quinta-feira, abril 03, 2014

George Müller na Faculdade de JEOVÁ



UM TESTE DE FÉ

George Müller.
George Fredrick Müller
(27.09.1805 - 10.03.1898)

Tradução de João Cruzué

Sem o sustento do pai, George Müller ficou sem um centavo. Em breve, depois de apresentar o problema para Deus, ele foi convidado para ensinar alemão para alguns professores americanos visitantes, e por isso ele recebeu muito mais do que na verdade necessitava.

O maior obstáculo que George Müller tinha que ultrapassar era a obtenção de um passaporte para matricular-se em uma escola de treinamento de missões em Londres, porque se esperava que ele prestasse o serviço militar. Depois de muito orar ele seguiu adiante com o processo de alistamento no exército e seguindo uma bateria de exames médicos ele foi dispensado do serviço ativo por saúde insatisfatória.

George Müller em 1829 seguiu seu caminho para Londres para a escola de treinamento em missões para trabalhar com judeus. Depois de um breve tempo na escola ele ficou seriamente doente e quase morreu. Durante sua recuperação em Devon, cidade de Teignmouth que a vida de George Müller sofreu outra mudança de rumo.

PREGANDO O EVANGELHO

George Müller conheceu Henry Craik, um escocês que se tornou seu amigo íntimo, e foi este calmo, devoto e erudito homem que o ensinou a necessidade de crer sinceramente, e ser obediente a vontade de Deus. Depois de desistir da escola de missões para assumir compromissos de pregação, George Müller conseqüentemente aceitou o pastorado de uma Igreja em Teignmouth com um ordenado de 50 Libras anuais. Ele sentiu que Deus proveria todas as suas necessidades e que ele se colocaria inteiramente na dependência do Senhor. Daquele momento em diante, até a sua morte em 1898, George Müller cresceu em obediência e confiança em Deus em todas as coisas.

A MUDANÇA DE DIREÇÃO

Com a ajuda de seu bom amigo Henry Craik , ele ganhou um grande entendimento das escrituras e da vontade de Deus. Durante este período de aprendizagem em Teignmouth George observou que muitos pregadores falhavam ao comunicar as verdades do evangelho e tendiam a ler sermões escritos, os quais eram sempre apologéticos, carentes de convicção e inspiração. Assim que George Müller começou a pregar a Palavra de Deus de uma maneira direta, dinâmica e sem rodeios, ele foi continuamente encorajado pela resposta de muitos ouvintes e pelo crescente número de conversões.

A despeito da crescente resposta a sua pregação, havia muitos que reagiam energicamente contra sua aproximação direta, mas de qualquer modo eles pareciam sem forças para lhe fazer qualquer coisa, a não ser ouvir.

MUDANDO PARA BRISTOL

Em 1830, George Müller casou-se com Mary Groves que se tornou uma verdadeira companhia e apoio para os anos de mudança que viram a seguir. Depois dois anos em Teignmouth ele sabia que seu tempo ali estava chegando ao fim, embora estivesse bem estabelecido e muito feliz, ele sentia que uma mudança era iminente.

Henry Craik já estava em Bristol quando escreveu para seu melhor amigo convidando-o para fazer a mesma mudança, George sabia que esta chamada era de Deus. Assim, em 1932 ele e Mary Müller partiram de Devon, cidade de Teignmouth com destino a Bristol onde Deus tinha um plano preparado para seu agora servo fiel.

O ORFANATO

George Müller pediu a Deus 1.000 Libras e as pessoas certas para dirigir tal lar. Dentro de cinco meses seu pedido foi providenciado. A senhora Muller, junto com suas amigas começaram a mobiliar o primeiro Lar na Rua Wilson em São Paulo, área de Bristol, para acomodar trinta meninas. Os Lares de Órfãos se tornaram o quinto objeto do SKI.

Mais três casas na Rua Wilson foram arrumadas, prontas para abrigar mais 130 crianças. Em 1845 quando este número para além das premissas adicionais, George percebeu a necessidade de estabelecer um propósito para construir uma casa para acomodar 300 crianças. Este projeto requeria uma grande soma de 10.000 Libras.

Uma vez mais as orações de George Müller foram respondidas e os fundos necessários forma providenciados e ele comprou um sítio na área rural de Ashley Down, exatamente fora dos limites da cidade, bem abaixo do preço pedido. Em 1849 o primeiro Lar foi inaugurado acomodando 300 crianças.

