terça-feira, abril 08, 2014

O petróleo é deles

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CHUTANDO O PAU DA BARRACA 

sob um olhar cristão

Cadê o petróleo?


"E CONHECEREIS A VERDADE, 

E A VERDADE VOS LIBERTARÁ"

(Jesus Cristo - Evangelho de S. João)

Por João Cruzué


Em recente entrevista o diretor de abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, trouxe a público essas informações desconcertantes:

"A Petrobras espera a um carregamento de gasolina importada até o dia 15 de abril para garantir o fornecimento ao aquecido mercado doméstico. No ano passado ela importou cerca de 3 milhões de barris de gasolina de várias origens, o que não fazia há cerca de 40 anos, também em função de um mercado interno aquecido."

"Mesmo com as refinarias da empresa, trabalhando a plena carga e produzindo 380 mil barris diários de gasolina, ainda não são suficientes para a demanda interna. Estamos produzindo o máximo de gasolina em todas as nossas refinarias e se verificarmos que o estoque está abaixando e que precisa importar, iremos importar."

Comentário do blogueiro: 

1. Este mesmo senhor, Paulo Roberto Costa, foi preso, faz duas semanas, por corrupção, desvio de dinheiro para paraísos fiscais, conluio com doleiros -  e sabe-se  lá o que mais. Como a corda se rompe no seu ponto mais frágil, imagino que sua prisão se trata de uma tentativo de oferecer os anéis para não perder os dedos. Quem prendeu? a própria Polícia Federal sob o Ministro da Justiça.

1 - O dinheiro que deveria ter construído mais refinarias para que o "petróleo" fosse realmente nosso, foi gasto com o pagamento dos maiores juros do mundo,  para acionistas , ou melhor, especuladores internacionais.

2. A Petrobrás - a empresa "do povo" - tão "defendida" nas últimas eleições presidenciais produziu um lucro no ano de 2010 de 35,189 bilhões. Deste lucro, 11,7 bilhões foram para o bolso dos acionistas. Já em 2013, o estrago dado pela administração foi tanto, que o lucro caiu em 12 bilhões.  Má gestão e contratação temerária.

3. E você sabe quem são estes acionistas tão sortudos? 62% são estrangeiros. Nada contra o investimento externo. Minha indignação é contra as mentiras das campanhas eleitorais, pela manipulação da ignorância de um povo que tem mais de 100 milhões de adultos que não concluíram o ensino médio.

4. O petróleo é nosso apenas de conversa. Se fosse, o preço da passagem do transporte público não estaria em torno de R$3,00, o litro da gasolina. acima dos R$2,80, nem o dinheiro suado dos impostos dos trabalhadores brasileiros, pagando juros em lugar de construir refinarias e boas estradas.

5. Para que o petróleo seja mesmo nosso, o governo precisa utilizar os serviços de head hunters para colocar o melhor executivo brasileiro na mais alta cadeira de chefia da Petrobrás, no lugar de políticos IMCOMPETENTES. 

6. Mas ele não vai fazer isso não, pois está ocupado na arquitetura de um novo sofisma: veicular na praça uma peça publicitária denominada o Minério é "Nosso".

Conclusão: Como o petróleo, o minério, e tantas outras riquezas podem ser NOSSOS, se os controladores de todas essas empresas não chegam a uma centena de barões? 

O que é de fato nosso? 

É por isso que investir em Educação no Brasil, há 511 anos, é considerado um "tiro no próprio pé" pelos sucessivos governos, pois no dia que cada brasileiro conquistar uma graduação, e começar a pensar por si, vai deixar de ser tão crédulo. 

 A ficha da verdade vai cair e o engano não irá mais prevalecer apenas quando milhões de brasileiros não dependerem mais de bolsas esmolas e seus filhos conquistarem uma graduação em uma faculdade de primeiro mundo.


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SP-26.03.2011

País ameaçado pelo abandono da Educação

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João Cruzué

Dia 31 de janeiro, foi publicado um artigo do ex-ministro da Educação, Senador Cristovam Buarque, no Jornal Folha de São Paulo, página 3A, sob o título - "País Ameaçado". Ali o Senador tomou dados da base estatística dos eleitores brasileiros publicados pelo TSE e fez uma análise de seis tópicos. Esse artigo sobre o abandono da educação no Brasil vem martelando minha mente e quero dizer algo mais abaixo, depois da análise de quem é do ramo.

O Tribunal Superior Eleitoral - TSE , segundo o ministro, mostra os seguintes dados: 104 milhões de brasileiros - no momento do cadastramento - declararam não possuir o ensino médio completo; deles, 72 milhões, que não tinham concluído o ensino fundamental, e destes: 28,8 milhões declararam-se analfabetos.

