sábado, março 08, 2014

Homenagem a Irmã Benedita Gomes da Silva, uma mulher valorosa



Irmã Benedita Gomes da Silva
Mãe do Ministro Joaquim Barbosa, Presidente do Supremo Tribunal Federal

 "Mas, como está escrito:  
As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,
 E não subiram ao coração do homem, 
São as que Deus preparou para os que o amam."
I Coríntios 2:9.
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João Cruzué

Confesso que fiquei orgulhoso do testemunho do Ministro  Ministro Joaquim  Barbosa por ter convidado e escolhido um assento na primeira fileira de cadeiras do plenário do STF para receber  sua mãe.  Era a cerimônia de posse do ilustre filho na cadeira mais alta do Supremo Tribunal Federal.  Eu, que já me cansei de ver o preconceito contra as senhoras evangélicas por causa de seus cabelos (cabelão)  e saias longas (saião), me senti "vingado". Vingado e realizado ao ver a irmã Benedita  da Silva Gomes e sua pituca assembleiana, sendo recebida com honras, e cumprimentada com admiração, pelas maiores autoridades da nação - inclusive, a Presidente Dilma Roussef.

Com aquela grande sabedoria das idôneas senhoras crentes, adquirida nas reuniões semanais  de Círculo de Oração, a ex-lavadeira de roupas deu um fiel testemunho do filho, agora  Presidente do STF. Em poucas palavras ela disse um grande segredo: 

"O que eu dei foi oração, [o resto] ele lutou por conta própria."  

Disse também: "Passei os últimos 52 anos orando pelos meus filhos".  Questionada se o filho, agora Presidente do STF, tinha o hábito de orar, ela foi sincera: "Ele pode [até] não orar, mas lê a Bíblia e foi criado no Evangelho.

Irmã Benedita é mãe de oito filhos.  e o Dr. Joaquim, o primogênito. Ela aceitou Jesus lá pelo ano de 1960, quando ele tinha seus seis anos. Quando o pai abandonou o lar, Irmã Benedita enfrentou a bacia de lavar roupas para sobreviver. Naquela época, imagino que ainda  não havia tanque. Joaquim, sendo o mais filho velho, foi  para Brasília trabalhar e ajudar no sustento dos  sete irmãos.

Certas coisas e certos detalhes nunca são comentados, mas ficam explícitos a uma pequena análise. No momento, o Ministro Joaquim Barbosa é o cidadão mais respeitado pelo povo brasileiro. E por quê?  Por causa de seus VALORES. E onde ele teve os referenciais na sua infância para ser o homem mais respeitado de nossa nação?

Paulo, o Apóstolo dos gentios,  escreveu, na Primeira Carta aos Coríntios, este  texto magnífico: 

"Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são."

Eu quedei e fiquei analisando. O que foi mais decisivo na vida do Ministro Joaquim Barbosa para que se tornasse, no momento, a melhor referência de justiça  conhecida entre todas autoridades brasileiras: as orações da mãe, a mão de Deus, ou a sua  determinação e aplicação aos estudos?

Se Barack Obama tinha muitas possibilidades de se tornar um delinquente social, em vez de se conquistar por duas vezes a Presidência da nação americana,  que chances então teve o moço  Joaquim Barbosa, sendo negro, pobre e árrimo de uma família abandonada pelo pai?

O papel de uma mulher  simples, porém íntegra e batalhadora Benedita Gomes da Silva, foi fundamental. Ela não é uma Educadora. Não é não é uma Ministra. Não é uma Advogada. Não é uma Médica. Era uma senhora que lavava roupas para sustentar a família. Neste Brasil de tantos filhos corruptos e gananciosos, é difícil de se engolir, como foi que uma senhora tão simples é mãe de um filho tão ilustre, íntegro e admirado por uma nação inteira.

A diferença não está na condição nem na função social. Quando ela aceitou Jesus como SENHOR da sua vida, ela aprendeu na Igreja como orar. E quando uma pessoa aprende como orar e ser ouvida por Deus, ela decide o destino da sua família.

