quinta-feira, outubro 24, 2013

Resposta Evangélica ao Código Da Vinci


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A Última Ceia - quadro de Leonardo Da Vinci

Roger Cotton

Tradução: João Cruzué

"O Código da Vinci não passa de um romance, e como tal, descobri que é muito pernicioso. Induziu a uma busca recentemente pelo Santo Graal e o que ele propõe realmente são documentos secretos, mostrando que Jesus era casado com Maria Madalena e que produziram uma linhagem de sangue real. O uso de um narrador comentando teologicamente e filosoficamente sobre a vida, religião e  Igreja – e usando uma linguagem de exageros - soa, com aquelas afirmações dentro do romance, como "verdades" que nós deveríamos considerar – verdades secretas que precisaríamos recuperar para libertar nós mesmos das mentiras da igreja. Isto chama a atenção das pessoas e vende livros.

Entretanto, o diretor de estudos do Novo Testamento, Bem Witherington II, em seu livro O Código do Evangelho (Inter Varsity, 2004) respondendo ao Código Da Vinci, disse: “Ele pode ser bastante divertido, tanto quanto é corruptor". Nós devemos tratar este livro como ele realmente é – não uma ficção histórica mas quase uma inteira ficção, pelo menos quando ele traz suposições e afirmações quanto a Jesus, Maria Madalena e os primórdios do cristianismo.

Eu gostaria de esclarecer alguns dos seus maiores enganos em relação à história da Igreja e à Bíblia, bem como os pontos básicos de nossa fé cristã nas escrituras, os quais são opostos às idéias desse livro. Eu fico em débito com a excelente pesquisa de Witherington sobre estes fatos.

A primeira e maior ficção defendida no livro é que há muitos outros documentos iguais ou melhores que os quatro Evangelhos, que a igreja tem suprimido, que exaltariam uma “divindade feminina” e ensinam que Jesus é apenas humano e não divino. A verdade é que os tais documentos (20, e não 80) foram claramente escritos depois da composição do Novo Testamento. Eles estão fora dos grupos da corrente principal dos primórdios da Igreja. E quanto aos rolos do Mar Morto, eles são judaicos e nada dizem sobre Jesus.

Os Evangelhos gnósticos a que Brown, freqüentemente se refere, na verdade ensinam que o mundo material jaz no maligno, incluindo o sexo, e que o homem está em posição de autoridade sobre a mulher. Estas idéias são o contrário do que o livro de Brown ensina, todavia ele reivindica que estes documentos dão suporte as suas idéias, as quais estão em oposição à Bíblia. Brown diz que aqueles documentos claramente afirmam que Jesus foi casado com Maria Madalena, mas Witherington mostra que ele os cita erroneamente. Além do mais, eles nunca estiveram em qualquer lista de escrituras inspiradas e oficiais.

A segunda maior ficção diz que Constantino e a Igreja no Concílio de Nicea, trouxeram textos novos, antibíblicos, ensinando que Cristo era divino, e suprimindo a "verdade", por decisão no voto, sobre Sua humanidade, o "casamento" com Maria Madalena, e eliminaram os livros que ensinavam estas coisas. A verdade é que o Concílio nunca propôs as crenças afirmadas em seus credos ou a lista de escrituras do cânon, mas formalizou as que a maioria já há de muito cria. O Novo Testamento sempre ensinou claramente que Jesus é Deus: João 1:1-3, 18; Romanos 9:5; Filipenses 2:6-11; Hebreus 1:2,3 e I João 5:20.

A terceira ficção é que a Igreja foi ameaçada pela idéia de Jesus tendo uma esposa e filhos, porque assim Ele poderia não ser divino e a Igreja perderia sua mais poderosa reivindicação de ser o único caminho para Deus. Pelo contrário, a Bíblia claramente afirma que Jesus é o único caminho para Deus e que a Igreja não controla tal caminho (João 14;6; Atos 4:12). Sobre o outro ponto, a Bíblia ensina que Jesus, a encarnação do Filho de Deus, é totalmente Deus e totalmente humano. Assim é que, Ele poderia ter se casado e também ter filhos, mas escolheu não fazê-lo, dentro do plano de Deus.