Por volta de 1870 havia um total de cinco Casas em Ashley Down valendo 100.000 Libras e abrigando mais de 2.000 crianças. Todo o dinheiro e os funcionários vieram como resultado direto da oração, sem nenhuma dívida incorrida e nenhum apelo ou pedidos jamais foram feitos. Há muitas histórias memoráveis sobre as respostas de oração. Os edifícios e trabalho continua sendo um testemunho da graça de Deus e de sua fidelidade.

The George Müller Foundation

Leia também: A conversão de George Müller


cruzue@gmail.com



A decisão do Pastor Rubens Teixeira


PORQUE NÃO SEREI CANDIDATO A CARGO ELETIVO EM 2014

Pastor Rubens Teixeira da Silva
Por @RubensTeixeira

Resolvi fazer este esclarecimento tendo em vista a repercussão que a possibilidade de uma eventual candidatura minha teve, especialmente por conta de três notas publicadas na Revista Veja. A primeira delas foi a mais comentada da semana no site da revista. Recebi muitas mensagens de incentivo de várias partes do Brasil e sinto-me devedor de um esclarecimento claro a estes queridos amigos e queridas amigas, bem como aos que desejarem conhecê-lo. Não serei candidato a qualquer cargo eletivo em 2014. Deixo algumas explicações a seguir em respeito aos que esperavam a minha candidatura.

Jamais fugi a desafios, pelo contrário, sobrecarrego-me em defesas de causas difíceis, sempre com a compreensão da minha família, que tenho que cuidar. Consciente dos desafios que a Transpetro, empresa do Sistema Petrobras da qual sou diretor, vem enfrentando, especialmente com o advento do pré-sal e suas implicações para a economia brasileira, entendi que não é hora de eu me afastar da minha missão. Creio que darei contribuição mais relevante ao meu país colocando-me à disposição para continuar no cargo que ocupo enquanto isso interessar ao governo que, com dedicação, venho servindo.

Este ano, completarei 20 anos de casado e 26 anos de serviço prestados ao Exército Brasileiro, Banco Central do Brasil e Transpetro. Tenho dois filhos, um com 16 anos e outro com 8 meses. Durante esses anos, me envolvi em empreitadas difíceis, arriscadas, mudei de cidade algumas vezes. Morei em Rio Branco (AC), Brasília e Rio de Janeiro. Cheguei a fazer mais de 8000 km de mudanças em menos de 2 anos. Viajei muito, dediquei-me a muitas pessoas e causas, fiz vários cursos acadêmicos, dormi pouco, permaneci pouco em casa, mas pude contar sempre com o apoio da minha amada família, especialmente da minha querida esposa que abriu mão de muita coisa para me acompanhar e ajudar, e, também, dos meus dois queridos filhos que abriram mão de um maior tempo que eu poderia dedicá-los.

Quando houve a cogitação de eu ser candidato a deputado federal pelo meu estado, o Rio de Janeiro, estava disposto a aceitar o desafio em homenagem às pessoas que acreditam em mim e em defesa daquelas que as minhas ações e a minha voz poderiam ajudar. Muitas pessoas e instituições colocaram-se à disposição para me apoiar. Peço a compreensão dessas pessoas e gostaria de dizer a elas que isto me lisonjeou e gratificou muito.

Nunca tendo recusado desafios, vi-me diante de dois igualmente grandes e honrosos. Onde poderia servir melhor ao meu Deus e ao meu país, foi uma das perguntas mais difíceis que tive que responder. Embora as duas missões me entusiasmem, concluí que continuar à disposição da Transpetro é aquilo que devo fazer. Quero cumprir bem minha missão em prol do Brasil e entendo que só devo sair de lá quando quem me nomeou entender que é a hora. Foi uma escolha difícil, mas tive de decidir com serenidade e consciência pensando no que seria melhor para o meu país neste momento. Minha família, sempre comigo, apoiou minha decisão.

