quarta-feira, dezembro 24, 2014

Mensagem de Natal para 2014

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Jesus, o melhor presente de Natal


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Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu;

e o principado está sobre os seus ombros;

e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro,

Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

(Isaías, 9;6)

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João Cruzué

Qual é o verdadeiro significado do Natal? Provavelmente, cada um de nós diria uma frase diferente. Alguns gostam do agito das compras da Rua 25 de Março, onde uma multidão alegre e barulhenta caminha em busca de lembranças e presentes. Outros, preferem participar de uma cantata de natal na Igreja e, ainda, outros preferem aproveitar o evento para se reunir com toda a família em uma ceia de natal. Estas coisas, sob um olhar cristão, são apenas os arranjos de uma visita onde o grande convidado deve ser o Senhor Jesus Cristo.

Dezembro é o mês em que as pessoas deixam um pouco de lado o valor do dinheiro em um exercício esperado de generosidade. Paulo citou em Atos 20:35 as palavras de Jesus Cristo: "Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber." Frase esta, que hoje foi distorcia para "É dando que se recebe." Nesta mensagem de Natal vamos abordar um dos maiores presentes que podemos dar e receber.

A quantidade e formas de desgraças humanas são inumeráveis. Todo dia, toda hora e todo minuto há alguma injustiça sendo cometida, que na maioria das vezes vai ficar esquecida. Esquecida por quem pratica, mas viva na lembrança de quem sofre ou vê. Injustiça é o que se vem fazendo desde o começo do mundo. A fantástica capacidade humana de perpetrar injustiças e praticar iniquidade não possui freios. Novas leis são promulgadas todos os dias contra a iniquidade, nem por isso ela diminui. Não diminui porque suas raízes estão enterradas no mundo espiritual - além do plano físico - um lugar que não vemos e pouco conhecemos; mesmo que outros não acreditem ele está lá.

E  o Deus Altíssimo olhou de seu trono para nós e se compadeceu de nossas misérias. E se entristeceu também pelo fato de que era impossível para a humanidade arrancar de si as raízes do mal que crescem no reino das trevas. Então nosso Deus se abaixou até nós e nos  enviou um presente de perdão e de paz.  Este presente é seu único filho, que se humanizasse de uma mulher, se fez homem para sentir como nós sentimos. Ele trouxe uma mensagem direta do Deus Todo Poderoso: e a mensagem é esta: Todo pecador que aceitar de livre vontade, confessando com a própria boca que Jesus Cristo é o filho do Deus Vivo, passa a ter direito de ser perdoado e ter seu nome registra no livro da vida. Os que obtiverem este registro, são salvos da perdição eterna e do poder do pecado. Quem aceita o Cristo como Senhor e Deus não será mais escravo da força do pecado.

O maior significado do Natal é o perdão. O maior presente que alguém pode receber para aliviar as dores da própria alma. Este perdão é pela graça de Deus: Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.Jesus Cristo disse, segundo Paulo, que melhor coisa é dar do que receber. Perdoar é melhor do que ser perdoado, porque perdoar exige sacrifício. E Deus enviou o seu perdão para toda humanidade em um forma humana. Cristo é o perdão de Deus. Ainda que alguém fosse o pior pecador sobre essa terra, se um dia se ajoelhasse ao pé da cama e pedisse perdão dos pecados a Jesus, seria perdoado.

E se Cristo perdoa, nós também devemos ter um coração perdoador. E Pedro, um dos discípulos de Cristo, perguntou: Senhor, até quantas vezes devo perdoar meu irmão? E a resposta veio clara: Até 70 x 7 vezes - e naturalmente por dia. E por que esse perdão é tão importante? Porque ao perdoar, o perdoador fica livre para ser abençoado.

Neste momento eu sei que há pessoas com doenças terríveis morrendo nos hospitais, porque não quis perdoar. Eu sei que perdoar é difícil, que exige sacrifício, às vezes enormes sacrifícios. Mas é mandamento bíblico, presente na oração do "Pai Nosso".

Quando você perdoa, a corrente maligna que o mantinha preso ao passado se rompe. Deixar de perdoar é se entregar irracionalmente nas mãos do diabo, para que ele vá destruindo você aos pouquinhos. Ele envenena a sua mente, e você vai achando que é verdade. É preciso analisar as coisas deste ponto de vista; que nossos pensamentos podem ser envenenados e mantidos sob uma interpretação errada. Quando você começa a meditar neste assunto, pode descobrir que aquilo que parece tão "imperdoável" não tem o peso que pensava ter.

Natal é tempo de Jesus. Natal é tempo de perdão. Comece um ano novo fazendo uma "faxina" em seu coração. Perdoe, assuma um compromisso de perdoar diante de Deus. Liberte-se das mágoas, angústias ligadas às pessoas que lhe fizeram mal. Perdoe. Se assim fizer, suas orações não serão impedidas. O caminho para receber todo tipo de bênçãos estará liberado. Bênçãos de saúde, bênçãos financeiras, bênçãos de paz de espírito, bênçãos de uma nova oportunidade de negócios - enfim, todas essas bênçãos e muitas outras dependem de obedecer àquele que foi desprezado, traído, esbofeteado, crucificado - mas perdoou: você e eu.

Feliz Natal com Jesus Cristo, pleno, no seu coração.

São os votos do blog Olhar Cristão.

João Cruzué

terça-feira, dezembro 23, 2014

O Gueto de Varsóvia e o Filme Mein Kampf


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Mapa do Gueto de Varsóvia.