Dr. Cristovam afirmou que o Brasil está ameaçado por um exército de 72 milhões de adultos, que serão os agentes de desagregação social nos próximos 30 anos, não por culpa deles, mas por falha do governo que abandonou a educação do Brasil. Em seguida veremos sua análise em seis parta depois resumir e tecer nossos comentários.

Democracia - O ministro disse que o eleitor sabe votar corretamente, mas sem educação, não tem alternativas de emprego e precisa de soluções imediatas para seus problemas - a famosa pirâmide de Abraham Harold Maslow ( 1908 - 1970). Em vez de votar naquele candidato que propõe mudar o quadro do futuro da saúde, vai votar naquele que lhe oferece uma caixa de remédios, por causa de uma doença atual. "É um voto inteligente" - disse ele, mas que fragiliza a democracia e leva ao aumento da corrupção.

Corrupção: O pleito democrático em que participam eleitores sem alternativas induz a compra e venda de votos, daí vem o descompromisso do eleito com o eleitor e o uso do cargo em benefício próprio. O eleitor que não tem qualificação perde o direito de cobrar do seu representante.

Economia: Hoje não há futuro para uma economia cuja mão de obra não seja altamente qualificada, com trabalhadores preparados para para operar maquinas e instrumentos modernos. Também não há futuro para uma economia que não é capaz de criar know-how. Sem reposição de recursos humanos qualificados nas universidades não haverá o desenvolvimento de técnicas com base nas ciências que o mundo de hoje exige.

Emprego: a empresas estão trocando empregados por operadores, pessoas qualificadas para operar ferramentas inteligentes, através de computadores. Isso exige, no mínimo, segundo grau completo, uso de idiomas , inclusão digital.

Segurança: é possível que a maldade seja uma característica inerente em maior grau entre educados que iletrados. Mas, sem alternativa de emprego, estes últimos ficam sem renda par sobreviver e mais facilmente caem na tentação de pequenos crimes - se ficarem impunes, terão incentivo à criminalidade; se forem presos, cairão no "colo" das universidades do crime, que são as cadeias e presídios superlotados deste país.

Desigualdade: Os dados do TSE não mostram a desigualdade entre o nível de educação do eleitor pobre e do eleitor rico. Eles mostra, sim, a desigualdade regional do acesso à educação. O aumento da desigualdade entre as pessoas e entre as regiões são favas contadas, a julgar pelos dados. Alguns conseguem educar-se, têm alternativas, empregos, renda. Outros ficam excluídos.

O Ministro concluiu: "O pior é que os educados não despertam para os riscos que o país corre. Uma parte nem deseja mudanças, outra defende o voto dos analfabetos sem defender a erradicação do analfabetismo; defende que o capital do patrão deve passar para às mãos dos trabalhadores, mas não defende que a escola do filho do operário seja tão boa quanto a do filho do patrão - como venho defendendo. Aos eleitores sem alternativas pela falta de acesso à educação podemos perdoar suas opções eleitorais, aos eleitores educados não há perdão pela imoral tolerância quanto a mãe de todos os problemas: o abandono da educação."

Nossos comentários

Vamos 
comentar a análise do ministro sob o ponto de vista estritamente cristão, que é um olhar compassivo, pragmático, crítico, oferecendo sugestões e alternativas a luz da Bíblia. Dito isto, agora podemos ir aos fatos e comentar sobre a importância da análise dos seis pontos que o ex-Ministro da Educação, Cristovam Buarque fez.

Iniciamos, dizendo que uma análise foi feita por quem de fato entende do assunto. Antes, dizíamos - um raio-x - hoje podemos afirmar: que foi realizado uma ressonância magnética ou uma tomografia computadorizada. Temos uma boa análise.

Quanto aos dados estatísticos, á primeira vista poderíamos dizer que não seriam reais, uma vez que são dados obtidos na data do cadastramento de cada eleitor. A quantidade de analfabetos, com certeza deve ter caído muito. Mas de acordo com a realidade brasileira, sei que há milhões de eleitores aprenderam a ler, mas não entendem o texto. Trocando seis por meia dúzia não discordaria dos elementos estatísticos usados pelo Senador..

Como contador público, na área da saúde; lido com orçamentos, empenhos, licitações, balanços - entendo um pouco de finanças públicas, e sei onde estão os dados. Segundo o relatório Anexo II do RREO - Relatório Resumido da Execução Orçamentária com dados até novembro de 2007 - publicado na página 14/52 pela Secretaria do Tesouro Nacional o Governo Federal (exclusive estados e municípios) gastou de janeiro a novembro deste ano: 229,3 bilhões em previdência,
 40,5 bilhões em saúde e 20,1 bilhões em educação - de um orçamento da despesa fixada para 2007 em 1,5 trilhão. Eis os números.

