sexta-feira, dezembro 27, 2013

O fracasso do festival gospel da Rede Globo.

Música Gospel
João Cruzué

Deu em um blog da Folha de São Paulo [¹] que a TV Globo está vai desistir de apresentar no final do ano aquela 1,20 hora (mixa) no final de cada dezembro a partir de 2014. Motivo: falta de audiência. Uma vez por ano... e falta audiência!  E por que será que falta audiência? Imagino que deve ser por falta, não só de engajamento das Igrejas porque isto era previsto, mas por falta de divulgação da emissora e, em parte, por falta de qualidade musical mesmo.

Quem não se lembra, há uns dez anos, quando milhares e até milhões de jovens se reuniam para participar de gravações de grandes bandas gospel neste país. A qualidade caiu, e o público envelheceu e sumiu. Sei lá, parece que aqueles artistas se fecharam em um mundo em que o sucesso no passado não garante o sucesso do presente nem o do futuro.

Não vou citar nomes de bandas, mas lembrar um coisa: o que se canta dentro das Igrejas é para adorar a Deus. O que se canta na rua para fins comerciais tem que agradar MUITO aos ouvidos de quem está acostumado com qualidade e consumo descartáveis. Um hino, do tipo Amazing Grace vai continuar sendo catado dentro das Igrejas por mais 1.000 anos, que sempre será lindo e tocará os corações dos crentes. Ouvi uma versão deste hino, outro dia, passando por perto de uma Igreja Cristã no Brasil - lindíssimo!

Eu já fui músico por 14 anos, servindo na Igreja. Conheci e hinos maravilhosos, tanto clássicos como modernos. Acho que tenho bom gosto, e não gosto de qualquer letra ou música. A qualidade das canções que tenho ouvido hoje, salvo aquelas maravilhosas exceções, são horríveis. Sabe aquelas composições, onde tem um refrão  ou um verso que é repetido dezenas de vezes (como um mantra) até "te" deixar irritado? Pois é, é desse jeito que tenho visto as canções top do gênero gospel. Falta inspiração na letra e na música. Parece que estamos em uma fase de esgotamento das bandas e artistas nacionais.

Não quero nem falar naquelas roupas ridículas que alguns artistas usaram  noa última apresentação. Foi uma coisa tão ruim, que não soube nem em que dia ou horário aconteceu, pois se a  TV Globo divulgou, deve ter sido fora do horário nobre - porque eu não vi divulgação.

O que restou foi o seguinte: muita presunção e pouca audiência. Ou, que sabe, alguém deixou de divulgar  de propósito porque, no fundo, no fundo, desejava mesmo era humilhar e mostrar que a música gospel neste país não é de nada. Estou muito propenso a acreditar nesta segunda opção: Que a coisa foi proposital. Televisão vive de divulgação. Sem divulgação, você não tem audiência.

Quero concluir dizendo o seguinte: não é o fim da música gospel no Brasil. É o começo. Com os pés no chão, mais humildes, com mais qualidade na composição e inspiração nas letras e nas músicas o povo inteiro vai voltar a cantar, sim, muitas e belas canções da música gospel neste país.

Disso eu tenho certeza. 










Opinião sobre o substitutivo do PL. 122


pragmatismo religioso
João Cruzué

Conforme publicado no meu post anterior [1] prometi fazer um comentário sobre este assunto que tem sido motivo de júbilo para muitos crentes. Lamento jogar água fria na panela: na minha opinião não há motivo de júbilo algum. Houve mais perdas do que ganhos.

PERDA: ao entrar em polêmica direta com o movimento lgbt, algumas lideranças expressivas da Igreja Evangélica, na ânsia de defender a liberdade de expressão, bem como a liberdade religiosa, trataram do assunto de forma muito agressiva. E agressividade para mim, nunca foi um  fruto do Espírito.  A perda da Igreja foi devido a uma grave falha de comunicação. Eu nunca li na Bíblia que Jesus tratasse com aspereza aqueles que estavam longe dos caminhos de Deus. Para mim, ao partir para o confronto com o ativismo gay, certas lideranças da Igreja Evangélica acabaram ofendendo meio mundo e impediram com isso o retorno de vários filhos pródigos. Firmeza de posição é uma coisa, agressividade explicita com palavras raivosas é outra coisa bem diferente. Responder com mansidão, não significa falta de firmeza de atitude, e é dever de todo pastor.

