domingo, novembro 11, 2012

PNUD e o combate mundial a corrupção

.
O engajamento dos cidadãos é considerado por especialistas como uma das melhores ferramentas no combate à corrupção. (Creative Commons / Kenny Miller))
Stop Corruption
PNUD, em Brasília

04 Novembro 2012

Cerca de 90 especialistas em práticas anticorrupção do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e de organizações parceiras se reúnem em Brasília nos dias 5 e 6 de novembro para discutir formas de prevenção à corrupção.

O 5º Encontro Global da Comunidade de Prática Anticorrupção do PNUD fará um balanço das tendências e desafios nesta área. Além disso, ajudará o PNUD a definir as áreas prioritárias para os próximos dois anos no combate à corrupção. A questão do fortalecimento institucional e da promoção da governança para o desenvolvimento sustentável, compromissos assumidos pelos países-membros durante a Rio+20, será o fio condutor dos debates.

Dados recentes mostram que a corrupção tem impactos devastadores sobre o desenvolvimento. Estima-se que a corrupção custe, a cada ano, mais de 5% do PIB global, o equivalente a 2,6 trilhões de dólares ou à sexta economia do mundo se fosse considerada um país.

Um estudo sobre fluxos financeiros ilícitos encomendado pelo PNUD constatou que os países em desenvolvimento perdem com a corrupção dez vezes mais dinheiro do que recebem em assistência oficial para o desenvolvimento (do termo em inglês ODA – Official Development Assistance). Isso confirma a tese de que a corrupção atua como um gargalo considerável para os esforços de redução da pobreza e de promoção do desenvolvimento sustentável.

“A corrupção atinge os mais pobres de forma desproporcional. Ela é um dos maiores obstáculos que temos atualmente para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)”, afirma Magdy Martínez-Solimán, Diretor Adjunto do Escritório de Políticas para o Desenvolvimento  e Administrador-Assistente Adjunto do PNUD. “A corrupção desvia recursos destinados a serviços sociais básicos, limitando acesso dos mais pobres a saúde, a educação e a a água e saneamento.”


Todo artigo aqui: ONU.ORG.BR/PNUD




.

Crônica de uma segunda feira de novembro



A mão que segura outra mão
João Cruzué 

Eu creio que para a maioria das pessoas, a segunda-feira é um dia aborrecido. Principalmente, se você estiver no trânsito caótico da Capital Paulista. Mas, hoje trabalhei perto de casa. Por isso, esta segunda não está com cara de "segunda-feira". Bem, deixando de lado este "inbroglio" de tantas segundas-feiras, um fato muito especial chamou-me a atenção no final do dia. Quando eu voltava. Já bem perto de casa. Subindo uma ladeira estreita, eu vi um pai passeando com sua filhinha. Ainda bem pequena. Ao passar por eles, ouvi aquela garotinha dizendo assim: "Segura minha mão, paizinho."

Eu sei que Deus pode falar de várias maneiras, mas ainda não tinha visto Deus falar comigo por uma cena como aquela. Um pai passeando com a filha, e quando ela se viu de mãozinha solta, com medo de cair ela reclamou: "Segura a minha mão, paizinho."

Era um pai ainda muito joven, talvez não tivesse 20 anos. Estava todo orgulhoso, falante, era alto, mas se inclinava quase ao chão para se comunicar com palavras carinhosas àquele pingo de gente. Ela, ousada, corajosa, caminhava ladeira acima mudando os passinhos muito devagar. O carinho e a comunicação dele ao lado da filhinha, trouxe-me surpresa e admiração. Supresa e admiração, sim! Não é todo dia que se vê isto por São Paulo, terra que já foi da garoa, mas que hoje é da pressa, do trânsito caótico e da falta de tempo.

Eu fiquei imaginando: que bênção é ter dois aninhos... Com essa idade tudo é novo, atraente. Os pais, então, são como Deus. Fortes, altos, destemidos, maravilhosos. Ao lado deles não há o que temer. Eu imagino que, nesta idade, não se perceba as dificuldades da vida. Nem o que vai pela mente de um pai, ainda mais quando este pai está caminhando bem ao lado. Protegendo. Incentivando. Conduzindo. Tempos um pouco mais tarde, já vai caminhar sozinha, e ninguém mais ouvirá de sua boca aquelas palavras que hoje ouvi. Pelo menos enquanto estiver grandes problemas.

Lembro-me também de meu pai. Em minhas primeiras lembranças,ele era alto, carinhoso, alegre. Sempre vinha da "rua" sem se esquecer de nos trazer pães de doce e de sal. Eles vinham a cavalo, embrulhados em papel cinza, amarrados com barbante branco. Anos 60, época que ainda não havia sacolas de plástico. Quando ele chegava, com certeza, tinha pão. Depois cresci. Jovem ainda, tornei-me crente e descobri a bondade Pai Celestial. Deus para mim é como a figura de meu pai. Foi fácil fazer esta associação. Um pai que não é vingativo, iracundo, espancador, bêbado ou hipócrita. É o Pai que se agrada de ser chamado de Paizinho (aba Pai). Que está disposto a segurar nossa mão para nos erguer e conduzir através de ladeiras e dos vales da vida.

Assim, como aquele jovem pai que hoje à tarde se desmanchava em cuidados e palavras de amor para sua filhinha, muito mais é o amor de nosso Deus e Pai celestial. O problema é que, quando ficamos adultos, não queremos mais depender dos pais. Já não lhe chamamos mais de paizinho. Não mais pedimos para que segure nossas mãos. Nos tornamos indiferentes. Negligentes. Auto-suficientes. Assim, nosso relacionamento decai. Emudece. Entristece. Se transforma em abandono. A imagem do pai, então, somente volta quando caímos. Quebramos a "cara".

Querido/
Querida, se em algum lugar da vida você tropeçou e caiu; se o chão lhe tiver provocado feridas; se elas ainda estiverem abertas por ter se recusado a segurar na mão de nosso Paizinho, lembre-se de que ele - Deus - ainda ama você. Ele não vai jogar em seu rosto tudo o que você já falou, xingou ou pensou dele. Basta que lhe peça com voz sincera: Segura de novo minha mão e ajuda-me Paizinho!


Link de Mensagens de João Cruzué


cruzue@gmail.com

.