terça-feira, março 18, 2014

A Mensagem de Eclesiastes 11.1

.
LANÇA O TEU PÃO SOBRE AS ÁGUAS

PORQUE DEPOIS DE MUITOS DIAS O ACHARÁS

Lança o teu pão sobre as águas.
JOÃO CRUZUÉ

Não posso esquecer a emoção que senti, quando a voz silenciosa do Espírito Santo falando dentro de mim. Eu acabara de receber a carta de um preso e ainda estava com ela nas mãos. Vou contar de novo este fato, pois faz ele parte das boas coisas que aconteceram comigo durante um longo período de tribulações financeiras devido a onze anos de desemprego.

De 1994 a agosto de 2000 eu cuidei de uma congregação. Por motivos pessoais licenciei-me da Igreja para dar mais atenção a minha mãe. Seis meses depois, de volta a São Paulo, eu comecei a passar uma temporada de solidão ministerial. Era como se eu estivesse tentando atravessar de barco o "Mar da Galileia". Eu tinha tudo para naufragar,mas Jesus a tudo observava.

Um dia, olhei no portão de casa para ver se chegara mais uma conta. Lá estava um envelope cor de rosa, estranho. Remetente? Um presidiário da P1 de Avaré. Destinatário? Curiosamente, tinha os mesmos dados de um velho carimbo de literatura: "Cortesia a Missão Evangélica tal... A surpresa: seis anos foram o longo tempo que aquele "pão" passou  até chegar na grade do meu portão.

Ao ler a carta e conhecer os dados do carimbo eu percebera que Deus estava falando comigo. Ao compreender que aquela carta era o brotar da primeira semente de uma semeadura de seis anos, um tempo muito longo de onde nada havia brotado, chorei, e alegrei-me no espírito.

O Espírito Santo martelava no meu coração as palavras de Eclesiastes 11:1: : Lança o teu pão sobre às águas, porque depois de muitos dias o acharás; foi como se alguém o marcasse com brasas. Na tradução literal: Lança a tua semente sobre as águas...

Este foi o começo de um ministério de dois anos e meio. Mais de meia tonelada de literatura usada recolhida e despachada para 30 penitenciárias diferentes dentro do Estado de São Paulo. Mais de 500 cartas recebidas e 800 enviadas. Desempregado e solitário na Igreja, aquela ocupação caiu do céu para ocupar-me até o início de meus dias de novo emprego.

Se por um lado, foram aproximadamente 11 anos de deserto, principalmente financeiro, foi também o período em que mais busquei a presença do Senhor. Eu era como um grão de areia dentro da ostra em um processo de criação de uma pérola. Ainda não sou a pérola, mas passei por um polimento rigoroso.

Vejo com muita preocupação os dias da Igreja Evangélica brasileira. Todo ano são centenas e centenas de ministérios abertos, de todas as correntes, matizes, ideologias e idiossincrasias. Somos muito divididos e pouco coesos. A julgar pelo Evangelho, "reinos" divididos são reinos enfraquecidos. Enquanto isso mais de uma centena de milhões de brasileiros ainda não tiveram um encontro verdadeiro com Deus. Eles estão famintos, mas não confiam em nós. Com muita justiça, nossa imagem perante eles é de uma avareza e hipocrisia ímpares.

Há um evangelho "água de batata" sendo pregado na terra do café. Ele faz comichão nos ouvidos das pessoas porque elas gostam de ouvi-lo. São palavras lindas de se ouvir: Vitória! Bênção! Ouro e prata! Portas abertas! Carrões, mansões, viagens ao exterior! Ô maravilha!

Um evangelho de palavras! Focado em testunhos de prosperidade de A, B e C. A publicidade está direcionada para homens de sucesso. Isto não passa de castelos construídos na areia e com a areia da praia. Quando o "rei" do castelo cai, o estrago não pode ser medido. Jesus ficou fora do foco e isso é um mau sinal.

Estive lendo "Aurora" de Nietzsche esta semana. Ele fala uma linguagem muito apreciada pelos não crentes, pelos crentes desviados. Ele estudou teologia numa escola que poucos tiveram e têm o privilégio de estudar. Pais luteranos, estudou Teologia e Filosofia na Universidade de Bonn. Cumpriu literalmente em Nietzsche este versículo bíblico "A letra mata, mas o Espírito vivifica.

Nietzsche não teve a oportunidade de um encontro verdadeiro com Jesus. Se teve, com certeza deve tê-la desprezado. Ele deu testemunho do apóstolo Paulo, segundo ele o homem que atirou ao mar boa parte do lastro do judaísmo pelas bordas do navio do cristianismo para conseguir navegar por águas gentílicas. Nietzsche testemunhou que, se não fora o ímpeto do apóstolo Paulo, já há muito não se falaria do cristianismo. O interessante é que Nietzsche como teólogo tinha um potente "telescópio" para ver com muito mais acuidade que qualquer outro. Mas ele era completamente cego. Não cria no Espírito Santo. Achava que Paulo foi o motor que impulsionou o cristianismo até os nossos dias. Paulo pode até ter sido o motor, mas não era o combustível, a energia - assunto tão prioritário em nossos dias.