Por João Cruzué 

Antes de traduzir esta matéria, quero deixar alguns comentários. Uma de minhas visitas prediletas depois do meu almoço, é nas Lojas Americanas, com entrada pela Rua José Bonifácio, Centro de São Paulo. Na sobreloja há um espaço com uma infinidade de livros e títulos de DVD's  que estão à venda. Em uma dessas incursões, deparei-me com o filme: "Mein Kampf". A princípio, pensei que se tratasse de um filme baseado no livro escrito por Hitler - o mandante do assassinato de seis milhões de judeu, além de ciganos e russos. Eu estava disposto a descobrir como um austríaco pode dominar  as consciências de milhões de alemães, lavando-lhes a  mente, ao ponto de uma obediência absoluta.

Quando vi o filme, entendi que não se tratava do livro de Hitler, mas da reunião de vários documentários gravados por nazistas, que foram parar em mãos de judeus. O que mais me sensibilizou durante o filme foi a abordagem do Gueto de Varsóvia, um lugar onde 450 mil judeus foram amontoados para morrer de peste e fome.  Fui direto à fonte,  no portal do Museu do Shoah, para buscar o material de tradução. Uma coisa me tocou profundamente neste episódio: A vontade soberana de Deus no cumprimento do que está escrito no Salmo 66;10: "Pois tu, o Deus, nos provastes; tu nos afinaste como se afina a prata." 


O GUETO DE VARSÓVIA

Crédito: yadvashem.org

Tradução de João Cruzué

Em Varsóvia,  Capital da Polônia, os nazistas estabeleceram o maior gueto de toda da Europa, [durante a segunda guerra mundial]. Cerca de 375,000 judeus viviam em Varsóvia antes da guerra; aproximadamente 30% da população da cidade. 

Em setembro de 1939, imediatamente após a rendição da Polônia [para os alemães], os judeus de Varsóvia foram literalmente encurralados como animais e obrigados ao trabalho forçado [dentro de um espaço estimado de 1.600 m x 2.400 m  - conforme mapa na figura].


Ainda em 1939, os primeiros decretos anti-judaicos foram aprovados. Todos os judeus obrigatoriamente deviam usar uma braçadeira branca com a estrela azul de David. Depois, medidas econômicas foram tomadas, exclusivamente, com o propósito  de fechar-lhes a porta dos empregos.


O Judenrat (conselho judaico local) foi estabelecido sob a liderança de Adão Czerniakow e, em outubro de 1940, o determinação do estabelecimento de um gueto foi anunciado [pelos nazistas]. No dia 16 de novembro os judeus foram amontoados dentro da área do gueto [cerca de 1.600 m de largura por 2.500 m de comprimento - em média] 


Embora um terço da população de Varsóvia fosse judaica, o gueto tinha somente 2,4% da área da cidade. Massas de refugiados que tinham sido trazidas de outros lugares para Varsóvia foram despejadas no meio do gueto, até sua da população  chegar a 450.000 seres humanos.

Rodeado de muros, que os próprios judeus foram obrigados a construir, debaixo do vigilância severa e violenta, os judeus de Varsóvia foram segregados do mundo exterior. Dentro do gueto suas vidas oscilaram na luta desesperada entre a sobrevivência e morte por doença ou inanição. As condições de vida vivas eram insuportáveis e o gueto foi extremamente abarrotado. Em média, entre seis a sete pessoas viviam em uma sala e as rações alimentares diárias eram o equivalente a um décimo do mínimo necessitado.

Os muros do gueto não puderam silenciar a atividade cultural de seus habitantes, contudo, e apesar das condições apavorantes de vida no gueto, os artistas e os intelectuais continuaram em suas perspectivas criativas. Além disso, a ocupação Nazista e a deportação para o gueto serviram de incentivo ao ímpeto dos artistas para buscar alguma forma de expressão sobre a visita da destruição sobre o seu mundo. No gueto havia bibliotecas em um arquivo subterrâneo, o "Oneg Shabbat”, movimentos juvenis e até uma orquestra sinfônica. Os livros, o estudo, a música e o teatro serviram de uma fuga  e como uma lembrança das suas vidas prévias diante da realidade áspera que os rodeava.


A superpopulação do gueto o transformou em foco de epidemias e mortalidade em massa, que nem as instituições da comunidade judaica, nem a Judenrat,  nem as organizações de assistência social foram capazes de combater [no gueto não havia rede de esgotos]. Mais de 80.000 Judeus morreram ali. 


Em Julho de 1942, começara as deportações para o campo da morte em Treblinka. Quando as primeiras ordens para deportação foram recebidas, Adão Czerniakow, o Presidente da Judenrat, recusou-se a preparar as listas de pessoas para os registros de deportação,  em vez disso, suicidou-se em 23 de julho de 1942.

Fim da Tradução.

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Comentários finais: A palavra gueto, segundo a wikipedia, etimologicamente, pode ter varias origens, mas é possível observar que na maioria dos casos era para designar um lugar de segregação de judeus. Na própria língua hebraica, o termo "get" significa literalmente "Nota de Divórcio". 

Em 1555, o Papa Paulo IV criou o Gueto Romano e emitiu um Cânone para forçar os judeus a viverem naquela área. O Papa Pio V também recomendou que todo os estados fronteiriços a Roma, deviam estabelecer um gueto para os judeus. Por isso, no século XVII, todas as principais  cidades perto de Roma, tinham o seu gueto de judeus. 

Todos estes guetos, citados, não eram hermeticamente cercados como no caso de Varsóvia. Eram áreas de moradias comunitárias "sugeridas" para judeus - apesar de isoladas.








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