quarta-feira, abril 25, 2012

Como o cristinanismo chegou ao Japão

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João Cruzué

O cristianismo chegou ao Japão em 1542 levado pelos ventos que  impulsionavam as caravelas portuguesas. Comerciantes e jesuítas portugueses aportaram na Ilha de Kyushu, levando duas coisas bem diferentes: armas de fogo e a religião cristã.

O Shogum, (sho = comandante, general, + gun= exército, tropas, militar) o senhor feudal japonês, deu as boas-vindas ao comércio exterior e aceitou os missionários católicos, fascinado apenas pelas armas. Diante das demonstração do fogo das armas municiadas à polvora, eles concluiram que o dai-shô (a katana e a wakizashi), o conjunto de espadas longa e curta dos samurais, precisava da companhia de uma arma de longo alcance.

Os jesuítas liderados por São Francisco Xavier chegaram a converter e batizar a muitos, incluindo tanto camponeses quanto pessoas da classe dominante, próximas do shogun. Xavier orientou seus companheiros para aprender o Kanji, e daí surgiu o "romanji" - um mistura de latin com a língua nativa para uso no catecismo e na celebração das missas. Duas missões foram construídas, sendo uma delas no ano de 1550 na capital imperial - Kyoto. Havia interesse indireto do shogunato em permitir a introdução de uma nova religião em seus domínios, pois planejavam com isso dobrar a força dos monges budistas e do shintô.

Por volta do fim do século XVI, uma idéia sombria pairava sobre o sucesso da primeira missão, no Oeste do Japão. O shogunato passou a suspeitar de que os comerciantes e jesuitas eram na verdade infiltrados de táticas de conquista das potências ocidentais. A isso também foi levado em conta a forma grosseira com que alguns comerciantes tratavam os nativos. Já não eram mais vistos com bons olhos.

Por isso, em 1587, o xogum Toyotomi Hideyoshi proclamou um edito expulsando os missionários cristãos da Ilha de Kyushu. Nenhum franciscano ou jesuíta poderia mais desembarcar ali, a partir de 1593. Mesmo assim os jesuítas continuaram ativos no país. Então Hideyoshi intensificou a perseguição. Em 1597 ele proclamou um novo edito de banimento e como aviso executou ao fio da espada 26 missionários franciscanos em Nagasaki.

Depois dele outro xogum, Tokugawa Ieyasu, e seus descendentes continuaram a perseguir os camponeses cristãos nativos através de vários editos. Em 1637 houve uma revolta conhecida como a rebelião de Shimabara, onde 30.000 camponeses cristãos enfrentaram o exército de 100.000 guerreiros samurais do Castelo de Edo, da família Tokugawa. A rebelião foi esmagada com um alto custo para o exército do Shogum. No ano seguinte - 1638 - o cristianismo estava oficialmente extinto no Japão.

Em 1853, o Japão saiu do isolamento e reabriu as portas para uma nova interação comercial com o Ocidente. Missionários de todas as religiões: católicos, protestantes e ortodoxos foram enviados para lá, apesar da proibição. Em 1871, depois da restauração Meiji, a liberdade religiosa foi introduzida definitivamente pela Constituição Meiji, dando as comunidades cristãs existentes os direitos de existência legal e da livre pregação do evangelho.

A restauração Meiji foi uma sucessão de fatos que levaram o Japão a deixar o obsoleto sistema feudal para se tornar uma potência mundial nas décadas a seguir. Um desses acontecimentos foi a quebra da tradição com a mudança empreendida pelo Imperador Meiji, de Kyoto, a capital imperial, para estabelecer sua residência oficial no Castelo de Edo - a sede do shogunato da poderosa família Tokugawa. O Castelo de Edo e seus arredores vieram a se transformar em Tokyo (Capital do Leste), a grande metrópole japonesa. Com a mudança do imperador e a reabertura dos portos para o comércio exterior a era dos samurais e do feudalismo no Japão chegou ao fim.

A liberdade religiosa não foi o bastante para fazer do cristianismo uma religião popular no Japão. Ele tem crescido a taxas minúsculas; os cristãos são apenas cerca de 1 a 1,5% de uma população de 127 milhões.

Os símbolos cristãos têm sido mal compreendidos no Japão porque a forma de transmitir a mensagem do evangelho talvez não esteja adequada à compreensão nativa. A cultura japonesa tem olhos diferentes para pesar o valor das coisas. Para um japonês é incomum e até mesmo considerado de péssimo gosto, por exemplo, a construção de um templo em uma rua ou avenida movimentada, afirmam alguns analistas cristãos.