Paulo dizia claramente que não pregava um evangelho de palavras persuasivas de retórica humana. Ele fazia questão de afirmar que pregava um Evangelho de poder, de arrependimento, de sinais e milagres. O Evangelho da diferença, o Evangelho que faz o pecador sentir a presença de Deus. O Evangelho do arrependimento e do compromisso. É por isso que estamos passando por dias ruins, estamos presenciando a busca por um evangelho pragmático.

Estamos presenciando um paradoxo no meio evangélico. Nunca tivemos tanto, mas continuamos famintos. Ministérios, mansões, carross, megatemplos, megaeventos, superpregadores, mas o povo continua faminto da presença de Deus.

É como dizia certo pregador: É preciso ter para poder dar! Quem não tem a presença de Cristo na própria vida, não tem nada para semear, a não ser palavras de um falso evangelho, que parece, mas não é!

Por isso, não se engane com palavras bonitas, compre as verdadeiras sementes em um processo de aproximação constante do Senhor. Alguém tem que fazer o trabalho duro, este alguém pode ser você. Há uma multidão de famintos em nossa nação, são muito exigentes: eles detestam o pão dos exploradores da fé. Há muita pregação e pouco Evangelho. Muito espetáculo e pouca colheita. Se hoje ouvires a voz do Espírito: semeie, pregue, ensine, louve, reparta, ore - AJA!]

cruzue@gmail.com

.

Creia nas promessas de Deus para você

Photobucket

"
Há mais pessoas que desistem 
do que pessoas que fracassam.
"Henry Ford

Fico pensando nas grandes surpresas que Deus preparou na vida de Moisés até transformá-lo em um líder abençoado e vitorioso. Moisés foi como uma águia nascida para voar bem alto sobre vales e montes, mas isso somente aconteceu depois dos 80 anos. Tinha todas as probalidades para ser um velho rabugento e murmurador, mas longe disso, renovava suas forças quando ouvia a voz de Deus ordenando que ele continuasse. Quero dedicar essa mensagem a todos amigos que moram ou trabalham fora do Brasil. Desejamos que a presença do Senhor possa alegrar seu coração com essa leitura. "Let's carry on!"

Quando Moisés nasceu estava destinado à morte. Mas não foi morto. Sua mãe era uma mulher de oração. Quando todas as outras mães atiravam seus meninos no Nilo, para cumprir o decreto do faraó, ela não afogou seu filho. Ela cumpriu a lei, mas antes pôs Moisés num cesto. Aquele cesto vagando sobre as águas do Nilo tem um significado para hoje: são os cuidados constantes de u'a mãe por seus meninos na sua descida pelo "Nilo" de uma sociedade violenta, corrupta e podre.

Mas um cesto de junco afundaria em pouco tempo, encharcado. Cuidar com responsabilidade é bom, mas o betume do cest0 de Moisés são as orações de mãe. Por isso, a mãe que separa um tempo para orar diariamente pelos filhos agrada a Deus. Outro dia ouvi um Pastor criticando mulheres que passam o dia orando na Igreja enquanto seus filhos estão na rua com péssimas companhias. Fiquei pensando, se orando elas têm problemas - e que se dirá então das que ficam apenas em casa ralhando com os filhos para afugentá-los para rua?

Deus tem muitas promessas de bênçãos para nossos filhos, mas por outro lado o diabo está constantemente semeando o joio para destruir o cumprimento de cada uma delas. A mãe de Moisés foi criativa com o cesto, mas por que orava, ouviu a voz de Deus, por um pensamento que veio a sua mente, para não esquecer do betume. Quem se dedica na oração nunca é pego desprevenido. Recentemente, minha cunhada, uma mulher de oração, descobriu ao fazer exames num hospital de Belo- Horizonte, que sua taxa de glicose estava acima de 900. Admiraram-se de vê-la de pé e enxergando bem.

Você já examinou se os "cestos" de seus filhos não estão afundando?

E a história é bem conhecida, Moisés foi encontrado pela filha do faraó, que por sua vez buscou uma ama para cuidar e amamentar Moisés. Outra vez, aquela mãe que cuidava e sempre orava, teve Moisés de volta. Ninguém mais poderia agora afogá-lo no rio, ao mesmo tempo que da casa do faraó saia o sustento de pão para todos. Moisés cresceu e foi instruído em toda ciência do Egito e nas artes da guerra. Estava no auge da sua força física quando foi visitar o povo judeu, certamente já sabedor da sua origem. Naquela época, já era conhecedor das promessas de Deus para sua vida, de que seria o libertador de Israel. Procurou iniciar a libertação pela força das armas, mas não era pela força nem pela violência, que Israel seria liberto.

A primeira grande surpresa foi que ao nascer Moisés era formoso de aparência. A segunda surpresa foi que em lugar de ter morrido afogado, ele cresceu, estudou e se formou nos palácios do faraó. A terceira surpresa foi quando tentou usar a força para libertar Israel, teve que fugir do Egito para não ser morto. A temporada de mudanças começara. Do palácio ao deserto, uma mudança e tanto.