Pude contar também com o apoio de inúmeras pessoas e grupos da sociedade. Dentre eles, líderes comunitários, intelectuais, homens de negócio, profissionais liberais, bacharéis em direito, militares, intelectuais, pastores – especialmente o da minha igreja local – e tantos outros: uma multidão de pessoas que me conhecem, seja pessoalmente, pelos livros, artigos, matérias, pronunciamentos, vídeos, pelo meu site, redes sociais etc. Tenho a lista dos que me apoiariam, para fins de planejamento se eu fosse candidato. A estes sou grato e sempre permanecerão de forma especial em meu coração.

As ideias e causas que defendo não querem dizer que estou em campanha política. Sempre agi dessa forma e continuarei agindo. Todo cidadão, e não apenas os candidatos a cargos eletivos, deve cumprir o dever de defender o que acredita. E todos, parlamentares, servidores públicos e sociedade civil, têm o dever de, com entusiasmo, trabalhar para melhorar o nosso país. Se alguém se sentia tentado a ver em minhas palavras e atitudes um discurso de campanha, estou certo que esta minha decisão e a continuidade da luta por um Brasil mais justo e próspero mostrará meus propósitos a cada passo que dou. O Brasil tem muito a mudar e cada um de nós deve dar a nossa própria contribuição.  E entendo que serei mais útil no cargo que, já há seis anos, e honrado, ocupo dando  minha contribuição à nação.

Além de minha preciosa missão na Transpetro, continuarei nas lutas em que milito, entre as quais a da educação, do crescimento e da melhoria das instituições, pessoas, empresas e da economia. Neste semestre, tenho três livros a serem lançados: “Propostas Econômicas e Jurídicas para o Sistema Financeiro Nacional”, em coautoria com o Henrique Forno e Márcio Araujo (colegas do Banco Central); “Sociedade Com Deus”, em coautoria com William Douglas (juiz federal), companheiro que escreveu comigo o best seller, já vendido em várias partes do mundo, “As 25 Leis Bíblicas do Sucesso”; e, este sem coautores,  “Como vencer quando você não é o favorito”. Há outros na fila para mais à frente.

Agradeço de coração, muitíssimo, a Deus, dono da minha vida e existência. Agradeço à minha querida família, que me dá base de sustentação. Agradeço a meu amigo senador Marcelo Crivella, que esteve ao meu lado em horas extremamente adversas, quando eu defendia mudanças na política econômica, sendo ignorado e sem voz. Inesquecível gesto. Agradeço ao governo federal a confiança em mim depositada, seja pelo presidente Lula e pela presidenta Dilma, pela escolha do meu nome e manutenção no cargo ao longo dos seis últimos anos. Agradeço aos dirigentes da Petrobras e Transpetro e a toda a força de trabalho. Acredito muito nessa empresa que já passou e superou diversas adversidades em sua longa e vitoriosa história de mais de 60 anos.

Prometo continuar fazendo o melhor que eu puder pela empresa, pelo governo e pela sociedade que tanto precisa de nós. Não me esquecerei de nenhum de vocês. Agradeço às pessoas e instituições que acreditaram em mim. Sou um devedor desta confiança. Eu vou me esforçar ao máximo para sempre honrá-la.
Como cristão e cidadão, vou continuar lutando em defesa daqueles que precisam de mim. Continuarei a ser uma das vozes que estarão clamando com entusiasmo e suor nas ruas e nos ambientes que puder em defesa da sociedade nos temas que acredito, mesmo se não tiver muitos comigo em algumas dessas batalhas. Tenho tido a graça de Deus de ter perseverança e ânimo sólidos.

Não fugirei de nenhuma trincheira da qual estiver, sejam relacionadas à Economia, Direito, em defesa dos bacharéis em Direito, da família e da vida. Vou continuar a lutar pelo meu país, que é uma nação cheia de riquezas, mas cheia de pobreza também, cheia de desigualdades e problemas. Porém, como brasileiro, lutarei contra cada injustiça que eu vir pela frente e vou fazer o que puder para mudar o meu país. Não esperem pelo meu silêncio e nem inépcia. Não há acordo que me faça calar. Jesus falou: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mateus 5:6).

Empenharei meus melhores esforços para cumprir minha missão nesta perspectiva proposta por Jesus. Farei todo esforço que eu puder em prol dos que precisarem de mim, mesmo com todas as limitações que tenho. Deus abençoe nossas famílias. Deus abençoe nosso Brasil.

Rubens Teixeira, diretor financeiro e administrativo da Transpetro.



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