domingo, fevereiro 21, 2016

Águas de fevereiro

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Por: João Cruzué

Que a paz do Senhor JESUS esteja com você! Tenho escrevido pouco nos últimos meses. Assuntos é que não me faltam, o problema é a preocupação em não ser repetitivo. Escolhi a foto, acima, para traduzirem um olhar minha opinião sobre o que vai no meios religioso, político, televisivo e também na blogosfera. A coisa está turva e piorando. Por outro lado, no plano espiritual, tudo isto nunca esteve tão claro.

Nestes últimos quatro dias, tem chovido muito aqui na Cidade de São Paulo. No meu bairro, foi uma sucessão de chuvas fortes de verão: quinta, sexta e sábado. Hoje, depois da mudança do horário de verão, 01:00 hora da madrugada desabou uma tempestade, não mais de verão, mais de uma frente fria. As chuvas de verão acontecem sempre à tarde, em São Paulo. Chuva pela manhã ou pela madrugada, geralmente é coisa de frente fria subindo da Argentina.  O nível do Sistema Cantareira que foi notícia (ruim) no Brasil inteiro, hoje, está em 38,3% segundo a Sabesp.

No que diz respeito ao desastre do estouro da Barragem do Fundão, da Samarco em Mariana, cada dia que passa um órgão público tasca uma multa na mineradora. Tudo lorota, propaganda enganosa para amortecer a opinião pública. Aqueles infelizes irmãos,  que foram desalojados na marra de seus lares,  dizem as autoridades mineiras,  estão recebendo um salário mínimo em uma cesta básica. E só! Deviam multar também as autoridades responsáveis pela fiscalização dos projetos daquelas barragens. Se tivessem sido corretas, a Samarco teria sido cobrada, a barragem não teria estourado, e os moradores de Bento Rodrigues não perderiam sua dignidade.

 Pelo que temos lido nos jornais e nas revistas, nosso país não possui um judiciário à altura de um país decente. Continua tudo do mesmo jeito desde Dom João VI ou, para ser realista, desde os tempos de Cabral. Caso este desastre tivesse acontecido no Japão ou na América, os habitantes da vila de Bento Rodrigues, há muito tempo já teria suas novas casas construídas em terreno próximo da antiga Vila. E por que não estão? Porque na primeira oportunidade que o Governador de Minas (minha terra) abriu a boca, não foi em favor do povo prejudicado, mais foi em defesa da Samarco.

A corrupção está na raiz do problema. Na foto o rio  está poluindo o mar. Este é o retrato atual da corrupção que campeia nas três esferas de Governo e na Igreja Brasileira. Excetuando as raríssimas exceções, à semelhança da lama que tenta poluir o oceano, uma corrupção desenfreada e maligna está tentando corromper a sociedade e apodrecer a Igreja Brasileira.

Assim como Deus tem enviado a chuva para encher as represas do Sistema  Cantareira, Ele também não se esqueceu do Brasil. Há mais de 50 homens fiéis orando por esta nação. Assim como o profeta Elias orou sete vezes para que a chuva caísse em Israel, nós também não podemos desanimar. Até a sexta oração não tinha acontecido nada, mas quando o profeta orou pela sétima vez, uma pequena nuvem parecida com u'a mão  humana surgiu no horizonte. É tempo de esperar pela justiça de Deus. Ele vai mandar a conta para a casa de cada um, seja político, juiz, padre ou pastor. Perante a justiça divina não há joelho que consiga ficar  em pé. O Rio não é páreo para o mar.












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sábado, fevereiro 20, 2016

Porque Jesus disse não

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Não!
João Cruzué

Vivemos em uma época em que a palavra não está fora de moda. Pelo "amor" ao dinheiro, há muitos bispos, apóstolos, profetas e pastores dizendo SIM! Pelo interesse em perenizar o poder, os políticos também estão dizendo "SIM!". Pela relações descartáveis a sociedade trocou a palavra sexo pela palavra "amor" inovando na semântica. Aonde vamos parar com isto é uma reflexão interessante.

Vivemos dias, em que os filhos quando conversam com os pais, só esperam ouvir Sim! Tempos de relativização do santo, do escárnio da moral, da banalização do sexo, da "Lei de Gerson" que se tornou um texto consuetudinário enquanto o livro "O Príncipe" de Maquiavel tem sido a bíblia de cabeceira de muitos aspirantes ao "pudê". No entanto, hoje eu não vim para refletir sobre o "óbvio", mas lembrar  e refletir sobre três momentos que Jesus Cristo exercitou a força da palavra NÃO.