Tenho certeza, que por muitas vezes o nome do moço Joaquim, longe de casa, trabalhando e estudando lá em Brasília, foi lembrado e apresentado no Círculo de Oração de senhoras na Assembleia de Deus em Paracatu, frequentado por Irmã Benedita. 

Foi Deus, com sua boa mão, que prosperou a vida do adolescente Joaquim Barbosa e cuidou para que ele fosse conduzido por caminhos de paz. Do restante Joaquim correu atrás. Correu atrás do conhecimento até os últimos degraus. Do primário à UnB ele sempre estudou em Escola Pública. Fez dois doutorados na França. Fala fluentemente cinco indiomas, além do Português. Hoje ele é Presidente do Supremo Tribunal Federal, mas nos tempos de adolescente ele também foi faxineiro.

Muitas autoridades e artistas convidados olharam com surpresa para aquela senhora negra, assentada bem ao centro da primeira fileira do plenário. Ela estava vestida com trajes conservadores, e ostentava na cabeça  uma  pituca grisalha.  E o que lhes devem ter causado ainda mais  surpresa foi descobrir que a mãe do protagonista da festa era uma senhora crente. 

Para minha irmã assembleiana, de trajes crentes e  pituca grisalha, vai a minha admiração e a minha homenagem neste Dia Internacional da Mulher - 08 de março de 2014.




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Reflexão no Dia Internacional da Mulher

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08 de MARÇO de 2014

Este é o dia que fez o SENHOR; alegremo-nos e regozijemo-nos  nele. Foi o SENHOR que fez isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos.  Salmo 118-24 e 23.

Homenagem ao Dia da Mulher
João Cruzué
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O mundo muda devagar. Mas ele muda. O reconhecimento dos mesmos direitos para gêneros diferentes tem evoluído mais nos últimos 90 anos que em qualquer outra época. Principalmente no meio da sociedade cristã, que veio do judaísmo. Mesmo assim, a cultura preconceituosa latente da pouca valorização da mulher dentro dessa sociedade, ainda tem muito que melhorar.

No Brasil, já não é mais estranho que a mulher seja Prefeita, Governadora, Juíza, Ministra ou Presidente. Por outro lado, se formos utilizar dados estatísticos, para tabular de que sexo é a maioria dos bebês que são abortados e abandonados pelas próprias mães, você e eu já sabemos a resposta: É do sexo feminino. É o que chamo de cultura preconceituosa latente.

Na Índia, existem programas  de políticas públicas do governo com o objetivo de estimular a mulher a continuar os estudos depois do casamento. Analisando de perto o problema, entendi que a preocupação é mais econômica do que de valorização. A economia indiana perde trilhões de rúpias, todo ano, pela falta de graduação das mulheres. Com menos estudos, elas ficam com menor potencial de produção e de consumo - um tropeço paquidérmico em um mundo cada vez mais globalizado.

Na Arábia Saudita, o berço do Islã onde fica a cidade sagrada de  Meca, na casa de Mohamad - o  Profeta de Alah, a mulher é tão inferior ao homem que ainda não tem o direito de dirigir um automóvel nas ruas.  Coisa mais comum que acontece, por exemplo, na Cidade de São Paulo.

Por que a Inglaterra e os Estados Unidos prosperaram tanto nos últimos 400 anos? Por que será que o Cristianismo cresceu mais que todas as religiões no mundo? Minha resposta ainda não tem base científica, pois não tive tempo para pesquisar. No entanto, minha intuição diz que isso foi devido a aceitação crescente da mulher como ser inteligente e do seu papel na sociedade como ser mais sensível, solidário, responsável e comunicativo. Isto teve, sim,  grande influência social, política e econômica.

Agora vamos falar de liderança eclesiástica feminina na Igreja evangélica brasileira. Tomamos por exemplo a Igreja Assembleia de Deus - a minha casa. Durante 16 anos frequentei as reuniões de obreiros desta Igreja em São Paulo. período que foi de 1988 a 2004. Tanto no ministério de Madureira quanto na "Missão". Naquela época, era apenas um "clube do Bolinha" onde nenhuma mulher punha os pés - nem a esposa do Pastor. De sete anos para cá mudou. Melhorou. Tornou-se  rotina a presença de oficiais e suas esposas. Naturalmente, seguindo o costume do que já acontece lá fora, há décadas. 

