor Nadarkhani por protestar contra a política educacional do governo foram alteradas para "apostasia" e "evangelização", as mesmas acusações pelas quais ele foi inicialmente preso em 2006. 

Em 22 de setembro de 2010, o Tribunal de Apelações de Gilan, 11ª Vara, emitiu verbalmente uma sentença de morte por apostasia, embora ele mantivesse que não praticava nenhuma religião antes de sua conversão. Oficiais de segurança atrasaram a entrega do veredicto por escrito a Nadarkhani e lhe deram várias oportunidades de se converter ao Islã, porém, ele recusou-se  a todas.

Em 13 de novembro de 2010, autoridades do Tribunal Revolucionário finalmente entregaram o veredicto por escrito do julgamento de setembro: execução por enforcamento. O advogado do pastor, o destacado defensor dos direitos humanos ,Mohammad Ali Dadkhah, recorreu da sentença, argumentando que a apostasia não era um crime codificado no Código Penal e reiterando que Nadarkhani não praticava nenhuma religião antes de se converter.

Em setembro de 2011, os tribunais determinaram novamente que Nadarkhani havia cometido apostasia por ter nascido de pais muçulmanos e ter deixado o Islã após a idade legal de maturidade. Após esse anúncio, a pressão internacional começou a aumentar em apoio a Nadarkhani, incluindo declarações do USCIRF e da União Europeia, Estados Unidos, Austrália, México, Alemanha, Brasil, Reino Unido e das Nações Unidas. 

A ordem de execução de Nadarkhani foi emitida em fevereiro de 2012.

Em 8 de setembro de 2012, em meio a contínuos protestos internacionais, os tribunais iranianos absolveram Nadarkhani da apostasia em um novo julgamento e revogaram a pena de morte, permitindo que ele fosse libertado da prisão. 

Embora o tribunal o tenha considerado culpado de "evangelizar muçulmanos", concedeu-lhe o tempo de prisão que já havia cumprido e o libertou sob fiança.

Anos depois, em 13 de maio de 2016, autoridades do Ministério da Inteligência do Irã em Rasht detiveram Nadarkhani e sua esposa, liberando-os mais tarde no mesmo dia. Três outros cristãos presos com eles - Yasser Mossayebzadeh, Saheb Fadaie e Mohammad Reza Omidi - foram detidos, mas posteriormente liberados sob fiança. 

No entanto, Nadarkhani foi convocado em 24 de julho e acusado de "atuar contra a segurança nacional". Ele também foi acusado de sionismo e evangelização. Ele foi libertado no mesmo dia com a condição de pagar uma fiança de 100 milhões de toman (USD $ 33.000) dentro de uma semana. Nadarkhani e seus três co-réus foram julgados pela primeira vez em Rasht em outubro de 2016, mas o tribunal não conseguiu chegar a um veredicto, então o caso foi transferido para Teerã. 

O Tribunal Revolucionário em Teerã realizou audiências em dezembro de 2016 e fevereiro e junho de 2017. Durante a audiência de junho, o juiz presidente Mashallah Ahmadzadeh acusou sua igreja de receber anualmente 500.000 libras (US$ 650.000) do governo britânico. Além disso, o juiz não presidente Abolghasem Salavati interrompeu as sessões ao entrar na sala do tribunal e proclamar que os cristãos faziam "reivindicações tolas". 

Em 6 de julho de 2017, os quatro cristãos receberam um veredicto retroativo a 24 de junho de 2017. Cada um foi condenado a 10 anos de prisão e permitiram 20 dias para apelar. Nadarkhani recebeu uma sentença adicional de dois anos de exílio em Nikshahr, no sul do Irã. Embora os quatro continuassem a apelar de suas sentenças, com uma audiência adicional em dezembro de 2017, eles foram informados em maio de 2018 que suas sentenças haviam sido novamente mantidas.

Na manhã de 22 de julho de 2018, autoridades em roupas civis invadiram a casa de Nadarkhani e o levaram para a notória prisão de Evin. Autoridades supostamente espancaram Nadarkhani e atacaram seu filho com um taser durante a operação. No dia seguinte, as forças de segurança também invadiram as casas de Yasser Mossayebzadeh, Saheb Fadaie e Mohammad Reza Omidi, levando-os para a prisão de Evin sem emitir uma convocação oficial.

