terça-feira, maio 01, 2018

Biografia do Pastor José Pimentel de Carvalho

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Pr Pimentel
Pastor José Pimentel de Carvalho  (1916-2011)

Fonte:  Portal da Assembleia de Deus em Curitiba

Em Santa Tereza, município de Valença -RJ, morava o casal Luiz Antônio de Carvalho e Selíria Pimentel de Carvalho. Eles tiveram nove filhos e entre eles,  José Pimentel de Carvalho, o quinto filho, nascido no dia 08 de fevereiro de 1916. Quando José nasceu, era mais um entre os que já existiam, e quem imaginava o que José seria no futuro? Deus tinha os caminhos desse jovem nas Suas mãos. Crescia o menino com saúde correndo e pulando como todos os garotos de sua época.

Certa vez chegaram ao lugar denominado “Fazenda da Glória” os crentes pentecostais da Assembléia de Deus com suas pregações, seus cânticos e orações tão estranhos nos seus movimentos e cerimônias ao sistema e tradição da velha religião. O curioso José Pimentel ouvia bem tudo aquilo, e viu bem, creu que ali estava a verdade. Assim, no ano de 1930 com a idade de 14 anos aceitou a Cristo como seu Salvador, passando a ser também um pentecostal. Em outubro desse mesmo ano, foi batizado nas águas, pelo pastor Belarmino Pedro Ramos, de saudosa memória. Em 1932 recebeu o batismo com o Espírito Santo, sendo que nesse mesmo ano seu pai também se converteu ao Evangelho. Nos primórdios de sua fé, na pequena igreja onde congregava, José Pimentel demonstrou que tinha uma chamada especial de Deus na sua vida. Percebendo isso, seu pastor começou a aproveitar sua boa vontade e prontidão, convidando-o para ajudar nos cultos e como professor da Escola Dominical.

De sua história conta-se que sua primeira pregação versou sobre Mateus 25:31 a 34, sendo este o texto lido: “Quando vier o Filho do Homem em sua majestade e todos os anjos com Ele, então se assentará no trono de Sua Glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e Ele separa uns dos outros, como pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à sua esquerda; então dirá o Rei aos que estiverem à Sua direita: Vinde benditos de meu Pai, entrai na posse do Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo". A pedido de seu tio que era o dirigente do trabalho, José um garoto de calça curta e pés descalço começou ler com voz trêmula o texto acima referido, pensando em lê-lo e dar por encerrada sua mensagem.

Leu poucos versículos e, ao olhar para a porta do salão, viu a chegada de diversos homens armados com foices e pedaços de pau, para acabarem com o culto, mandados pelo fazendeiro. Continuou a leitura e o Espirito Santo começou a agir, batizando seis jovens que faziam um barulho daqueles como dos pentecostais antigos. Em seguida, outro jovem foi batizado, e caiu de joelhos falando em línguas estranhas, quando então pegou um banco e sacudiu-o como se quisesse quebrá-lo. Partiu em direção àqueles homens armados, de joelho pelo corredor, falando em línguas e profetizando aos valentões, os quais, um a um, se retiraram. Voltaram apenas no dia seguinte, para dizer que os cultos poderiam continuar. No mesmo culto, Deus entregou uma mensagem profética ao jovem José Pimentel: “Meu servo, continue que Eu estou contigo”, interpretada pelos presentes como incentivo para continuar a pregação.

Também parte interessante de sua vida foi que em 1934, empregou-se na Companhia de Fiação e Tecelagem Ferreira Guimarães, em Valença, onde conheceu uma moça que se chamava Rosa Maria da Conceição, mais tarde Rosa Maria da Conceição. Os dois afeiçoaram-se, noivaram-se e casaram-se nos dia 24 de março de 1938. José tinha então 21 anos e Rosa 19. A cerimônia do casamento foi celebrada pelo evangelista João Leandro, obreiro local em Valença.

Deste casal nasceram 11 filhos, sendo dois deles já falecidos. São eles:
Samuel Nils de Carvalho, Paulo Pimentel de Carvalho, José Pimentel de Carvalho Júnior, Éster de Carvalho Andrade, Carlos Alberto de Carvalho, Silas Roberto de Carvalho, Elias de Carvalho e Luiz Antônio de Carvalho. A família cresceu consideravelmente com a chegada de genro, noras, netos e bisnetos.