Por outro lado há coisas que os atraem no cristianismo, como por exemplo, a celebração da Santa Ceia. eles entendem bem a mensagem de um memorial de Cristo cujo corpo é o pão que é partido por nós. Eles são simpáticos a oportunidade que existe no final da missa/culto, principalmente de celebração da eucaristia/ceia, para por em dia o relacionamento social, reportou um padre católico.

Fontes de pesquisa: textos em inglês na WEB de autorias não conhecidas.

Continuaremos com artigos sobre igreja cristã japonesa do século XX em diante.






segunda-feira, abril 23, 2012

A importância dos blogs cristãos

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Acenda uma luz para iluminar as trevas
.João Cruzué

Quando conheci um blog pela primeira vez, em 2003, já sabia da sua importância no resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos da América. Em 2005, o Google trouxe para o www.gmail.com para a língua portuguesa, pouco depois a plataforma de blogs www.blogger.com. Fui um dos primeiros fazer ali os registros de domínios. Eles eram e continuam gratuitos; o registro, a hospedagem e os serviços. Não fazia a mínima ideia do que seria html ou css. Era tudo tão simples como o editor de textos: você abria a página, escrevia e publicava.

Depois de 2007, mais e mais evangélicos começaram a publicar. As associações (blogs) agregadoras de outros blogs davam apoio, incentivo e compartilhavam informações e conhecimentos técnicos. Os líderes das Igrejas Evangélicas ainda olhavam a internet como uma fonte de pornografia, em lugar de uma oportunidade de evangelização.A cultura original dos blogs amalgamou-se oferecendo informações técnicas. Compartilhando descobertas "for free". A ideia de um diário pessoal passou. A utilização para reverberar fofocas ainda está firme aí, faz algum sucesso porque é fácil falar mal dos outros e há muito interesse em assistir "barracos". A publicação de notícias (na maioria más) tem muita participação, pois trata-se de copiar o que está nos jornais que trabalham os fatos.


Mas não foi para isso que estou escrevendo este texto. Eu creio sinceramente que um blog é uma excelente ferramenta para formar opiniões, desde que para isso o blogueiro se respeite e tenha o juízo necessário para não associar uma imagem não cristã a seu blog. O sucesso fácil não costuma ser perene; confio muito em um trabalho que vai agregando valor e respeito pouco a pouco. É preciso ser respeitado para ser ouvido, para formar opiniões.


A publicação de conteúdo cristão na internet, na minha opinião, tem nos blogs uma oficina de aprendizagem e experimentos. Há interesse das próprias plataformas em financiar (não cobrar) editores que publicam textos originais que façam competição com a mídia tradicional. E falando sobre isto, eu tenho ideias próprias.


Por natureza os blogs são instrumentos de repercussão daqueles que forma opiniões. Agentes secundários. Por exemplo: Pastor fulano disse isto ou fez aquilo... e os blogueiros repercutem. Esta tem sido a função principal dos blogs: repercutir o que os outros fazem ou falam.


Podemos fazer diferente: produzir as notícias; trabalhar os textos e primar pela originalidade. Para isso precisamos focar as coisas e lugares que gostamos. E não se esquecer de documentar com fotos, pois uma imagem revela mais que 1000 palavras, um antigo clichê.


Creio que, nós blogueiros evangélicos, poderíamos agregar valor a nossos blogs escrevendo e falando a verdade. Não a verdade que lemos e ouvimos, mas a que nós mesmos, depois de pensar e refletir, descobrirmos por nós mesmos. Há muitas coisas para revelar e para escrever. Nada valerá a pena se depois de trabalharmos tanto, ninguém acreditar naquilo que escrevemos e continuar a beber das fontes de sempre: incrédulos, ateus, ímpios e inimigos do evangelho, porque são estas as pessoas que formam opinião neste país.


Nossos textos precisam ser planejados, pensados, discutidos. Seremos mais produtivos se blogarmos em grupo, trocando informações, opiniões, abandonarmos aquele espírito individualista, que caracteriza a geração de blogueiros evangélicos atuais, para voltarmos ao berço comunitário, de onde viemos e éramos mais felizes.


O contador de visitas não é a prova definitiva de que estamos bem, nem os comentários dos amigos a bússola que aponta para o rumo certo. Precisamos de colocar mais de Cristo em nossos textos e menos tolices, ofensas e coisas copiadas.


Equilíbrio é fundamental. II Timóteo 1:8