Em junho de 2020, a sentença de Nadarkhani foi reduzida para seis anos. Ele ficou doente em fevereiro de 2021, após um surto suspeito de COVID-19 dentro da prisão de Evin. Embora o governo iraniano tenha concedido licenças temporárias a cerca de 85.000 prisioneiros em resposta à pandemia de COVID-19, ele permanece detido em Evin porque seus supostos crimes estão relacionados à segurança nacional. Sua data de libertação atual seria em julho de 2024.

Em abril de 2022, Nadarkhani foi concedido um breve período temporário de liberdade da prisão.

Em 26 de fevereiro de 2023, Nadarkhani foi supostamente libertado da prisão.




A influência do pós-modernismo dentro da Igreja Evangélica

 .

"Metamorfose Ambulante"

Autor: João Cruzué

Este post foi inspirado em um sermão pregado pelo pastor Américo (Setor 06 - AD Belenzinho), no dia 21 de junho 2015. Aqui, vou desenvolver o assunto da (má)influência do pós-modernismo na Igreja Evangélica de nossa época a partir dos três aspectos citados pelo pastor: Pluralismo (de verdades) Relativismo (tanto faz) e Antropocentrismo (teologia da prosperidade). Vou utilizar alguns conceitos simples de uma fonte de pesquisa não científica - a Wikipedia). 

Para  adensar o assunto, fui buscar subsídio no portal da Social Science Research Network (SSRN),  minha fonte internacional de artigos de pesquisa científica.  De forma bem simples: vou escrever sobre a influência negativa da cultura e dos "valores" mundanos dentro da Igreja Evangélica.

Podemos começar falando sobre o Iluminismo. Segundo Immanuel Kant, 

"O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão, independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento, mas da falta de resolução [atitude] e coragem para fazer uso do entendimento, independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Ter coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do iluminismo."


O iluminismo é uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos têm condições de tornar este mundo um lugar melhor. O que pode ser feito pela introspecção, livre arbítrio, espírito voluntário e engajamento político-social. Isto pode ser exemplificado da seguinte forma: de acordo com a pesquisa de SOARES, Evanna  (2011):

"O iluminismo forneceu inspiração teórica para a condenação da escravidão adotada pelo antigo regime, mas não se mostrou forte o suficiente no Brasil para apressar o fim da exploração da mão de obra servil. Os ideais de igualdade e liberdade que ecoaram da Revolução Francesa penetraram na intelectualidade brasileira de forma lenta e com pouca intensidade, a ponto de tolerar a ambiguidade de apregoar o discurso liberal, mas praticar e apoiar-se no trabalho escravo."

Isto quer dizer que, na Europa de Spinoza, Locke e Isaac Newton e, depois, Diderot, Voltaire e Motesquieu, o Iluminismo trouxe um pensamento novo para a sociedade. No que tange à escravidão, foi através força dele que os grilhões foram quebrados. Pessoas lutando para fazer do mundo um lugar melhor para se viver.

Depois do Iluminismo veio o Positivismo.

Positivismo parte do princípio de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. O culto à ciência, sendo desconsideradas todas as outras formas do conhecimento humano que não possam ser comprovadas cientificamente. O que não puder ser provado pelo método científico são considerados crendices e vãs superstições, área de domínio teológico-metafísico.

Para os positivistas, o progresso da humanidade depende única e exclusivamente dos avanços a ciência - único caminho capaz de transformar a sociedade e o planeta Terra no paraíso que as gerações anteriores pensavam existir na vida depois da morte.

A pá de cal sobre o positivismo veio recentemente do projeto de sequenciamento do do DNA humano, o Projeto Genoma. Explicando: o que era para ser o eureka do código humano acabou trazendo mais dúvidas. A frustração da sociedade veio da convicção de que a  tal Ciência, a partir do final do século XX, já não  mais tem as repostas para todas as perguntas. Se no período do obscurantismo o conhecimento científico foi censurado, tolhido e ameaçado pela religião católica, agora, tendo conquistado sua liberdade, a Ciência percebeu que é ignorante em muitas áreas, principalmente na Biologia e na Medicina. Assim, o deus-ciência perdeu um pouco da sua arrogância.