Na época em que iniciou seu ministério, Pimentel era como um evangelista. Com outros companheiros, iam, de bicicleta, evangelizar nas periferias da cidade e nos sítios, até ser colocado como responsável pela congregação em Valença. Sua área de atuação abrangia Palmas, Governador Portela e Terra Fria, além de outros pontos dispersos.

Na história do seu ministério, foi separado para servir como diácono no dia 24 de março de 1938. Em 1939, foi separado para presbítero. Por achar necessário a formação musical de um dirigente de cultos, estudou e tornou-se músico trombonista, professor e maestro, formando bandas e corais. Na Harpa Cristã, constam as suas versões para dois hinos: 541 (“Calvário, Revelçao de Amor”) e 620 (“Na Jornada para o Céu”).

Em 1944 ficou doente. A junta médica que o examinou não conseguiu determinar seu mal. Definhava-se e, após três meses, estava à beira da morte, tanto que passou uma noite e um dia em coma profunda. Deus, usando um irmão em profecia, disse: "meu servo, entrega a tua vida nas minhas mãos, que eu cuidarei de ti". Naquele momento, saiu do estado de coma — estava completamente curado — e entregou-se nas mãos sacrossantas de Jesus a uma chamada definitiva. Uma semana depois de curado, dirigiu-se à fábrica e avisou aos diretores que não voltaria mais ao trabalho.

Em 18 de maio de 1945, no encerramento da Semana Bíblica realizada na AD em São Cristóvão – Rio de Janeiro, foi, por mãos do missionário Samuel Nyströn e do pastor Cícero Canuto de Lima, consagrado ao pastorado. Naquela época, ele trabalhava como auxiliar do pastor João Batista de Lima, no campo de Vera Cruz. No Rio de Janeiro fixou-se no bairro do Leblon, onde recebeu uma congregação e também deu continuidade à obra na favela da Rocinha, onde atualmente existe uma grande congregação. Assumiu o cargo de secretário da AD campo de São Cristóvão que tinha em sua jurisdição 47 igrejas e acumulava também o cargo de segundo tesoureiro. Em 1960 assumiu a direção da AD da Penha.

A convite do pastor Agenor Alves de Oliveira, em 6 de março de 1962 transferiu-se para Curitiba onde assumiu a presidência da Assembléia de Deus. Havia naquela ocasião, oito congregações, oito propriedades e aproximadamente 1800 membros. Cerca de quarenta anos depois, a igreja na capital paranaense contava com aproximadamente 80 mil membros em comunhão, 100 mil congregados, 40 pastores, 25 evangelistas, 600 presbíteros, 800 diáconos e mais de 540 congregações na grande Curitiba.

A obra de maior vulto foi a construção do Templo Sede, um dos mais belos da AD no Brasil, com 5.710 m² e uma capacidade para 1.500 pessoas sentadas, sendo inaugurado em 05 de setembro de 1982.

Pastor José Pimentel de Carvalho visitou dezenas de países, tendo permanecido dois meses na Noruega pregando e ensinando a Palavra de Deus. Sempre teve presença e influência marcantes nas Convenções Gerais e Estaduais. Foi presidente da CGADB por várias vezes. A primeira eleição para presidência foi em Curitiba (1964). As outras foram: Natal (1973), Santo André (1975), Recife (1977), Belo Horizonte (1981) e a última, em Anápolis (1985). Foi também um dos pioneiros do CAPED e ainda exerceu a função de conselheiro da CPAD por três vezes.

No dia 10 de março de 2002, pastor José Pimentel sofreu um grande abalo, devido o falecimento de sua querida esposa, irmã Rosa Maria de Carvalho, sua leal companheira de 64 anos de vida em comum e grande colaboradora de seu ministério.

Por ocasião da Primeira Escola Bíblica Nacional, realizada na cidade de Uberlândia – MG, no período de 12 a 15 de abril de 2004, foi homenageado pela CGADB. Foi lhe entregue uma placa comemorativa com os seguintes dizeres: “A Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, por ocasião da 1ª Escola Bíblica Nacional, em Uberlândia, reconhece o brilhantismo do ministério do Pastor José Pimentel de Carvalho, notabilizado nos Estados do Rio de Janeiro e Paraná, e por sua notável liderança igualmente reconhecida em todo o território nacional. Este preito faz-se jus por todo o seu trabalho como eminente obreiro do Senhor, que jamais mediu esforços para o enobrecimento do Reino de Deus”. Apesar da idade avançada e com a saúde abalada, pastor Pimentel permaneceu firme na direção da Assembléia de Deus em Curitiba, contando com a colaboração eficiente de seu vice-presidente, pastor Wagner Tadeu dos Santos Gaby.