Decerto que houve mais de três momentos em que Cristo precisou dizer não. Assim posso restringir o foco do meu post em três passagens bíblicas. Eu sei que este texto vem destinado a mim, e por isso mesmo, também poderá falar com muitos. Jesus disse não: durante a tentação; Jesus disse não, diante da mulher adúltera e Jesus disse não durante sua crucificação.

Há momentos que é preciso dizer não!

Quando Jesus foi para o deserto orar e jejuar por 40 dias e noites, ele foi assediado pelo diabo. E naquele lugar solitário e árido o Senhor foi tentado por três vezes. Na primeira, o diabo tentou quebrar sua obediência à vontade de Deus, sugerindo: Se tu és o filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Colocar a satisfação de uma necessidade justa, primária, na hora errada. Cristo pensou duas vezes, como é costume dizer, e respondeu que nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra de Deus. Comer era uma necessidade básica, ainda mais depois de 40 dias de jejum, mas Cristo esperou para o momento certo, quando os anjos de Deus desceram para lhe dar alimento. Depois o diabo procurou tentá-lo com a fama e comisso matá-lo antes do tempo, induzindo-o ao suicídio. A fama também mata, haja vista o que tem acontecido com milhares de religiosos. Na última tentativa, o diabo ofereceu o poder e a glória deste mundo, e foi rechaçado pelo Cristo, pois o Reino de Deus é um reino espiritual.

Se Cristo tivesse racionalizado com a palavra de Deus, como muitas autoridades estão fazendo hoje, a miséria, o pecado e a morte seriam eternas. Isto não aconteceu, pois a mente do Senhor estava atenta ao que era (e o que não era) a vontade do Pai. Ah! como tem gente sendo enganado pelo diabo pensando que estão fazendo o que é da vontade de Deus.

A segunda vez que Jesus disse não, foi diante de um grupo de religiosos radicais. Adiante, ia uma mulher adúltera. Atrás, velhos e moços com grandes pedras na mão. Calmo, Jesus escrevia no chão. Tendo insistido, o Senhor propôs: Aquele que estiver sem pecado, que atire a primeira pedra. Saíram primeiro os mais velhos; surpresos, os jovens os seguiram. Frente a frente, ficaram uma mulher assustada e agradecida e o Filho de Deus. "Mulher, onde estão os teus acusadores? ...Vai em paz e NÃO peque mais."

Jesus disse sim, para a vida e não, para o pecado. Ele ama o pecador, mas aborrece o pecar. E mais ainda aborrece aos atiradores de pedra de plantão que se postam nas portas do templos para procurar falhas e defeitos na vida dos irmãos e dos pecadores que tenta se aproximar da salvação.

A terceira vez que Jesus disse não, foi quando ele estava a poucos momentos da morte e um coro de filhos de príncipes zombava: Se tu és o Cristo, desce da cruz agora e salva-te a ti mesmo! O curioso é que o início desta frase também foi usada pelo diabo - Se tu és o Cristo... Como também não é mera coincidência as mesas palavras dentro do contexto da pergunta do Sumo Sacerdote em Marcos 14:61, e de membros do Sinédrio em Lucas 22:67. É somente impressão minha ou toda aquela gente estavam com suas bocas à disposição do diabo?

Se Cristo tivesse descido da cruz com o poder e a glória que tem, o plano da salvação teria fracassado e nunca mais alguém escutaria o seu nome. Mas Cristo venceu a vontade do diabo. Ele venceu a própria vontade, e é por isso que, 2000 anos depois, seu nome continua sendo Maravilhoso, Deus Forte, Conselheiro, Deus Forte e Pai da Eternidade.

Há "nãos" que não precisam ser ditos para que sejam entendidos. Atitudes falam mais alto que palavras, porque são mais difíceis de serem tomadas.

Quero terminar esta mensagem fazendo três perguntas para mim mesmo:

Qual é o preço de se dizer não! Quando as pessoas esperam que devemos dizer sim?

Se alguém vier oferecendo uma oportunidade maravilhosa, dizendo que é uma bênção, será que estarei pronto para dizer a resposta certa, dentro da vontade de Deus?

De acordo com minhas atitudes, que palavra o Senhor me dirá naquele dia, quando eu for bater a sua porta?

Diante disso, chego a esta conclusão: minha justiça perante o Senhor é como trapos de imundície e que preciso muito conhecer Sua vontade para dizer não no tempo apropriado.