Será que a Igreja Evangélica atual esta errando ao outorgar ministério as mulheres? Literalmente, sim. Mas biblicamente, não. Deus colocou um sacerdócio provisório nas mãos da tribo de Levi. Mas o sacerdócio definitivo mudou para a tribo de Judá, por promessa e pelo advento do Messias. Creio que quanto ao ministério feminino, quem decide sobre está questão é o Espírito Santo. No tempo de Jesus havia servidão e escravidão. Ele não polemizou sobre essas práticas e, com o tempo elas foram reprovadas, repudiadas e banidas do meio cristão. Mas, quanto às mulheres, ele as considerava publicamente, coisa admirável naqueles dias.

O livro de Hebreus trouxe uma mensagem revolucionária demais, para os dias que foi escrito. Registra  os conceitos de uma mudança radical do Velho para o Novo Testamento. Mostra  que expiação dos pecados feita pelo sangue de bodes e cordeiros tinha passado e caducado. O sangue do Cristo inocente, derramado na cruz do Calvário, dali por diante alcançava o status de sacrifício perfeito, definitivo e eterno. A aceitação desta mudança não foi coisa de dias nem de anos. Até hoje, há judeus que não aceitam Jesus como o Messias profetizado. 

Lembro-me  também  quanto foi traumática a experiência de Paulo.  Ele só conseguiu enxergar o Cristo que estava combatendo depois do momento que ficara cego.

Jesus tinha uma cultura particular para tratar com as mulheres. Nas muitas vezes que o vemos na Bíblia dialogando, seja com a mulher samaritana, a viúva de Nain, a mulher do fluxo de sangue, a mulher encurvada, a mulher adúltera, a ex-prostituta  lhe enxugando os pés na casa do fariseu Simão, Maria Madalena, Marta e Maria irmãs de Lázaro, a mulher sirofenícia OU o destino de sua mãe aos cuidados do evangelista João. Isto dispensa comentários e mostra que Jesus era muito diferente da cultura machista daquela época.

A crescente aceitação e valorização da mulher no mundo cristão ao longo dos séculos vem, ou pelo menos deveria vir, da forma com que Cristo olhava para as mulheres. Ele as olhava como seres humanos iguais e não inferiores aos homens. É isto que penso.

Quanto à questão do aborto. Vejo, principalmente, os líderes políticos de influência ateu-marxista tomarem a iniciativa de propor e lutar por leis que descriminalizam o aborto e defendem o casamento gay em nome da modernidade. Pessoalmente, do ponto de vista cristão, acho que estas medidas de suposta proteção feminina escondem um grande sofisma. Na verdade isto  é prejudicial às próprias mulheres.  Explico: Se o aborto se tornar legal no Brasil, ele também vai aumentar a banalização da vida. Nos países onde isso é permitido (Japão, por exemplo) nos pré-natais alguns médicos induzem descaradamente as pacientes pobres e fragilizadas a abortarem.  E nesta decisão a pressão é maior se o feto for do sexo feminino.  Mulher abortando mulher. Que espécie de direitos da mulher fazer o que quiser com o próprio corpo é este?


A violência contra a mulher está longe de ser resolvida no Brasil. A prostituição infantil aumenta insidiosamente. As delegacias da mulher, espalhadas pelo país, ainda não são institutos fortes. Os estupros praticados por pais, padrastos, avôs e, pasmem: bisavôs, ainda continuam escondidos (e tolerados) debaixo do tapete. E estas coisas acontecem muito porque falta uma consciência verdadeiramente cristã dentro dos lares. É preciso de uma mudança endógena, de dentro da fora. A igreja cristã deve bater mito forte na bigorna dos VALORES cristãos. É contra uma cultura milenar de desvalorização feminina que é preciso lutar.

A mulher cresce e potencializa-se econômica, social, sentimental e profissionalmente quando a família abre a porta para o Cristo que bate.

Que venham dias melhores. Eu estou orando e torcendo por isso.

Salve  08 de Março de 2014,  Dia Internacional da  Mulher!


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