Ele ministrava na igreja todas as terças feiras a Palavra de Deus, nos cultos de doutrina, e era professor titular de uma concorrida classe de Escola Dominical, função que exercia há anos.

Pastor Pimentel era um homem de muita sabedoria, e prevendo que sua partida se aproximava, resolveu dar emancipação para vinte regiões da Grande Curitiba, para que o trabalho do Senhor continuasse a se desenvolver sem maiores transtornos administrativos. No dia 24 de fevereiro de 2011, aprouve ao Senhor chamá-lo ao eterno descanso, deixando a saudade nos filhos, demais familiares, amigos e a igreja no Brasil.

Por várias vezes presidiu a Convenção do Estado do Paraná e continuou como Presidente de Honra até o seu falecimento. Fundou o Instituto Bíblico das Assembleias de Deus no Paraná e a Associação Educacional das AD no Paraná.

A conversão do Pastor Watchman Nee


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Pastor Watchman Nee - (1903-1972)
Tradução: João Cruzué

Nee To-sheng ou Watchman Nee, o grande líder cristão chinês, nasceu em uma província do Sul da China. Em sua juventude provou ser um indivíduo dotado de grande inteligência e de um futuro promissor. Nee foi consistentemente o melhor melhor aluno da Faculdade Trinity, adquirindo excelente histórico acadêmico. Ele, naturalmente, tinha grandes sonhos e planos para uma carreira cheia de realizações.

Em 1920, aos 17 anos de idade, conheceu o Evangelho e depois de algumas lutas internas aceitou Jesus como seu Salvador e Senhor e ao tomar essa decisão deixou a carreira universitária. Desde então seu ministério passou a ser conhecido como um dos mais espirituais e significativos do século 20. Seu nome anterior era Nee Shu-tsu. Após sua conversão mudou  para Nee To-sheng, devido a um costume local, segundo o qual, se algum fato mudasse a vida de uma pessoa, ela mudaria de nome. No caso de Nee, foi sua conversão ao cristianismo.

Já no início de sua vida cristã começou a escrever. Seu ministério de aproximadamente 30 anos foi uma bênção de Deus para a Igreja chinesa, e seus livros ainda serão por muito tempo um manancial de espiritualidade e inspiração para cristãos em todo mundo, em todas as épocas. Sua obra teve um profundo impacto sobre a divulgação do evangelho e o estabelecimento de centenas de igrejas locais através da Ásia. Por causa da sua fé em Cristo, Nee foi preso em 1952 pelo regime comunista de Mao Tse-tung, permanecendo seus últimos 20 anos de vida na prisão.

No início ele era um cristão metodista, depois, começou ele mesmo a restauração da Igreja nos moldes da Igreja Primitiva, segundo estava nas escrituras. Ele era ferrenho opositor da fragmentação do corpo de Cristo pela criação indiscriminada de denominações e divisões da Igreja. Sua Igreja em Xangai cresceu e chegou a ter 3.000 membros. Orando, decidiu dividi-la em 15 grupos, chamados de "pequenos rebanhos". Cada pequeno rebanho (grupo familiar) chegava a ter 200 membros. No início dos anos 40, a Igreja de Nee já possuía perto de 500 "pequenos rebanhos". Em 1941, Xangai foi invadida pelo exército japonês e a Igreja começou a passar por necessidades financeiras. Ele e seu irmão montaram um empresa farmacêutica para complementar os recursos para as necessidades da Igreja . Daí pode-se perceber que o sistema de grupos familiares, desenvolvido mais tarde na Igreja sul coreana pelo Pastor Paul Yonggi Cho foi influências do trabalho de Nee.

Em 1949, o Partido Comunista da China derrubou o governo nacionalista e instituiu a Republica Popular da China. A princípio, os comunistas insinuaram um apoio aos líderes cristãos locais, enquanto expulsava os missionários "imperialistas". Dois anos mais tarde, Mao Tse-tung mostrou sua verdadeira intenção - a de controlar as Igrejas. Durante esse tempo, os pequenos rebanhos resistiam a ordem comunista de que todos deveriam ser filiados a Igreja Cristã Nacional, uma organização fantoche. Milhares de membros da Igreja de Nee foram mortos ou colocados em prisões. Havia informantes comunistas se infiltrados entre os grupos.