Segundo a pesquisa de CARDONA e CRUZ 

(REVISTA INTERNACIONAL ADMINISTRACION , 2014):

"O contexto histórico atual corresponde ao pós-modernismo (início depois da segunda metade do século XX), que tem sua origem na Europa, se fortalece nos Estados Unidos e atinge a América Latina pelo contágio ou reflexo da globalização e relação econômica, política e cultural americana. A pós-modernidade surge com a perda da confiança em projetos de transformação das sociedades, onde o futuro é sacrificado por um presente livre de compromissos, despreocupado e relativista (tudo depende e tudo vale)

A pós-modernidade se caracteriza por uma rejeição às ideias de grandes proporções, a aversão a comprometer-se com um sentido único da vida, pela subordinação do comum ao individual, proclama o predomínio do sentimento sobre a razão. Não se apega a nada nem sequer a seus próprios critérios, apud SEVERIANO (2005, p. 13)

O consumismo conserva uma estreita relação com o hedonismo, comportando-se este último como facilitador para os produtores. O consumo pós-moderno  é uma atividade que transcende ao uso ou à compra de produtos e serviços; é mais que um intercâmbio de valor comercial: é uma atividade individual e social que permite ao indivíduo desfrutar de coisas para satisfazer suas necessidades, seus desejos, mas também lhe traz o sentido de pertencimento a um grupo determinado ou ao menos pretendê-lo. 

Por isso, o indivíduo entra em uma compulsão de ter, comprar, renovar modelos e aparelhos para continuar sendo reconhecido e apreciado pelos amigos e por si mesmo."


O pós-modernismo trouxe a ideia de um pluralismo de verdades. 

No capítulo 18, v.38 do Evangelho segundo São João, Pilatos desdenha da afirmação de Jesus, respondendo: "O que é a verdade?" e nem esperou pela resposta. Jesus tinha dito: "Todo aquele que é da verdade, ouve a minha voz". Ao considerar a existência de múltiplas verdades, a verdade primeira foi relativizada pelo pensamento pós-modernista. E o que é a verdade absoluta: Está em João 14.6 : "Disse Jesus: Eu sou o caminho, a VERDADE e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim". Ou seja, o único Deus existe, e para haver uma reconciliação individual com Ele, o caminho é Jesus, e o como fazer é ouvir o que diz a Palavra de Deus.

O que há por trás desta falsa ideia de pluralismo de verdades? Ao meu entender, o pós-modernismo quer dizer isto: Todos os deuses de qualquer religião são caminhos possíveis e verdades relativas para o homem. Dessa forma, fica excluída a existência de um Deus único.

Quanto à relatividade, conta-se que Einstein certa vez procurou explicar a Lei da Relatividade mais ou menos assim: Fique uma hora com a pessoa amada e vai parecer que ficou só um minuto; coloque a mão no fogo por um minuto e vai parecer que ela ficou uma eternidade. 

O pensamento da relatividade das coisas vai de encontro ao princípio mais elementar defendido sem concessões pelos Apóstolos Paulo, Pedro e João.

Estamos falando do erro doutrinário. O combate às novidades heréticas que tentavam (e ainda temtam) desconstruir a fé dos novos convertidos - segunda prioridade de Paulo. A primeira era pregar o Evangelho, a segunda, a defesa da fé. Os três apóstolos sabiam que o fermento, mesmo em pequena quantidade, com o tempo iria apodrecer toda a massa. Quando a Igreja da nossa época permite a pregação de várias heresias em seus púlpitos, por exemplo, o uso da teologia da "prosperidade", ou seja, aquela palavra que dá comichão nos ouvidos dos crentes, está implicitamente considerando que o Evangelho é uma verdade relativa ou uma pluralidade de verdades. Desta forma, a vontade de Deus é encoberta aos olhos e ouvidos dos fiéis. 

Depois do pluralismo, do relativismo, a terceira onde de ataque à Igreja Evangélica é feita pelo antropocentrismo.  Uma igreja-de-faz-de-contas para uma congregação inclinada a ouvir somente aquilo que lhe agrada aos ouvidos. 