Com relação a idéia de uma divindade feminina e santidade do sexo, a Bíblia e o Cristianismo não rebaixa o sexo, mas afirma que ele é muito especial e somente diz respeito ao casamento. Entretanto, ele não é um caminho para realizações espirituais e experiências com Deus, como se afirma no livro. A Bíblia inteira é contrária a utilização do sexo dentro da adoração, como os pagãos têm feito desde os tempos antigos. A Bíblia claramente se opõe a toda adoração de deusas. O Único e Verdadeiro Deus não é nem masculino nem feminino, porém Jesus usou o termo “Pai” e nos ensinou a fazer o mesmo. Uma outra razão maior para não se referir a Deus como mãe, como Elizabeth Achtemeier mostrou, em “Por que Deus e não Mãe?” – [Revista] Christianity Today, 16 de agosto de 1993, é que isso conduz à idéia de um Deus dando-nos à luz, e por esta razão O rebaixando para ser um como nós e com a natureza de nos criar para ser deuses.

O Código Da Vinci expressa muito das idéias populares atuais de nosso mundo e nos ajuda a ver onde estão os pontos de debate para nossa fé. As atitudes encorajadas por esse livro, as quais são a mais séria oposição à verdade que Deus tem revelado nas escrituras são as seguintes: despersonificar Deus, trazendo-O para baixo, para o nosso nível e nos elevando à deidade – enquanto elimina Sua santidade; para negar a necessidade de um salvador fora de nós mesmos e a necessidade de arrependimento que nos mostra como mortos sem Cristo; para tratar Jesus apenas como um grande homem; para negar que as escrituras são a palavra inspirada de Deus; para fazer do sexo uma parte da adoração; para roubar o maior objetivo da lei moral; para negar que há uma verdade absoluta; para fazer de nossas experiências a única autoridade religiosa ou espiritual para nossas vidas, e para desconsiderar a história de qualquer valor.


As principais verdades
 bíblicas, que creio devemos deixar bem claro e afirmar continuamente são as seguintes: 1) Deus é uma pessoa, atuando para o nosso bem no mundo, o qual Ele criou e do qual Ele é totalmente distinto, comunicando abertamente conosco em linguagem humana real, escrita na Bíblia e não em códigos secretos. 2) Deus nos fez, nos ama e quer restaurar o relacionamento pessoal, íntimo e sem fim, que nós quebramos com ele através de escolhas egoístas. Ele providenciou o único caminho para Ele através da encarnação, morte e ressurreição de seu Filho, Jesus, o Cristo, que é totalmente Deus e totalmente humano. Ele deu significado e propósito para nossas vidas. 3) Ele nos fez para desfrutar de grandes realizações em uma vida de harmonia com Sua vontade, caráter e valores através do Espírito Santo. Isto inclui guardar a intimidade e o ato sexual dentro de um relacionamento marital (macho-fêmea) vitalício e exclusivo.


Em conclusão, 
o melhor antídoto é ler e meditar sobre a verdade nas Escrituras e guardar nosso relacionamento com o Senhor de forma santa. E aqui estão algumas das mais claras afirmações das Escrituras que dão algumas das crenças básicas da fé cristã: Mateus 16:13-20; Lucas 24:36-49; João 1:1-5, 10-12, 14, 18; 3:16-18; 14:6, Atos 4:12; 10:34-43; 17:30-31; Romanos 1:16-25; 1 Coríntios 15:1-8; 17-19; 2 Timóteo 3:15-16; Hebreus 1:1-3; 1 John 1:2,3, 5-2:2; 4:1-16; 5:1-5, 11-12, 18-21; Apocalipse 22:12-17".


Autor: Dr. Roger Cotton
Perfil: http://www.agts.edu/faculty/cotton.html
Fonte: Enrichment Journal - Springfield - USA
Tradução: João Cruzué - SP 09/02/08 -00:00h




sábado, outubro 19, 2013

As árvores de São Paulo


Flamboyant
João Cruzué

Depois que eu abandonei o carro e passei a descer longe do trabalho para o exercício das caminhadas, passei a notar uma coisa nova que a pressa antes não me dava olhos para ver: as árvores da Capital Paulista. Ainda não conheço tantas, mas, com o passar do tempo, vou me apresentar  a muito mais.

