quinta-feira, maio 28, 2015

Grandes Mulheres Evangélicas: Hillary Rodham Clinton


Grandes Mulheres Evangélicas

Hillary R. Clinton
Sra. Secretária de Estado - Hillary Rodham Clinton


Tradução: João Cruzué

Em 21 de janeiro de 2009, a Sra. Hillary Rodham Clinton foi juramentada como a 67ª Secretária de Estado dos Estados Unidos. A Secretária Clinton foi guindada ao Departamento de Estado, depois de quase quatro décadas de serviços públicos como advogada, procuradora, Primeira Dama e Senadora.

A Senhora Clinton nasceu em Chicago, Illinois, em 26 de outubro de 1947, de Hugh e Dorothy Rodham. Ela frequentou as escolas públicas locais antes de se graduar no "Wellesley College" e na Faculdade de Direito da Universidade de Yale, onde conheceu Bill Clinton. Em 1974, a Senhora Clinton mudou-se para o Arkansas, e depois de um ano, casou-se com Bil Clinton e se tornou uma procuradora de grande sucesso enquanto criava a filha do casal, Chelsea. Ela foi professora assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Arkansas, e depois de trabalhar no fortalecimento da defensoria acadêmica local, foi indicada pelo Presidente Jimmy Carter, em 1977, para servir no quadro de Consultoria Jurídica Corporativa, que mais tarde ela presidiu.

Formatura no colégio

Durante seus 12 anos como Primeira Dama do Estado de Arkansas, ela presidiu o Comitê Normas Educativas do Arkansas, e foi co-fundadora da "Advocacia para a infância e Família" e participou da administração do Hospital da Infância do Arkansas e do Fundo de Defesa Infantil.

Em 1991, o Governador Clinton foi eleito Presidente dos Estados Unidos, e como Primeira Dama, Hillary Clinton se tornou uma defensora da reforma dos serviços de saúde e trabalhou em várias questões relacionadas com infância e família. Ela liderou com muito sucesso esforços supra-partidários para melhorar adoções e sistemas de cuidados sociais, redução de gravidez entre adolescentes, e providenciar serviços de saúde para milhões de crianças através do Programa de Seguro de Saúde Infantil. Ela também visitou mais de 80 países como um das representantes americanos, conquistando o respeito como campeão de defesa dos direitos humanos. Seu famoso discurso em Pequim, em 1995, quando ela declarou que "Direitos Humanos são direitos das mulheres e direitos das mulheres são direitos humanos" inspirou mulheres em todo o mundo e ajudou galvanizar um movimento global em favor dos direitos femininos.

Estudante de Direito em Yale

Juntamente com a (ex)Secretária de Estado Madeleine K Albright, Hillary Clinton trabalhou para o lançamento da Iniciativa Governamental das "Vozes da Democracia pela Vida". Hoje a "Vital Voices" é uma organização não governamental que continua treinando e organizando lideranças femininas pelo mundo.

Em 2000, Hillary Clinton fez história com a Primeira Dama eleita para o Senado americano e como a primeira mulher eleita ao Senado pelo Estado de Nova York. No Senado ela serviu nos Comitês de Serviços das Forças Armadas, Saúde, Educação, Trabalho e Pensões, Meio Ambiente e Obras Públicas, Orçamento e Melhor Idade. Ela também foi Comissária na Comissão de Segurança e Cooperação com a Europa.

Como Senadora, a Senhora Clinton trabalhou entre as fronteiras partidárias para construir um suporte para causas importantes do país e pra seus comitentes, incluindo oportunidades de expansão econômica e acesso aos serviços de saúde disponíveis com mais qualidade. Após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, ela foi uma poderosa defensora pela consolidação e reconstrução de Nova York quanto aos cuidados de saúde dos primeiros trabalhadores que arriscaram suas vidas trabalhando no Marco Zero. Hillary Clinton também patrocinou a causa dos Militares da americanos e lutou por melhores cuidados de saúde e benefícios para os membros e veteranos da Reserva e Guarda Nacional, feridos em serviço. Ela também foi a única membro do Grupo Consultivo do Comando das Forças conjuntas do Departamento de Defesa.