Para você que está longe do Brasil anime-se, é mais fácil encontrar a presença de Deus no deserto que no conforto dos palácios, da casa dos pais, dos familiares...O versículo adequado para esse deserto é Jeremias 33:3: " Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes - que não sabes" isso aconteceu com os maiores personagens bíblicos, desde Abraão. Prepare-se andar nos propósitos de Deus. A verdadeira prosperidade é espiritual, em decorrência dela vem a prosperidade financeira definitiva. O que Deus lhe der, ninguém vai tirar. Por isso busque a presença do Senhor - sistematicamente. Isto significa, fora com as "baladas" e amizades duvidosos que vão tirar você do alvo. Então, vamos voltar ao assunto principal.

Quarenta anos se passaram. Dos palácios do Egito para a poeira o sol do deserto e frio da noite no Sinai. Quem diria? Promessas de Deus depois de tanto tempo... não pensava mais nisso. Mas aí veio a última e grande surpresa: no terço final da sua vida, com oitenta anos, Deus aparece na sarsa ardente e convoca Moisés para voltar ao Egito e libertar o Povo de Israel. Daquela antiga força, só restava o desânimo.

-Vem Moisés e eu te enviarei! Disse Deus.

-Não Senhor, eu não sou libertador de coisa nenhuma. Não acredito mais em velhas promessas. Agora sou apenas um velho, e se eu for, o povo vai se rir de min, vão me achar um louco com uma bengala de apoio nas mãos. Não quero ir, não estou mais interessado, por mim Israel pode continuar escravo pelo resto da vida. Escolha outro para ir em meu lugar.

Nessa altura, Deus se irritou com Moisés e o forçou a descer ao Egito.

E, dois velhos gagás desceram ao Egito: Moisés com 80 anos e Arão com 83. Milhares de jovens judeus estavam lá, mas a promessa do libertador de Israel era para um velho: Moisés. Deus tinha um plano especial com Moisés - e operando Deus, quem impediria?

E o plano do Senhor para sua vida ainda está de pé.

Ao chegar no Egito, Moisés e Arão, foram primeiro convencer o povo escravo de que Deus estava atento ao clamor deles, que estava ciente daquela horrível escravidão. Tendo convencido o povo, foram ao palácio do faraó.

-Faraó, o Deus de Israel encontrou seu povo e quer que saiamos ao deserto para celebrar uma festa para Ele. E o faraó respondeu: Quem é o senhor cuja cuja voz ouvirei para deixar ir o povo? Não conheço esse Deus e não deixarei o povo ir. E disse mais faraó: Esse povo está ocioso, é por isto que inventaram essa história de celebrar festa no deserto. Antes se fornecia palha para fazer os tijolos, agora que se virem e também arranjem a palha. E a quota da produção diária dos tijolos sera exigida. Se não cumpri-la mandarei açoitar os líderes do povo. E Parem de pertubar o trabalho dos outros.

E foi assim que deu tudo errado. A escravidão piorou com os açoites e o excesso de trabalho. Assim, até o proprio povo judeu se amargurou contra Moisés, porque diziam: A espada que faltava para faraó nos matar, você Moisés, com essa história de Deus, acabou de arranjar.

E tendo Moisés ido orar e reclamar com Deus, ouviu novamente o Senhor dizer: Vai Moisés, para de reclamar e entra de novo no palácio e dize a Faraó: Deixa o povo de Israel sair da sua terra.

- Mas Senhor, se nem o povo de Israel acredita em mim, como vai me ouvir o faraó? Vai Moisés, agora vou te por por Deus de faraó e Arão, seu irmão, será o teu profeta.

E ele foi. Desanimado, desacreditado, mas foi. E falou a faraó. E a certa altura do seu encontro com faraó, três cobras rastejavam pelo chão do palácio. Uma era de Moisés e duas dos feiticeiros do faraó. E aconteceu que estando faraó e seus súditos certos do masacre, a cobra de Moisés engoliu as outras duas. E naquele dia, Moisés voltou para casa alegre e pelo caminho conversava com Arão.

-Você viu Moisés como os magos do egito também sabem transformar varas em cobras?

-Sim Arão, mas isto não me preocupa mais, porque hoje eu vi uma outra coisa.

-O que foi que você viu Moisés?

-Eu Vi que , hoje, o Senhor começou mudar minha vida. A partir do momento que as duas cobras de faraó foram engolidas, deixei de ser um velho derrotado e estou pronto para sonhar de novo, porque agora sei que o Senhor vai cumprir todas as promessas Dele em minha vida.

E foi assim que o menino do cestinho betumado veio a ser o Libertador de Israel. Aquele que depois de velho, foi escolhido e teve o privilégio, a honra, de por o pé sobre o "pescoço" do faraó - Deus do Egito - e tirar o povo da escravidão fortalecido pela mão do Senhor.

Isaías 40:30-31:
"Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os jovens certamente cairão. Mas os que esperam no SENHOR renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão".


Acredite sempre na próxima oportunidade.




.