GANHO: Para a maioria da população brasileira que é "mais ou menos" religiosa, a posição marcada pela Igreja Evangélica foi um ponto positivo. Estou falando do objetivo, não da forma como foi tomada a posição.

GANHO: Para grande parte dos crentes, como eu, uma coisa tornou-se muito clara: enquanto alguns líderes evangélicos tomaram uma posição de confronto, e erraram no uso do peso das palavras, erraram muito mais os que ficaram quietos. Indiferentes. Passivos. O não envolvimento para mim, não foi nenhum sinal de amor ou respeito pelas pessoas  gays, mas uma coisa interesseira, ligada aos negócios, ao bem estar das finanças religiosas. Estes, são os profetas velhos, falsos profetas, homens que no passado até foram fiéis a Deus, mais em algum tempo caíram da fé por desejar mais o poder de mandar e o conforto financeiro. Hoje, podem até manter a pose, mas que não passam no primeiro teste de um simples olhar cristão - isto não passam. Não se envolveram, porque não interessa nenhum outro assunto a não ser a zona de conforto do poder material que detêm! O teste do PL 122 mostrou que eles não estão nem aí para o combate verdadeiro ao pecado. Eles até que falam, gritam, choram nos púlpitos, mas são lágrimas de crocodilo. Não têm nenhum interesse em confrontar o pecado nem de dizer aos pecadores que o perdão de Deus é gratuito em Jesus Cristo.

PERDA: Que ninguém se engane - não houve vitória alguma. Ao primeiro processo de um casal de gays aberto na justiça, a maioria dos pastores não titubearão: realizarão a cerimônia de bênçãos "matrimoniais" e até com véu e grinalda. Não se trata de profecia, é realidade mesmo. É só pesquisar como está se comportando as lideranças da Igreja Evangélica na Suécia e no Canadá. Com medo de perder a imunidade tributária (por processo) na Receita Federal daqueles paízes, entre o conforto da vida farisaica e a fidelidade ao SENHOR, elas optam por obedecer a lei da homoafetividade.   O perigo no Brasil, não virá de beijos ou outras carícias no pátio ou dentro de Igrejas, mas das ações na justiça contra a negação de direitos civis a todos os cidadãos dentro de uma Igreja. Assim como o PL 122 trazia na sua concepção inicial uma nova casta de cidadãos, também a Igreja quando pretender negar algum direito civil (casamento religioso) também está querendo ser uma casta de cidadãos acima do  Código Civil. Isto não passará por intocável diante do malhete de um Juiz. Desculpem-me os ingênuos, mas foi uma vitória de Pirro. E quando um Juiz bate o malhete, só restam duas opções: Obedecer ou ir para a cadeia. Do jeito que que ficou o novo substitutivo, não houve garantias pétreas para a Igreja deixar de cumprir um direito constitucional - a isonomia - pois, todos são iguais perante a Lei. Tanto o crente quanto o homossexual.

CONCLUSÃO: Vejo muita vaidade e arrogância no meio das lideranças da Igreja Evangélica. Pastores, que já perderam a humildade há muito tempo, bradam e brigam na televisão, usando até a boca de demônios para atacar e confrontar outros pastores. Xingam as pessoas de otários na televisão, achando que o sucesso é a prova de que detêm o monopólio da verdade ou das palavras de Deus. Errado! Dissensões e agressividade nunca foram sinal de espiritualidade. Pelo fruto que eles produzem, não me parecem mais como eram nos seus inícios - quando não eram assim tão arrogantes. O que eles têm feito não está certo. Quando colocam o dinheiro na frente das almas perdidas, estão servindo de rolha para a entrada da porta da Salvação. Não entram no céu, e com o mau testemunho, escandalizam os que ainda estão perdidos sem Cristo, que sofrem nas garras do diabo. Entre eles, de acordo com a Bíblia, estão os tímidos, os efeminados, os sodomitas, os adúlteros, os que se prostituem, os fornicadores,  os ladrões, os avarentos, os que surrupiam o dinheiro da Igreja para construir haras de cavalos, comprar fazendas de gado, palácios em condomínios fechados e redes de Televisão para transmitir novelas cheias de prostituição. Atitudes como estas, impedem o Brasil de se converter 100% ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo.

Eu não sou o dono da verdade. Ao contrário, preciso muito melhorar perante o meu Deus. Mas, isto que está aí, não se parece nada com a obra de Cristo. Minha opinião é esta.