Album de casamento

Em 2006, a Senadora Clinton foi re-eleita para o Senado por Nova York, e em 2007 começou sua histórica campanha para a Presidência. Em 2008, se envolveu na campanha para eleger Barak Obama e Joe Biden, e em novembro do mesmo ano, ela foi designada pelo já Presidente Obama, para servir como Secretária de Estado.

A Secretária Hillary Clinton é autora de best-sellers, incluindo suas memórias, "História Viva", e do livro pioneiro sobre crianças "It Takes a Village". A Senhora Clinton e seu esposo, o ex-presidente Bill Clinton, moram na cidade de Nova York.

Fonte: U.S. Department of State
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Nota: A senhora Hillary Clinton é evangélica, membro da Igreja Metodista. Ela conquistou o respeito dos cidadãos americanos pelo seu comportamento público digno, discreto e cristão em face aos escândalos sexuais que seu marido, o então Presidente Bill Clintou foi protagonista nos anos 90. Sua filha Chelsea, 29, noivou no "Thanksgiving" do ano passado com o jovem judeu Marc Mezvinsky.





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Jesus e as mulheres


Sinner woman


"COM AS MULHERES"

Autor: Paulo Brabo


"–Está vendo essa mulher?

Eu entrei na sua casa e você não me ofereceu

água para lavar os pés.

Ela, no entanto, lavou meus pés com lágrimas,

e enxugou-os com os seus cabelos.

Você não me cumprimentou com um beijo,

mas ela, desde que entrou,

não parou de beijar-me os pés.

Você não me derramou óleo sobre a cabeça,

mas ela passou essência perfumada nos meus pés.
"
 

Lucas 7:44-46

"A distância cultural nos impedirá para sempre de apreender a extensão da sua influência e a absoluta novidade da sua postura, mas é certo que nenhuma outra figura masculina da antiguidade oriental – seja no domínio da realidade ou da ficção – sentiu-se mais à vontade entre as mulheres do que o Jesus dos evangelhos. Nenhum outro personagem do seu tempo, e talvez de tempo algum, fez mais para corrigir a distorção das lentes culturais através das quais a imagem da mulher era interpretada – e em muitos sentidos permanece sendo.

A singularidade de Jesus nesse aspecto não é menos do que tremenda. Acho notável ao ponto do milagroso que as posturas de Jesus diante das mulheres, conforme descritas nos evangelhos, não tenham sido censuradas posteriormente por homens menos preparados do que ele para abraçá-las.


É preciso lembrar o óbvio, que não faz cem anos que as mulheres alcançaram status social igualitário no ocidente, o que os evangelhos descrevem que ocorreu há dois mil.


Numa época em que um marido não deveria se dirigir à própria esposa em lugar público, e que homem algum deveria trocar palavra com uma mulher desconhecida (em ambos os casos para proteger a sua honra, não a dela), o rabi de Nazaré buscava a companhia amistosa de mulheres, puxava conversava com elas, tratava-as com admiração e naturalidade, interessava-se sem demagogia pelos seus interesses, deixava que tocassem publicamente o seu corpo e o seu coração.


O Filho do Homem não se constrangia em ser sustentado por mulheres, não virava o rosto à possibilidade de ser acarinhado por elas, não hesitava em recorrer a imagens que diziam respeito ao seu dia-a-dia, não sonegava histórias em que mulheres eram (muito subversivamente, na ótica do seu tempo) exemplo de humanidade, de integridade, de engenhosidade e de virtude.


Falamos de um tempo, num certo sentido não muito distante, em que os homens que não denegriam abertamente a imagem da mulher soterravam-na por completo debaixo de idealizações simplistas. Dependendo de quem estivesse falando, a mulher era vista como incômodo necessário, como homem imperfeito, como criança, como objeto mecânico de desejo, como objeto idealizado de poesia, como animal fraco e sensual; figura às vezes inocente, às vezes desejável, normalmente imprevisível, normalmente indigna de confiança e invariavelmente inferior.


Contra esse cenário, o rabi de Nazaré resgatou uma mulher adúltera das garras da justiça e da morte sem recorrer ao que seria o mais fácil e popular dos argumentos antes e depois dele, o que afirma que a mulher é criatura de mente obtusa e vontade fraca, particularmente suscetível às sensualidades da  carne. Em um único golpe eficaz ele transferiu a culpa da mulher acuada para seus acusadores, todos eles homens, emblemas de poder e desenvoltura, até serem publicamente dissolvidos pela mão de Jesus. A vítima, transgressora, foi ao mesmo tempo salva da condenação e tratada, talvez pela primeira vez, como um ser humano independente e responsável (João 8:1-11).