Na Praça da Sé, você pode ver uma dezena de "paus-ferro" na frente da Caixa Econômica. Do lado da Catedral, as maiores são as Palmeiras e as Tipuanas. Tem uma ou duas baixinhas, com copa de guarda-chuva - as aroeiras. Lá embaixo na Rangel Pestana, em frente ao Tribunal de Contas tem um belo jatobá.  Ali perto, no Parque Dom Pedro tem muitas  caesalpinas e paus-ferro. Eu sei que  estes também são caesalpinas, mas de uma espécie diferente.

E por falar em paus-ferro, está fechando a temporada de colheita de sementes. Os paus-ferro mais bonitos que conheço estão do começo da Nove de Julho até o Colégio Sagrado Coração. Também no Parque da Luz. No largo do Taboão da Serra perto do Bradesco. Muito legal a percussão que aquelas sementinhas fazem dentro daquelas vagens duras. Mas as sementes ainda são mais duras. Os carros conseguem quebrar as cascas, mas não, as sementes cor de ébano.

E os ipês amarelos, roxos e rosa. Aliás, eu ainda não consigo diferenciar o ipê roxo do rosa. Os dois belíssimos.Tem na descida da Rua Riachuelo quase na 23 de Maio.  Outro depois do Tunel da 9 de Julho depois que passa a FGV. Ali, naquela passarela tem algumas árvores muito parecidas com Pau-brasil. E Pau-brasil com certeza são aqueles que ficam nas proximidades do antigo Supermercado Eldorado, subindo e descendo a Avenida, dos dois lados. Plantaram recentemente na Barão de Itapetininga uma série de Ipês - amarelo e branco. Ainda não os vi florindo, mas com certeza ficarão muito bonitos. Ainda estão pequenos.

E na Estação Pinheiro do Metrô/CPTM?  Em frente a escada  de quem desce para a Estação do trem, tem uma velha embaúba vermelha e ao lado dela um pé de amora que vive cheio de anús pretos. mais acima um bela goiabeira. Sempre que olho o Rio Pinheiros naquele ponto vejo as "caravelas" subindo o Rio e fazendo marolinhas em direção a Ponte da Cidade Universitária. 

Caravelas? Sim! É o nome que me vem à mente quando vejo dezenas de garrafas pet sendo impulsionadas pelo vento, correndo e deixando aquela marola em ">" ; pequenas naus singrando um mar de esgotos. 

Jatobás. Além daquele da Rangel Pestana, tem dois enormes na Praça 14 Bis, descendo o viaduto em direção à Praça da Bandeira.  E na Praça tem dois grandes "breus" onde todo ano eu vejo um ninho de ben-ti-vis. A mesma árvore você pode ver abaixo do Palácio Matarazzo, mais conhecido como o prédio da Prefeitura de São Paulo.

E aquela árvore enorme do Largo do Arouche? E aqueles dois pés gigantes de mirindiba que existem na Praça Rotary, entre a Major Sertório e a General Jardim - do outro lado do Elevado?

E os Jacarandás-mimoso do Largo São Francisco e da Rua Groelândia, que nesta época estão cobertos de roxo? E as Tipuanas que sombreiam a frente do Fórum João Mendes?

E aquela caesalpina de galhos muito tortos no começo da Avenida Duque de Caxias? E o jequitibá  (eu acho que é jequitibá) da Barão de Itapetininga em frente à Drogasil? E as palmeiras cheias de maritacas da Praça Ramos/Vale do Anhangabaú. E aquela velha figueira do lado de cima  da "fonte" da Ladeira da Memória?

Árvores. Elas estão por toda parte. São heroicas sobreviventes em uma Cidade hostil que prefere exércitos cimento em lugar do ver e chãos de asfalto em vez de terra vermelha, de vez em quando escandalosamente floridas com as azaleias da Avenida Paulista.

Até que tenha minha coleção particular de fotos, segue meu click deste escandaloso flambloyant.