Isto é o que a teologia da prosperidade faz: a relativização do Evangelho. Um evangelho falsificado que produz um pseudo-crente que não tem nem mesmo certeza da salvação, mas, que por outro lado, economicamente, é um grande negócio. A mensagem da prosperidade coloca no centro as necessidades do homem e o Evangelho cede lugar aos textos e personagens do Velho Testamento. A palavra mais citada é "vitória".

Por trás deste evangelho da prosperidade há um jesus cristo falso, um gênio, que ao esfregar da lâmpada, está pronto para atender aos desejos de carros, casas, negócios, abertura empresas e morar em sobrados de 4 andares.

O pluralismo, o iluminismo, o positivismo relativismo e o antropocentrismo são as cunhas do pós-modernismo para rachar a comunhão da Igreja com o Cristo. Estas armas trabalham como a ação de um veneno, lenta e gradualmente, causando a inversão de valores morais. Com um detalhe: tão lentamente que não é perceptível o estrago, a não ser lá na frente quando o Espírito Santo foi entristecido e apagado.

Nicodemos foi de noite até Jesus e, surpreso, perguntou: 

--Como pode o homem nascer de novo, sendo já velho? Ou como pode tornar ao ventre da sua mãe, para tornar a nascer? Nicodemos fazia parte do Sinédrio, o Conselho político-religioso da sua época. Ele estava tão associado a pessoas ímpias e incrédulas que não tinha a menor noção e que a regeneração é  obra do Espírito Santo feita no coração de quem aceita o senhorio de Cristo.

Em Mateus 7.14 está escrito: 

"E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem."

A porta é Jesus. 

A porta estreita é o novo nascimento, a regeneração. O caminho para a salvação é Jesus. O caminho apertado é a santificação. Sem regeneração e sem santificação ninguém receberá a vida eterna. Uma pessoa regenerada não estará pensando em carros e mansões, mas em aprender a palavra para conhecer o propósito de Deus para sua existência. Uma pessoa que procura andar no caminho da santificação (jejum, oração, sinceridade, retidão e distância do mal) procura chegar mais perto do Senhor Jesus, a fim de prestar um serviço perfeito na obra de Deus.

Quando as portas da Igreja se abrem para a cultura do pós-modernismo, a regeneração se torna algo incompreensível, o caminho estreito é substituído por um atalho "intermediário" e os costumes dos adolescentes e jovens da Igreja passam a incorporar, naturalmente, a forma mundana de namoro. O prazer vai na frente e a santificação na berlinda. Muitos astores não se importam em combater os evangelhos falsos, passando até a pagar altas quantias para ter os "maiores pregadores" de prosperidade nos eventos principais da Igreja. 

Sem sal e sem luz, a sociedade ficará exposta aos ventos da pós-modernidade que a cada estação trazem novidades chocantes. Por exemplo, hoje, a consagração mundial do casamento homossexual. Amanhã, conforme previsto no livro "Os quarenta anos finais da terra" o casamento entre pais e filhos. O que de  mais podre houver no coração do diabo, é isto que ele vai revelar às mentes desviadas.

Que Deus tenha misericórdia de nós.


1. SOARES, Evanna. Abolição da escravatura e princípio da igualdade: reflexos na legislação do trabalho domésticoRevista Jus Navigandi, Teresina, ano 16n. 28356 abr. 2011. Disponível em: . Acesso em: 26 jun. 2015.

Evanna Soares: Procuradora Regional do Ministério Público do Trabalho na 7ª Região (CE). Doutora em Ciências Jurídicas e Sociais (UMSA, Buenos Aires). Mestra em Direito Constitucional (Unifor, Fortaleza). Pós-graduada (Especialização) em Direito Processual (UFPI, Teresina).
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2 EL CONSUMO EN LA POSTMODERNIDAD
Madeline Melchor Cardona, Universidad Autónoma de Occidente
Carmen Elisa Lerma Cruz, Universidad Autónoma de Occidente
REVISTA INTERNACIONAL ADMINISTRACION & FINANZAS ♦ VOLUMEN 7 ♦ NUMERO 1 ♦ 2014
http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2327901






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