Aqui estava um homem que, irresistivelmente, olhava para as mulheres sem rebaixar-se a preconceitos ou recorrer a idealizações. Jesus lia as mulheres como seres humanos, e foram necessários séculos para que o mundo arriscasse repetir a sua ousadia. Ainda hoje, transcorridos milênios ineficazes, não há homem que esteja imune a ler a mulher através de estereótipos novos e velhos; ainda somos tentados a enxergar o homem incompleto, a flor de pureza, a criança sem rédea. Mas ali, nas esquinas empoeiradas de um canto do mundo, as estruturas do mundo social haviam sido abaladas para sempre.


Para mim não há evidência maior de que o espírito subversivo de Jesus permaneceu vivo nos primeiros discípulos, logo após a ressurreição, do que a descrição da comunidade de seguidores em Atos 1:14: “Todos estes [homens] perseveravam unanimemente em oração, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele”.


Este com as mulheres me pega desprevenido todas as vezes, tanto pela sua necessidade quanto pelo impensável que representava no seu tempo. Em retrospecto é difícil avaliar o quanto está sendo efetivamente dito aqui, mas é preciso lembrar constantemente que naquela cultura as esferas de atividade de homens e mulheres eram divididas ao ponto do incompatível. Essa fenda corria de uma ponta à outra o tecido da sociedade, mas seu ponto nevrálgico talvez residisse na esfera religiosa, na qual era preciso ser homem para ter participação eficaz – isto é, para ter acesso verdadeiro e relevante à divindade.


Na visão de mundo vigente, homens e mulheres habitavam espaços separados no universo; essa incompatibilidade era espelhada na sociedade e prontamente celebrada através de espaços diferenciados de adoração. Tanto o Templo quanto as sinagogas tinham áreas separadas para homens e mulheres, e os recintos reservados para os homens ficavam invariavelmente mais próximos de Deus. Era uma sociedade em que não ocorreria a ninguém colocar homens e mulheres compartilhando voluntariamente de um mesmo espaço, muito menos um espaço religioso.


Agora que Jesus havia subido ao céu e os homens de branco haviam dito que mantivessem os olhos fixos na terra, os discípulos viram-se diante de um problema e de um embaraço. Jesus, o amigo das mulheres, havia partido, mas as mulheres haviam ficado. Deveriam eles, homens de respeito e maridos de boa fama, retornar ao antigo e unânime padrão social, devolvendo as mulheres ao seu devido lugar? Agora que Jesus não estava mais ali para efetuar a sua mágica, não seria inevitável que restabelecessem a fenda social que ele havia coberto temporariamente? Quando a multidão de seguidores retornasse a Jerusalém (onde Jesus dissera que aguardassem) deveriam o grupo de discípulos e o de discípulas “perseverar unanimemente” em recintos separados?


Escolher o contrário, escolher o abraço comunitário e a convivência santa nos padrões inaugurados por Jesus, seria nadar contra a corrente de todas as instituições sociais em efeito no seu tempo. Um observador só encontraria um modo razoável de interpretar uma reunião voluntária e regular entre homens e mulheres: como ocasião para licenciosidade. Foi efetivamente dessa maneira que as reuniões cristãs “de amor” foram interpretadas por seus antagonistas ao longo de seus primeiros séculos. Tinham que ser desculpas para sexo – porque, que mais poderia um homem querer fazer com uma mulher?


A momentosa decisão encapsulada nesse único verso demorou a encontrar compreensão e aceitação, tanto dentro quanto fora do grupo. Escolhendo reunir-se regularmente no mesmo recinto, tanto homens quanto mulheres abriram voluntariamente mão da ficção da “boa fama” em troca da generosidade, da inclusão e da convivência. Escolhendo sentar-se de modo criativo ao lado de um Outro com quem não criam ter nada em comum, romperam um véu ancestral e convidaram o mundo a explorar um universo de possibilidades inimagináveis. Nos dois casos, seguiam o desafio formidável deixado pelo exemplo de Jesus".




Fonte: Bacia das Almas - Paulo Brabo




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