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Não dê uma arma de presente ao seu filho.
Dê um abraço!
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Presidente Barack Obama |
João Cruzué
A América está de luto. Horrorizada. Foi o segundo maior massacre de crianças de sua história. A pequena cidade de Newtown - considerada a quinta mais segura para se viver nos Estados Unidos-, agora está em estado de choque, não sabe o que dizer. E tudo isto aconteceu porque ADAM PETER LANZA, um rapaz de 20 anos, magro e muito tímido é suspeito de ter matado 27 pessoas e depois se suicidado.
Não houve bilhetes. Não tem perfil no facebook. Nada! Nem retratos atuais dele a imprensa encontrou. O que mais assusta é que, pela primeira vez na história dos school serial killers, o protagonista matou a própria mãe. Depois seguiu para a escola onde ela dava aulas, uma pré-escola, e matou 20 crianças e 05 adultos. É tão assustador que nem nos piores filmes de violência protagonizados por Sivester Stallone ou Steve Segal alguém matou a mãe.
O assunto é capa de todos os jormais americanos. O Presidente Barack Obama chorou e pediu para que, na noite de sexta para sábado, cada família abraçasse seus filhos e orasse.
De concreto sobre Adam Lanza, quase nada. A mãe, Nancy Lanza, era professora e colecionadora armas. Gostava de armas. Professora na Sandy Hook Elementary School onde aconteceu a tragédia. O pai largou a família há quatro anos e foi morar com outra mulher, deixando para trás esposa e dois filhos. Ryam, de 20, e Adam P. Lanza, de 16 - isto há quatro anos.
Examinando os comentários em um artigo no Washington Post, americanos estavam chateados com duas coisas: O excesso de artigos e comentários sobre o assassino em detrimento das vítimas, que foram deixadas pela imprensa em segundo plano. A facilidade com que qualquer americano pode comprar um rifle em qualquer supermercado, desde que tenha mais de 21 anos. Estão pensando seriamente em restringir a compra de armas, embora já tenham consciência de que tal como as drogas, quando alguém quiser comprar uma, vai comprá-la de uma forma ou de outra.
Infelizmente, não será esta a última vez que um indivíduo frustrado vá descarregar sentimento de raiva e de derrota sobre crianças inocentes. Qual foi a motivação? Ninguém sabe ainda. Já escarafucharam de todo jeito. Perguntaram para os vizinhos, para o irmão, para a cidade, e nada de significativo. Para complicar o cara era um nerd, inteligente e de QI alto. Mas o que de fato acontecia com ele dentro de casa, devia ser muito grave. Tão grave a ponto do filho matar a própria mãe. É isto que está escrito no WP, o mais conceituado e conservador jornal da América.
Como cristão pentecostal que sou, creio na Bíblia e nos ensinos de Jesus Cristo. Principalmente quando ele trata da fúria destruidora dos demônios. Sozinhos eles não têm poder algum, mas quando encontram uma pessoa de carne e osso que lhes abra a porta da mente, matam, roubam e destroem. É uma associação 100% destruidora. Toda malignidade destruidora de um demônio atuando ou influenciando na mente e nos pensamentos de uma pessoa. Foi por isso que o apóstolo Paulo deixou escrito na Bíblia: Não deis lugar ao diabo! Efésios 4:27.
Penso que essa, e todas tragédias anteriores poderiam ter sido evitadas. Uma coisa em comum todos estes protagonistas de massacres tiveram: uma fúria destruidora descomunal. Creio que ela se alimenta de ódio, reprovação, de comparações impossíveis, a falta daquela palavra de incentivo? Essas pessoas são mendigos de amor. Como descreveu Madre Tereza:
"Há uma fome terrível por amor. Experimentamos isto em nossas vidas na dor, na solidão... Devemos ter coragem para reconhecê-la. Estes famintos, você pode tê-los dentro da sua própria família. Encontre-os e AME-OS." (Madre Tereza de Calcutá).
Não sei, e a América inteira deve estar querendo saber, como era o relacionamento entre Adam e Nancy Lanza, o filho e a mãe. Pelos fatos, era péssimo. Talvez um beijo, um abraço, um "congratulations", um simples "fine" tivesse mudado toda está triste história de Natal que os americanos estão passando. Com certeza faltou amor na vida de Adam Peter Lanza.
Cada criancinha que ele matou era feliz e amada. Ele tinha ódio disso. Creio que foi para evitar outras tragédias que o Presidente Obama pediu, na noite de sexta-feira passada, que cada família abraçasse seus filhos.