domingo, abril 10, 2016

O deserto vai passar


Pastor Samuel Mariano
Album: Depois do Culto

Letra,  música e intérprete: Samuel Mariano

Título da canção: VAI PASSAR

Vem surgindo mais um lindo dia
eEessa dor insiste em ficar
Eu clamo e reclamo desta vida
Pois minha vida agora é viver a chorar
E aqui ajoelhado neste cantinho
Madrugada inteira a gemer.

Já estou sem argumentos pra pedir
Nem sei o que é que estou fazendo aqui
Parece até que Deus não quer me atender.

Mas a promessa é que vai passar
Eu sei que vai passar
Deserto não é pra toda vida
Deus vai mostrar uma saída
Mas tenha calma por que vai passar.

Mas a promessa é que vai passar
Eu sei que vai passar
Deserto não é pra toda vida
Deus vai mostrar uma saída
É só ter calma que vai, vai, vai passar.

(veja se isto aqui não se parece com você) Declamado:

E aí ajoelhado neste cantinho
Já faz algumas madrugadas
Que você não dorme... E fica a gemer
Tem horas que falta argumentos para você pedir.




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Agora, enquanto escuta a música, 

leia uma parte do meu 

testemunho.


Comentário do Blogueiro: Porque eu copiei a letra deste hino? Bem, é porque ele mexe bastante com minhas emoções. Uma das razões por que comecei a escrever este blog, lá por 2005, foi para contar dos 11 anos que fiquei desempregado. 

Não me pergunte como foram, porque não mais me lembro dos detalhes, depois que o tempo do deserto passou. Uma coisa, porém, ficou e eu não consegui me esquecer: Do dia que consegui comprar um pacote de meio quilo de café no supermercado.  Quando cheguei em casa, eu chorei quando fui orar pela compra. Esta música, me faz lembrar disso. 

Quando o deserto estava quase no fim, eu estava plantando umas covas de bananeira maçã no sítio da minha mãe, e quando terminei de plantar aquelas 180 covas, choveu. Não uma chuva forte, mas uma "nublina", como se dizia na região do Vale do Rio Caratinga. De noite fui dormir ali pelas 20:00 e, antes de dormir, orei. 

Curiosamente, naquele exato momento que dobrei os joelhos, choveu de novo. Aí, eu fiz uma brincadeira na minha oração, e falei: Senhor, amanhã eu tenho que aguar aquelas 180 covas de bananeiras. Vou fazer isto alegre e satisfeito, mas se o Senhor quer mesmo molhar aquela terra, mande pelo menos uma chuva dez vezes mais forte. 

De madrugada, malhou aquele aguaceiro. Era começo de abril de 2003, mês que não costuma chover por ali. O barulho das águas nas telhas era forte e grossos cordões de água caiam da beirada das telhas lá na calçada de cimento do sobrado. Como eu estava dormindo na cobertura, tive sair depressa para o andar de baixo.

No outro dia, pela manhã, eu vi o barro da enxurrada que desceu pela estrada abaixo. Quando cheguei até as mudas de bananeiras, eu olhei e vi que Deus tinha respondido a minha  atrevida oração. E no momento que eu olhei as folhas de um  pequeno pé de banana, o Senhor Falou assim bem dentro de mim:

--Se Eu me preocupo com tão simples bananeiras, saiba que você vale muito mais que um pé de banana. Isto foi em abril, daí a três meses, Ele me abriu a porta do primeiro emprego, depois de 11 anos de deserto - 29 de julho de 1992 a 14 de julho de 2003. 

A partir de 2003, cada ano que passou, o Senhor foi aumentando a sua bênção.  De 2003 até dezembro de 2009 eu estive trabalhando na Prefeitura de São Paulo.

Ainda não sei porquê fui quebrado e moído durante 11 anos. Deus nunca me revelou, mas o deserto passou. Passou, porque Ele me conduziu todo dia pelo vale sombrio. 

Glória a Deus por meio quilo de café, e glória a Deus, hoje, pelo 6.º ano como servidor efetivo no Tribunal de Contas. 
O deserto foi muito duro, mas, graças ao Senhor, ele passou para mim, e também vai passar para você.



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sábado, abril 09, 2016

A Professora, o Juiz e o presidente

Professora Odete Starki
João Cruzué

Quem tem maior valor para a sociedade, uma professora, um presidente ou um juiz? Respondendo sem pensar, eu imagino que você vá escolher o Presidente, afinal ele pode determinar com sua caneta o destino de milhões de pessoas. Outras pessoas, talvez, elegeriam o juiz, pois a magistratura tem a missão de equilibrar os pratos da imensa balança social desta nação.  Seguindo neste raciocínio, poucos ficariam com a professora no Brasil. Entretanto, depois de ler este texto, eu acho que você pode mudar de opinião.

No Dia Internacional da Mulher de 2016, a Câmara Municipal de Maringá homenagear algumas mulheres que embelezaram a história daquela cidade do Norte do Paraná. Durante a semana, foi combinado que cada um dos 15 vereadores tinha missão de escolher uma senhora para ser homenageada.

E assim foi feito. No dia 09 de março, cada vereador trouxe a sua homenageada. Um deles apareceu trazendo pelo braço uma senhora baixinha, de cabelo  bem curtinho, pintado de loiro, de mais ou menos uns 70 anos, Professora de Português,  já aposentada.

Quando seu nome foi lido na tribuna da Câmara de Maringá, algumas pessoas foram tomadas de surpresa e em um ímpeto de raiva começaram a gritar palavras de ordem: "Lula, guerreiro do povo brasileira". Os manifestantes também vieram para prestigiar duas senhoras sindicalistas que também foram homenageadas.

No mesmo momento que os manifestantes começaram a gritar, os outros visitantes começaram  a aplaudir aquela professora de 70 anos. Cerca de 300 pessoas estavam lotavam o auditório. De repente, seus aplausos foram aumentando, aumentando, até sufocar o barulho dos sindicalistas, amigos do Ex-presidente Lula. Aquela senhora continuou sorrindo. Nas suas  mãos, ela trazia um bouquet de rosas brancas, homenagem do vereador pedetista, Ulisses Maia.

PROFESSORA ODETE STARKI MORO
O nome daquela senhora era Odete Starki Moro, professora aposentada, 70 anos de idade, católica praticante, mãe do Juiz Federal Sérgio Fernando Moro.  Esta mulher foi ofendida publicamente por alguns no Dia Internacional da Mulher, imagino eu, porque ajudou a forjar o caráter do filho para que ele fosse um Juiz correto, sábio, humilde, e não um velhaco ladrão de dinheiro público.

Agora que você leu o post, pense: qual é a profissional mais importante  nele: O presidente, o Juiz ou a Professora?