Os pastores eram rotulados de lacaios dos imperialistas estrangeiros e Nee foi acusado de liderar um grande sistema secreto que envenenava as pessoas com palavras reacionárias. Em 1952 ele foi preso. Antes disso, ajudou a criar várias Igrejas subterrâneas. Em 1956,foi julgado e sentenciado à prisão por 15 anos. Em 1967, ele deveria ser solto, mas com a seguinte condição: de nunca mais voltar a pregar o evangelho. Nee não concordou. Ele foi transferido para outra prisão onde morreu cinco anos mais tarde. Ele preparou a Igreja da China para sobreviver sob a "cortina de bambu" e ela Sobreviveu. Mao se foi, mas Jesus continua na China salvando, batizando e derramando o Espírito Santo. Veja isto nas fotos tiradas mais recentemente: fotos da igreja da china.


A conversão e o início do  ministério
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"Meu nascimento foi  resposta de uma oração. Minha mãe tinha muito medo de que sucedesse a ela o mesmo que acontecera a sua cunhada, que tivera seis filhas, o que segundo os costumes chineses era ruim, pois meninos eram os mais desejados. Mamãe já tivera duas meninas, e embora não entendesse completamente o compromisso de uma oração, ela orou ao Senhor e disse: “Se o Senhor me der um filho, eu lho darei de volta de presente". E, o Senhor ouviu sua oração, e eu nasci. foi meu pai que mais tarde me dissera que antes do meu nascimento minha mãe tinha-me prometido ao Senhor".

Para muitas pessoas, a característica proeminente de ser salvo é o ato de ser liberto do pecado. Entretanto, para mim a questão era se eu aceitaria Jesus e me tornaria seu seguidor e um servo ao mesmo tempo. Eu Fiquei assustado porque se me tornasse um cristão então eu seria chamado para servir a Cristo, e isto iria custar muito caro para mim. Conseqüentemente, o conflito foi resolvido assim que eu percebi que minha salvação deveria ter os dois aspectos. Então, decidi aceitar Cristo como meu Salvador e servi-lo como meu Senhor. Isto foi em 1920, quando tinha 17 anos de idade.

"Na tarde de 29 de abril de 1920, eu estava sozinho em meu quarto lutando para decidir se deveria ou não crer em Cristo. Primeiro, eu estava relutante, mas assim que tentei orar, vi a magnitude dos meus pecados e a realidade, a eficácia de Jesus como Salvador. Assim que eu visualizei as mãos do Senhor estendidas sobre a cruz, elas pareciam me envolver e vi o Senhor dizer: Eu estava aqui esperando por você!

Observando efetivamente o sangue de Cristo limpando meus pecados e cobrindo me de tanto amor eu o aceitei ali mesmo em meu quarto. Anteriormente, eu havia rido das pessoas que aceitavam Jesus, mas naquela tarde, a experiência se tornou também real para mim, e eu chorei, e confessei meus pecados, procurando pelo perdão do Senhor. Assim que fiz minha primeira oração, eu conheci uma alegria e paz tais, que eu nunca tinha experimentado antes. Uma luz parecia fluir no quarto e eu disse ao Senhor: Jesus, o Senhor tem sido deveras misericordioso para comigo."

Depois que me tornei um salvo em Cristo, enquanto meus colegas traziam novelas para ler em classe, eu levava a Bíblia para estudar. Mais tarde, eu deixei a Faculdade para entrar em um Instituto Bíblico, sediado em Xangai criado pela irmã Dora Yu. No começo, por muitas vezes, ela muito educadamente tentou me expulsar do instituto com a explicação de que era inconveniente para mim ficar ali mais tempo. Na realidade era por causa de meu exigente apetite, roupas diletantes e costume de me levantar muito tarde pelas manhãs. Ela queria me mandar embora. Meu desejo de servir a Deus tinha levado um sério revés.

Embora eu pensasse que minha vida tinha sido transformada, de fato permaneciam muitas e muitas coisas que precisavam ser mudadas. Percebendo que eu ainda não estava pronto para o serviço do Senhor, decidi voltar a escola secular. Meus colegas de classe reconheceram que algumas coisas tinha alterado em minha vida mas que existiam muitas outras que ainda permaneciam em meu velho temperamento . Por isso, meu testemunho na escola não era muito poderoso, e quando pela primeira vez dei meu testemunho para o irmão Weigh, ele não me deu atenção.