Em outra averiguação, vi que gastou-se uma fortuna em programas para ensinar o brasileiro a ler. Ele de fato lê, mais isto é muito pouco em relação a ter educação disponível onde ele está, e na qualidade demandada pela economia mundial em guerra tecnológica constante. O subdesenvolvimento significa estar sempre um ou mais passos atrás dos outros países.

Irrita-me aquele verso do Hino Nacional brasileiro que retrata nossa situação: "Deitado eternamente em berço esplêndido. Foi ótimo o empenho do governo nos últimos dez anos para erradicar o analfabetismo no país. Isto é louvável. Mas segundo os dados analisados pelo ministro temos 72 milhões de analfabetos tecnológicos - quase a metade da população brasileira. Eles vão ganhar pouco, comprar pouco, produzir pouco, contribuir pouco e ter pouca qualidade de vida e podem ser, diante das circunstâncias, massa de manobra de políticos espertos.

Atuei tanto em comunidades católicas quanto evangélicas em programas de erradicação de analfabetismo recentes. Minha esposa e eu, como professores, tivemos muitas alegrias em observar que muitos alunos nossos concluíram o segundo grau, e alguns deles estão se graduando em cursos superiores. Na Igreja onde servi como pastor, lutei contra o analfabetismo ensinando alguns irmãos a ler e escrever com aulas em horários definidos. A mesma coisa aconteceu em todo o Brasil por empenho de pessoas de todos os credos. Sei que muitas empresas também se preocuparam com as instrução de seus colaboradores e os ensinaram a ler e a entender o que liam.
 Fizemos o nosso dever de casa.

Mas nossa tarefa não terminou. Voltando agora para um ângulo de visão religioso e observando com olhos cristãos estamos diante de uma nação cujo povo por falta de acesso a um ensino de qualidade equivalente aos países desenvolvidos está com seu futuro comprometido quanto aos próximos 30 anos, pois 72 milhões de pessoas não vão utilizar todo o potencial que poderiam por falto de capacitação educacional.

A menos que demos graças por isso, o que me recuso a fazer, a previsão do ministro pode cumprir-se integralmente. Deus exige de nós, as pessoas letradas, como também disse o ministro, uma atitide de bons samaritanos. Pelo que eu saiba, não havia analfabetos entre os judeus do tempo de Cristo. Ainda, que os judeus depois da diaspóra, sempre se viravam bem onde quer que estivessem pois nunca foram analfabetos diante da ciência de cada época. Jesus deve ter aprendido a ler com rabinos da sinagoga de Nazaré. A escrita é uma bênção, saber entender o que está escrito é uma bênção maior, e entender os escritos a luz das ciências de nossos dias é um objetivo a ser realizado. Não podemos ser felizes sem amar o próximo, e um dos conceitos cristãos do amor é dar algo sem exigir nada em troca.

Jesus deu sua vida para nos libertar da miséria do pecado. Ele disse: "E conhecereis a verdade e ela vos libertará". Não há liberdade sem a instrução necessária. E São João escreveu: "E conhecemos o amor nisto: que Ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos." Esta é uma verdade terrível: 72 milhões de brasileiros saíram do analfabetismo do"Egito", e no momento estão perambulando, ainda sem direção, no "deserto do Sinai". Para chegar em "Canaã" além de crer no Senhor Jesus é preciso da atuação de muitos "Josués"

Até que ponto existe um comprometimento cristão entre as lideranças evangélicas quando ao desenvolvimento educacional de seus rebanhos? Existe algum tipo incentivo e conselhos de conscientização dos pastores para com a membresia de suas Igrejas? Uma coisa é certa: o que for bom para o fiel, também o será para a Igreja. Um investimento em conselhos e conscientização para com as ovelhas que têm mais necessidades além de ser uma atitude de amor não é de maneira nenhuma tempo perdido. A mudança poderá vir de pequenas atitudes que somadas alcançarão resultados significativos.

Sei que os leitores deste blog participam da inclusão digital. Alguns exercem cargo de liderança em suas comunidades. Suas palavras podem produzir grandes mudanças nos corações das pessoas, assim como aconteceu no relato dos espias, também pode acontecer hoje. Os crentes vêm aos cultos e nós pregamos as palavras de vida eterna para eles. Os verbetes "vitória" e "conquista" estão muito em evidência nos sermões. Então, sabendo que o conhecimento da verdade é causa e a liberdade consequência, o povo cristão precisa saber que há 72 milhões de brasileiros com o futuro comprometido pelos próximos 30 anos, conforme disse o ministro.

E foi assim que Deus falou a Josué: Todo lugar que pisar a planta do seu seu pé, vo-lo tenho dado. Esforça-te Josué, e tem bom ânimo, porque tu farás este povo herdar a terra que jurei a seus pais que lhes daria. É tempo de conscientizar o povo de que a solução não virá do governo, mas do esforço de cada um. Quem ficar esperando vai morrer no deserto - a pouca distância de Canaã
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cruzue@gmail.com