sábado, junho 22, 2013

A polêmica entre evangélicos e homossexuais

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João Cruzué

Tenho observado com preocupação uma excessiva politização entre algumas lideranças evangélicas encabeçadas pelo Pastor Silas Malafaia e algumas lideranças do movimento gay. Este, está em campanha global pelos direitos que julgam ter enquanto aquele tem usado a mídia para combater uma mudança no Código Civil e na Constituição Brasileira desfavorável aos crentes no seu direito de expressão. A esta sopa quente, um novo protagonista, o pastor Marco Feliciano, veio colocar mais pimenta, apelidada de"cura gay" . Afinal, qual deve ser a postura da Igreja Evangélica diante destes acontecimentos tão polêmicos? É sobre isto que deixar minha simples opinião e sugerir juízo.

Quando um pastor evangélico vai a grande mídia para expor sua opinião, um direito constitucional seu, como cidadão, por mais que queira justificar, perante a opinião pública, ele continua sendo um pastor. Poucos vão conseguir separar o cidadão do Pastor, ainda mais se na sua exposição, ele mistura pregações, versículos bíblicos e posicionamentos político. O pastor não um cidadão comum, pois tem um chamado cuidar do arado de Deus.

De repente, no Brasil inteiro, temos um posicionamento antagônico batido e  rebatido. De  estão algumas lideranças evangélicas lideradas pelo pastor Silas Malafaia. De outro os líderes da militância gay. No meio de tudo isto, atentamente observando, está uma multidão de brasileiros ainda não crentes que precisam ser salvos por Jesus.

Há menos de uma semana nós presenciamos uma vitória acachapante entre um davi e um golias. O MPL e a Polícia Militar do Estado de São Paulo. Bastou um grande excesso de borrachadas na frente do Theatro Mvnicipal, onde 3000 jovens apanharam demais de 980 PMs, para que um Movimento anarquista conquistasse o coração do povo paulistano e brasileiro. Sim, o Movimento Passe Livre é declaradamente anarquista.

Se esta polêmica crescente entre meia dúzia de pastores evangélicos e o movimento gay não beneficia a Evangelização de ninguém. Este  negócio de "cura" gay está sendo manipulado na mídia de duas formas. O ativismo gay afirma que se projeto passar os gays serão obrigados a se tratarem como doentes no psicólogo. É isto que dizem. No meio evangélico, leia-se: Pastor Silas, que  também é psicólogo, é dito que se um psicólogo for pego fazendo análise em um paciente gay, corre o risco de ser processado e ter seu registro no Conselho de Psicologia cassado - pela legislação vigente atual.

E eu pergunto: O que tem a ver estas duas posições com a missão da Igreja? Nada!

Nós evangélicos não temos como missão principal apedrejar putas nem para chamar gays de babacas. E posso basear meus argumentos na Bíblia. Abraão  morava próximo de Sodoma e Gomorra e, em nenhum momento, vi  que ele orasse pela destruição daquelas duas cidades - pelo contrário. E  Jonas?  Ele foi obrigado por Deus a ir até Nínive pregar uma mensagem de arrependimento. Em ambos os casos Deus já tinha tomado uma posição e queria ser detido pela oração de um homem.

Com relação aos nossos dias, a posição de Deus em relação ao pecado de morte seja de que tipo for, é muito clara:  O salário do pecado é a morte! Mas, enquanto o juízo de Deus não vem, a missão da Igreja é pregar a mensagem do arrependimento baseada no amor e na misericórdia de Deus.

Deus ama o homossexual, mas abomina o homossexualismo.
E a mensagem que o Pastor Silas está pregando é política e não demonstra o amor de Deus. A ação dos deputados evangélicos na Câmara Federal também é, por essência, política. A política não pode substituir a voz do Espírito Santo.

Portanto, todo tipo de radicalismo seja evangélico ou seja gay é seguro para mostrar o caminho aos demais. E se estes pastores que tanto respeitamos continuarem a focar excessivamente na causa gay, correm o risco de jogar a sociedade brasileira toda contra os Evangélicos, da mesma forma que a Polícia Militar do Estado de São Paulo fez com o Movimento Passe Livre. Mais Evangelho e menos política!



quinta-feira, junho 20, 2013

A revolução das cartolinas

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João Cruzué









Eu pessoalmente vi, na última terça-feira, o início das Manifestações do MPL (Movimento Passe Liv re) nas escadas da Catedral da Sé, às 16:40 h um jovem com uma sacola de canetas hidrocolor para colocar mensagens em um monte de cartolinas. 

Também vi, no ano passado a polícia descendo a borracha nos mesmos jovens que exigiam nas imediações da Prefeitura de  Gilberto Kassab o cancelamento do aumento da tarifa. Foram muitas vezes. Quando eles apareciam gritando no Metrô Sé, os seguranças locais ficavam ouriçados para distribuir umas borrachadas.

Mas este ano, na quinta-feira passada, cerca de 900 Policiais Militares foram escalados para "receber" as manifestações que iriam se iniciar na frente do Theatro Mvnicipal. A distribuição de borrachadas e cacetadas foi tão farta que trouxe a empatia, não só nos outros estados brasileiros, mas de movimentos de solidariedade em oito países.

O que tem a ver um blog evangélico falando dessas coisas. Tem muito a ver. Há um preço (borrachadas, cacetadas...) a pagar durante certo tempo para que um objetivo seja alcançado.  Se a paixão da Igreja hoje fosse de pelo menos 10% a do MPL, a metade do Brasil já seria do Senhor Jesus.

O Movimento Passe Livre provou que é possível mudar alguma coisa sem ter que recorrer à representação de política. O que a Igreja Evangélica precisa não é de um projeto político, mas de um projeto de evangelização. 

Se isto não acontecer, vai enfrentar problemas. Da mesma forma que hoje as lideranças petistas e pessedebistas já estão deixando de ser agentes de mudança e se tornando peças de um museu político, a Igreja Evangélica Brasileira, pode ter o mesmo destido da Igreja da Suécia e do Canadá, onde os pastores, com medo de perderam a imunidade tributária, estão celebrando bênçãos matrimoniais de casamentos gays.

É preciso ler o que está escrito nas cartolinas da juventude.

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