Seguindo minha nova natureza de salvo já havia muitas mudanças e todo um planejamento de mais de dez anos se tornou sem significado e minhas ambições de uma brilhante carreira já estavam sendo descartadas. A partir daquele dia com uma inegável certeza do chamado de Deus, eu sabia qual deveria ser carreira da minha vida. Eu entendi que o Senhor tinha me escolhido para si, para minha própria salvação e para sua glória. Ele tinha me chamado para servi-lo e para ser seu amigo-operário.

Antes eu desprezava pregadores e pregações porque naqueles dias eles eram assalariados dos missionários americanos ou europeus, e por este serviço ganhavam deles míseros oito ou nove dólares de prata por mês. Eu nunca imaginaria, nem por um momento, que me tornaria um pregador, uma profissão a qual eu considerava tão insignificante.

Depois de me tornar um cristão, tive espontaneamente um desejo de levar outras pessoas para Cristo, mas depois de um ano de testemunho e testemunhando para meus colegas de escola secular, não havia nenhum resultado visível. Eu pensava que mais palavras e mais razões seriam eficientes, mas meu testemunho parecia não ter um efeito poderoso sobre as pessoas.

Tempos mais tarde, encontrei uma missionária da Região Oeste, a irmã Grose, que me perguntou quantas pessoas tinham sido salvas através de mim naquele primeiro ano. Eu abaixei minha cabeça e vergonhosamente confessei que a despeito de minhas tentativas de pregar o evangelho para meus colegas, nenhum deles tinha se convertido.

Então, ela me disse francamente que deveria existir alguma coisa errada impedindo minha comunicação com o Senhor. Talvez fosse um pecado escondido, dívidas ou algum outro impedimento. Admiti que tais coisas existiam e ela me arguiu se estava disposto resolvê-las, imediatamente. Concordei. A seguir me perguntou como dava meu testemunho e eu lhe disse que escolhia as pessoas ao acaso e lhes falava a respeito do Senhor, se elas mostrassem algum interesse. Ao que a missionária me ensinou que eu deveria fazer uma lista e orasse por meus amigos primeiro, enquanto aguardasse pela oportunidade de Deus para testemunhar para eles.

Imediatamente, comecei a colocar minha vida em ordem para eliminar os problemas que impediam minha comunhão com o Senhor. Ao mesmo tempo, fiz uma lista com o nome de setenta amigos com o propósito de orar por eles diariamente. Alguns dias eu orava a cada hora, até na sala de aula. Quando as oportunidades vieram eu tentava persuadi-los a crer no Senhor Jesus. Meus colegas freqüentemente diziam jocosamente, lá vem o Sr. pregador, vamos ouvir sua pregação... Embora de fato, eles não tivessem a mínima intenção de ouvir.

Eu contei, depois, meu fracasso a irmã Grose e ela me persuadiu a continuar orando até que algum deles fosse salvo. E, com a graça do Senhor continuei orando diariamente, e depois de vários meses, todas, com exceção de uma, das setenta pessoas daquela lista foram salvas

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Duas frases de Watchman Nee:

"A menos que sejamos tratados e quebrantados por meio da disciplina, estaremos restringindo o poder de Deus. Sem o quebrantamento do homem exterior, a igreja não pode ser um canal de Deus".

E, em sua última carta, escrita no dia de sua morte: " Apesar da minha doença, ainda continuo cheio de alegria em meu coração" 
http://www.watchmannee.org/

Ultima nota: Nee tinha um espinho na carne controlado pela graça de Deus. Desde 1924, ele era tuberculoso. Sobre esse assunto, estive olhando o material e pude ver que a luta de Nee em oração contra essa doença é de uma  inspiração e edificação maravilhosas. Ele dependia do Senhor, todo dia, para viver por causa da doença. Viveu com ela 48 anos. Deve demandar umas duas semanas de tradução. Orem por mim, pois gostaria de compartilhar essa bênção com meus leitores.


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Comentários: quando olho para as fotos deste chinês, meus olhos ficam molhados. Para ser cristão na China, naquela época, tinha que desprezar a própria vida. Ele sabia o preço e não negociava. Quando quiseram libertá-lo, em 1968, com a condição de nunca mais pregar o nome de Jesus, ele não aceitou e assim o mantiveram no cárcere até à morte. Quando for da próxima vez a uma livraria cristã, não perca tempo. Watchman Nee escreveu sobre aquilo que vivenciava.


Fonte de pesquisa do testemunho


tradução de Joao Cruzue






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